Robert Lazar correu consideráveis riscos de vida ao levar seus amigos à área próxima a Groom Lake, de onde poderiam ver as naves durante os testes de vôo. Na noite de 6 de abril de 1989 eles foram pegos. Esperavam ver outro dos testes, quando um veículo com guardas da base aproximou-se deles. Lazar não queria ser pego com o grupo, pois isso complicaria sua situação na S-4, então escondeu-se no deserto. Os outros permaneceram no carro e, pouco depois, foram detidos na beira da estrada.
Os guardas da segurança aproximaram-se, vestidos com roupas camufladas, sem identificação e levando revólveres e metralhadoras. Chamaram a base pelo rádio e informaram a presença do grupo, que disse estar ali somente para observar as estrelas. Os guardas avisaram para não voltarem mais ao local, embora fosse uma estrada pública e não pudessem obrigá-los a ir embora. Lear explica a situação pela qual ele e seus amigos passaram: “Assim que os guardas se foram, Lazar saiu do esconderijo, mas eles estavam a uma certa distância vigiando-nos com binóculos de infravermelho. Ao que parece, nossa presença ali obrigou-os a cancelar o teste que iriam realizar”.
E Lear continua: “No caminho de volta para Las Vegas, o xerife local, que linha sido alertado petos guardas, nos deteve e pediu nossas identificações. Minha carteira estava no porta-luvas do carro e, quando fui pegá-la, o xerife viu que tínhamos uma câmera de vídeo, um telescópio e um contador Geiger. E claro que ele perguntou-nos o que fazíamos com aquele equipamento e tentei fazê-lo acreditar que estávamos olhando as estrelas. Infelizmente ele não acreditou e chamou a base pelo rádio, informando os números de nossas identidades, que foram colocadas no computador de segurança da Área 51”.
Após ficarem detidos por quase uma hora, foram liberados com a ordem de não voltarem mais ali. No dia seguinte, Lazar foi chamado para se apresentar no Campo Auxiliar da Força Aérea de Indian Springs, localizada a uns 50 km a noroeste de Las Vegas. O objetivo da visita era uma sessão de interrogatórios, que foi feita perante um agente do FBI.
Certamente, algumas pessoas envolvidas no projeto S-4 não estavam contentes com a atitude de Lazar, que explica o constrangimento pelo qual passou: “Ameaçaram-me, puseram uma pistola em minha cabeça e fizeram tudo para me amedrontar. Não chegaram a usar violência física, mas disseram que tinham o poder de me matar quando bem entendessem. Isso eu já sabia… e o pior de tudo é que se eu morresse ali, ninguém ficaria sabendo da verdade, pois eles forjariam um acidente qualquer”. De fato, o cientista estava em maus lençóis e precisava fazer o possível para não se complicar mais ainda na S-4.
Foi então que Lazar e seus amigos criaram algumas histórias falsas, com as quais explicaram sua presença no local. Uma delas era que tinham deixado Lazar junto a uma placa de Stop no alto do morro e que ele na realidade não queria ir. etc. Mas a história não convenceu as autoridades. Mais tarde, Lazar soube que seu telefone estava grampeado e que a segurança da S-4 escutara todas as suas conversas com Lear. A cada dia que passava, percebia que as coisas estavam se tomando mais difíceis.
Lazar leu atentamente todos os folhetos e apostilas que lhe foram entregues na Área S-4. Alguns desses papéis descreviam projetos de investigação altamente secretos como o Projeto Galileu, o Looking Glass e o Projeto Sidekick que pesquisavam, respectivamente, a operação de vôo dos discos voadores, a possibilidade de se ver o passado e o desenvolvimento de poderosas armas. Todos esses trabalhos estavam sendo executados à sombra de um projeto maior, o Overview.
Lazar não pôde lê-los todos completamente, e por isso concentrou-se nos que tinham informações pertinentes á sua área de atuação na S-4. Contudo, havia naqueles papéis muitas revelações alarmantes para o jovem cientista. Uma delas dizia respeito a um suposto intercâmbio de informação científica feito entre extraterrestres e cientistas americanos da Área 51. Esse intercâmbio, segundo os folhetos, teria resultado em uma luta, um grave tropeço bélico com muitas mortes.
