A NASA, a Agência Espacial Norte-Americana, estabeleceu em 1958 sua estratégia para dirigir o programa de pesquisa aeronáutica e espacial dos Estados Unidos. Só para se ter uma idéia de suas dimensões, seu orçamento anual para atividades espaciais sempre foi maior do que o de vários países industrializados. Embora seja oficialmente uma Agência civil, a NASA colabora com a CIA, o Departamento de Defesa, a Agência de Reconhecimento Nacional, a Agência Nacional de Segurança e outras, e muitos de seus funcionários têm que passar por um treinamento de rígida segurança, visto que a maioria de seus programas tem um aspecto sensível e muito parecido com o de serviços secretos. A pesquisa de UFOs é um desses programas. A narrativa de como a NASA atua na área ufológica, secretamente, vai começar com os primeiros casos de naves extraterrestres detectadas pela Agência desde os pioneiros vôos do foguete-avião X-15.
Em 11 de maio de 1962, o piloto da NASA Joseph A. Walker admitiu que uma de suas tarefas na Agência era detectar objetos não identificados durante seus vôos, num avião modelo X-15 movido por um foguete, e referiu-se há 5 ou 6 objetos de formato cilíndrico que filmou durante seu vôo histórico, em que quebrou o recorde de 31 mil metros de altura, em abril desse mesmo ano. Walker também admitiu que essa foi a segunda ocasião em que filmou UFOs em vôo. “Eu não gosto de especular sobre isso”, disse durante a 2ª Conferência Nacional Sobre o Uso Pacífico da Pesquisa Espacial, em Seattle, Washington. “Mas tudo o que eu sei é que o que apareceu no filme não foi revelado depois do vôo” . A revista britânica Flying Saucer Review certa vez telegrafou para o quartel-general da NASA pedindo informações adicionais e cópia do filme feito por Walker, mas a resposta foi taxativa: “Objetos recentemente relatados pelo piloto Joe Walker foram identificados como sendo pedaços de gelo próximos da aeronave X-15. A análise de filmes feitos com câmaras montadas em cima do X-15 levou-nos a identificar dessa forma os objetos anteriormente não identificados… E infelizmente não temos mais cópias de fotos para fornecer”.
UFOs e Bruxaria – Em 17 de julho de 1962, o major Robert White, também pilotando um X-15 a uma altura de 36 mil metros, relatou ter visto à sua volta um estranho objeto. “Eu não tenho idéia do que poderia ser”, disse. “Era de cor cinzenta e tinha cerca de 30 a 40 pés de comprimento”. Segundo a revista Time, o major White relatou animadamente aos controladores de vôo da NASA, através de seu rádio de bordo, que “existem coisas estranhas lá fora. Absolutamente existe.\’ São reais!” A questão e fascinante, tanto que, em 1967, um cientista da NASA deu uma declaração no mínimo inédita para a época: “Há dois anos, a maioria de nós considerava os UFOs como algum tipo de bruxaria, um lado fraco do homem moderno. Mas tantas pessoas de ilibada reputação têm expressado confidencialmente seu interesse pela questão que eu não ficaria nem um pouco surpreso de ver a NASA começar um estudo sobre o assunto dentro dos próximos doze meses”. Mas começou antes, camufladamente. Um dos que mostraram interesse foi o Dr. Allen Hynek, que queria que a NASA usasse sua excelente aparelhagem de rastreamento espacial para acompanhar e documentar a entrada de objetos não identificados na atmosfera da Terra. O problema, no entanto, era que tanto naquela época como agora os aparelhos de tracking da NASA permanecem não disponíveis para atividades civis e públicas, pois são considerados ultra-secretos.
A tática da NASA é dizer que objetos estranhos vistos no espaço nada mais são do que fragmentos de outros foguetes – lixo espacial
Mesmo assim, sempre houve vazamentos e furos na tentativa de se manter a questão abafada dentro da agência espacial dos EUA. Por exemplo, em abril de 1964 dois técnicos de radar de Cabo Kennedy revelaram que tinham observado UFOs perseguindo uma cápsula espacial da série Gemini, sem tripulação. E em janeiro de 1961 foi relatado que o tracking automático da NASA foi direcionado para o rastreamento de um misterioso objeto que perseguiu um míssil Polaris sobre o Atlântico Sul. Nada disso abala a confiança da Agência em seu esquema de sigilo, no entanto. Em 1967, uma instrução normativa vinda da cúpula da NASA estabeleceu como deveriam ser os procedimentos oficiais para tratar-se de relatos de avistamentos de objetos não identificados pelos funcionários da entidade. No documento, os UFOs vistos no espaço deveriam ser descritos para o público e para a imprensa como “meros fragmentos, componentes ou partes de veículos espaciais conhecidos”. Ou ainda, quando vistos voando a baixa altitude, os funcionários deveriam alegar “tratar-se de restos de naves espaciais caindo sobre a superfície da Terra”. O documento também abrange “relatos de avistamentos de objetos que não têm nada a ver com veículos espaciais” – um modo eufêmio de colocar isso, certamente, mas a instrução interna é contundente. “É decisão do Kennedy Space Center responder a qualquer relato de avistamento de fragmentos de naves espaciais e objetos voadores não identificados tão logo possível… Em nenhuma circunstância a origem do objeto será discutida com o observador ou com a pessoa fazendo o relato, ou a reportagem (no caso de imprensa)”. E a situação permaneceu inalterada até hoje, mesmo com centenas de ocorrências de contatos visuais no espaço.
No entanto, em 1978 a NASA deu algumas informações sobre sua política oficial quanto aos UFOs em uma release para autoridades e congressistas. Embora seja um documento frio, há alguns pontos nele que denotam uma necessidade de reafirmar que a Agência não se envolve com UFOs. Vejamos o conteúdo dela: “A NASA é o órgão certo para responder questões públicas sobre UFOs dirigidas Casa Branca. Mas a Agência não está empenhada no programa de pesquisa de discos voadores, nem tem conhecimento de quaisquer outros organismos norte-americanos que estejam. Relatos de objetos não identificados entrando no espaço aéreo dos listados Unidos são de interesse militar, como parte das atividades regulares de defesa vigilante. Da mesma forma que a NASA, a Força Aérea dos Estados Unidos não mais investiga relatos de avistamentos de UFOs” [Editor: em várias correspondências que o CBPDV recebeu da NASA, sempre foi usado esse mesmo tom de resposta].
