O 32º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, realizado em Curitiba (PR), em novembro de 2005, trouxe um panorama atual dos acontecimentos ufológicos vividos no mundo. Dentre as conferências realizadas, o espiritismo científico marcou presença e deu ao público uma visão clara da questão. Este texto é referente a uma das conferências que abordei temas polêmicos da Ufologia. Os principais lances serão vistos a seguir. Pretendo mostrar neste texto algumas faces do Fenômeno UFO. Estou convencido de que é preciso estudar cada uma de suas feições, se quisermos entender um pouco a questão extraterrestre. A minha visão do Fenômeno UFO é científica, até o ponto em que a nossa ciência é capaz de assim entendê-lo. A partir do momento em que este assume um caráter imaterial, sem suporte concreto, então minha visão sob o tema também se altera. Nesse ponto, passo a examinar a questão sob uma outra ótica, a do espiritismo científico.
Lembro que cerca de um sécu-lo e meio atrás, os fenômenos extra-ordinários, produzidos por espíritos, deram origem à ciência espírita de comunicação. Anos depois, na medida em que os estudos avançaram, surgiu a parapsicologia. Procuro examinar neste artigo a questão ufológica de modo integral. Não estou querendo dizer com isso que o Fenômeno UFO seja produzido por espíritos e nem por algum fator psíquico do homem. Apenas observo que na Ufologia existe um forte conteúdo imaterial e uma inteligência rara na produção das manifestações. Por isso, proponho uma análise comparada, que talvez possa nos ajudar na decifração dos acontecimentos. Por mais difícil que seja entender o Fenômeno UFO, ainda assim a sua pesquisa não pode ser desprezada. Muitas vezes, aquilo que hoje não podemos entender, amanhã se revela uma grande verdade. Estou certo de que o estudo da casuística poderá nos levar à verdade, hoje ainda enigmática. Então poderemos lidar com ele de modo mais adequado.
As flotillas mexicanas — Vamos refletir um pouco sobre esse fenômeno, mas fazendo conotações com casos vividos em outros países. Em 02 de julho de 1947, quando o comerciante de ferragens Dan Wilmot e sua esposa, sentados na varanda de casa, por volta das 22h00, viram um objeto brilhante riscar os céus e se perder distante, do outro lado da ponta mais estendida da vegetação, eles não poderiam imaginar que aquele acontecimento depois se transformaria no evento mais discutido da Ufologia Mundial: o Caso Roswell. Assim como aquele comerciante, talvez nós ainda não possamos avaliar o evento das flotillas mexicanas, vivido naquela mesma região. A magnitude daquele acontecimento, desenhando nos céus grandes sinais para decifração, talvez pudesse ser qualificado como sendo o prenúncio de “novos tempos” que hão de vir na Terra, confirmando assim as profecias feitas na Antigüidade.
“Luzes no céu” — Quando vi as flotillas pela primeira vez, nas filmagens apresentadas ao público pelo jornalista mexicano Jaime Maussán [O DVD de sua conferência no 14º Congresso Mundial de Ufologia de 2005 pode ser obtido através do anúncio da página 21], constatei com muita satisfação que o fenômeno de “luzes no céu”, mencionado em meu livro Universo Profundo [Lúmen Editorial, 2003, Código LT-50 do Shopping UFO], pode ser um “preparatório para contatos mais efetivos com o homem no futuro”, conforme afirmara o espírito Erasto, na referida obra, por mim psicografada. Com satisfação, escutei Maussán dizer que é confiável o trabalho militar americano para garantir a qualidade de funcionamento do Sistema Flir. Vale lembrar que esse equipamento é responsável pela vigilância aérea da fronteira entre os Estados Unidos e o México. E foi aquele que registrou os UFOs naquela região. A seu turno, as pesquisas feitas pela Universidade do México e o trabalho sério dos ufólogos que examinaram o outro filme, o das flotillas, deram maior confiança ao resultado das investigações. As centenas de naves, observadas naquela região, próxima à Roswell, em 2005, pareciam uma verdadeira “exibição” de vida inteligente, vinda de outras paragens do Cosmos. Nós sabemos que os UFOs não avisam antes vir. Eles surgem de repente. Os órgãos de inteligência levam em conta ao menos três hipóteses sobre a casuística geral:
Mais grave e talvez a menos provável, a primeira seria para saber se o nosso meio é propício à vida deles, visando algum tipo de infiltração na Terra.
