
Uma das facetas mais desconcertantes do Fenômeno UFO, é, sem dúvida, a dos danos que produzem não só na vegetação e em instalações elétricas, como também em animais e pessoas. Não é à toa, portanto, que ainda infundem tanta inquietude e medo, considerando que a simples presença de uma dessas naves pode afetar-nos direta e gravemente. Há toda uma série de casos documentados que se referem a uma atitude abertamente hostil mediante o uso de luzes ou raios para deliberadamente atordoar, paralisar, ferir e até matar. Neste artigo traçaremos um breve histórico e arriscaremos tecer algumas hipóteses a respeito das perigosas e mortíferas naves extraterrestres.
Não há como estabelecer uma linha divisória clara entre as formas propriamente ditas agressivas ou aqueles comportamentos de resposta ante uma reação instintiva de defesa ou hostil do ser humano. O repentino aparecimento de um objeto luminoso e em certos casos de criaturas ou entidades aterradoras – seja pelo seu aspecto monstruoso ou pelo modus operandi invasivo – em muitas ocasiões desperta, logicamente, rejeição e temor. Argumentar, no entanto, como fazem os ingênuos partidários do ramo adamskiano ou angelical da Ufologia, para os quais os ETs seriam benfazejos, messiânicos e salvadores – que os UFOs apenas se previnem de uma eventual agressão ou a repelem utilizando meios contundentes mas inofensivos, como raios luminosos cegantes ou paralisantes e efeitos atordoantes e desagradáveis – coceira, pruridos, irritação, dor de cabeça, tonturas, fraqueza etc –, é simplesmente ignorar ou rechaçar uma rica e surpreendente casuística na qual os efeitos produzidos por ataques de UFOs chegam inclusive a provocar mortes em condições escabrosas e inexplicáveis.
A constatação de que os UFOs fazem uso tão civilizado de seu poder, na maioria das vezes de maneira imprevisível, brusca, exagerada, gratuita e perniciosa, valendo-se de uma teatralidade proposital preparada e programada para encenarem suas ações – período noturno, lugares ermos, afastados e isolados, horas intempestivas e abuso de uma impressionante mescla que inclui estímulos como luzes piscantes atordoantes e hipnóticas, sons monótonos e repetitivos, indutores de estados de catalepsia e torpor, liberação de substâncias químicas irritantes ou sufocantes etc, lembrando que a arte é, por sua própria natureza, performática – nos leva a supor e pugnar que seu comportamento não é, afinal, tão civilizado ou coerente, ao menos com referência ao nosso próprio sistema de valores, e sim, como diria o ufólogo decano Fernando Grossmann, propugnador da hipótese gótica, “aleivoso, esquivo e fugidio”.
Tremenda agressão à testemunha
Ainda que jamais esboçassem sequer o menor gesto de hostilidade, a simples aparição de surpresa já representaria (e ainda representa) uma tremenda agressão à testemunha, pois isso é mais do que suficiente para desencadear gravíssimos e irreversíveis distúrbios e traumas mentais, haja vista que em nossas visitas a hospitais psiquiátricos encontramos diversos pacientes internados há anos e até décadas em decorrência do encontro com inocentes luzes noturnas.
A manifestação ufológica premeditadamente procura manter sob estrito controle os humanos com os quais interage, infundindo-lhes, de imediato – sem que tenham tempo suficiente para refletirem ou reagirem – medo intenso, pânico, limitação de consciência, desequilíbrio, sonolência, dores, irritações, alucinações, paralisia parcial ou total etc. Nestas últimas condições, a testemunha é submetida a uma imobilidade aterradora, enquanto ante seus olhos e sua consciência desenrolam-se fenômenos bizarros e extravagantes.
As seqüelas, não devemos esquecer nem obliterar, resultam em efeitos muito mais catastróficos e duradouros: choque nervoso, estados febris e delirantes, paranóias, síndromes do pânico, depressões, insônias, pesadelos, amnésias, enxaquecas, cólicas e síncopes prolongadas, membros paralisados ou inutilizados, hemorragias, tumores cancerígenos etc, redundando até em morte. O contato imediato, portanto, freqüentemente não se afigura “inofensivo” ou “benéfico”, como insistem em pregar irresponsavelmente os partidários da corrente mística e angelical, mas “relativamente agressivo” e “prejudicial”, apesar de muitas vezes sob os ares de amizade e de sábios conselhos ou mensagens fraternais de paz e bem-aventurança.
