Na edição passada, UFO 59, publicamos a primeira parte da entrevista que fizemos com o professor Lúcio Valério Barbosa, que garante manter contatos constantes e regulares com diversas entidades não terrestres, entre elas o famoso e polêmico Ashtar Sheran, que se apresenta como \’comandante de uma frota de naves estelares em missão na Terra\’. A entrevista representou, para a Revista UFO, uma abertura inédita à publicação de temas considerados polêmicos pela Comunidade Ufológica Nacional.
Na primeira parte da matéria, Lúcio descreveu em detalhes como foram suas primeiras experiências com seres extraterrestres, que afirma ter encontrado por diversas vezes. Nessas oportunidades, segundo disse, chegou a travar longas e esclarecedoras conversas com esses seres. Contou ainda como começou seu interesse pelos discos voadores e, principalmente, narrou a incrível visita que recebeu de uma sonda ufológica num quarto de hospital quando, ainda criança, encontrava-se em coma há mais de um mês. Segundo o contatado, logo após a saída do objeto pela janela do quarto, ele acordou do sono profundo sem qualquer seqüela da doença que o abatia tão gravemente, apresentando uma recuperação instantânea e sem explicação médica aparente.
Lúcio nos revelou que, devido à sua intrínseca convivência com os fenômenos ufológicos, sempre foi uma pessoa diferente das outras: desde criança já se preocupava com os problemas do mundo, como a fome e a destruição da natureza. Já adulto, começou a ter visões de pessoas ligadas a ele e que geralmente estavam distantes – uma espécie de clarividência associada à telepatia.
Na primeira parte de sua entrevista, o contatado nos relatou quando e como foi seu ingresso e posterior estabelecimento na Colônia Boa Sorte, uma comunidade rural fundada há 150 anos e formada exclusivamente por negros, no interior de Mato Grosso do Sul, a cerca de 40 km da cidade de Corguinho. Descreveu sua amistosa relação com os negros que lá vivem e as benfeitorias que conseguiu levar ao local, tais como a construção de uma escola, a implantação de lavoura mecanizada e projetos de saúde da Universidade Federal de Mato Grosso do Sul.
Agora, nesta edição, o professor esclarece seu envolvimento com o mágico e autoproclamado paranormal Urandir Fernandes de Oliveira, que afirma ser extraterrestre. Lúcio garante que o suposto paranormal tomou para si suas experiências ufológicas enquanto eram amigos, copiando todas as suas histórias e vivência. Segundo relata, Lúcio conheceu Urandir quando este o procurou na Colônia Boa Sorte, há cerca de cinco anos, pedindo-lhe que o ensinasse a ter contatos com discos voadores e ETs. Humilde e hospitaleiro, Lúcio o recebeu de braços abertos, sem imaginar o que viria a acontecer. Esta segunda parte da entrevista continua exatamente quando Urandir propõe uma sociedade a Lúcio – ele entraria com seus alegados poderes paranormais e o professor com suas experiências extraterrestres. Confira o que acontece então.
Você ajudou Urandir a ter contatos com extraterrestres? Olha, Urandir ficou quase dois anos tentando ter contato com discos voadores no meu sítio, mas durante esse período todo ele só observou algumas luzes. Ter contato com seres extraterrestres ao meu lado, como ele queria, nunca aconteceu.