Em 1978, o grupo Citizens Against UFO Secrecy (CAUS) entrou com um pedido oficial de informação sobre um conjunto de relatórios da NASA intitulado Considerações e Estudos sobre UFOs, que teria sido preparado em associação com a CIA e publicado sigilosamente. Em sua resposta, Miles Waggoner, do Departamento de Informação Pública da NASA, negou a existência tanto do documento quanto de seus laços com a CIA: “Nunca houve reuniões formais ou qualquer troca de correspondência com a CIA”, disse. Mas o CAUS não se intimidou e continuou a inquirir a NASA sobre o ass
unto, recebendo como resposta para uma de suas sucessivas cartas a atenção do então administrador da Divisão de Relações Externas da Agência, Kenneth Chapman. Chapman explicou que os relatórios da NASA sobre UFOs tinham sido preparados somente por funcionários da Agência, mas disse “que a CIA tinha sido consultada por telefone para dizer se estava ou não ciente sobre alguma providência tangível ou física quanto aos UFOs em nosso planeta, providência essa que poderia ser analisada pela NASA”. Ainda segundo Chapman, esta conversa telefônica foi infrutífera, pois a CIA respondeu que não estava ciente de qualquer evidência a respeito dos UFOs, seja confidencial ou não.
Várias agências governamentais lideradas pela NASA investigam UFOs ativamente, infiltrando-se em grupos civis de pesquisas. Um deles é o UFO Reporting Center, de Rockville. Acredita-se que muitas grandes organizações ufológicas sejam “subsidiadas” pela NASA
Vazamentos – A declaração oficial dada pela NASA em 1978 – de que não estava empenhada no programa de pesquisa ufológica e nem sabia da existência de qualquer outra Agência governamental que estivesse – e comprovadamente falsa, como também é a informação de que a Força Aérea (USAF) não mais pesquisava UFOs. Em um documento secreto “vazado” de dentro de quartéis estratégicos da USAF, há referências de que o Serviço de Investigação Especial da Força Aérea (AFOSI), sediado na Base Aérea de Bolling, próxima à Washington, tem informações atuais sobre UFOs nos EUA. Esse documento, um dos milhares já vazados e que chegaram às mãos dos ufólogos civis dos Estados Unidos, faz uma interessante referência a um programa clandestino de pesquisa de UFOs, realizado por variados órgãos de governo e liderados pela própria NASA. O documento e datado de 17 de novembro de 1980 e inclui uma passagem bastante reveladora: “Várias agências governamentais, lideradas pela NASA, investigam ativamente ocorrências e avistamentos legítimos de UFOs nos EUA e outros países, através de organismos civis disfarçados. Um deles é o UFO Reporting Center, uma entidade ufológica de Rockville. A NASA está encarregada de filtrar e examinar relatórios de avistamentos para uso apropriado pelos militares.” Além de se infiltrar em grupos civis de Ufologia, a NASA mente descaradamente sobre seu envolvimento com UFOs, tanto que, há vários anos, mandei uma cópia do documento para a Agência e pedi explicações. Sua resposta foi: “Não temos informações em relação ao conteúdo de tal documento. Mas fomos informados que o mesmo não é um documento autêntico da AFOSI”. Embora a Agência e a AFOSI neguem a autenticidade desse documento, existem razões para acreditar que ele é substancialmente verídico.
Durante a campanha eleitoral de 1976, Jimmy Cárter revelou que ele próprio já tinha visto um UFO na Geórgia, em 1969, junto a várias testemunhas, antes de fazer discurso no Lions Club de lá. “Foi a coisa mais extraordinária que já vi”, contou aos repórteres. “Era grande, muito brilhante, mudava de cores e era quase do tamanho da Lua. Nós todos assistimos aquilo por uns 10 minutos, mas nenhum de nós podia ter idéia do que era. Uma coisa tenho certeza: nunca mais vou rir de pessoas que disseram ter visto objetos não identificados no céu”, concluiu.
O avistamento de Cárter foi ridicularizado por céticos e inimigos da Ufologia, tal como Philip Klass e Robert Sheaffer, que insistem que o objeto não era nada mais exótico do que o planeta Vênus. No entanto, Carter é físico nuclear e serviu ativamente como oficial num submarino nuclear da Marinha dos Estados Unidos. Ele simplesmente não poderia ter se enganado com algo tão prosaico como Vênus. Tais alegações dos céticos da Ufologia enfureceram o ex-presidente, que garantiu ao povo norte-americano durante sua campanha: “Se eu me tomar presidente, vou trazer a público cada pedaço de informação que esse país tem sobre alistamentos de UFOs e tornar o assunto acessível para o público e os cientistas”.
Reabrir Investigações – No entanto, embora o presidente Cárter fizesse todo o possível para cumprir sua promessa de campanha, a mesma foi frustada – e é claro que a NASA teve alguma responsabilidade em obstruir sua tentativa de reabrir as investigações. Quando o consultor científico de Cárter, Dr. Frank Press, escreveu para o administrador da NASA, Dr. Robert Frosch, em fevereiro de 1977, sugerindo que a Agencia devesse tornar-se o ponto central para a questão dos UFOs e que deveria realizar um simpósio global para se esclarecer o assunto, Press recebeu uma resposta desanimadora. O Dr. Frosch respondeu que “embora a NASA estivesse preparada para continuar a atender á perguntas do público, sua diretoria propunha que a Agência não tomasse providências para estabelecer qualquer atividade de pesquisa nessa área, não se envolvesse com o assunto e nem procurasse promover um simpósio sobre a matéria”. O assunto UFO estava, evidentemente, acima dos poderes do próprio presidente dos Estados Unidos da América. Surpresa? Nem tanto, se analisarmos o que descreverei neste artigo.
Em uma carta datada de 1º de setembro de 1977, do coronel Charles Senn, chefe de Relações Públicas da Força Aérea, para o tenente-general Duward Crow, da NASA, o remetente fez a seguinte e surpreendente declaração: “Eu sinceramente espero que você tenha êxito em impedir a reabertura de investigações sobre os UFOs”. Assim fica claro que a NASA (tanto quanto a Força Aérea e quase certamente a CIA e a Agência Nacional de Segurança) estava ansiosa para garantir que a promessa do presidente eleito permanecesse não cumprida. Nesse período de grande expectativa para os ufólogos do mundo inteiro, em especial dos EUA, dezenas de declarações foram dadas, dezenas de debates realizados e muita agitação caracterizou a tentativa de Cárter em reabrir as pesquisas ufológicas, desta vez com total conhecimento público.