Estabelecendo um recorte na rica e profusa casuística de hostilidade e violência por parte de UFOs e ufonautas, nos limitaremos aqui a abordar aqueles ataques em que foram utilizadas luzes ou raios para ferir e matar seres humanos, preterindo por hora aqueles em que se verificaram “meramente” agressões físicas, como empurrões, pancadas, lutas corporais etc. Ou ainda, as abduções ou raptos forçados, coleta de material genético com extrações de sangue, raspagem de pele, biópsias etc. E os danos devastadores ao meio ambiente, tais como queima de bosques e florestas, arrasamento de colheitas, extinção de animais domésticos e selvagens, destruição de imóveis e propriedades, drenagem de energia de usinas hidrelétricas, interferências em sistemas eletromagnéticos etc. Um segundo recorte faremos no que tange à modalidade de luz ou arma envolvida, priorizando as de consistência tecnológica e que se distinguem das bolas de fogo ou gotas ígneas, as quais pretendemos abordar, de maneira muito mais detalhada e incisiva, em outra oportunidade.
Um quadro de horror dantesco
Não nos surpreende que um dos casos mais antigos da Ufologia – apesar de ter ocorrido em 04 de março de 1946, mais de um ano antes do início da Era Moderna dos Discos Voadores –, bem como um dos mais fantásticos, intrigantes e intensamente discutidos e pesquisados de todos os tempos, o do lavrador João Prestes Filho – que aos 44 anos morreu num quadro de horror dantesco com as carnes se desprendendo dos ossos e se desintegrando após ter sido queimado por um facho de luz ou uma bola de fogo, segundo alguns, desconhecida na pequena cidade de Araçariguama, distante cerca de 70 km da capital paulista, a 13 km de São Roque e 19 km de Santana de Parnaíba –, seja um exemplo clássico de comportamento agressivo, reunindo particularidades de especial sadismo e rudeza e peculiaridades quanto &ag
rave; forma de manifestação aleatória, focalizada em uma região determinada com presença do Rio Tietê e de montanhas, como ramificações da Serra de São Francisco, destacando-se o Morro Velho.
Após ter permanecido vários anos arquivado e sem quaisquer novidades, resgatamos o caso em esforço conjunto com o jornalista, escritor, ufólogo e explorador Pablo Villarrubia Mauso, no final do século passado, e redigimos extensas matérias em que expusemos grande parte dos resultados, retraçando o histórico, inferindo algumas conclusões, citando documentos, narrando nossas viagens à região e transcrevendo as entrevistas que realizamos com antigos moradores que presenciaram a agonia de Prestes e a recorrência de fenômenos luminosos que há décadas evoluem caprichosamente pelo céu noturno infundindo pavor, inquietação e enriquecendo a tradição folclórica local.
Destarte, selecionamos cinco casos clássicos e exemplares entre tantos que, parafraseando o que disse o falecido ufólogo Felipe Machado Carrión, autor do livro Discos Voadores: Imprevisíveis e Conturbadores, a propósito do caso Prestes – do qual foi um dos principais pesquisadores juntamente com Grossmann, Luiz Jesus Braga Cavalcanti Araújo, Irineu da Silveira, João Evangelista Ferraz, Willy Wirz, Max Berezovsky etc –, “se de um lado ultrapassam a ficção, por outro também ultrapassam o horror”.
Sentinelas queimadas
Os chefes militares brasileiros ficaram tão perturbados com os ferimentos causados por um UFO na madrugada de 04 de novembro de 1957, que solicitaram o auxílio do governo dos EUA para uma investigação confidencial. O caso ocorreu num contexto de grande excitação mundial. Há apenas um mês os russos haviam lançado o Sputnik I, primeiro satélite a circular a órbita da Terra. Às 02h00, duas sentinelas que faziam guarda no alto dos muros do Forte Itaipú, na Praia Grande – município do litoral sul, a 78 km de São Paulo e a 8 km de São Vicente – notaram uma luz que, de início, pensaram ser uma estrela com brilho aumentado. Baixando diretamente sobre o Forte à tremenda velocidade, estacionou a cerca de 50 m acima delas, que discerniram a forma do objeto graças ao brilho alaranjado que emanava ao redor. Era circular, com no mínimo 30 m de diâmetro.