Também grave, mas muito provável em razão dos testemunhos, a segunda teoria seria para fazer experiências com as nossas espécies de vida e utilizá-las em benefício próprio.
Mais cordial e também muito provável, a terceira seria para nos mostrar a existência deles, comunicar algo de interesse mútuo, preparando assim um contato mais formal conosco no futuro.
Mas tudo isso são apenas hipóteses. E não se sabe o motivo real da vinda deles. Por isso, o melhor mesmo é estar prevenido. Diante da dúvida, as providências de defesa do território e de segurança pessoal se fazem necessárias. Nas flotillas que vi, causava admiração a quantidade enorme de pontos de luz. Os UFOs “voavam” com muita organização, se é que o termo vôo possa ser usado aqui para definir aquilo. Era um aglomerado magnífico que formava vários desenhos nos céus. Variavam as cores, ora branca, ora vermelha ou azul. Em pleno vôo, eram engolidos por outros. Não dava para dizer que aquilo fosse o resultado de algum fenômeno da natureza ou de luzes projetadas da terra e refletidas no céu. O fato era tão incomum que ficava mais harmonioso chamar aquilo de objeto voador não identificado, do que de qualquer outro nome. Então alguém perguntou: será que uma atividade inteligente interfere ali? Se interfere, que inteligência é aquela?
Diante das perguntas, era preciso refletir. Quando queremos decifrar um enigma, temos que fazer diversos questionamentos. E quando, para obter as respostas, usamos um método científico de pesquisa, então damos a isso o nome de ciência. Para entender os fenômenos físicos, primeiro é preciso examiná-los considerando sua or
igem como sendo exclusivamente terrestre, seja natural, artificial ou psicológica. Se os fatos não ficarem resolvidos assim, então temos de analisá-los numa expectativa de origem extraterrestre. E se ainda for o caso, temos de ir em frente e pesquisá-los sob o ponto de vista mais difícil de todos, o da teoria ultraterrestre, ou seja, como um evento de outra natureza, além dos limites da matéria.
A razão deve nortear as decisões — Para estudar os UFOs, a metodologia científica tem que se apoiar naquilo que a própria aparição ofereceu, ou seja, nos filmes, fotografias, sons, dados de radar, medições de radioatividade, análises espectográficas, condições ambientais e talvez em alguma coisa mais deixada pelos mesmos. E mesmo assim, a investigação científica pode ser apenas uma especulação. Porque a nossa ciência tem demonstrado não estar em um grau elevado para examinar os UFOs. Mas ainda assim é preciso ir em frente. Na pior das hipóteses, o estudo será apenas um alerta para se desenvolver uma atividade científica mais intensa. Se a ciência oficial, as universidades e os órgãos de Governo não estiverem dispostos a estudar fenômenos assim como os do México, então só nos resta dizer que eles devem se contentar com nossas análises. A razão deve nortear as decisões. Se o Fenômeno UFO não é importante ao conhecimento e à segurança do país, então temos de ressaltar aqui que os responsáveis podem estar incorrendo num grave erro. Hoje, não cabe mais dizer que os UFOs não existem. A existência deles é um fato. A pergunta hoje é: o que são e o que querem?
Hoje, não nos preocupam mais aqueles que acham os UFOs uma coisa de lunáticos ou apenas objetos de ficção. Primeiro, pois os fatos demonstram o contrário e segundo, porque quando o poder de segurança é exercido por quem considera a existência deles, então a nação se fortalece. E hoje, nós estamos fortalecidos. O 32º Congresso Brasileiro de Ufologia Científica, por sinal, foi realizado em comemoração à abertura oficial – embora parcial – dos arquivos ufológicos da Força Aérea Brasileira (FAB). Mostrando seus registros, a FAB confirma suas responsabilidades. E pode ter a certeza de que se continuar assim irá ganhar muitos aliados. A sociedade brasileira e a comunidade ufológica mundial estão propensas a marcharem ao seu lado. Novas iniciativas para decifração da casuística poderão ser realizadas, num trabalho amplo de cooperação e parceria.