Há até a certeza de que as intenções de Cárter não eram eleito
reiras, mas sinceras. Mesmo assim, por mais que se empenhasse e pedisse providências aos diversos órgão civis e militares, ficava claro que o assunto era top secret e que nem mesmo um presidente poderia trazê-lo ao público. Por que se teme tanto os UFOs? O falecido ufólogo Dr. James McDonald, físico sênior do Instituto de Física Atmosférica e professor do Departamento de Meteorologia da Universidade do Arizona, que suicidou-se em circunstâncias raras e ainda não explicadas em 1971, também tentou sem sucesso induzir a NASA a tomar a responsabilidade principal de investigar UFOs. Em 1967, McDonald declarou: “Curiosamente, apesar de ter apresentado essa proposta por duas vezes, uma na NASA e outra em debates públicos com colegas cientistas, a resposta foi simplesmente zero. Ninguém quer sequer considerar a proposta”. Mesmo tentando arranjar e coordenar um pequeno grupo dentro da NASA para fazer estudos sobre o que já havia sido publicado sobre o assunto, McDonald, uma autoridade mundial em sua especialidade, nunca não obteve resposta, e prossegue. “Eu compreendo, é claro, que pode haver causas políticas que impeçam a NASA de ingressar nesse campo, no momento, mas isso está bloqueando seriamente a atenção científica para o problema ufológico. Por outro lado, soube por um considerável número de fontes,que não posso mencionar, que a Força Aérea deseja há muito tempo livrar-se dessa incômoda carga de problemas que os UFOs representam. E sei que por duas vezes, pelo menos, a USAF tentou passar o problema para a NASA, sem sucesso”. No entanto, embora McDonald reconheceu que houvesse causas políticas influenciando a relutância da NASA em envolver-se publicamente em investigações de UFOs, ele não percebeu que os discos voadores são muito mais um problema de inteligência [Editor: leia-se espionagem, segurança] do que um problema científico. McDonald simplesmente desconhecia a extensão do envolvimento secreto da NASA com o assunto.
Um dos pioneiros da astronáutica é o Dr. Hermann Oberth, quem tive o prazer de encontrar em 1972. Pois em 1955, Oberth foi convidado pelo Dr. Wernher Von Braun para ir aos Estados Unidos trabalhar com foguetes para a Agência de Mísseis Balísticos do Exército, e mais tarde para a NASA, no Centro Espacial George C. Marshall. As declarações de Oberth sobre a questão dos UFOs sempre foram fortes e inequívocas, e uma vez o cientista declarou que estava convencido de que os UFOs eram de origem extraterrestre. Oberth chegou a elaborar lima hipótese para a propulsão dos UFOs, ainda enquanto trabalhava para os militares americanos: “… hoje nós não podemos produzir máquinas que voam como os UFOs voam, pois o fazem mediante uso de campos artificiais de gravidade. Isso poderia explicar as repentinas mudanças de direções que executam e o ingresso dos discos menores para dentro de naves-mãe observadas em formato cilíndrico ou de charuto, quando deixam a Terra. Da maneira como fazem tais manobras, somente um campo de gravidade se na necessário para lodos esses discos”.
Wernher Von Braum disse que “nós estamos há muito tempo face-a-face com civilizações de origem extraterrestre, presentes aqui em nosso planeta. Agora, estamos empenhados em contatá-las rapidamente”, Essas declarações deixaram os cientistas envolvidos com a exploração espacial bem pouco à vontade
Declarações como esta, partindo de uma autoridade em aeronáutica e exploração espacial, somente trazem embaraços para a NASA. Mas o Dr. Oberth nunca se incomodou com isso e continuava a produzir polêmicas. Vejamos outra de suas declarações: “Os UFOs produzem carga elétrica de alta tensão para \’empurrar\’ o ar para fora seu caminho, e fortes campos magnéticos para controlar o ar ionizado de altitudes mais elevadas. Isso pode explicar sua luminosidade. Em segundo lugar, isso pode na também explicar seu vôo silencioso, sem ruídos. Finalmente, essa suposição também explica (às vezes, mas não sempre) os fortes efeitos elétricos e magnéticos observados nas proximidades de UFOs”. O cientista não apenas admitia UFOs dentro da própria NASA, como conjecturava sobre suas características. Mais ainda, antes dessas declarações bombásticas para a época, o Dr. Oberth sugeriu que havia contatos atuais com UFOs, a nível científico. “Não podemos receber sozinhos todo o crédito de nosso progresso em certos campos científicos, pois temos sido ajudados por seres de outros mundos”, declarou certa vez, insistindo que esses seres eram “pessoas como nós, mas de outros planetas”. Para corroborar isso, hoje em dia há persistentes rumores de que os Estados Unidos têm feito até vôos de teste com alguns veículos avançados construídos com base em informações adquiridas como resultado de contatos com extraterrestres e estudos de UFOs aterrissados. Há quem afirme que alguns desses UFOs acidentados ainda tinham condições de vôo quando resgatados e tem sido testados pelos EUA em sigilo absoluto.
Silêncio Justificado – Em 1959, o Dr. Wernher von Braun, outro grande pioneiro da exploração espacial, fez uma declaração no mínimo intrigante na Alemanha, Referindo-se ao desvio inexplicado da órbita do foguete norte-americano Juno 2, ele declarou: “Nós nos encontramos face-a-face com forças que estão muito mais presentes aqui do que tínhamos até agora presumido, e de onde elas vêm é no momento um dado que não posso revelar. Falamos agora muito empenhados em entrar em contato mais íntimo com essas forças e em seis ou nove meses talvez seja possível falarmos com mais precisão sobre esse assunto.” No entanto, como era de se esperar, absolutamente mais nada se falou sobre esse assunto, o que levou o ufólogo Dr. Robert Sarbacher a comentar que “o silêncio tinha justificativa, pois bem antes disso (e até bem mais tarde) tanto von Braun quanto seus assistentes estavam certamente envolvidos em pesquisas de aterrissagens e contatos com UFOs, desde o final dos anos 40. Von Braun, em minha opinião, estava constrangido em falar mais sobre esse assunto devido ao juramento de segurança que fez”. Sarbacher não tinha como provar isso, é claro, mas forneceu uma informação que recebeu de uma fonte infiltrada no sistema de inteligência de um país seriamente envolvido com UFOs. Segundo tal fonte, um oficial graduado, vários países do mundo tem tido contatos ultra-secretos com extraterrestres – e tais contatos se dão, principalmente, entre estes e os cientistas voltados ao programa espacial, altamente selecionados. A declaração de Von Braun, feita há várias décadas, chega muito perto de confirmar isso. O que mais poderia ele querer dizer com “nós estamos agora empenhados em entrar em contato mais íntimo com essas forças”?