Armazenadores de vida alienígena e diplomatas
O cientista tenta relatar o incidente: “De acordo com o que li, a luta ocorreu no ano de 1979. Não me lembro exatamente como começou, mas teve a ver com o pessoal da segurança. Os extraterrestres estavam em um aposento — ou em um nível — separado das demais dependências da Área. Os ETs não queriam que os guardas entrassem armados no local, pois julgavam correr grande perigo de explosão devido ao campo de energia que havia lá”. Explicando como iniciou a luta, conta: “Um dos guardas tentou entrar armado no local e foi morto pelos extraterrestres com um ferimento de origem desconhecida na cabeça. Então, outros guardas apareceram para ajudar seu companheiro. Neste momento iniciou-se a briga e lodos os guardas morreram da mesma forma que o primeiro”.
Também morreram os cientistas presentes na ocasião. de acordo com a informação do folheto, este incidente levou ao cancelamento do acordo entre os Estados Unidos e os extraterrestres no campo de testes de Nevada. Nos relatórios havia algumas referências com relação aos pequenos seres — possivelmente os que pilotavam uma das naves extraterrestres na S-4. Tais seres pertenceriam à espécie alfa-cinzenta, cujo lugar de origem, segundo os documentos, era Reticulum 4, o quarto planeta em órbita ao redor da estrela Zeta Reticuli 2, umas das duas estrelas que forniam o sistema estelar binário de Zeta Reticuli 1 e 2, na constelação de Rede ou Reticulum.
As duas estrelas do sistema são similares ao nosso sol e estão a 37 anos-luz da Terra. As estrelas Zeta Reticuli 1 e Zeta Reticuli 2 são consideradas pelos cientistas como as mais propícias para abrigar sistemas planetários como o nosso. Os papeis que foram entregues a Lazar durante suas visitas à Área S-4 indicavam também que a humanidade era o produto de periódicas correções genéticas praticadas pelos extraterrestres — mais ou menos 65 correções ao longo de toda a história da humanidade.
Para Lazar era difícil falar sobre essas informações. “E mais fácil entender as coisas quando você pode colocá-las em suas mãos e tocar, trabalhar com elas”, explicou. “Assim não há problemas. Mas, quando começa a ler uma grande quantidade de coisas que podem influenciar ideologicamente os seus conceitos, é preciso tomar muito cuidado. Você sabe, é difícil aceitar de uma hora para outra que fomos feitos por meio de correções progressivas na evolução… é preciso haver evidências sólidas. E nesse caso, a única evidência é que existe um documento extremamente secreto sobre religião, é uma apostila muito grossa e ampla. Não entendo por que motivo haveria documentos secretos sobre religião na S-4”, conclui o cientista.
Lazar disse, numa das entrevistas a Knapp, que os extraterr
estres nos encaram como seres armazenadores. “Talvez armazenadores de alma, de força de vida”, disse, “você pode usar a teoria que quiser, mas somos armazenadores e assim somos descritos nos documentos. A religião foi criada por eles para que tenhamos regras e regulamentos a serem cumpridos. Supostamente, Jesus e outros líderes espirituais foram geneticamente criados e implantados em gente da Terra e seus nascimentos monitorados bem de perto”, completou Lazar.
Finalmente, ele revelou que a situação entre humanos e extraterrestres ficou menos amigável após o confronto em 1979: “Algo que li nos documentos foi que a luta entre os ETs e o pessoal da base resultou numa cisão diplomática entre os dois lados. Depois do incidente, os extraterrestres foram embora e o governo começou o estudo das naves no local. Contudo, todos sabem que eles voltarão em breve, havia nos documentos uma data em código que não pude entender. O governo dos EUA tem uma certa preocupação a respeito”.