Banhadas por aquela luz, ambas ficaram paralisadas de medo. Armadas com uma submetralhadora, não ousaram atirar ou fazer soar o alarme. O objeto emitia um forte zumbido, parecido com o de um gerador. Sem qualquer aviso ou sinal, uma intensa onda de calor atingiu as sentinelas. Com as fardas em chamas, uma delas caiu de joelhos e desmaiou, enquanto a outra, gritando de dor, procurou abrigo, lançando-se embaixo de um canhão. Os gritos despertaram as tropas da guarnição, mas antes que saíssem, todas as luzes se apagaram. Um calor moderado penetrou o interior do Forte, que, somado à escuridão total, semeou o pânico. O calor dissipou-se rapidamente e as luzes logo reacenderam. Os soldados, assumindo postos de combate, ainda viram uma luz brilhante se afastando no céu.
As vítimas foram banhadas por uma estranha luz e ficaram paralisadas de medo. Mesmo armadas com uma metralhadora, não ousaram atirar ou fazer soar o alarme. O UFO emitia um forte zumbido, parecido com o som de um gerador. Sem qualquer aviso ou sinal, uma intensa onda de calor atingiu as sentinelas. Com as fardas em chamas, uma delas caiu de joelhos e desmaiou
As vítimas receberam tratamento médico no interior do Forte. Nas áreas descobertas do corpo, sofreram queimaduras de 1° grau e nas partes vestidas, de 2° grau. Curiosamente, a mesma intensidade atestada em João Prestes Filho pelo médico Luiz Caligiuri, que deu como causa mortis “colapso cardíaco e queimaduras generalizadas de 1º e 2º graus”, conforme registrada na certidão de óbito expedida pelo Cartório de Santana de Parnaíba. Não se detectou a presença de radioatividade nas sentinelas. O intrigante é que as fardas permaneceram intactas, tal como as roupas de Prestes.
O comandante enviou uma mensagem urgente ao quartel-general do Exército e os pilotos da Força Aérea Brasileira (FAB) decolaram em patrulhas especiais. As altas patentes, por meio da embaixada norte-americana, contataram a Força Aérea Norte-Americana (USAF). As sentinelas, mesmo em estado grave, foram inapelavelmente interrogadas pelos militares que pretendiam avaliar os motivos de terem sido atacadas. A maior pergunta era: por que escolheram um Forte como o de Itaipú e não uma base soviética ou norte-americana? De qualquer maneira, ao tomar conhecimento das graves implicações, a USAF passou a reexaminar os antigos relatórios e a conferir especial atenção àqueles que mencionavam o uso de força calorífica por parte dos UFOs.
Raios como tocha de acetileno
Na noite de 06 de novembro de 1957, apenas dois dias depois do incidente no Forte Itaipú, raios de luz disparados por um disco voador causariam graves queimaduras em Renê Gilham, que morava com a esposa e os filhos nos subúrbios da pequena comunidade de Merom, em Indiana (EUA). A família e os vizinhos observaram um objeto silencioso em forma de disco com aproximadamente 15 m de diâmetro pairando a cerca de 60 m de altura. Holofotes azuis projetados desde o centro do disco iluminaram a terra, assustando os curiosos, menos Gilham, que durante 10 minutos – até o instante em que o objeto emitiu um ruído semelhante a um motor elétrico em alta rotação e desapareceu rapidamente no horizonte – se expôs direta e deliberadamente aos raios, indo dormir em seguida sem sentir nada que o incomodasse.
Na manhã seguinte, porém, seu rosto começou a inflamar e a coçar intensamente, adquirindo uma coloração avermelhada, o que o obrigou a procurar o hospital de Sullivan, no mesmo Estado, onde ficou internado e recebeu a visita de um oficial da USAF que o aconselhou a não comentar o caso com ninguém. Joseph Dukes, o médico que tratou de Gilham, em entrevista ao ufólogo Frank Edwards, declarou que as queimaduras eram semelhantes às produzidas por uma tocha de acetileno. A vítima, por sua vez, negou categoricamente que tivesse manuseado acetileno ou qualquer outro produto inflamável.
Chamada de o “poço mental” da USAF, a Rand Corporation era u
ma organização de caráter semi-oficial ligada ao Pentágono, constituída pelos melhores peritos militares, cientistas e engenheiros. Durante décadas, a Rand coordenou e articulou as políticas da USAF. Em 1955, redigiu um documento intitulado Projeto Especial 14, em que negava peremptoriamente a realidade dos UFOs. Não obstante, a Rand reviu suas posições em 1970, desta vez pugnando a realidade dos UFOs, a quem responsabilizavam por interferências nas redes elétricas e ferimentos e mortes infligidos em seres humanos. A mudança de atitude da Rand devia-se a um novo caso de hostilidade pesquisado por James E. McDonald, do Comitê Nacional de Investigação de Fenômenos Aéreos (NICAP), e comunicado ao Comitê de Ciência e Astronáutica no transcorrer dos debates ufológicos de 1968.