É absolutamente evidente que a NASA, como a maior potência da era espacial, esteja envolvida profundamente com a questão ufológica. E isso pode ser verificado em diversas circunstâncias muito pouco conhecidas do público. Por exemplo, o envolvimento obscuro da Agência em anális
es de amostras de metais descobertos em lugares de pousos de UFOs. Num caso específico, a NASA analisou quimicamente o metal encontrado no local onde o sargento Lonnie Zamora viu um UFO pousado e seus ocupantes, em Socorro, Novo México, em abril de 1964. A NASA jamais admitiu isso, mas foi ela a responsável por exames conclusivos sobre a amostra, também nunca ventilados. Em 31 de julho de 1964, o pesquisador Ray Stanford e alguns membros da extinta NICAP visitaram o Centro Espacial de Goddard, da NASA, situado em Maryland, para pedirem que fosse analisado um pedaço de rocha com partículas de um metal desconhecido. O Dr. Henry Frankel, chefe da Divisão de Sistema de Espaçonaves, organizou as análises solicitadas e concluiu que as partículas foram deixadas na rocha por raspagem de um pé de pouso de um UFO. Na primeira inspeção da rocha com microscópios, o Dr. Frankel declarou que algumas das partículas “pareciam estar em estado fundido quando o UFO raspou a rocha” e expressou o desejo de removê-las para mais análises. Stanford concordou, mas disse que queria guardar metade dessas partículas para seu próprio uso. Por que isso nunca veio a público?
Nesta ocasião em que os pesquisadores foram à NASA, os engenheiros da Agência os convidaram para almoçar enquanto as análises eram conduzidas. Depois do almoço, Stanford e os outros (Richard Hall, Robert McGarey e Walter Webb) retornaram para o laboratório, recebendo as rochas de um técnico. “Quando ele me entregou as pedras”, disse Stanford, “notei a existência de uma luz muito forte dentro da sala, só não sei para que sema. Mas ao olhar bem as pedras, vi que tinham sido cuidadosamente raspadas e estavam limpas, sem quaisquer sinais do metal”. Evidentemente, os técnicos do laboratório em questão trataram a pedra com um verdadeiro “pente fino”, não deixando nem um sinal de metal sobrando. Até as partículas mais pequeninas e mais escondidas tinham sido removidas. Quando Stanford queixou-se disso, os técnicos insistiram que metade das amostras estavam ainda nas rochas. Mas vendo a incredulidade de Stanford, foram chamar o Dr. Frankel, que dirigiu-se para ali e explicou o que tinha acontecido. “Nós tentamos deixar alguma prova para vocês”, disse ao grupo, “mas nós também tínhamos de tirar o bastante para fazermos uma análise exata. A amostra será colocada sob radiação essa tarde e durante o fim de semana todo. Segunda-feira, iremos removê-la para um leste de difração de raios X, o que nos revelará os elementos químicos que contém. Assim que tiver uma resposta, telefonarei a vocês”.
Antes de ser contatado depois pelo Dr. Frankel, Stanford teve um encontro, em Washington, com um capitão da Marinha que estava interessado no caso de Socorro. O capitão disse-lhe que nunca mais os pesquisadores teriam de volta a amostra de metal que deram Frankel. “Se esse melai é de algum modo extraordinário”, disse, “a NASA nunca vai dar a você qualquer meio para provar isso. Esses caras de Goddard (Space Center) sabem que devem relatar qualquer achado importante como este, de uma liga metálica de um UE O, para autoridades superiores na NASA, e estas deverão relatar a notícia ao próprio presidente, pois o assunto é pertinente à segurança e estabilidade nacional.” De fato. Em 5 de agosto de 1964, Ray Stanford telefonou para o Dr. Frankel e recebeu dele a informação de que as partículas encontradas nas rochas eram de material que não podia ocorrer naturalmente na Terra. Especificamente, consistiam predominantemente de dois elementos metálicos, “mas nossas informações sobre as ligas metálicas terrestres, incluindo as produzidas na União Soviética, não contém nada semelhante”, declarou o técnico da Agência. Frankel ainda disse que esse achado definitivamente fortalecia a teoria de que o objeto de Socorro seria de origem extraterrestre. Segundo as próprias palavras de Frankel, que deixaram Stanford excitadíssimo, “o material daria um excelente revestimento para o sistema de pouso da aeronave, por ser altamente maleável e resistente a corrosão, onde essas qualidades são requeridas”. Ele também disse que estava preparando uma declaração pública com esses dados, caso necessário.
Uma autoridade da NASA declarou inocentemente, ao analisar uma amostra do metal do trem de pouso de um UFO, que o material era diferente de tudo o que se conhecia até então, “Não há nada semelhante à essa liga metálica, nem mesmo as produzidas na União Soviética…” Se arrependeria depois
Frankel concluiu dizendo que outras análises seriam feitas na semana seguinte, e que Stanford deveria procurá-lo após isso. Assim, em 12 de agosto daquele ano, Stanford telefonou para Frankel, mas sua secretária disse que ele não estava disponível e sugeriu que tentasse contatá-lo no dia seguinte. Em 13 de agosto, Stanford telefonou novamente, mas a resposta foi a mesma, dada pela secretária. Stanford ligou de novo em 17 de agosto, mas Frankel continuava indisponível. Nessa data, com um ar ameaçador a secretária falou a Stanford que o Dr. Frankel não estava preparado para discutir com ele informações sobre as amostras. Em 18 de agosto, Stanford insistiu e ligou novamente, apenas para ouvir que o cientista não podia atendê-lo e talvez nem o fizesse na outra semana. Assim, após inúmeras tentativas fracassadas, Stanford deixou seu número de telefone com a secretária e, em 20 de agosto, Thomas P. Sciacca, da Divisão de Sistemas de Espaçonaves, da NASA, telefonou para ele dizendo ter sido incumbido de relatar a conclusão oficial da análise da amostra do caso de Socorro. Segundo Sciacca, Frankel tinha sido removido do caso e não estava mais disponível para responder perguntas. O que é pior, esse Sciacca disse a Stanford que tudo que o Dr. Frankel contou-lhe anteriormente era um engano. A amostra foi determinada como mero óxido de silício (SiO2) e que não havia nada mais a ser feito. Caso encerrado.