Eu vi o Urandir enganar os outros com naturalidade. No início ele dizia que tinha poderes mentais. Depois, passou a dizer que eram os ETs que davam poder a ele
Você o viu realizando algo com seus dons paranormais? Sim. Realmente ele é um paranormal e é verdade que ele entorta garfos e metais. Mas ele não era um contatado, como ele afirma hoje para todo mundo. Nos primeiros dias que ele passou na Boa Sorte, hospedado em meu sítio, ele insistia para que eu o ajudasse a ter contatos. Chegava a me desafiar, muitas e muitas vezes, dizendo que eu não tinha contato nenhum, que não conhecia ET nenhum e que tudo o que tinha ouvido falar a meu respeito era mentira. Fazia de tudo para me irritar e, assim, fazer com que mostrasse uma luz para ele…
Ele ficou hospedado no seu sítio, junto de sua família? Ele se hospedou por quase dois anos lá. Ele me pediu para ceder um garimpo para ele nas imediações do riacho que passa pela propriedade, pois lá tem ouro e diamante. Ele achou que poderia localizar as pedras com seu poder mental, só que ele se enganou. O Urandir poderia entortar garfo, metal e até um carro, se quisesse, mas as pedras e minérios ele não acharia dessa forma porque os extraterrestres não deixariam. Então ele ficou garimpando por mais de seis meses e não conseguiu achar uma pedra sequer.
Foi nessa época que você descobriu que o Urandir sabia fazer mágica? Como você chegou a essa conclusão? Numa certa ocasião, ele fez um show para as crianças da Colônia Boa Sorte. Mas era tudo truque de mágica que ele conhecia. Não tinha nada a ver com paranormalidade. Foi aí que vi que ele poderia enganar os outros com mágicas, dizendo ser fenômenos gerados por poder mental.
Mas você chegou a vê-lo fazendo truques de mágica e dizendo que era poder mental? Várias vezes. Eu o vi enganando os outros com a maior naturalidade. Era espantoso. Ele dizia para as pessoas, no começo, que era sua paranormalidade que fazia com que tivesse poderes. Depois, conforme foi conhecendo um pouco de Ufologia, passou a dizer que eram os ETs que davam a ele o tal poder. Mas isso é um absurdo, pois o Urandir mal conseguia ver as luzes que apareciam no sítio…
Recentemente, passei por um fato extraordinário junto à minha esposa. Foi quando uma sonda entrou em nosso quarto e ficou girando próximo ao teto por muito tempo. Ela ficou inconsciente
Mesmo assim, você estava ao seu lado quando ele viu as tais luzes? Uma vez nós dois vimos do alto de uma colina uma luz cruzando o horizonte. Foi a única coisa que ele viu ao meu lado, em mais de um ano e meio que ele passou por lá. Mas sabe por que os extraterrestres não apareciam para ele? Porque ele era um comerciante que estava querendo ganhar dinheiro com isso. Eu sabia disso e os ETs também.
Você se sentia à vontade ao lado de Urandir? Eu sabia que se eu não me cuidasse, ele seria um problema. Por isso não contava tudo para ele e nem falava de meus contatos mais profundos. Mas dizia para ele como deveria proceder se quisesse mesmo ver ETs. Eu queria que o Urandir fosse uma pessoa fraterna, capaz de usar seus poderes mentais para ajudar os outros, sem pensar em lucro financeiro com isso. Aí sim eu ficaria ao seu lado! Mas infelizmente seu ego e sua ambição impediram que ele se transformasse numa pessoa pura e usasse seus fenômenos para o bem.
Por que você acha que ele queria ter contatos com ETs? Para ganhar dinheiro. Isso seria o máximo que poderia acontecer para ele, pois ele não pensava noutra coisa! Mas o Urandir não me falava assim, dessa forma. Ele dizia que se nós nos uníssemos, eu com os contatos e ele com seus poderes paranormais, ficaríamos milionários. Ele sonhava em ganhar rios de dinheiro…
Ele chegou a mencionar que planos tinha para ganhar dinheiro ? Às vezes ele dizia como planejava enriquecer com esse assunto dos UFOs. Numa ocasião, ele disse que nós íamos ter mansões, carros, aviões etc., tudo contando para os outros que nós éramos contatados por ETs. Então falei para ele que ter uma casa grande era bom, ter um carro novo também, mas que eu não queria isso na vida. A minha paixão era falar de amor para as pessoas e de fraternidade na Terra.
