As alternativas que se apresentam sobre o espinhoso tema Ashtar Sheran, após a reunião de todos esses dados envolvidos e aqui mostrados, parecem resumir-se a dois aspectos básicos. O primeiro refere-se à necessidade de?comprovações sobre a existência ou não do suposto ser. Tais evidências dificilmente serão encontradas de forma tradicional, como a pesquisa acadêmica está acostumada. Ou seja, existe um erro básico dentro da Ufologia que insiste em que o Fenômeno UFO e suas extensões sejam apenas um problema científico. A ciência se preocupa com a observação de fenômenos naturais que se repetem e sua posterior descrição, através da reprodução ou compreensão das partes que nele integram. Se, por um momento, admitirmos que alguns dos UFOs são pilotados por extraterrestres, isso de imediato implica em que o fato está fora e muito além do âmbito da ciência tradicional, principalmente das chamadas ciências exatas, já que não obedeceria a regras específicas, aleatórias ou repetitivas, pois está sendo operado e controlado por alguém.
Esse “pequeno” detalhe já invalida toda a parafernália de metodologia científica vigente. É fácil estudar um pássaro ou sapo em seu habitat natural. Não existe problema em capturá-los e dissecá-los em laboratório, sendo possível concluir como funcionam. Porém, não se pode realizar os mesmos procedimentos com aquilo que não responde a instintos naturais, que é controlado e manipulado por alguém. E é nesse ponto em que insisto: precisamos avançar em muitos sentidos para sermos capazes de compreender os UFOs e os ashtares sherans que se manifestam de várias formas. Estamos diante de um fenômeno social de larga escala, que já conseguiu causar sérios e irreversíveis estragos no sistema de crenças das pessoas.
O astrofísico Jacques Vallée já tinha alertado que isso poderia ocorrer se a comunidade científica não começasse a se aproximar do Fenômeno UFO, para estudá-lo e compreendê-lo, como toda causa de origem desconhecida pede. Tal afirmação foi apresentada durante sua palestra na Organização das Nações Unidas (ONU), em 1978. Observo que o assunto Ashtar Sheran é um grande sinalizador da existência de algo ou alguém muito mais inteligente do que nós, que pode estar simplesmente jogando com aquilo que temos capacidade para processar e compreender – quem sabe seja até uma questão de táticas de guerra psicológica. Qual é, para os ufólogos, a maior fonte de informação sobre a fenomenologia ufológica? Ela não se origina dos próprios objetos voadores não identificados – os UFOs –, mas das testemunhas e vítimas de contatos e abduções. Então, quem garante que a informação adquirida, seja em modo consciente ou através de hipnose regressiva, é fidedigna e não implantada por hábeis mãos mágicas?
“Hipótese da Trapaça Alienígena”
O segundo questionamento reside no fato de que pessoas de várias etnias e credos que mencionam ou fazem alusão ao suposto ser intergaláctico Ashtar Sheran não conseguem demonstrar nenhuma evidência concreta de sua existência. Tudo o que possuem são provas circunstanciais. Esse é um ponto crítico na questão. Muitos livros, estudos e teorias sobre Ashtar tendem a excluir quaisquer relatos que não se enquadrem perfeitamente em algum sistema teórico. Apesar de ser natural, essa prática pode ser contraproducente, uma vez que dados tidos como inconseqüentes ou simplesmente errôneos poderão mais tarde, na medida em que nosso conhecimento e compreensão forem se ampliando, passarem a ser significativos. Nunca poderemos excluir totalmente a denominada Hipótese da Trapaça Alienígena (HTA), que defende que seres de origem desconhecida poderiam estar manipulando de alguma forma a nossa realidade e o sistema de crenças, para manter o Fenômeno UFO como um assunto de loucos e mentirosos.