Sigilo Absoluto – Em 1967, o Dr. Allen Hynek convidou Ray Stanford para uma conferência em Phoenix, e mais tarde ouviu uma estranha pergunta de seu anfitrião: “O que aconteceu com as análises de Goddard sobre a amostra metálica da pedra que você levou de Socorro?”, questionou Hynek. Stanford ficou perplexo ao saber que Hynek tinha informações sobre as análises da NASA. “Não havia como Hynek saber desse fato, pois o mantivemos em sigilo absoluto”, disse. Stanford contou a Hynek que a a
nálise oficial da NASA tinha revelado ser a amostra de sílica comum, ao que Hynek retrucou: “Isso não pode ser verdade. Conheço as técnicas de análises envolvidas e silício nunca poderia ser confundido com uma liga metálica de ferro e zinco. Eles não disseram a verdade! Você deve aceitar o relato original de Frankel e esquecer da negação de Sciacca”. Hynek sabia das coisas, pois trabalhava para a USAF! Suponhamos que a análise original estava exata; vale a pena, então, lembrar a declaração feita pelo do Dr. Robert Frosch, administrador da NASA, a Frank Press, conselheiro de Cárter: “Existe uma ausência de evidências tangíveis ou físicas disponíveis para uma análise profunda em laboratório. Continuar a tarefa de pesquisa sem ter como objetivo uma estrutura disciplinar e uma técnica exploratória seria fútil e provavelmente improdutivo”. De fato, com técnicas como essas, não adianta a NASA admitir publicamente sua ligação com os UFOs…
Em meu primeiro livro [Editor: George Adamski, The Untold Story] dediquei um capítulo inteiro para o controverso filme colorido de 8 mm obtido por George Adamski na presença de Madeleine Rodeffer e outras testemunhas anônimas, do lado de fora da casa de Madeleine em Silver Springs, Maryland, em fevereiro de 1965. Fui muito repreendido por endossar a autenticidade desse filme – que muitos consideram como “obviamente falsificado e feito por um provável charlatão” – mas ainda não encontrei qualquer evidência conclusiva de que o filme foi realmente falsificado. Assim, não foi surpresa ver a NASA interessada nele, mas vou descrever a história em detalhes, a seguir. Uma ocasião, entre 3 e 4 horas da tarde de 26 de fevereiro de l%5, uma nave não identificada do “famoso tipo Adamski”, já fotografada por ele em 1952, descreveu uma série de manobras sobre o jardim em frente da casa de Madeleine, abaixando e retraindo uma de suas três pernas ou pés de pouso, com um som suave e um zumbido. Adamski começou filmando a nave com a câmara de 8 mm de Madeleine, e o UFO ora parecia marrom escuro, ora marrom acinzentado. Quando chegava perto dos presentes, no entanto, parecia verde azulado e de cor de alumínio, dependendo de que maneira estava girando. Então, num instante, a nave ficou absolutamente sem movimento entre a rua e o primeiro degrau da escada do jardim da casa, desaparecendo de vista e reaparecendo por cima do telhado, descrevendo mais manobras e desaparecendo em seguida vertical e definitivamente. Figuras humanas podiam ser observadas nas janelas da nave, mas os detalhes eram obscuros.
Quando o filme foi revelado, na semana seguinte, alguma coisa estava obviamente errada com muitos dos quadros (fotogramas). O filme original havia sido manipulado, sendo que quadros originais foram removidos e substituídos por fotos falsificadas por pessoas desconhecidas. Análises concluíram que o laboratório que revelou as fotos pegou o filme original, selecionou algumas seqüências específicas e as refotografou, para que o filme todo parecesse fabricado. Madeleine garante que o filme que recebeu de volta não é o original, que ela levou para ser revelado. Felizmente, muitas fotos mostrando a nave sobreviveram ao crime e puderam ser analisadas por William T. Sherwood, um físico óptico que foi engenheiro chefe do Departamento de Revelação da Eastman-Kodak Company, em Rochester, Nova York. Em 1968, Sherwood forneceu o seguinte resumo técnico de suas avaliações da parte original do filme. Segundo o técnico, poucos dos fotogramas do filme são bons, por terem contraste demais, mas parecem ter um aspecto peculiar devido às distorções na imagem do UFO, causadas – segundo ele – por algum campo de força do próprio objeto. A iluminação abaixo do corpo do objeto era significante e o tamanho da árvore sobre a qual a nave manobrou era considerável (30 m) – esses dados conferiam ao filme uma legitimidade praticamente esmagadora.
Em 1977, Sherwood mandou mais detalhes de suas avaliações: a câmera era uma Beli & Howell Animation Standard 8, modelo 315, como uma lente de 8 f., 9-29 mm, usada numa posição de 9 mm. Assim pôde-se concluir que o UFO deveria ter no mínimo 9 metros de diâmetro. Em alguns fotogramas originais podiam ser vistos até as pequenas janelas e uma das peculiaridades do filme é que o contorno da nave parece torcido. Sherwood acredita que isso era devido a algum campo gravitacional muito forte que produz distorção óptica, uma opinião que é confirmada por Leonard Cramp, engenheiro aeronáutico que trabalha para a Companhia de Havilland. Em 27 de fevereiro de 1967 (dois anos depois de obtido), o filme foi mostrado a 22 oficiais do mesmo Centro Espacial de Goddard, gerando uma polêmica interessante e fazendo com que um cientista da Agência, Paul D. Lowman, da Divisão de Geofísica, passasse a se interessar pelo assunto.
Fraude – Mas, como antes, após demonstrar interesse sincero em resolver a questão, o funcionário da NASA depois apareceu com nova explicação e julgando o filme como uma fraude. O Dr. Lowman apresentou os seguintes comentários sobre os impressionantes fotogramas coloridos que analisou à época de sua apresentação: simplesmente não era possível fazer a determinação precisa do tamanho do objeto pelos dados disponíveis citados por Sherwood. “Minha forte impressão”, disse Lowman, “é de que essas fotos mostram um pequeno objeto, talvez entre 60 a 100 em de diâmetro, a uma pequena distância da câmera”. Ponto final! O fantástico filme de Madeleine, que deixou meio mundo perplexo, estava descartado, seguindo-se exatamente o padrão da NASA de incinerar moralmente o caráter de pessoas que afirmam ver ou registrar UFOs. Mesmo que Sherwood intercedesse para apresentar seus conhecimentos de experiente autoridade fotográfica em favor do filme, o mesmo já estava descartado. Após a morte de Adamski, Madeleine Rodeffer passou pelo vexame de ser apontada como autora do filme falsificado, o que lhe causou ainda maior angústia. Mas, em seu socorro, duas fotografias de uma nave idêntica à do filme de Silver Springs foram obtidas pelo jovem Stephen Darbishire em Coniston, Inglaterra, em fevereiro de 1954.
Mas, vamos agora abordar o ponto central deste artigo: os astronautas de fato presenciaram UFOs no espaço, durante seus vôos? Bem, como vimos até aqui, é evidente não só o interesse da NASA pela questão ufológica, mas também que oculta tanto quanto puder a respeito desse assunto. No entanto, camuflar, esconder ou perverter informações de menor importância, como o caso de Silver Spring ou mesmo das amostras de Socorro, e simples tarefa. Já ocultar informações sobre UFOs seguindo naves espaciais norte-americanas no espaço e na Lua é algo muito mais complexo e até certo ponto impossível, tanto que muitas inform
ações caíram nas mãos de ufólogos de todo o mundo. Vamos ver alguns casos exemplares, começando com os primeiros vôos tripulados ao espaço. No começo dos anos de 1970, mantive vários encontros na Inglaterra e EUA com o ex-piloto de teste da Marinha dos Estados Unidos, oficial da CIA e astronauta pioneiro Scott Carpenter, que tinha fama de ter visto UFOs e fotografado um desses durante seu vôo na Mercury 7, em 24 de maio de 1962. Em nosso primeiro contato, Scott negou energicamente que isso tivesse ocorrido e ainda debochou de outros de avistamentos declarados por seus colegas astronautas.