O jovem Gregory Wells morava com seus pais em um trailer, estacionado a cerca de 40 m da casa da avó, perto de Beallsville, Ohio. Na noite de 14 de março de 1968 Gregory saía da casa da avó e retornava ao trailer. No meio do caminho, sua avó e sua mãe ouviram-no gritar. As duas correram e encontraram-no rolando no chão, com a roupa em chamas. Usando os recursos disponíveis, apagaram o fogo. Com queimaduras no antebraço e em estado de choque, Gregory foi levado às pressas a um hospital. Assim que retomou a fala, o jovem explicou que parou para observar um objeto luminoso pairando sobre as árvores, do outro lado da estrada. Um acessório tubular saiu do fundo do aparelho e, apontando para ele, emitiu uma chama brilhante que incendiou o seu paletó. A mãe e a avó nada viram porque concentraram toda a atenção em Gregory. Dezenas de testemunhas, porém, descreveram um aparelho cilíndrico deslocando-se à baixa altitude, rumo à propriedade dos Wells. A exemplo do caso no Forte Itaipú, não havia porque atacar o jovem, a não ser que os ufonautas agissem por puro sadismo.
UFO causa morte por radiação
Por volta das 20h00 de 04 de julho de 1969, em uma fazenda em Anolaina, a 65 km de Bogotá, Colômbia, Maurício Gnecco, 13 anos, acompanhado de seu amigo Enrique Osório, 12 anos, avistaram uma luz se movendo de leste a oeste, tratando logo de chamar os quatro meninos e os adultos Arcesio e Lucrecia Bermúdez, Rosa Ortiz, Luis e Evelia Carbajal, que se encontravam no interior da casa. O jovem Maurício apanhou uma lanterna e enfocou por várias vezes uma luz que pairava a 200 m de distância do grupo. A luz aproximou-se à grande velocidade, ficando suspensa durante alguns segundos entre duas árvores a uns 50 m de distância.
O objeto era totalmente silencioso, tinha uns 2 m de altura, coloração amarelo-avermelhada e uma espécie de arco de luz rodeando-o e dois pés luminosos azulados. Um dos adultos, Arcesio Bermúdez, tomou a lanterna e correu em direção ao artefato, no que foi seguido pela sua irmã, que, no entanto, acabou tropeçando e não o alcançou. Arcesio chegou a menos de 10 m do objeto, percebendo em seu interior uma pessoa que descreveu como sendo normal na sua parte superior, mas parecendo ter uma anatomia inferior na forma de uma letra A luminosa.
O UFO então se elevou e desapareceu. Passados dois dias, Bermúdez apresentava febre alta e não conseguia levantar da cama. Subseqüentemente, teve vômitos pretos e diarréia, acompanhada de sangue. Levado até Bogotá em 12 de julho, faleceu às 23h45. Nenhum dos médicos que lhe atenderam sabiam de sua experiência com o UFO. A certidão de óbito assinada pelo médico César Esmeral diagnosticava a causa da morte como gastroenterite. Entrevistadas e hipnotizadas por psicólogos qualificados, as testemunhas forneceram declarações idênticas. Investigadores da Organização de Pesquisas de Fenômenos Aéreos (APRO) norte-americana levaram as roupas e o relógio do falecido ao Instituto Colombiano de Assuntos Nucleares, que informou extra-oficialmente que os sintomas da doença do senhor Bermúdez pareciam similares aos provocados por uma dose letal de raios gama.
Numa das últimas de uma série de aparições de UFOs que assolaram o sudoeste de Missouri em outubro de 1973, Eddie Doyle Webb, 45 anos, residente em Greenville, perdeu a visão durante algumas horas. Em uma madrugada de quarta-feira, Webb dirigia um trator que puxava um reboque quando viu um disco voador de alumínio ascendendo ao céu em grande velocidade. Acordou sua mulher, Velma Mae Webb, 47 anos, que dormia na cabine, mas esta nada viu. “Então eu pus a cabeça para fora da janela e um raio de fogo atingiu o meu rosto, jogando os óculos no chão”. Velma contou que seu marido berrava: “Oh, meu Deus! Estou queimado! Não posso enxergar!” Uma das lentes desencaixou-se da armação de plástico, que ficou deformada. A mulher, que às vezes revezava-se ao volante com o marido, levou-o ao hospital.