Mas você era amigo dele até pouco tempo atrás, certo? Eu fui, até uns três anos, porque eu queria que ele mudasse. Infelizmente, tive que desistir de ter essa esperança. Foram muitas coisas desagradáveis por que passei ao seu lado que não valem nem a pena dizer. Para se ter idéia, nessa fase havia um grupo de pessoas que se juntou a nós para uma causa comum. Mas não durou muito, pois logo começaram a haver brigas entre ele e o grupo que nos ajudava por causa de dinheiro.
Ele tinha um grupo quando foi te procurar na Colônia Boa Sorte? Não, ele chegou sozinho. Aqueles que se aproximaram dele, no início por curiosidade, eram meus amigos, gente que ajudava lá nas Furnas. Mas quando o dinheiro começou a circular, com os shows e palestras em que havia truques de mágica, eles passaram a ser amigos dele também. Foi nessa fase que Urandir veio para mim com uma estória de que havia tido um contato com um ET na noite anterior e que o ser lhe havia dito que a partir daquele dia ele, o Urandir, seria o líder do grupo. Eu teria que fazer as coisas como ele queria!
Você ainda estava morando no sítio quando ele falou isso? Não. Tanto eu quanto ele já estávamos morando em Campo Grande. Isso foi há uns três anos. Mas eu tinha certeza de que era mentira, de que aquela estória era puro jogo psicológico dele.
Por que você acha isso? Porque o Urandir precisava achar uma forma de me dominar. Ele não conseguia ter contato algum com ETs e deve ter pensado que, se não me dominasse, eu não iria ajudá-lo em seu plano para ganhar dinheiro. Ele disse que o ser que o visitou falou para ele que eu tinha que fazer o que ele quisesse. Mas eu não aceitei isso.
O que ele queria que você fizesse ou dissesse? Ele queria que eu falasse em público somente aquilo que ele quisesse, inclusive mentiras sobre os seus fenômenos. Oras, eu nunca precisei mentir sobre isso, por que iria começar agora? O Urandir estava desesperado porque não tinha contatos e ele precisava mentir dizendo que tinha tido! Ele queria que eu dissesse em público que os ETs tinham dado ordem para ele me comandar daquele momento em diante.
Vocês brigaram por causa disso? Como foi o afastamento entre vocês? Não. Nós não brigamos e nem sequer nos desentendemos em público. Apenas eu percebi que ele não tinha tido contato algum e que só queria me usar com truques baixos. Então simplesmente desapareci da frente dele, sem dar qualquer notícia. Só avisei a um amigo nosso que a partir daquele momento eu estava desligado do Urandir. Disse que era para ele seguir sozinho e fui procurar viver minha vida normalmente, como sempre fiz.
O Urandir conta para todo o Brasil que teve uma experiência quando tinha 13 anos de idade, sobre um morro, numa determinada noite, em que apareceu um ET para ele. Essa história è exatamente igual à que você diz que teve em Sidrolândia, quando também tinha 13 anos. Como você vê isso tudo? Olha, como nós convivemos bastante tempo juntos e fomos amigos, houve épocas em que eu confiava bastante nele. Tanto que acabei contando certas partes da minha vida, inclusive esse contato. Mas sabe por que eu contei isso a ele? Porque eu queria que o Urandir visse a beleza que existe nas visitas desses seres extraterrestres e que se transformasse numa outra pessoa. Eu queria que ele procurasse fazer o bem para as pessoas, ajudar o próximo. Eu achava que ele ia acabar desistindo dessa idéia de só ganhar dinheiro, mas ele não pensava assim. É uma pena. Isso me entristece. Mas ele sabe que quem teve esse contato fui eu. Ele copiou não só esta experiência minha, mas muitas outras, que hoje conta por aí como se fossem dele… Mas tenho certeza de que o Urandir deita em sua cama, põe a cabeça no travesseiro e sua consciência lembra que fui eu quem lhe contou aquela experiência lá no Morro Canastrão.