Quando falo de seres de origem desconhecida, também poderiam ser pessoas ou organizações da própria Terra que utilizariam os fenômenos ufológicos como eficiente álibi para executar testes militares e psicopatológicos, visando o controle de massas. Assim, estudar a existência de Ashtar e de outros supostos seres é um trabalho titânico e extremamente complicado, pois as variáveis são imensas e as possibilidades de se escorregar e enveredar por becos sem saída, muito grande. Para investigar esse assunto é necessário conhecer mais do que o lado científico da questão. O problema é muito mais de cunho sócio-cultural, e chega a ser preocupante.
Por outro lado, deixar o assunto de lado e considerá-lo simplesmente uma farsa ou coisa de lunáticos é realmente uma tentação muito forte, que não deixa de ser perigosa e leviana. Uma possível conclusão a que podemos chegar é a de que, se Ashtar é uma invenção ingênua, os rumos que ela tomou são preocupantes. Se foi algo intencional, foi muito bem bolado e planejado, pois se tornou um excelente sistema manipulador de mentes ao atuar justamente no arcabouço de crenças do ser humano – já que uma experiência de cunho transcendental tem grande impacto na transformação da realidade da pessoa.
Comandos autoritários anônimos
Se Ashtar Sheran foi ou é obra de inteligências extraterrestres, o assunto torna-se ainda mais delicado e sua pesquisa está além do estudo tradicional, exigindo uma abordagem multidisciplinar, assim como o tratamento das informações e conclusões tomadas da forma mais imparcial e impessoal possível. Sempre tendo em mente que provar a existência de tal entidade não revela que esse ser seria necessariamente um extraterrestre. Assim como um UFO não é sinônimo de nave extraterrestre e que em seu interior existam seres alienígenas. Aliás, nesse mundo altamente manipulável em que nos encontramos, deveríamos constantemente nos perguntar a quem realmente interessa provar a existência de vida inteligente e consciente fora da Terra?
Uma coisa é certa: o assunto Ashtar não é apenas cultuado por pessoas simples ou do povo, como dizem. Artistas e celebridades de renome internacional também estão envolvidas nisso. Todos, sem exceção, são pes
soas altamente manipuláveis e propensas a comandos autoritários anônimos, como bem definiu Erich Fromm em seu livro Medo a Liberdade [Editora Zahar, 1980] e, brilhantemente, Theodor Adorno, em The Authoritarian Personality [Personalidade Autoritária, Editora Harper & Brothers, 1950]. A classificação que se encaixa muito bem em vários aspectos da questão ufológica está na criação de grupos e seitas e no padrão seguido por muitos contatados, principalmente aqueles que se dizem extraterrestres em missão na Terra. Pode-se observar em grupos regidos por um comando central – seja extraterrestre ou não –, um verdadeiro fenômeno de transe hipnótico regressivo, onde a devoção, a cerimônia e a obediência são ditadas e utilizadas pelos membros de uma elite extremamente fechada.
O comportamento desses movimentos é psicologicamente contagioso, tanto no plano cultural quanto nas crenças sociais, espalhando-se dessa forma através da massa histérica, hipnotizada e da grande mídia. O psicólogo Gustavo Le Bom afirmou que, “num grupo, muitos sentimentos e atos são contagiosos. E contagiosos num nível que um indivíduo prontamente sacrifica seus interesses pessoais em função do interesse coletivo”.
Autoritarismo camuflado em boas intenções
Theodor Adorno dá conta da psicologia regressiva de grupos organizados, que se ajustam à característica de autoritarismo camuflado em boas intenções. O que acontece quando as massas são carregadas por uma propaganda messiânica não é uma expressão espontânea primária do instinto, mas uma revitalização quase científica de suas psicologias – a regressão artificial descrita por Sigmund Freud, em sua discussão sobre os grupos organizados. A coletivização e institucionalização do encantamento fazem uma transferência mais indireta. Porém, a hipocrisia da identificação entusiástica e a dinâmica da psicologia do grupo são tremendamente incrementadas, por sentirem-se pessoas especiais, participantes de uma experiência fascinante e, assim, se dispõem a fazer qualquer coisa – inclusive ir contra sua própria identidade e espécie. Quem assistiu ao filme Independence Day [1996] deve se lembrar que os colaboradores controlados por cultos aos UFOs eram aqueles que estavam no topo do primeiro prédio destruído. Temos trabalhos de peso que nos mostram bem esse lado do ser humano, o de pessoas autoritárias que adoram misticismo e poder. Se pensarmos um pouco, vamos enxergar esse tipo de conduta e postura em várias pessoas, bem aqui no Brasil. Algumas até famosas!