Boatos e ignorância — Lembro aqui que Carl Jung, o mais famoso psicanalista suíço, escrevendo ao major Donald Keyhoe, disse: “Absolutamente nada favorece mais o surgimento de boatos infundados e o pânico no meio da sociedade do que a ignorância. É óbvio que o público de todo o mundo deveria saber a verdade sobre os discos voadores o quanto antes”. Hoje, a verdade já veio à tona. Os fenômenos existem. As novas tecnologias estão aí demonstrando isso. A nossa tarefa agora é saber o que eles são e o que querem. Os registros das flotillas mexicanas e as condições em que o caso ocorreu foram examinados com rigor, conforme atesta o jornalista Maussán. Coisas novas puderam ser observadas nele. Gostaria de ressaltar aqui alguns fatos muito sugestivos que observei. Um deles, foi a questão da duplicação ou, então, a junção de duas luzes em apenas uma, em pleno vôo, sugerindo algo desconhecido, que ainda precisa ser melhor estudado. O outro fato mostrado por Maussán foi o embaçamento das criaturas, ou seja, enquanto os seres humanos nas fotos estão sempre nítidos, as entidades alienígenas, a seu turno, apresentam-se embaçadas.
Essa falta de definição na imagem, esse embaçamento das formas, é fato característico do processo. Isso também é visto na materialização de espíritos. No início da formação, o espectro se apresenta embaçado, porque ainda não está sólido. Durante a condensação, ele já pode ser notado, fica sensível à fotografia, mas ainda não está tangível, sólido. O estado embaçado da forma antecede o seu estado concreto. Quem já viu uma materialização de uma entidade, sabe que no início da formação o espectro se apresenta embaçado, porque ainda não está totalmente sólido. Durante a condensação, ele já pode ser notado e fica sensível à fotografia, mas ainda não está tangível. O estado embaçado da forma antecede seu estado sólido.
Absolutamente nada favorece mais o surgimento de boatos infundados e o pânico no meio da sociedade do que a ignorância. É óbvio que o público de todo o mundo deveria saber a verdade sobre os discos voadores o quanto antes
– Carl Jung
Em razão de o colega Maussán garantir a integridade dos negativos e considerar pouco provável a fraude, quer no uso de bonecos quer no de um cenário montado, considero provável que o embaçamento das figuras deva-se ao fato da entidade não estar ainda no estado tangível. Isso pode ser visto em ao menos duas fotos: a da criatura no cemitério e da figura em meio aos dois cavaleiros, não vista por eles enquanto cavalgavam no hipódromo.
Devo ressaltar que a Ufologia é a pesquisa do Fenômeno UFO, e sem UFO não há logia, não há estudo. Temos de tomar muito cuidado com fotos de seres vistos em situações nas quais naves não aparecem. Porque estes poderiam ser os chamados “espíritos elementais” ou outra coisa do gênero. E não alienígenas, operadores de UFOs, que as evidências mostram existir. Também devo destacar que não tomo partido de divulgações fatais, geradoras de pânico. Tais conclusões são subjetivas. Uma civilização adiantada, por certo, teria meios mais apropriados para nos alertar dos perigos, a tempo de adotarmos providências. Embora graves eventos naturais possam gerar alguns desarranjos em algumas sociedades, ainda assim o futuro da humanidade não é incerto, mas promissor – assim o dizem os espíritos que escrevem comigo. Todavia, o trabalho apresentado por Maussán, mostrando a casuística ufológica no México, é digno dos melhores elogios. Pesquisar os UFOs é atividade importante. Se não houver investigação, a verdade não vem à tona. E quem investiga, deve divulgar os resultados de modo claro, para que não haja dúvida. Gostaria de lembrar aqui um caso visto anos atrás, que mostra bem a importância disso.
Em 30 de março de 1990, o serviço de defesa aérea da Rússia entrou em contato com o Comando de Operações Aéreas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (OTAN), em Bruxelas, informando que um UFO acabava de violar o espaço a&e
acute;reo russo. O comunicado dava conta de que caças russos tentaram interceptar o objeto, sem obter êxito. O intruso era detectado por radar e estava se movendo em direção a Bruxelas. A OTAN repassou o alerta para suas bases. A previsão dos russos, era de que o objeto atingiria a capital belga em 20 minutos. Dito e feito foi o que aconteceu. No tempo previsto a aeronave, ou seja, lá o que fosse, estava nos céus da Bélgica. Testemunhas viram um artefato triangular, de tamanho grande. O intruso parecia fazer um vôo tranqüilo, talvez de reconhecimento. Deslocava-se à altura inferior a 200 m e à velocidade de 300 km/h. Tudo fora visto, filmado e calculado no radar.