Logo após tornar públicas essas informações, Lazar recebeu várias ameaças de morte. Porém, ele acha que o governo não tinha interesse de tornar reais tais ameaças: “acredito que se fossem me fazer algum mal, não se preocupariam em anunciar isso publicamente”. De qualquer forma, as experiências vividas por ele não foram nem um pouco agradáveis, sendo que passou por momentos de grande medo. “Certa vez eu ia pela rodovia 15, ao norte de Charleston Boulevard e, ao dobrar a esquina, um automóvel branco colocou-se ao meu lado, abriram a janela e dispararam contra mim. Felizmente o tiro não me acenou — acho que fizeram isso só para me assustar…”, conclui.
As estrelas Zeta Reticuli 1 e Zeta Reticuli 2, da constelação do Reticulum, são as favoritas dos cientistas como prováveis portadoras de vida. Estão a 37 anos-luz da Terra e vários contatados já disseram que os ETs que os raptaram eram de lá, incluindo a famosa Betty Hill. Lazar também crê que alguns UFOs venham da constelação de Reticulum
OS ESTUDOS FEITOS NOS UFOs RECLUSADOS NA ÁREA 51 SÃO TOP SECRET
Nos últimos anos, aumentaram os rumores de que discos voadores foram vistos perto dos hangares da base de Nellis, conhecida como Área 51, em Nevada. Vários estudos sobre a natureza extraterrestre têm sido desenvolvidos naquele local, entre eles o Projeto Aquarius, cuja missão é fazer testes de vôo com naves extraterrestres recuperadas. Este projeto, ainda hoje, continua sendo desenvolvido em Nevada e está sendo praticamente impossível reter as informações secretas dentro da área. De fato, tem se tornado muito difícil para a segurança da S-4 controlar os segredos, principalmente depois que Lazar começou a contar o que sabia.
Mike Hunt, um outro cientista da S-4, também resolveu revelar o que viu. Ele estava classificado em nível Q na Comissão de Energia Atômica e fazia trabalhos ligados à técnica radial na Área 51 durante a década de 60. Numa das visitas aos hangares, afirma ter visto uma nave discoidal que teria sido enviada da base de Edwards para a Área 51. Mike também diz ter visto embalagens com as marcas Project Redlight e Edwards AFB. O cientista só ficou calado tanto tempo, porque sabia que a segurança naquela área era especial e em nível de segredo maior. Era muito perigoso desafiar uma estrutura tão poderosa.
Embora não lhe fosse permitido observar as manobras, Mike presenciou vários vôos e aterrissagens dos discos voadores. Disse que sempre recebia avisos da segurança como: “Dê o fora, isso vai aterrissar em alguns minutos” ou “vamos levar isso para fora do hangar” etc. Segundo o cientista, as manobras eram silenciosas e nunca ouviu ruídos provenientes das naves. Esse detalhe o levou a pensar que o sistema de funcionamento daqueles UFOs não envolvia motores e nem turbinas convencionais.
Outra testemunha dos discos voadores da S-4 foi Richard Shakleford, operador de radar da estação ao norte da área de testes. Ele afirma ter rastreado UFOs com freqüência no local, mas era-lhe ordenado que os ignorasse. Já o capitão Nunnallee, da 27a Ala de Interceptações Táticas, Base da Força Aérea de Cannon, no Novo México, recebeu relatórios dos guardas militares que afirmavam ter visto uma extraordinária nave mantida na Área 51. Segundo esses relatórios, os guardas apresentavam sérias desconfianças de que a origem das naves era extraterrestre.
Outro caso de um UFO visto na vizinhança da Área 51 foi relatado ao jornalista Robert Dorr por um membro do Centro de Inteligência Aérea (ATIC). A testemunha afirmou ter visto um UFO na área de testes e disse que, provavelmente o disco teria sido recuperado em abril de 1953, na costa leste dos EUA. De acordo com a informação, o objeto tinha uns 10 metros de diâmetro e era equipado com uma cabine semelhante à de um avião de combate. Seu sistema de propulsão estava destruído e a maioria de seus instrumentos, ainda que envolvendo materiais conhecidos, eram incompreensíveis para a época.