Cheguei a publicar na imprensa londrina que Scott parecia ficar sem jeito quando discutia esse assunto com ele, e que sempre que mostrava uma prova documental de UFOs no espaço o oficial ficava visivelmente nervoso. Insisti nisso em vários artigos, ate que, em novembro de 1972, Scott gentilmente escreveu-me e relatou alguns fatos.
Diálogo Fantástico – Scott também escreveu para os astronautas Gordon Cooper, Dick Gordon, James Lovell e James McDivitt, perguntando-lhes sobre relatos de observações de UFOs atribuídos a eles. Lovell respondeu o seguinte: “Já disse honestamente que durante meus quatro vôos no espaço não vi ou ouvi qualquer coisa ou fenômeno que eu não pudesse explicar. Não acredito que existam tais coisas como esses UFOs, porém, muitos de nós acreditam que existam”. Lovell mentiu. De acordo com a cópia do relatório de vôo de Lovell na Gemini 7, um objeto anômalo foi encontrado em sua trajetória e um estranho diálogo com o Cabo Kennedy se deu. Vejamos uma parte do diálogo:
A frase foi dita por um astronauta, através do rádio de sua espaçonave, num dia de Natal: “Tenho o prazer de comunicar à minha família e ao presidente dos Estados Unidos que Papai Noel Existe, e está aqui em cima com a gente…”
Gemini 7: Objeto desconhecido (boggey) a altura de 10 horas.
Cabo Kennedy: Aqui Houston. Diga novamente Gemini 7.
Gemini 7: Temos um objeto desconhecido a altura de 10 horas.
Cabo Kennedy: Gemini 7, aquilo é um foguete propulsor da cápsula (booster) ou um avistamento?
Gemini 7: Temos vários deles por aqui, parecem com restos. Isso e um avistamento.
Cabo Kennedy: Você calculou a distância ou tamanho?
Gemini 7: Nós também temos o foguete propulsor da cápsula (booster) em vista.
Franklin Roach, que participou da famosa Comissão da Universidade do Colorado para Estudo de UFOs, instalada pela Força Aérea em 1966, com o objetivo de camuflar fatos ufológicos, concluiu que o booster estava voando em um órbita similar à da espaçonave, pois Lovell disse também que “havia outro objeto brilhante (não identificado) junto à muitas partículas iluminadas”. “Podemos imaginar que”, disse Roach, “o objeto voador não identificado e as partículas fossem fragmentos liberados pela própria Gemini 7 quando lançada, mas isso seria impossível já que a nave estava viajando em órbita polar”. Essa não é nem de perto a primeira ou única declaração de um piloto da NASA. James McDivitt, outro veterano com quem Scott tratou do assunto, confirmou que mesmo que visse um objeto não identificado durante o vôo da Gemini 4, em 4 de junho de 1965, ele não acreditaria que aquilo representasse algum fenômeno anômalo. McDivitt deu-nos uma entrevista exclusiva e extensa, de onde colhemos os seguintes detalhes: “Durante o vôo da Gemini 4, enquanto estávamos a deriva no espaço, observei um objeto pela janela de frente da espaçonave. Pareceu ter forma cilíndrica e refinada. De uma ponta daquilo salientou-se uma coisa longa e de forma cilíndrica de aproximadamente a grossura de um lápis. Não tinha idéia de que tamanho era ou a que distância do objeto estava. Aquilo que vi poderia ter sido muito pequeno e perto ou muito grande e distante”.
McDivitt tentou tirar uma fotografia do objeto com cada uma das câmaras que tínhamos a bordo, mas como o mesmo esteve sob seu campo de visão somente por um pequeno espaço de tempo, o astronauta não teve tempo para regular as câmeras e apenas acionou-as com seu ajuste normal (uma espécie de automático). “Como o objeto pareceu estar relativamente perto da Gemini 4, cheguei a ligar o sistema de controle manual, em caso de precisar fazer uma manobra para desviar nosso vôo e não colidir com aquilo”. McDivitt também contou-nos que a espaçonave estava em vôo lento quando o Sol brilhou na janela, fazendo com que o objeto desaparecesse de vista. “Não pude achá-lo de novo e como o aparelho que indica o posicionamento da espaçonave estava desligado, não sabia como manobrar para achar aquilo no espaço”, disse. Depois da aterrissagem, o filme da Gemini 4 foi imediatamente levado para o Centro de Controle de Houston, enquanto McDivitt e Ed White (seu companheiro de vôo) ficaram em quarentena por três dias. Durante esse tempo, técnicos em filmagens da NASA avaliaram o filme e selecionaram as fotografias que achavam ser do objeto.
O astronauta Cooper chegou a declarar, em uma sessão da ONU, que não só acredita em UFOs, mas que são evidentemente veículos extraterrestres e que estão visitando a Terra há muitos anos. “Eu mesmo já vi um, uma vez, pousado e com seus tripulantes do lado de fora, como que examinando o terreno. As autoridades fizeram de tudo para silenciar-me.”
Uma Troca Misteriosa – “Infelizmente”, segundo McDivitt, “as fotos selecionadas eram de manchas solares (lampejos) na janela e não tinham nada a ver com o objeto que eu tinha visto”. Pior que isso, as fotografias foram publicadas antes que o astronauta tivesse retornado da quarentena e pudesse mostrar o erro (proposital, evidentemente) dos técnicos na seleção das fotos. “Depois disso, misteriosamente, eu mesmo analisei as fotos e fui incapaz de achar qualquer uma das fotografias que tirei do objeto”. “A câmera não estava ajustada apropriadamente para tirar tais fotos”, afirmou a direção da NASA. Ou, por outro lado, as fotos do UFO foram trocadas por outras que nada têm a ver com a situação. A NASA já havia feito isso antes e iria repetir depois. Mas McDivitt continua dizendo que não acha que tenha havido qualquer coisa de estranho ou exótica sobre o tal objeto. “Acho mais certo o fato de que apenas não pude identificá-lo. Somando os vôos que fiz na Gemini 4 e no Apollo 9, vi numerosos satélites em órbita, alguns dos quais nós identificamos, outros não… Já vi muitos objetos que não poderia identificar como naves espaciais de outros planetas”. Mesmo que o computador/radar da NORAD fosse incapaz de indicar um satélite bastante perto para um avistamento como esse, é possível, embora remoto, que McDivitt tenha visto um satélite secreto de reconhecimento americano, que naturalmente a NORAD não poderia revelar.