Quando vocês eram amigos, chegaram a fazer palestras sobre Ufologia juntos em vários lugares do Brasil. Isso é correto? Sim. Nós fizemos algumas palestras aqui e ali. A mais importante foi na Universidade Espírita do Paraná, em Curitiba [Campus Universitário Bezerra de Menezes], que havia me convidado. Mas como o Urandir estava sempre ao meu lado, ficava chato ir sozinho para Curitiba. Afinal, éramos amigos. Então chamei-o para viajar comigo e resolvemos falar sobre paranormalidade e Fenômeno UFO.
E o que foi que aconteceu nessa palestra que vocês deram? Tinha mais de 400 pessoas lá e ele deu um curso de poder mental de seis horas. Isso era uma coisa que ele fazia bem, pois tinha lido muito a respeito. Eu tive uma hora para fazer a minha palestra de Ufologia. Depois dessa palestra, nós nos apresentamos várias vezes juntos.
Vocês tinham um grupo ou uma equipe que os apoiava? Éramos nós dois e mais quatro pessoas que nos ajudavam.
Nas vezes em que você se apresentou com o Urandir, você o viu fazer os truques de mágica e prestidigitação dizendo que teria aprendido isso com seres extraterrestres? Em todas as palestras que fizemos juntos ele nunca disse que havia tido contatos com extraterrestres. E não tinha mesmo! Enquanto estávamos juntos, eu era o contatado e ele o paranormal. No entanto, a partir do momento em que eu me separei dele, ele passou a assumir também a personalidade de contatado, senão seus planos iriam por água abaixo. Por isso passou a usar histórias idênticas às minhas, e inventou outras. E como as pessoas são crédulas nessas coisas, acabaram por acreditar nele. Mesmo assim, Urandir ficou mais de um ano tentando fazer com que eu voltasse. Mas eu desapareci por completo…
Você não tinha medo de arranhar sua reputação em função de estar se associando a uma pessoa que se utilizava de truques de mágica como se fossem paranormalidade? Sem dúvida. Foi isso que me fez tomar a decisão definitiva de nem mais falar com ele, cortar nossa relação por completo. E isso dura até hoje!
Mas ele ainda o procura e o quer de volta nos shows que ele dá? Ele sempre me procura. Há pouco tempo mandou um de seus funcionários atrás de mim e propôs uma porcentagem nos lucros das atividades que ele tem feito, para que pudéssemos trabalhar juntos. Mas eu recusei imediatamente. O negócio dele é somente dinheiro!
Depois que a UFO denunciou as fraudes do Urandir no ano passado [UFO edições 52, 54 e 56], tendo você nos ajudado a constatá-las, ele chegou a ameaçá-lo ou a prejudicá-lo de alguma maneira? Olha, não houve uma ameaça violenta até agora. Mas eu tive que ficar acoitado, porque houve uma pressão para que eu me calasse. Até hoje tenho muito cuidado, pois ainda acho que é perigoso para eu falar sobre isso. Ele é uma pessoa perigosa que pode revidar violentamente essas declarações – o que pode significar até a minha morte.