Ninguém poderia pensar que se tratava de uma nave interestelar, desenhada para operar a partir de uma nave mãe em órbita ao redor da Terra. Pelas suas dimensões e pelos restos das cadeiras nos controles de aceleração, percebia-se que foi projetada para levar uma tripulação de dois seres, aparentemente de formação humana, mas de tamanho menor. Os técnicos da S-4 levaram meses para reprojetar as poltronas e controles, de modo que um piloto humano coubesse no UFO. Aparentemente, os técnicos informaram que não conheciam nada sobre o mecanismo que fazia a nave decolar. Sabiam apenas que, certa vez, os oficiais da S-4 acoplaram duas turbinas de jato Write J-65 ao objeto, sendo testado em vôo entre 1953 e 1955. Porém, o teste não teve resultado prático algum, pois a tecnologia extraterrestre original ficara destruída no acidente.
TUDO É FEITO DENTRO DE UM MANTO DE SIGILO ABSURDO NA ÁREA 51
Os avistamentos de UFOs nas proximidades da S-4 continuaram por um bom tempo. Em 1977, um piloto voava no comando de um F-5 sobre a área, abaixo do avião havia um manto de nuvens encobrindo a visibilidade, o que fez com que ele voasse abaixo das nuvens antes de regressar à Base de Nellis. Neste momento passou a ser persegui
do por objetos que ele descreveu como discos voadores. Tais naves pareciam chegar por baixo do avião e forçaram-no a sair da área restrita. Ao chegar em Nellis, o piloto foi recebido pelo oficial da Força Aérea, que o levou a um setor de interrogatórios. No dia seguinte, agia como se nada tivesse acontecido, mas estava proibido de tocar no assunto.
Outros casos semelhantes aconteceram também em 1977, no setor restrito de Groom Lake. Durante um exercício Red Flag no campo de testes de Tonopah, um oficial voou em um nível mais baixo para escapar do radar e foi surpreendido por um disco voador. O objeto tinha uns 10 m de diâmetro e perseguiu o piloto durante alguns segundos. Logo após, o oficial ouviu pelo canal de emergência do rádio uma voz ordenando-lhe que abandonasse sua missão e retornasse à base.
Ao chegar na base, o avião foi cercado por funcionários vestidos à paisana. Eles levaram o piloto a um escritório e o interrogaram sobre tudo o que vira — um dos agentes tirou uma identificação, mostrando ser do FBI. Fizeram o possível para persuadir o oficial de que o que tinha visto era uma grande torre de armazenamento de água. Obrigaram-no a assinar uma declaração e mandaram-no de volta à base. Dias mais tarde, o piloto foi transferido para outro esquadrão, recebendo a ordem de não falar mais sobre o incidente.
O acobertamento de UFOs na S-4 já estava tão comprometedor, que as informações começaram a vazar, obrigando os militares a tomarem atitudes mais cuidadosas. O ufólogo Wendelle Stevens, junto ao investigador William Steinman, cita o caso de um índio Navarro que viu um grande helicóptero militar que emitia, através de alto-falantes, advertências para que ninguém permanecesse na área, pois seria realizado um teste perigoso. Isso aconteceu em um vale remoto, próximo aos terrenos restritos da Comissão de Energia Atômica dos EUA.
O helicóptero foi embora, mas regressou 15 minutos mais tarde, repetindo a advertência. O índio, porém, ficou no local para ver o que aconteceria. Após meia hora de espera, dois helicópteros apareceram escoltando um grande disco voador. De acordo com a testemunha, o disco “… era metálico de formato circular, com uma cúpula arredondada e voava em perfeita formação”. Os 2 helicópteros, juntamente com o disco, perderam-se de vista e regressaram alguns minutos mais tarde, mas desta vez sem o UFO. De repente, o disco reapareceu, voando a uma grande velocidade pelo centro do vale. Estupefato, o indígena relatou sua experiência aos anciões de sua tribo, que aconselharam-no a guardar silêncio absoluto — ordem que não foi obedecida.
Já na década de 80 surgiram mais rumores de que o terreno do lago seco de Groom Lake e a Área 51 estavam servindo de base de testes para naves extraterrestres. Os UFOs recuperados estariam intactos, sendo guardados sob o cuidado de pilotos militares especializados. Várias pessoas começaram a se aproximar das montanhas da região para ver os vôos dos supostos discos voadores e isso preocupava a Força Aérea. Foi então que os militares resolveram fechar o setor, apoderando-se ilegalmente de aproximadamente 360 km de terreno público ao redor de Groom Lake, para evitar que curiosos tivessem acesso à área. Grandes protestos foram feitos contra esta ação da Força Aérea, mas o Congresso dos EUA aprovou finalmente o projeto.