O conteúdo analisado de todo material que chegou às minhas mãos, como sendo procedente de Ashtar Sheran, descontados os prováveis mentalismos, filtros e paradigmas, mostra que algo de anormal está realmente ocorrendo e, como já disse, as origens podem ser várias – até apostaria muito em algumas. Um exemplo do erro de se tentar interpretar algo com uma visão limitada e de acordo com a nossa lógica, baseada no conhecimento atual, está na típica comunicação atribuída ao comandante intergaláctico, que entre os anos 50 e 60 alertava sobre os perigos da utilização da energia nuclear. Ora, alguns poderão dizer que isso é óbvio, pois todos sabem desses perigos. Mas é razoável discutir se nesse período alguém realmente sabia dos reais riscos envolvidos com a energia nuclear. Pelo que consta, foi depois do acidente na usina de Chernobyl, na ex-União Soviética, em 1986, que o terror atômico ficou realmente conhecido pelo público em geral.
Outros ainda dirão que, melhor do que alertar para os perigos da energia nuclear, os extraterrestres poderiam impedir o aperto de botão, o lançamento de uma bomba ou ainda inutilizar todas as usinas nucleares existentes. Será então que a função de uma suposta entidade alienígena é ficar intervindo como um anjo da guarda em tudo que os “moleques” humanos fazem de errado? Será que um pai ou mãe, que constantemente têm de intervir a favor de um filho, estão tendo um comportamento mais saudável do que alertá-lo e deixá-lo decidir seu próprio caminho? Limitar o desenvolvimento da criança, cerceando suas ações, é produtivo? E após a morte dos pais, quem irá conduzir o agora dependente filho? Quais são os limites da relação de dependência entre as formas de vida? E mais, ainda, quais são os limites de atuação de nosso livre-arbítrio? O que significa e como pode ser classificado realmente como uma interferência?
O que interfere mais, uma ação direta e concreta ou uma mensagem telepática, cuja origem real ninguém sabe? É complicado tentar colocar um padrão lógico e racional baseado em nossa maneira de pensar nas supostas atitudes de origem extraterrestre. Na minha opinião, essa não parece ser a melhor forma de atuar. Tal atitude somente tem provocado desastres. Mas também não posso deixar de observar que, na hipótese de estarmos mesmo sendo visitados por inteligências galácticas, nada garante que tais entidades saibam como devem proceder para se aproximar dos seres humanos. Esse ponto é crucial e peço que o leitor passe a fazer um pequeno exercício mental a respeito.
Atitudes de origem extraterrestre
Imagine que, hoje, em 2005, descobrimos que há vida em Marte e que ela poderia ser comparada à nossa na Idade Média. Assim, os marcianos seriam extremamente primitivos em relação a nós, os terrestres. Como já temos tecnologia para visitar o Planeta Vermelho, qual deveria ser nossa postura daqui em diante? O que faremos a respeito dos marcianos? Invadiremos Marte e seqüestraremos seus habitantes? Roubaremos suas riquezas ou faremos contato? Iniciaremos uma religião lá com o objetivo de ensiná-los como devem ser e se comportar? Quanto tempo demorará para que organizações civis terrestres – ONGs – façam suas próprias naves e desembarquem no planeta? Como as impediremos? Colocando o local sob “quarentena cósmica”? Ou nos apresentaremos aos marcianos como uma espécie de Ashtar Sheran e esperaremos até que tenham condições de estabelecer um contato profícuo que beneficie os dois mundos? Como o leitor pode perceber, esse exercício mental, embora aparentemente simples, se torna cada vez mais complexo à medida
que novas questões surgem.