Lembra-se do fato ocorrido na propriedade de Urandir, quando você viu dois funcionários dele portando canetas laser em cima do morro [edição UFO 52], levando as pessoas a crerem que se tratava de UFOs? O que exatamente você viu naquela noite? Aquela foi uma situação muito triste e bastante perigosa. Naquela noite em que eu, o Gevaerd e a equipe da TV Educativa de Mato Grosso do Sul subimos o morro no sítio do Urandir, para ver o que eram as tais luzinhas que ele dizia serem UFOs, surpreendi-me com os truques que ele estava fazendo. Eu havia pedido ao Gevaerd para correr na frente, mas com a lanterna apagada, para não chamar atenção. E pedi ao câmera da tevê para me acompanhar. Porém, como sou mais magro, acabei indo na frente de todo mundo. Os sujeitos que estavam com as canetas laser fazendo os truques lá no morro estavam acompanhando o que acontecia embaixo, tendo a lanterna como referência, e nunca imaginariam que alguém iria no escuro até onde estavam…
O que aconteceu quando você chegou lá? Você os reconheceu? Não deu para ver quem eram, mas eles levaram um grande susto quando me viram, e apagaram as canetinhas imediatamente. Depois chegou o Gevaerd e a equipe da tevê. Mas aí os caras já tinham se deitado no chão e sumido, arrastando-se pelo mato. Eu vi – e ninguém vai dizer que não – duas pessoas do grupo do Urandir manejando canetas laser.
Você se sentiu como se o Urandir o tivesse enganado? É. Mais uma vez eu me senti enganado. Eu me senti assim também quando me separei dele, e ele sabe disso, pois tem consciência de que tentou me tapear em muitas coisas. Naquela noite, lá nas Furnas, ficamos eu, o Gevaerd e o pessoal da tevê umas três horas insistindo com o Urandir para que ele nos mostrasse alguma coisa, mas ele não queria. Ele estava com receio de que nós fôssemos descobrir seus truques. E foi exatamente isso o que aconteceu. O pior, no entanto, é que ele continuou insistindo nas farsas mesmo depois de ser desmascarado…
Você acha que o Urandir está no caminho certo hoje? Deus perdoa todo mundo e há de perdoá-lo também. Quanto a mim, eu tenho a consciência tranqüila, pois não participei dessa sujeira e não desejo o mal para ele. Sei que ele deve estar muito furioso com as coisas que estou dizendo aqui, mas essa é minha obrigação e não vou mentir sobre isso. O Urandir deveria pensar mais nas pessoas, em seus sentimentos, e não só no dinheiro que elas lhe dão.
Está certo, chega de Urandir. Vamos falar de outras coisas agora, e uma delas é sobre uma determinada experiência que sua nova companheira passou ao seu lado. Como foi isso? A minha nova companheira é muito especial porque nossa afinidade também está ligada ao Fenômeno UFO. Eu fui avisado de que iria me encontrar com essa pessoa muito antes disso acontecer, e sabia que íamos nos dar muito bem.
Como ela encara essa sua vida envolvido com UFOs, luzes misteriosas e seres extraterrestres? Ela vê isso com bons olhos. Inclusive, numa certa noite, ela me disse que queria muito ver uma luz ao meu lado. Ela argumentou que estava sempre comigo, mas que nunca via nada. E me falou: \”Olha Lúcio, eu já ouvi um monte de histórias suas, mas estou enjoada. Eu quero ver alguma coisa com meus próprios olhos\”.
Dito e feito! Naquela noite ela teve uma experiência chocante.
Vocês viram um disco voador? Mais ou menos. Quando ela me falava de sua vontade de ver UFOs, eu sempre dizia que tudo tem a sua hora certa – embora ela achasse que já estava preparada para um contato. Todas as pessoas que me acompanham passam por um processo, pelo qual ela também passou. Principalmente porque nosso encontro não é apenas de um homem com uma mulher. E também para desenvolver um trabalho em prol da Humanidade com relação ao Fenômeno UFO.
Você vai nos dizer então o que aconteceu com ela? Claro. Nós estávamos no apartamento em que moramos, deitados na cama e conversando tranqüilamente, quando senti que os ETs estavam ali. Como das vezes anteriores, senti que tinha uma nave ali por perto. Aí eu achei que essa era a oportunidade certa e perguntei se ela realmente queria ver um extraterrestre. Ela respondeu que sim e de repente uma luz entrou no quarto em que estávamos.