TESTES COM UFOs DEIXAM FERIDOS EM VÁRIOS ACIDENTES NA ÁREA 51
Em fevereiro de 1988, o repórter James Goodball da revista Gung-Ho entrevistou alguns pilotos militares que estiveram na Área 51 e pelo menos dois deles afirmaram ter visto estranhos objetos voando sobre a região. Estas testemunhas declararam que aqueles discos que voavam sobre o deserto de Nevada fariam babar até mesmo George Lucas, o produtor da série de filmes Star Wars. Para os oficiais, aquela era uma experiência sem precedentes: “Estamos testando veículos que desafiam qualquer descrição. Compará-los a um SR-71 Blackbird seria como comparar o desenho de um pára-quedas de Leonardo da Vinci com um ônibus espacial”.
O jornalista Goodball também escutou rumores de que alguns projetos de investigação da S-4 envolviam tecnologias de campos de força, sistemas de impulso pela gravidade e desenhos de discos voadores. As informações se difundiram tanto que várias pessoas chegaram a fazer filmagens dos vôos, inclusive equipes da televisão japonesa. Um aficionado por assuntos ufológicos, Gary Schultz, levou grupos de pessoas para a S-4 a fim de fazer observações e tirar fotos das naves.
Em 27 de abril de 1984, o tenente general Robert M. Bond morreu em um provável acidente de UFO. O oficial tinha 54 anos e era vice-comandante dos sistemas de comando da USAF. Nos relatórios sobre sua morte consta apenas que “uma nave da Força Aérea especialmente modificada” acidentou-se às 10h45 da manhã. A Força Aérea recusou-se a dizer que tipo de nave era pilotada por Bond na Área 51, mas com certeza era irregular, provavelmente um disco voador.
Existem ainda, embora com conseqüências menos graves, registros de outros incidentes relacionados à Área 51. Entre eles está uma perseguição a um grupo de curiosos, que aconteceu em 15 de maio de 1991. O que inicialmente seria uma viagem alegre e interessante transformou-se em uma aterrorizante perseguição que levou dois estudiosos do Fenômeno UFO a tomarem atitudes legais. Norio Hayakawa, coordenador do Civilian Intelligence Network e Gary Schultz, diretor da Secret Saucer Base Expeditions, dirigiram-se, juntamente com outras 13 pessoas, para a estrada 93 a fim de observar os estranhos eventos que vinham ocorrendo sobre as montanhas de Groom Lake, em Nevada.
Schultz fazia sua nona viagem ao local e Hayakawa, a sexta. Ambos tentavam descobrir se a Força Aérea estava realmente fazendo testes de vôo com UFOs recuperados ou capturados na área S-4, da Base de Nellis. O grupo tirou o equipamento do carro, preparou o lugar da observação e começou a vigilância, que se estendeu até altas horas da madrugada de 16 de maio. Por volta das 2h45 da manhã, um veículo aproximou-se do grupo, mantendo uma certa distância. Hayakawa e Schultz acreditam que o carro fazia parte da força responsável pela segurança da base militar ultra-secreta.
Cansados de esperar que algum disco aparecesse, Schultz, Hayakawa e seus amigos resolveram procurar outro ponto de observação às 4h10 da manhã. Estacionaram seus carros ao sul da estrada de Groom Lake e montaram novamente seu equipamento, recomeçando sua vigilância. O céu tinha começado a se iluminar, pressagiando o amanhecer. As 4h50, uma luz
brilhante alaranjada apareceu sobre as montanhas, flutuou por uns 20 segundos, moveu-se para a direita, flutuou novamente e, durante uns 15 minutos, aparecia e desaparecia no céu.