Claro que não se está aqui defendendo a existência de Ashtar e outras supostas entidades e suas alegadas mensagens. Mas, sim, estamos tentando ampliar os limites de nossa ignorância frente a tão fascinante tema. Afinal, como diria o pesquisador Daniel Coleman, “a nossa realidade está conformada daquilo que somos capazes de sintonizar”. Infelizmente, não tem jeito. O cérebro humano é um simples detector de energia eletromagnética e toda informação que chega até ele é obtida pelo sistema nervoso central, que a obtém de sensores bioelétricos. Porém, como cada corpo biológico é diferente, as interpretações para um mesmo estímulo externo também o são. Felizmente, existem as chamadas percepções extra-sensoriais, isto é, que acreditamos serem “extra”, mas que, na verdade, estão inclusas no pacote genético humano. Apenas ainda não aprendemos a utilizar corretamente esses sensores intuitivos e, sem utilizá-los de maneira adequada, com freqüência, nossas concepções se interpõem às percepções.
Ao longo desse trabalho, com certeza inacabado, tentei traçar o início das referências à entidade Ashtar Sheran como um acontecimento que pode ter sido real ou não, mas que tomou inúmeros caminhos, versões, interpretações, acréscimos e cortes de acordo com a cultura, ignorância e esperteza de quem recebeu ou viu nesse assunto uma maneira de ficar famoso e rico. Mostrei também como o público leigo, que não recebe a mínima explicação da ciência sobre o tema, fica literalmente perdido e passa então a duvidar dessa mesma ciência, da Ufologia e do Governo. Assim nascem as conspirações, as seitas e pseudociências, os cultos aos UFOs etc, que interpretam a realidade que estão percebendo da maneira que querem e acham. Como o ufólogo Joseph Allen Hynek já deixou bem claro, é difícil, senão impossível, entender o Fenômeno UFO se limitarmos as possibilidades de suas origens. É preciso encontrar uma nova fórmula para encarar o problema, e o primeiro passo é abandonar as idéias pré-concebidas.
Disparates, reputação e credibilidade
Como se costuma dizer nos meios acadêmicos, um pensador científico e objetivo que dá ouvidos a disparates acaba comprometendo sua reputação e credibilidade. Talvez seja mesmo verdade, mas observo ser essencial prestar muita atenção a todo tipo de prova ou evidência, se desejamos fazer avanços verdadeiros no conhecimento científico. Sim, pois à medida que a ciência avança, idéias antes vistas como absurdas podem se tornar ortodoxas da noite para o dia. Como disse uma vez o físico e ufólogo Alberto Carmo, o Fenômeno UFO é uma incógnita como outra qualquer. “E somente descobrimos se uma incógnita é válida ou não quando ela verifica a equação”. Para sabermos isso, devemos resolver tal equação. Falar que ela não existe, ou pior, que não tem solução, é uma heresia em termos de ciência. É o mesmo que ficar discutido se UFOs e Ashtar são ou não dignos de estudo científico. Na verdade, é uma questão de preconceitos interesseiros. A idéia é fácil de entender. Quando perguntaram a Wernher Von Braun por que ir até a Lua, algo que na época era uma loucura impossível, ele simplesmente respondeu: “Ora, porque ela está lá”.
A ONU e os discos voadores
Poucos se lembram que quase 15 anos já se passaram desde que uma das mais importantes reuniões da Organização das Nações Unidas (ONU) ocorreu para discutir o Fenômeno UFO. Um debate sobre o tema, na ONU, já havia ocorrido sob os auspícios do então secretário geral U Thant, durante sua gestão, entre 1961 e 1971, sendo posteriormente reatado pelo primeiro ministro de Granada, sir Eric Gairy. Gairy teve experiências com UFOs em 1975 e considerava que sua investigação científica deveria ser parte integrante das atividades da Organização, devido à sua importância mundial. Sendo assim, durante a 32ª Assembléia Geral do Comitê Político Especial das Nações Unidas para Uso Pacífico do Espaço Exterior, em 28 de novembro de 1977, Gairy, juntamente com o embaixador Wellington Friday, propôs o estabelecimento de uma agência ou departamento na ONU para promover, coordenar e disseminar os resultados das pesquisas sobre UFOs e fenômenos relacionados.