Era um disco voador ou algo assim que entrava pela janela? Não, era uma sonda que atravessou a parede. Esse objeto trazia um ser em seu interior e começou a percorrer o quarto. Achei que minha companheira pudesse ficar assustada, mas ela olhou para cima e falou: \”Você está vendo o que eu estou vendo?” Eu estava vendo, mas disse que não, para que não entrasse em pânico…
Você estava com a luz apagada? A luz estava apagada, mas a tevê e outros aparelhos estavam ligados. A sonda ficou próxima ao teto, pairando suavemente. Era do tamanho de um ovo e se movia para cima, para baixo e para os lados.
Sendo tão pequena, como é que cabia um tripulante dentro dela? Não sei. Este é um detalhe muito difícil de explicar pela tecnologia que nós temos aqui na Terra. Eu só sei que senti que havia um ser dentro da sonda. Essa máquina é construída com uma tecnologia super avançada em relação à terrestre. Acho até que esses seres dominam a matéria e são capazes de diminuir e aumentar de tamanho quando bem entendem…
Como a sua companheira reagiu àquilo que estava acontecendo? Ela entrou em pânico. Apertava meus braços e dizia que era uma luz, que era estranha… Para tranqüilizá-la, eu disse que aquilo não era nada, que ela estava vendo coisas, mas a luz continuou bem ali, na nossa frente. E que ela só tinha visto coisas assim em sonhos, nunca ao vivo.
Ela era cética com relação a esse tipo de fenômeno? Ela não acreditava muito, mas o que podia fazer agora? Ora, ela estava vendo aquela luz ali no quarto. E a sonda permaneceu por um longo tempo flutuando. Nisso, achei que podia aprofundar um pouco as coisas, pois sempre tive vontade de mostrar um extraterrestre para ela. Então, perguntei se queria ver um, mas que, para isso, ela teria que largar meus braços. Era necessário que ela não tocasse em mim para que a energia da sonda e do ser em seu interior não passasse para ela.
E aí, o que foi que aconteceu com vocês? Ela largou seu braço? Não, não largou. Por isso foi impossível ela ver o ser, e a luz ficou por mais umas duas horas no quarto, até que foi embora. Depois dessa experiência, minha companheira passou a crer seriamente nas coisas que falo sobre UFOs e extraterrestres.
Ela teve outras experiências ufológicas depois disso? Sim, ela viu várias vezes as luzes no sítio lá nas Furnas, que visitamos regularmente. Mas nunca mais teve outro contato com algo tão próximo.
Quando a sonda ainda estava presente, que tipo de efeito ela causou no ambiente ou nos aparelhos elétricos? Enquanto a luz permaneceu no quarto, entrou uma outra luz prateada que clareou tudo como se fosse dia. E um tipo de luz que eles colocam para a sonda poder penetrar em determinados ambientes. Em seguida, acabou a energia do frigobar, do ventilador e da televisão. Aí a luz se misturou com a dourada…
Qual é seu pensamento, hoje, sobre o que os ETs estão fazendo na Terra? Eu sei que eles precisam de determinadas coisas de nosso planeta para o desenvolvimento de sua tecnologia. Eles têm um Deus, que é o mesmo que o nosso, só que sabem bem mais do que nós sobre Ele. Os seres extraplanetários que me contatam estão tentando nos ensinar sobre esse Deus e nos preparar para o que vai acontecer ao nosso planeta.
O que vai acontecer à Terra? Eles falaram algo sobre isso a você? Por volta do ano de 2020, disseram-me, a Terra vai sofrer uma modificação em seu eixo, devido a um grande meteorito que está vindo em nossa direção. Ele não vai se chocar com o planeta, mas vai passar perto o bastante para mudar todo o clima da Terra. Haverá terremotos, maremotos, grandes tremores por todo o mundo, rachaduras no solo, vulcões entrando em erupção etc. Será uma catástrofe muito grande. Isso tudo eles me disseram em pensamento, telepaticamente, nas muitas vezes que me visitaram.