Mais tarde, decidindo tirar algumas fotos das placas de avisos proibindo a entrada na área, os dois estudiosos dirigiram-se com sua caravana para oeste, ainda na estrada de Groom Lake. A rodovia estava movimentada e puderam ver circulando vários caminhões brancos não identificados, fato que consideraram suspeito. Viram também uma station wagon com emblemas governamentais. Após alguns minutos na estrada, teve inicio a perseguição: de repente, um helicóptero negro, quase silencioso e sem identificação começou a circular sobre a caravana de automóveis.
O helicóptero passou a perseguir os carros, ficando somente a 3 m acima deles. Num certo momento, o carro da frente tentou acelerar, mas o helicóptero o perseguiu, quase aterrissando sobre o teto do veículo. Esta perseguição — absolutamente ilegal — durou uns 25 minutos e só terminou quilômetros depois da estrada de Groom Lake. No entanto, a odisséia não tinha acabado ainda: no final da estrada havia um veículo do escritório do xerife assistente Gary Davis. Segundo Hayakawa, o xerife ordenou que os ocupantes saíssem dos carros e pediu que entregassem suas habilitações, identificações e números de seguro social, que foram anotados cuidadosamente.
Após uma hora de detenção forçada e intenso interrogatório foi permitido que a caravana finalmente seguisse seu caminho. Dois dias depois do incidente, Schultz e Hayakawa levantaram queixa contra o Comando de Instalações do Complexo de Groom Lake, seção Área 51, Campo de Testes de Nevada — Base da Força Aérea Nellis na Corte Federal de Los Angeles. Muitos momentos da perseguição foram gravados cm vídeo e fotografados, de forma que o fato pôde ser comprovado perante a corte. Outros incidentes desse tipo continuaram ocorrendo na região por longo tempo, mas não há notícia de que nenhuma atitude judicial tenha sido tornada pelas vítimas.
Jornalistas investigam a vida íntima de Robert Lazar em busca de evidências
Bastou que Lazar começasse a fazer suas declarações no rádio e televisão de Las Vegas, para iniciarem as tentativas de desacreditá-lo. Tornou-se muito difícil para ele comprovar seu histórico acadêmico. Há evidências de que órgãos oficiais fizeram com que muitos dos dados sobre Lazar desaparecessem repentinamente. Quando contatou-se o hospital onde Lazar nasceu, em Coral Gables, Flórida (EUA), não foram encontradas as fichas e os documentos. Da mesma forma, ao se contatar as escolas e universidades que o cientista afirma ter freqüentado, ninguém soube dar nenhuma informação sobre ele.
Lazar diz ter freqüentado o Pierce Júnior College, na Califórnia, o Califórnia Institute of Technology (Caltech) e a Universidade do Estado da Califórnia, em Northridge. Afirma também ter recebido graus de doutorado em Física pelo Massachusetts Institute of Technology (MIT) e pelo Caltech, com teses em Magneto-hidrodinâmica e Eletrônica, respectivamente. Ainda que havendo confirmações de companheiros de que ele assistiu a estes cursos não foi possível encontrar provas oficiais destes fatos.
Lazar passou a ser boicotado por todos os lados e já estava se tornando um homem sem identidade social. Após as declarações na TV, até mesmo o Laboratório Nacional de Los Alamos passou a negar que Robert Lazar tivesse trabalhado ali alguma vez. Foi então que o repórter de televisão George Knapp e outros jornalistas começaram uma extensa investigação e conseguiram encontrar uma cópia da lista telefônica do laboratório de outubro de 1982 na qual aparecia o nome de Robert Lazar. Finalmente, havia sido encontrada alguma evidência sobre o cientista. Os jornalistas foram ao Laboratório Nacional e apresentaram a prova aos representantes, que foram obrigados a admitir que Lazar trabalhara lá, ainda que em projetos considerados “não sensíveis”.
Por outro lado, ainda que outros companheiros de Lazar em Los Alamos confirmassem que ele havia trabalhado no laboratório, alguns diretores do centro continuaram negando enfaticamente que o jovem cientista tivesse algo a ver com a instituição. Os ex-companheiros de Lazar afirmaram que ele realmente trabalhou lá em projetos secretos tais como o do programa de defesa Star Wars, Há também outras provas: na primeira página de um jornal interno do laboratório, publicado em 1982, há uma matéria sobre o auto-foguete produzido por Lazar (na ocasião em que conheceu o doutor Teller). O jornal também menciona seu trabalho nas dependências de Física de Mésons no Laboratório Nacional de Los Alamos. Finalmente, os formulários W-2 de contribuições sobre entradas de Lazar, guardadas pelo próprio cientista, também serviram como prova.