Tremenda aceleração — Dois aviões F-16 da OTAN alçaram vôo. Quando as aeronaves subiram, o UFO aumentou sua velocidade para 1.700 km/h, ficando à altura de 500 m. Ele houvera detectado de alguma maneira o lançamento dos caças. E quando os radares de bordo se fixaram no UFO, ele percebeu isso e se afastou numa velocidade tão espantosa que, segundo os peritos, a sua força de aceleração teria esmagado quem estivesse dentro. O UFO deveria ter algum sistema de compensação de forças, para manter o estado de inércia e preservar a vida dos tripulantes. Os F-16 nada conseguiram e tiveram que voltar à base. Uma centena de pessoas e três patrulhas assistiram ao episódio. O UFO era de formato triangular, tinha espessura achatada e dava idéia de uma fatia de pizza no ar. Era escuro, mas voava todo iluminado, como se estivesse envolvido por uma redoma vermelha. Parecia uma lâmpada voadora, brilhante. Tinha luz branca no meio e em baixo, além de vermelha nas pontas.
As fotografias confirmaram essa descrição, era pouco conhecida na história dos UFOs. Mas como o objeto não girava em torno de seu próprio eixo, isso dava a ele certa semelhança aos nossos aviões. Havia a suspeita de ser tecnologia terrestre. Naqueles anos, os Estados Unidos estavam testando seus modernos aviões com tecnologia Stealth [Palavra que significa disfarce ou camuflagem], desenvolvidos na Área 51. No ano seguinte, eles entrariam em ação na Guerra do Golfo. A aeronave faria sozinha o serviço de uma esquadrilha inteira na Segunda Grande Guerra. Esse caça-bombardeiro era projetado para realizar vôos de longo alcance, atingir seu alvo numa velocidade relativamente baixa, lançar sua carga e voltar à base sem ser descoberto pelo inimigo, por isso era chamado de “avião invisível”. Mas invisível ao radar e não à vista humana. Com sua forma triangular e fuselagem escura, o F-117 poderia ser tomado como sendo o UFO avistado.
Alvo fácil de ser abatido — Todavia, causava dúvida o fato de um avião militar tão moderno, projetado para enganar os radares, voar tão iluminado e ser percebido tão facilmente pelos radares russos e pelas pessoas. Ele parecia um alvo fácil de ser abatido. E isso era um contra-senso. O então coronel Wilfred Brouwer, comandante e chefe de operações aéreas da OTAN, foi questionado sobre isso. Ele admitiu ter garantias de que o UFO não era o Stealth, ou qualquer outro caça. Indagado pelo professor Auguste Meessen, da Universidade Católica da Bélgica e representante da Revista UFO em seu país, o coronel disse: “O objeto foi detectado pelo radar e filmado, tinha forma triangular, emitia luz própria e seus movimentos não eram casuais. Mas não foi identificado”. Apenas havia informação de que em novembro do ano anterior um UFO triangular fora visto na região belga de Valônia. A situação vivida em Bruxelas fora inquietante.
Mas o tempo passou. Em 1998, oito anos depois, um ufólogo muito respeitado e dois amigos dele, durante uma noite de vigília, avistaram três UFOs, quase no mesmo local. Os objetos tinham as mesmas características do de 1990. Várias fotos foram tiradas. Mas para surpresa geral, quando foram reveladas, elas não continham nada. Havia apenas uma cor cinza clara, em toda a extensão das chapas. As testemunhas ficaram sem entender o porquê daquilo. Antes, elas tinham visto os artefatos. Eles estavam bem nítidos. Tinham a forma triangular e emitiam luzes diferentes. As imagens não poderiam ser perdidas, mas foram! E por quê? O caso precisava ser investigado. E foi.
Vendo as fotografias, vieram as perguntas: por que os UFOs não foram capazes de sensibilizar a película? Se nós vimos, por que não saíram nas chapas? Seria alguma dissimulação dos UFOs? Investigações e exames foram feitos. Verificou-se que o fotógrafo era um bom profissional, sabia tirar fotos e tomar todos os cuidados. A revelação tinha sido feita em estúdio, seguindo as normas. Constatou-se que a película não tinha defeito nenhum. E a máquina fotográfica era moderna. Então, o professor Meessen foi chamado. Ele se recordou de que em 1990 o UFO avistado tinha um halo de luz vermelha, em toda sua volta. Aí a questão da luz passou a ser mais bem estudada. Foi feito um exame rigoroso na máquina. As coisas começavam a ficar mais claras. O laboratório mostrou que o filme tinha sido exposto à ação de raios infravermelhos. Os técnicos notaram que o equipamento não conseguia filtrar esse tipo de radiação. Outras máquinas faziam isso facilmente, mas aquela, não. A conclusão foi de que os UFOs não tinham provocado nenhum efeito de camuflagem. O problema estava na câmera. Além da luz vermelha, vista por todos, havia também os raios invisíveis, aqueles postados nas regiões acima e abaixo do vermelho. Eles passavam pela lente e inutilizavam a película. Em razão da confiança que as testemunhas conseguiram passar, concluiu-se que os UFOs eram reais, mas a tecnologia usada no registro fora insuficiente.