Quanto aos outros colegas de Scott, Gordon Cooper e Dick não responderam sua carta – e também nunca consegui receber uma resposta de Cooper às minhas cartas, ainda que ele tenha falado publicamente de seu interesse no assunto UFO. De fato, o interesse de Cooper em
UFOs foi uma das razões que o inspiraram a tornar-se um astronauta. “Eu tinha a idéia de que pudesse haver interessantes formas de vida no espaço, para descobrirmos e nos relacionarmos com elas”, escreveu em 1962. “O que eu acho é que há inúmeros exemplos de objetos não identificados em volta da Terra, além do fato de que muitos pilotos experientes têm regularmente relatado estranhos avistamentos dessas naves. Isso só aumentava minha curiosidade sobre o espaço e foi uma das várias razões que me levaram a tomar-me um astronauta”.
Nas Nações Unidas – Em 1978, Cooper fez parte de um encontro de cúpula do Comitê Político Especial da Assembléia Geral das Nações Unidas, com a finalidade de discutir os UFOs. Uma carta do astronauta foi lida neste encontro das Nações Unidas: “Acredito que esses veículos extraterrestres e seus tripulantes de outros planetas estão visitando nosso planeta. E obviamente estão um pouco mais avançados do que nós aqui da Terra. Acho que precisamos de um programa coordenado nos altos escalões para coletar e analisar cientificamente dados coletados em todas as partes da Terra acerca de qualquer tipo de contato com UFOs. E para determinar como seria a melhor maneira de encontrá-los amigavelmente, também afirmo que tive a oportunidade, em 1951, de ter dois dias de observação de muitos UFOs de diferentes tamanhos e voando em formação, geralmente de leste para oeste, sobre a Europa”.
Cooper disse também, nesta reunião, que muitos astronautas ainda estavam relutantes em discutir suas experiências ou idéias sobre UFOs, “devido ao grande número de pessoas que tem indiscriminadamente vendido histórias falsas e documentos forjados abusando de seus nomes e reputações”. No entanto, Cooper ainda incluiu uma frase interessante: “vários de nós acreditam em UFOs, e muitos têm lido oportunidade de vê-los em terra ou a bordo de aviões”. Um UFO visto no solo por um astronauta? A única referência que temos de tal incidente está incluída em um vago artigo de uma revista francesa de 1973. A única informação que temos e que o artigo estava escrito por um tal J. L. Ferrando e foi baseado numa entrevista feita com um astronauta num congresso em Nova York, em meados daquele ano, por um repórter de nome Benny Manocchia. Este misterioso astronauta é ninguém menos que o famoso e reticente Gordon Cooper! Os extratos que seguem foram extraídos dessa misteriosa publicação e são altamente significantes, caso sejam, como acreditamos, verdadeiros: “Por muitos anos tenho vivido com um segredo imposto por várias autoridades astronáuticas. Agora acho que posso revelar que todo dia, nos listados Unidos, nossos instrumentos de radar captam objetos não identificados de formas e composições desconhecidas por nós”.
A entrevista – bombástica -continua dentro de um padrão já conhecido da Ufologia: quando alguém em altos escalões quer desabafar algo, passar alguma informação importante, que não pode ser passada, escolhe um pequeno e inexpressivo veículo de comunicação. Com essa tática, não pode ser acusado de ocultar os fatos. E, por outro lado, não chamará a atenção. Vejamos o que Cooper continua a dizer nesta entrevista: “Existem milhões de relatos de testemunhas e uma quantidade de documentos para provar isso, mas ninguém quer divulgá-los publicamente. Por quê? Por que as autoridades estão com medo do que as pessoas possam pensar. Invasores? Não sabemos, por isso ainda temos que evitar de qualquer maneira o pânico. Além disso, eu mesmo fui uma testemunha de um fenômeno extraordinário aqui na Terra. Isso ocorreu há poucos meses atrás, na Flórida, quando vi com meus próprios olhos uma certa área definida do solo sendo consumida por chamas com quatro marcas visíveis deixadas por um objeto voador que tinha descido no meio do campo. Seres tinham deixado a nave (e havia outras marcas para provar isso). Eles pareciam ter estudado a topografia, coletado amostras do solo e, depois \’de algum tempo, retornaram para a nave e desapareceram a uma velocidade enorme. Eu sei que as autoridades fizeram quase de tudo para não deixar que esse incidente seja publicado nos jornais ou mostrado na TV, com medo de uma reação de pânico do público, mas não pude calar-me…”
Dissimulação – Imediatamente após saber disso, escrevi para Cooper perguntado se havia alguma verdade nessas declarações ou se a história inteira e um engano, mas não houve resposta dele, mesmo quando eu mandei uma segunda via da carta em um envelope registrado. Então escrevi para Scott Carpenter pedindo a ele se poderia enviar nova via da carta a Cooper. Mesmo assim, não recebi resposta até hoje. Mas na mesma carta para Scott perguntei pela história completa da fotografia que ele tirou durante o vôo na Mercury 7, em 24 de maio de 1962. De acordo com um comentarista da TV BBC, de Londres, em 1973 Carpenter tinha sido afastado do serviço de astronautas porque perdeu o senso de realidade. A fotografia publicada mostra o que alguns interpretaram como um UFO, mas outros pesquisadores acreditam tratar-se de um fenômeno qualquer de difração. De qualquer forma, Scott insiste em desconversar sobre o assunto, nunca dando uma resposta positiva ou negativa para a situação, e isso parece ser geral com os astronautas com quem falei. O fato é que, segundo o próprio Scott disse à uma fonte anônima, em nenhum momento os astronautas ficaram “sozinhos” no espaço, pois havia uma constante observação pelos UFOs. Um cientista e pesquisador da General Dynamics, Dr. Garry Henderson, confirmou que os astronautas estão sob ordens rigorosas de sigilo, impostas como parte de seu contrato com a NASA para que não discutam seus avistamentos com absolutamente ninguém.
Dr. Henderson ainda disse que a NASA “tem inúmeras fotos de UFOs, obtidas por câmeras e filmadoras, e algumas em \’close up\'”. Mas há indicações que a NASA também responda a ordens superiores. Em novembro de 1979 visitei o Centro Espacial Lyndon B. Johnson, em Houston, a convite de Alan Holt, um físico e engenheiro espacial cujo trabalho principal era o desenvolvimento de programas de vôos controlados associados com o Spacelab. Holt também está empenhado em pesquisas teóricas de tipos avançados de propulsão de espaçonaves, e se envolveu com o grupo de estudos ufológicos Projeto Visit (Vehicle Internal Systems Investigative Team). Q
uando lhe perguntei sobre as fotografias e filmes de UFOs obtidos por astronautas, o cientista disse-me que a Agência Nacional de Segurança (um organismo superior até à CIA, em muitos aspectos) faz uma seleção muito rigorosa de todos os filmes e fotos de astronautas, antes de entregá-los para a NASA resolver o que fazer com eles. Já tínhamos suspeita de que isso ocorresse, ou seja, que o sigilo não é tanto da NASA, quanto da estrutura de inteligência (espionagem) norte-americana, aí implicadas a CIA, o FBI etc.