Foi uma formidável tarefa de investigação provar que Lazar trabalhou na Área S-4. Os oficiais de Inteligência da Marinha dos EUA negavam ter conhecimento de que Lazar tivesse trabalhado ali, mas inevitavelmente as evidências apareceram e o Escritório de Inteligência Naval teve que admitir o fato. Isto é evidente em sua folha de formulário W-2 de 1989, que foi localizada em agosto de 1990. Igualmente significativa é a referência a MAJ — a classificação de segurança Majestic que Lazar afirma ter tido na Área S-4 e que pode ser vista no número do Escritório de Direção e Orçamento de Los Alamos.
A Presença de Extraterrestres na Área 51
Durante a entrevista a George Knapp da Klass-TV, Lazar sempre dava respostas evasivas, fazendo o possível para não se comprometer. Quando foi indagado sobre a existência de seres extraplanetários na S-4 ele respondeu: “Não sei… realmente não sei se há. Mas uma vez eu ia passando pelo corredor e dei uma olhada numa das portas. As portas que dão para os hangares são menores que as dos corredores e têm uma janela de aproximadamente 20 cm com pequenos arames em seu interior. Olhei por casualidade, não esperava ver nada… porém lá dentro havia dois homens com trajes brancos de laboratório. Estavam olhando para baixo e conversando com um ser pequeno. Vi uma cabeça grande e calva, era um ser de braços longos. Fiquei surpreso ao passar e ver aquilo de repente, só dei uma olhada fugaz, pois poderia se pego. Mesmo assim não sei com certeza do que se tratava”.
Lazar explica que há várias hipóteses para confirmar o que viu. “Alguns dirão que era um extraterrestre. Eu ainda não estou certo… E que há tantas coisas naquele lugar e fazem tantos jogos psicológicos, que às vezes eu pensava que estava ficando perturbado… Pode ter sido apenas um boneco colocado na frente dos dois cientistas, e me fizeram passar por lá e olhar, só para ver qual seria minha
reação”.
Até que ponto Lazar falou a verdade? Tudo o que foi relatado por Lazar sobre os projetos da S-4 parece ser contundente e verdadeiro. Contudo, haverá alguma evidência que mantenha as alegações de que ele realmente trabalhou em tal projeto ullra-secreto? Vários testes com polígrafo foram aplicados em Bob La/ar e todos foram favoráveis, mas ainda assim não são conclusivos. De acordo com o examinador Ron Slay, ele parece dizer a verdade cm alguns dos testes e estar inseguro em outros. Para que a dúvida fosse sanada, Slay recomendou que um segundo examinador fizesse outro teste.
Terry Tavernetti, ex-oficial da Polícia de Los Angeles e perito em testes de polígrafo, foi indicado e fez outros quatro testes em Lazar. A conclusão a que chegou foi a de que Lazar não tem — e nunca teve — a intenção de enganar ou mentir. Tavernetti enviou os resultados a um terceiro poligrafista, que concordou com seu diagnóstico. Porém, um quarto especialista não foi da mesma opinião e disse que Lazar poderia estar dando informações recebidas de outra pessoa. Mesmo assim, a maioria dos peritos foram favoráveis a Lazar.
Porém, mesmo com essas evidências favoráveis, a situação se tornava cada vez mais difícil para o cientista da S-4. Após a realização dos testes com o polígrafo, o chefe de Tavernetti recebeu uma chamada telefônica vinda de uma agência governamental de grande importância. O interlocutor, que não se identificou, perguntou a ele o motivo pelo qual Tavernetti “estava se metendo em coisas com as quais não deveria se envolver”. O perito também teve sua casa arrombada em janeiro de 90, sendo que os ladrões não levaram nada importante, mas realizaram uma busca na residência.