No dia 27 de novembro de 1978, durante a 33ª Assembléia Geral do mesmo comitê, estabeleceu-se finalmente uma agenda sobre o assunto UFO, passando-se a ouvir cientistas envolvidos com a investigação do fenômeno. Dessa reunião histórica participaram o ex-astronauta Gordon Cooper Jr., o astrofísico Jacques Vallée, ligado à NASA, o engenheiro Claude Poher, o astrofísico Joseph Allen Hynek, o tenente-coronel Lawrence Coyne e outras personalidades internacionais.
Durante a reunião, teve como número 126 da agenda oficial o item “discutir a possibilidade de se criar um departamento dentro das Nações Unidas para realizar, reunir, coordenar e distribuir informações e resultados da investigação sobre a presença dos objetos voadores não identificados”. Porém, curiosa e lamentavelmente, o departamento de estado dos Estados Unidos já se encontrava pronto para destruir essa possibilidade, uma vez que a delegação norte-americana não compareceu ao evento. Na oportunidade, Gairy alentado por uma favorável reação geral frente a suas propostas, insistiu quanto a necessidade de um trabalho científico a respeito do assunto, conclamando a ONU a adotar uma resolução oficial para desenvolver novos e mais profundos estudos da fenomenologia ufológica.
Mesmo com a intervenção e exposição das personalidades científicas presentes, o resultado foi negativo. No dia seguinte, um artigo no jornal The New York Post aparecia com a manchete Estados Unidos Veta UFOs na ONU, demonstrando a recusa norte-americana a qualquer atitude oficial frente ao fenômeno. Como conseqüência, durante a Reunião Plenária da ONU, realizada em 18 de dezembro de 1978, foi firmada a decisão número 33/426, que no item dois dizia: “A Assembléia Geral convida os estados-membros interessados a dar passos apropriados para coordenar em nível internacional a pesquisa e investigação científica sobre vida extraterrestre, incluindo objetos voadores não identificados. Informar o secretário geral das observações, pesquisas e avaliações de tais atividades”.
O item quatro desse documento especificava que o Comitê de Uso Pacífico do Espaço Exterior permitiria que o representante de Granada, Eric Gairy, apresentasse suas idéias no ano seguinte, durante a realização da 34ª Assembléia,
para a efetivação das deliberações. Porém, a delegação norte-americana mais uma vez boicotou os trabalhos, agora alegando não querer destinar qualquer tipo de investimento para esse fim – mesmo tendo gasto mais de meio milhão de dólares dos cofres públicos só na condução do tal Estudo Científico da Universidade do Colorado, realizado entre 1966 e 1968 e ficou conhecido como Colorado Project Report. Os EUA negaram sua participação e desaprovaram a tentativa de discutir o assunto por parte de outros países.
Coincidência ou não, naquele mesmo ano, o governo de Gairy sofreu um golpe através de uma revolução marxista, comandada por Maurice Bishop, que tomou o poder acabando de vez com a idéia de se criar algo na ONU para estudar o Fenômeno UFO. Mas o assunto não foi esquecido. Outra reunião da Organização ocorreu em 1992, quando o tema foi nova mas timidamente tratado, e mais uma vez não houve resultado significativo. Talvez se o assunto em pauta fosse para decidir invadir o Iraque ou aumentar o preço do petróleo, com certeza não acabaria sem uma decisão unânime. Pensar na possibilidade de existirem outros mundos habitados além do nosso, sempre foi um tema concebido apenas por filósofos, idealistas ou pelos adeptos a ficção científica, mas quase sempre negado pelas religiões. Autores como Júlio Verne, Herbert George Wells e muitos outros imaginavam, bem antes do século XX, uma vida extraterrestre dentro de um contexto tecnológico além de qualquer realidade. Porém, com alienígenas formatados dentro de um comportamento ambicioso e individualista, às vezes similar ao humano – quase sempre violento, agressivo e até com fixação por uma invasão para o domínio total da Terra.