“Estamos sendo observados…” — O importante desta narrativa é mostrar que assim como aqueles três UFOs da Bélgica foram motivo de acurada pesquisa, as flotillas mexicanas e os UFOs registrados no Sistema Flir da Força Aérea Mexicana (FAM) também o foram. Os ufólogos se detiveram no caso. O trabalho foi feito. Não foi encontrado inconveniente capaz de invalidar o caso. No que concerne às flotillas, outros pesquisadores filmaram as mesmas coisas, dando a elas cunho de universalidade. O método científico usado em cada ca
so permitiu responder às seguintes perguntas: (a) Será que uma inteligência interfere ali? “Sim, há claramente uma inteligência ali!”, concluíram os investigadores civis. (b) Que inteligência é aquela? “Não é terrestre! Não estamos sós! Estamos sendo observados…”, disseram os militares.
Inicialmente, a hipótese dos UFOs se encaixou bem. Mas agora, com as investigações já apuradas, a teoria dá indícios de que está certa. Se for assim, seria preciso fazer algo mais arrojado. Um projeto de contato deveria ser colocado em prática. Ao menos para sabermos se haveria resposta da outra parte. Parece que a comunicação por tecnologia deve anteceder o clássico contato de terceiro grau. Se os UFOs não forem conduzidos por inteligências artificiais, as chances de comunicação aumentam e muito! Um operador inteligente procede com criatividade. Mesmo que de outra natureza, ele poderia arrumar uma forma de nos responder. Recordamos que os relatos de contato não oficial já existem e foram feitos por pessoas sérias, dignas de nossa confiança.
Falando num linguajar popular, agora não basta saber que a raposa vem à granja, é preciso esperá-la. Afinal, os UFOs se apresentam ali com certa freqüência. Sem um projeto de contato corremos o risco de não entender o fenômeno. Procurar comunicação através de tecnologia não é coisa mística, mas atividade científica. Ainda que de início possamos ficar apenas na espera e observando, novos métodos precisam ser testados para sabermos qual deles dá resultado. É preciso ir a campo. Temos de sair da limitação das filmadoras e das teorias que todo papel aceita. Necessitamos buscar comunicação à curta distância, através de tecnologia moderna. Esse passo seguinte, parece ser o mais promissor.
Terra, um planeta “sui generis” — Os vôos espaciais têm demonstrado até agora que a Terra é um planeta muito especial. Outro, como ela, ainda não foi encontrado no Cosmos. Todavia, de modo apenas científico, que reflexões podemos fazer sobre a possibilidade de vida extraterrestre? Com certeza, existem muitas! Vamos fazer aqui apenas duas afirmativas. A primeira: uma vida como a nossa teria chance ínfima de existir no Cosmos. A segunda: ela estaria tão longe de nós que os espaços a vencer seriam intransponíveis. Vamos ver um pouco isso. O debate sobre a pluralidade dos mundos habitados foi enriquecido no início do século XX. Alfred Russel Wallace, co-autor da Teoria Evolucionista, foi o primeiro cientista a introduzir um componente biológico no exame da questão. Em 1904, em seu livro O Lugar do Homem na Natureza [1863], ele argumentou contra a existência de vida inteligente nos planetas do Sistema Solar. Vários astrônomos da época, apenas com o uso do telescópio, consideravam essa vida possível e muitos a davam como certa.
Wallace observou que o homem resulta de uma combinação complicadíssima de fatores, de uma série de episódios únicos e imprevisíveis ao longo de toda sua cadeia evolutiva. E concluiu que as mesmas ocorrências que deram origem ao homem, teriam ínfima chance de serem reproduzidas de novo, caso não houvesse uma inteligência dirigindo a cadeia evolutiva inteira, até culminar na espécie humana. Apenas o surgimento da vida já é um acontecimento por demais enigmático, sem solução científica até hoje. Em laboratório, nunca ninguém criou vida a partir da massa inerte. Contudo, saltando essa origem misteriosa, vamos observar um pouco a escalada evolutiva das espécies.