Ao mesmo tempo em que falavam isso, eles mostravam as cenas dessas tragédias? Sim. Enquanto eles me falavam, mostravam imagens de tudo, como se fosse uma televisão na minha cabeça. É engraçado… É como se eu tivesse asas como um pássaro e estivesse voando sobre a Terra no ano de 2020, vendo tudo isso acontecer. Eu vi casas e prédios sendo destruídos, rachaduras surgirem no chão, gelo descongelando nos pólos. Vi também o mar revoltoso, com ventos varrendo tudo o que encontravam pela frente.
Você pôde ver como os homens reagiram a tudo isso? Eu pude ver também as obras do homem, como bombas e armamentos, explodindo em tudo que é lugar, como uma grande guerra. Mas os ETs já estão intervindo em nosso planeta, pois não querem que isso aconteça por ser fatal para a Terra.
O que você espera para o futuro? Novos contatos, ou você acha que já cumpriu sua missão ? Eu sei que vou continuar tendo contatos por um determinado tempo e que, daqui para frente, vou falar cada vez mais sobre isso para um número ainda maior de pessoas. Eu sei que continuarei essa minha missão enquanto durar a minha existência terrestre.
Você falou que está construindo algo na sua propriedade na Colônia Boa Sorte. O que é? Estou fazendo galpões, refeitórios e uma infra-estrutura para receber todas as pessoas interessadas em estudar os UFOs, de todas as partes do Brasil e do exterior, gente que queira ter uma oportunidade de tentar um avistamento ou contato com ETs. Esse local também será usado para eu poder falar às pessoas sobre um amanhã melhor, trabalhando para uma conscientização do que será o futuro de nosso planeta.
Você está criando condições para que as pessoas possam freqüentar o local e ter experiências ufológicas. Mas isso vai estar aberto a qualquer pessoa? Sim. A toda e qualquer pessoa que desejar, que se interessar. Creio que tudo já deverá estar pronto a partir de setembro ou outubro deste ano, quando estaremos aptos a receber visitantes que queiram buscar a verdade conosco.
Você tem essa propriedade há 14 anos, que é um local bastante distante. O curioso é que, apesar de existir uma quantidade imensa de terra em todo o planeta, o Urandir foi comprar justamente o sítio ao lado do seu. E pelo que sabemos, ele está construindo lá o mesmo que você pretende fazer em sua propriedade. Você não acha que isso é um pouco conflitante? É muito conflitante. Entretanto, eu não estou fazendo isso para prejudicá-lo, ainda mais porque ele desenvolve um trabalho muito diferente do meu. Eu vou realizar meu objetivo sem sequer pensar que o Urandir existe ou que é meu vizinho de cerca. Ele está ganhando muito dinheiro com gente que acredita em seus contatos, e tem condição de fazer construções bonitas na terra dele. Eu não! Eu estou lutando com dificuldade para construir coisas simples no meu sítio. Mas meus objetivos são verdadeiros e voltados para ajudar os outros. Não quero dinheiro com isso, como nunca quis, nem mesmo quando tive ofertas. Quero realizar meu sonho e cumprir minha missão.
Mesmo assim, você está ciente de que isso representa um risco, ainda mais se você tiver sucesso em sua empreitada? Existe risco, sim. E muito! Porém, se algo me acontecer, as pessoas saberão quem é meu agressor. De qualquer jeito, estou ciente de que quando essa entrevista for publicada, um número muito grande de leitores vai me procurar para tentar me conhecer e à minha propriedade.
Pode ter certeza de que muita gente vai escrever e telefonar para você. Por isso, é bom dar o endereço a quem estiver interessado… Será um grande prazer atender os interessados neste projeto, que podem escrever para o endereço: Rua dos Guaranis 575, Jardim Imá, 79150-150 Campo Grande (MS). O telefone (067) 922-5372. Vou tentar dar atenção especial a cada pessoa que me ligar ou escrever.