Uma equipe de astrônomos japoneses anunciou ter detectado a galáxia mais distante – e conseqüentemente a mais antiga – já descoberta pelo homem, já que a luminosidade recebida atualmente foi emitida há 12,7 bilhões de anos, nos primeiros momentos do universo.
A explosão do Big Bang, que criou o universo, ocorreu 750 milhões de anos mais cedo, afirmam Masanori Iye – Observatório Astronômico Nacional de Tóquio – e sua equipe, num artigo que será publicado na revista científica “Nature”.
A descoberta foi confirmada por espectroscopia, que estuda o “desvio para o vermelho” deste grupo de estrelas, com a ajuda do telescópio Subaru, instalado no arquipélago americano do Havaí, informaram. As galáxias mais distantes continuam a se afastar a uma velocidade crescente do centro do universo. Quanto mais elas se afastam, mais a luz por elas emitida tende para o vermelho.
Portanto, as galáxias mais antigas estão nas faixas de onda mais próximas do vermelho. Em março de 2004, uma equipe franco-suíça, que utilizou o grande telescópio VLT – Very Large Telescope, no Monte Paranal (Chile), teria descoberto uma galáxia situada a 13,2 bilhões de anos-luz, mas seus trabalhos nunca foram confirmados.
Em um outro estudo, também publicado na “Nature”, os astronômos Rychard Bouwens e Garth Illingworth, da Universidade da Califórnia, utilizaram o telescópio espacial Hubble para rastrear a formação das primeiras galáxias.
O Big Bang, ou a criação do universo, teria ocorrido há 13,7 bilhões de anos. Foi seguido por um período em que nenhuma estrela iluminava o espaço. Depois de algumas centenas de milhões de anos apareceram as primeiras estrelas, seguidas das primeiras galáxias. É o momento preciso desta transição que os astronômos desejam determinar.