É claro que a NASA não está envolvida com tamanho sigilo sozinha. A Agência está apenas seguindo instruções superiores e fazendo parte de uma grande estrutura que pretende perpetuar o segredo da existência dos UFOs e suas visitas constantes ao nosso planeta. Neste mesmo esquema também estão a CIA, o FBI, a Agência Nacional de Segurança etc
Para se ter uma idéia, em junho de 1982 o ex-diretor da Agência Nacional de Segurança e então diretor da CIA, Lew Allen, foi apontado como chefe do Laboratório de Propulsão a Jato (JPL) da NASA, um estabelecimento que responde pelo sofisticadíssimo e altamente sigiloso programa de exploração planetária não tripulada, cujas realizações inclui os pousos das sondas Vikings em Marte e, mais recentemente, o vôo das naves Voyagers, que transmitiram fotos espetaculares de Júpiter, Saturno e Urano. Allen simplesmente não entende nada de astronáutica e sua experiência era em outro campo: inteligência doméstica e internacional [Editor: espionagem/contraespionagem dentro e fora dos EUA]. Allen também tinha sido, anteriormente, chefe de comando da Força Aérea Norte-Americana e é reconhecido como um dos pioneiros da espionagem aérea, enquanto servia como diretor de planos avançados da Diretoria de Projetos Especiais da Agência de Reconhecimento Nacional (NRO). Mais tarde, Allen ainda foi diretor do Sistema Espacial Nacional da NRO, que é a agência de segurança mais secreta da América, muito ligada à CIA e à NSA além, é claro, da própria NASA. Para um bom entendedor, isso significa que, com Allen no comando, o assunto UFO teria um controle ainda muito maior e mais abrangente, tanto no que se refere à coleta nacional e internacional de informações, quanto ao sigilo que as autoridades queriam ver aplicado ao assunto. Evidentemente, a NASA passaria a ser o elo de tudo isso.
Projeto Cassini – Em uma entrevista em 1986, Lew Allen afirmou que cerca de 30% do trabalho do JPL era financiado pelo Departamento de Defesa dos EUA, e deu alguns detalhes de vários projetos fascinantes, programados para o futuro. “Um dos programas futuros mais excitantes é o chamado Projeto Cassini”, disse, “que é uma investigação completa da lua Titã de Saturno. Sua atmosfera é densa demais para os Voyagers nos darem quaisquer indícios sobre o que está abaixo dela. Assim, o Projeto Cassini deverá examinar essa atmosfera detidamente, pois achamos que ela seja muito similar a que a Terra deve ter lido em seu estágio de evolução mais primitivo”. Maurice Chatelain, ex-chefe do sistema de comunicação da NASA, afirma para quem quiser ouvir que Allen sabe das coisas e que todos os vôos espaciais da NASA, Apollo e Gemini especialmente, foram seguidos à curta distância por atentíssimos veículos espaciais extraterrestres, mas o Centro de Controle de Vôos de Houston ordenou veementemente que fosse mantido segredo absoluto sobre isso. Chatelain acredita que alguns desses UFOs devam vir de nosso próprio sistema solar. “Talvez a lua Titã, por ser muito semelhante à Terra”, disse em uma conferência. Seria coincidência que Lew Allen, um dos homens mais bem informados sobre UFOs na América, falasse sobre um programa de pesquisa da lua Titã, quando o Sistema Solar tem dezenas de outras luas mais próximas? Creio que não.
Durante uma entrevista na rádio da BBC, em dezembro de 1972, o astronauta Edgar Mitchell, piloto do módulo lunar da Apollo 14, foi perguntado por um ouvinte se a NASA tinha feito alguma previsão de encontro com extraterrestres na Lua ou nos planetas pertos. Ele respondeu afirmativa e enfaticamente, mas quando o entrevistador interveio e perguntou se tal contato com outras civilizações seria somente via radioastronomia, Mitchell discordou mais enfaticamente ainda. Para surpresa dos ouvintes, o astronauta ainda recomendou livros de Ufologia para informarem-se dos progressos que os contatos tem atingido ultimamente, em especial o livro de Allen Hynek, The UFO Experience, que apresenta a política oficial nesse assunto. Imediatamente escrevi para o Dr. Mitchell e perguntei a ele se poderia elaborar um artigo sobre isso e fornecer outras declarações sobre o fato de que, segundo ele mesmo, não foi feita nenhuma ocultação do avistamento de UFOs em vôos espaciais, seja em trânsito ou na Lua, e se tais informações estavam acessíveis para todos. O assistente de Mitchell. Harry Jones, respondeu assim à minha carta: “O Dr. Mitchell pediu para escrever e explicar-lhe que, segundo seus conhecimentos sobre a matéria, não havia ocorrido um único avista-mento de UFO sequer no espaço, que não pudesse ser esclarecido. Todos os avistamentos anteriormente inexplicáveis acabaram por ser esclarecidos como má interpretações de fenômenos ordinários. O Dr. Mitchel confirma que nunca foi imposto segredo às declarações de qualquer astronauta da NASA”.
Contradições – Declarações contraditórias como essa os ufólogos podem colher às dezenas, dos mais variados tipos de astronautas. Eugene Cernan, por exemplo, foi comandante da Apollo 17 e declarou o seguinte num congresso: “Sou um desses sujeitos que nunca viu um UFO, mas ao ser perguntado sobre o assunto digo publicamente que acho que eles existem e são de alguma outra civilização. Mas nada mais sei sobre o assunto.” Em 1979, o ex-astronauta da nave Mercury, Donald Slayton, revelou em uma entrevista ao repórter Paul Levy que ele próprio tinha visto um UFO enquanto fazia um vôo de teste de um foguete em 1951: “Estava testando um avião de combate tipo P-51, sobre Minneapolis, quando avistei esse objeto a uma altura de mais ou menos 3.300 metros, lira uma tarde bonita e ensolarada, o que me fez pensar que o objeto pudesse ser uma pipa, mas depois lembrei-me que pipa nenhuma iria voar tão alto. Conforme cheguei mais perto daquilo, o objeto pareceu ser um balão atmosférico, de cor cinza e mais ou menos 1 metro de diâmetro. Mas quando rodeei a coisa por Irás, vi que tinha formato de um prato, um