Então vemos desfilar à nossa frente uma série infindável de organismos simples, cada qual marchando em direção a tipos mais cada vez mais complexos. Vemos a passagem dos peixes aos répteis, dos dinossauros aos eventos de extinção, dos mamíferos aos primatas, dos primatas aos hominídeos, dos hominídeos ao homem. Um desfile de milhões de anos passa aos nossos olhos, sem que possamos entendê-lo bem. Contrariando a teoria evolutiva, além da seleção dos melhores, as catástrofes de extinção surgem como algo decisivo para o aparecimento do homem. Se não fosse um meteoro cair na Terra há 65 milhões de anos, talvez os dinossauros não fossem extintos, os mamíferos não tivessem prosperado e o homem, quem sabe não teria existido. Parece que as tragédias tiveram um papel importante na existência do homem.
Aquele episódio de Campeche, testemunhado por nossos militares em março de 2004, não é obra de ficção nem foi um problema no funcionamento de nossos equipamentos. Ainda não sabemos o que eram aquelas esferas, mas temos esperança de que os ufólogos mexicanos descobrirão
– Clemente Vega
A seu turno, todas as feições de vida, adaptadas ao meio e selecionando sempre os melhores indivíduos, no íntimo de cada uma delas há fatores inexplicáveis, em que aparecem as formas mutantes. Embora saibamos hoje que o mutante é um evento fraco e por isso mesmo não consegue constituir espécie, ainda assim consideramos que ele dará origem a outros indivíduos intermediários, que por sua vez também formarão outras espécies. E assim, avançando sempre passo a passo, superando catástrofes e promovendo eventos tão raros, chega-se ao ser humano. Ao longo dessa cadeia evolutiva há caminhos exclusivos, por assim dizer, de mão única, repletos de acasos inexplicáveis e fantásticos acidentes. Trata-se de um caminho sem retorno. Quem percorreu essa estrada, não poderia voltar a percorrê-la de novo, trilhando exatamente os mesmos passos. Ou seja, seria um desfile com ínfima chance de se reproduzir de novo, por si mesmo. Em outras palavras, isso quer dizer que se a humanidade tivesse de recomeçar de novo aqui na Terra, partido de uma simples bactéria, não haveria quase chance da mesma se tornar de novo homem, se não houvesse no comando uma inteligência evoluída, gerenciando toda a cadeia de progresso.
Sendo assim tão difícil o homem voltar a surgir de novo aqui mesmo na Terra, num ambiente tão propício a ele, o que dizer então dessa mesma percorrida em outro planeta? Em condições ambientais tão adversas? Numa frase, seria quase impossível descrever! Foi essa a conclusão que chegou Wallace, já nos idos de 1904, para a existência de vida inteligente nos planetas do Sistema Solar. De fato, as sondas e as naves espaciais lançadas até hoje, cerca de 200 missões ao espaço exterior com tarefa específica de achar vida, nos trouxeram informações valiosas. Consolidou-se a idéia de que as substâncias químicas dos demais planetas, na sua maioria, estão disponíveis também na Terra. Isso deu condições de experimentar em laboratório e prever que tipo de organismo terrestre teria chances de viver nesse ou naquele planeta. O resultado desanimou. Nos orbes conhecidos, não se espera enc
ontrar mais do que simples bactérias, resistentes a condições extremas. E isso já seria um achado extraterrestre muito precioso.
A vereda espacial mostrou também que as condições atmosféricas de nosso planeta, como a radiação solar, o ar, as nuvens, as águas são expressões próprias da natureza terrestre. Até agora, não foi encontrado outro orbe em que essas mesmas condições estivessem ali presentes. Isso faz pensar que a Terra seja única. Para a ciência é um planeta sui generis. Mas o universo é infinito. E a Terra foi originada nele. A lógica nos diz que ela não deve ser um evento único. Embora seja um lugar altamente diferenciado, ainda assim um número desconhecido de orbes semelhantes pode orbitar em espaços distantes, fora da nossa capacidade técnica de observação. E a vida ali pode ter surgido, evolucionado, se tornado inteligente e desenvolvido tecnologia avançada. Todavia, a dificuldade para um contato seria enorme, em razão da distância monumental.
Billy Meier, Plêiades e Semjase — Apenas num rápido raciocínio, o sistema da estrela Capella, distante 42 anos-luz, se pudéssemos viajar à formidável velocidade de 300.000 km/h, cerca de cinco vezes mais rápido que a Voyager, chegaríamos à Lua em pouco mais de uma hora. Mas para chegar à Capella precisaríamos viajar 150 mil anos. Supondo a existência de um ser extraterrestre naquelas paragens, uma criatura nascida e evolucionada num mundo tridimensional, por mais adiantado que fosse, ainda assim seria algo de corpo denso, com ciclo vital limitado e físico frágil. Por lógica, não poderia fazer uma viagem assim tão longa.