Ed Wright, sargento da patrulha rodoviária, encaminhou os óculos de Webb a Harley Rutledge, diretor do Departamento de Física da Southwest Missouri State University. Rutledge concluiu que os óculos haviam sido aquecidos internamente – como que por um forno de microondas.
Os bioefeitos
Desde pelo menos a Segunda Guerra Mundial, os governos das potências à frente do conflito já vinham investindo altas somas na pesquisa dos chamados “bioefeitos” para eventuais usos como armas alternativas anti-sociais capazes de afetar o inimigo à distância. Durante a Guerra Fria, o rápido progresso da tecnologia da microeletrônica e da geração de raios de energia direcionáveis tornou a construção dessas armas – mantidas em absoluto sigilo – perfeitamente viável. Nos anos 90, novas ameaças terroristas estimularam e apressaram ainda mais o desenvolvimento de tais projetos.
No centro de pesquisas de Huntington Beach, na Califórnia, cientistas e militares vinham estudando o que os escritores de ficção científica e as vítimas de contatos ufológicos há muito haviam descrito: armas que fazem o inimigo desmaiar sem matá-lo. Dezenas de projetos em andamento, totalizando bilhões de dólares, foram revelados pela imprensa. Em um só deles, a USAF investia a bagatela de 100 milhões de dólares. Em 1995, em Corona, numa reunião de cúpula dos generais da USAF, cerca de mil projetos desse tipo foram analisados. É lícito supor que nos casos em que não foram vistos raios, mas só sentidos os efeitos, houvera a utilização de raios visíveis ao olho humano associados com ondas não visíveis – raios X, gama, alfa ou beta, prótons, nêutrons e outros tipos de radiação –, que induzem calor, vômitos e queimaduras, e ainda provocam alterações sangüíneas, cânceres, mutações e até morte. Alguns desses efeitos se manifestam em doses inferiores a 100 Rad.
Alterações ósseas
As ondas de alta freqüência, de 300 a 20
0.000 MHz, causam sensações de calor, queimaduras, alterações ósseas e lesões intestinais graves. Os infra-sons, aquelas sondas acústicas cujas freqüências são inferiores ao grau audível pelos seres humanos; e os ultra-sons, as oscilações de natureza acústica cujas freqüências são superiores a 20.000 Hz, igualmente inaudíveis aos ouvidos humanos; provocam náuseas, vômitos, hipertensão, cefaléias, hemorragias internas, alterações metabólicas, sensação de calor e reações diversas, principalmente em animais.
Clay Easterly, que trabalhava para a Divisão de Pesquisa Científica sobre a Saúde, no Laboratório Nacional de Oak Ridge, mencionou em seu relatório para a Marinha um canhão eletromagnético que provoca convulsões do tipo epiléptico e um canhão térmico que eleva a temperatura corporal em mais de 40 graus, “causando desconforto, febre alta ou até mesmo a morte”. O perigo residia no fato de que um raio visando desacordar quem estivesse a 100 m podia involuntariamente matar alguém que estivesse a apenas 10 m.
As armas de microondas, baseadas no mesmo princípio dos fornos caseiros, são capazes de estontear ou até “cozinhar” o inimigo. Perturbam as ondas cerebrais, o ritmo cardíaco e induzem sonolências, febres, ataques, desmaios, paralisia da função motora ou fazem o indivíduo sentir um calor excessivo. O princípio de seu funcionamento é simples e conhecido: agem sobre as moléculas de água, aquecendo-as. Essa é a extensão natural dos estudos sobre raios que afetam os sistemas eletrônicos de aviões, computadores ou mísseis: o corpo humano é um sistema eletroquímico, e equipamentos que interrompam os seus impulsos elétricos podem afetar o comportamento e as funções corporais. A Missão de Pesquisa de Albuquerque, no Novo México, avaliava as possibilidades de estimular o sistema nervoso periférico com o uso do microondas, paralisando-o. Como se vê, ainda há muita tecnologia sendo desenvolvida e em vias de ser usada para finalidades bélicas. Se as descritas acima são conhecidas – pelo menos em parte –, ainda há uma vasta gama de experiências sendo realizadas secretamente, com propósitos apenas imaginados.