Num outro raciocínio, considerando a mesma velocidade de 300.000 km/h, para chegar às Plêiades, distante 400 anos-luz, precisaríamos viajar um milhão e meio de anos. Todavia, Billy Meier, defendido por uns e atacado por outros – sem aqui entrarmos no mérito da questão –, em 1975 disse fazer contato com Semjase, que vinha do aglomerado das Plêiades. A nave viria à Terra em apenas sete horas – esta informação é de Semjase, segundo Meier. Numa conta rápida, isso seria possível se aqueles alienígenas viajassem 600 mil vezes mais rápido que a luz. Essa velocidade pode ser comparada à dos espíritos. Seria a rapidez do pensamento. Mas seres sólidos, não fazem isso.
Para se comunicar, um extraterrestre sólido faria uso de tecnologia avançada e operada à distância. Como, por exemplo, o Projeto SETI, que procura essas inteligências através de radiotelescópios, tentando receptar sinais inteligentes em forma de ondas, especialmente as de rádio. Ou então através de veículos espaciais, conduzidos por algum tipo de inteligência artificial, de modo semelhante ao que já fizemos com as sondas Pioneer e Voyager, as quais foram lançadas ao espaço extra-solar, num ponto vazio entre as constelações de Órion e Taurus, para que alguma civilização distante as capture e saiba da nossa existência aqui. Daqui há 2 milhões de anos, elas estarão naqueles distritos. Acredita-se que alguma civilização alienígena poderia fazer o mesmo, mandando suas sondas de lá para a Terra. Por isso, não podemos excluir a vinda de uma nave extraterrestre com esse modus operandi.
Surgimento das teorias — A entidade biológica extraterrestre não seria uma criatura exótica, no sentido de aparecer e desaparecer como por encanto, mas um ser de natureza sólida, que pretende, assim como nós, conhecer outras espécies de vida dentro do universo de três dimensões. Podendo para isso utilizar tecnologia avançadíssima, propelentes renováveis, naves dotadas de super computadores e operadas por inteligências artificiais. Os governos se esforçam para tentar contato com esse tipo de vida, mas ela ainda não foi contatada. A falta desse contato fez surgir outra hipótese na Ufologia: a ultraterrestre.
Tal teoria surgiu em razão da imaterialidade do Fenômeno UFO. Se a manifestação alienígena for exótica, um ser que se faz presente e desaparece logo em seguida, de modo misterioso, aparentando operar em outra dimensão do espaço-tempo, então temos de estudá-lo com outras técnicas. Isso porque estaria além da nossa realidade física. E por estar além dela, teríamos de dar a ele um outro nome, para não misturar as coisas e confundir tudo. Se houver a mistura, o entendimento lógico ficaria mais difícil e o rótulo de louco seria facilmente estampado no divulgador por seus opositores. A essa outra criatura, dotada de um corpo menos material, damos o nome de entidade ultraterrestre ou UT.
Ao examinarmos a possibilidade de vida fora da Terra, a prudência nos recomenda não fechar a porta para nenhuma pesquisa. Quem fecha a porta ao conhecimento fica prisioneiro da própria cultura. E é certo que nem todas as culturas juntas nos dariam o entendimento integral de tudo. Nas investigações do Fenômeno UFO, levadas a efeito oficialmente nos Estados Unidos, somente a hipótese extraterrestre foi considerada. Essa teoria é integralmente científica. Ela foi elaborada pelo célebre físico norte-americano Edward Condon. Com ela, sua intenção foi estudar a possibilidade de uma raça alienígena chegar à Terra com naves espaciais.
Em 1969, a Comissão Condon, montada pela Universidade do Colorado, concluiu que os mais de 12 mil casos de UFOs, registrados pela Força Aérea Norte-Americana (USAF) durante o Projeto Blue Book, não poderiam ser enquadrados nessa hipótese. Faltava neles a prova material conclusiva. Na época, a equipe foi muito criticada, porque desconsiderou as provas testemunhais e atribuiu tudo a eventos da natureza ou a coisas produzidas pela mente do observador. Isso apenas mostrou ao mundo uma estratégia do Governo norte-americano para silenciar. Em razão dessa conclusão, no ano seguinte, as investigações foram passadas para a Universidade do Colorado, a qual teve a tarefa de prosseguir os estudos, mas sem a responsabilidade de dar ao público a explicação de cada caso, como fazia antes a Força Aérea.
Enigma que precisava ser silenciado — Os ufólogos da época como, por exemplo, o escritor John Fuller, relator do Caso Hill e investigador do Projeto Colorado, constataram que a finalidade da Comissão não era investigar o Fenômeno UFO, mas, sim, uma farsa para convencer as testemunhas de que elas não tinham visto nada. Era para persuadir as pessoas de que tudo não passava de fantasia. Os militares, a seu turno, sabiam da existência dos UFOs, mas estavam tão aturdidos diante do enigma que preferiam silenciar. Na primeira linha de comando, as altas patentes deixavam transparecer algo sério, porque ficava no ar um clima indecifrável, algo enigmático, como, por exemplo, o Caso Roswell. A conclusão científica sobre os UFOs nunca veio a público. Então surgiu no meio ufológico uma outra tese para explicar o fenômeno: a teoria ultraterrestre. Para formular essa hi
pótese, foi preciso considerar a questão das naves espaciais poderem ou não viajar à velocidade da luz. As dificuldades para isso são até hoje intransponíveis.
A hipótese de uma nave espacial voar com a cápsula dos astronautas refletindo para fora dela toda luz e calor gerados pela unidade propulsora, de modo a atingir a velocidade da luz sem dano algum aos astronautas, isso por enquanto é ficção. A nossa física não vai além da relatividade. Ela diz que nada pode ser superior a velocidade da luz. E para atingir essa rapidez, a massa tem que se expandir, transformando-se em energia. Para viajar dessa forma não poderia haver um coágulo, por assim dizer, uma cápsula onde dentro dela viajariam criaturas vivas, de carne e osso, resguardadas da dissolução da matéria. Assim não se atingiria a velocidade da luz. Até hoje, nenhum material foi produzido para refletir toda luz e calor que ele recebe, sem absorver nada e ficar intacto.
Além disso, tais viagens não adiantariam. Os vazios interestelares são tão grandes, que para atravessá-los teríamos de usar a velocidade dos espíritos. Semjase voava 600 mil vezes mais rápido que a luz para vir à Terra, isso, ao menos, é um exemplo de que a rapidez da mesma nada resolveria. Se considerarmos a possibilidade de um ser sólido, digamos extraterrestre, fazer uma transmutação insólita e transformar-se em energia. Depois viajar pelo Cosmos, mantendo-se vivo no mundo dos fótons, para em seguida se converter no mesmo corpo sólido de antes. Então, se é isso, se a criatura num quantum de luz continua vivendo, passando a ter uma bioforma que estaria além da matéria física, postada no mundo das partículas, corpo de energia, em outra dimensão do espaço-tempo, então aí aceitaríamos a teoria ultraterrestre. Foi isso que se passou a considerar no Fenômeno UFO, porque o corpo denso de um ser extraterrestre não suportaria. Não faria uma transmutação insólita e nem se transformaria em energia. Nessa condição, seu corpo morreria.
Relatos das testemunhas — Não há engano em se afirmar que a questão extraterrestre implica segurança nacional planetária, enquanto a ultraterrestre reflete mais no que podemos definir como “segurança religiosa”. Contudo, em qualquer um dos casos, se houvesse o contato oficial, haveria na Terra uma profunda mudança, porque o homem precisaria mudar por completo sua cultura. Enquanto um contato extraterrestre iria alterar a ordem material das coisas, o ultraterrestre, por sua vez, renovaria o espírito humano.
Talvez o exame desses relatos possa nos dar pistas quanto a natureza dos seres alienígenas. As evidências mais fortes de que eles procedem de uma natureza rara, estão no fato de os UFOs e seus operadores realizarem na matéria uma transmutação insólita. Essa metamorfose é relatada por quase todas as testemunhas. Vamos ver isso mais detalhadamente. Quando um rastro de UFO aparece na tela de radar, ele pode ser visto por todos, mas é apenas um sinal. Quando se tenta interceptar o UFO e percebe-se apenas uma luz, ele é uma luz! Mas quando ela se movimenta de modo ordenado e depois desaparece, não é uma simples luz. Algo inteligente está por trás dela. O desaparecimento pode ser apenas uma dissimulação. O UFO pode ainda estar por perto, em estado invisível ou pode ter aterrissado em local escondido.
Em casos assim, as testemunhas assumem um papel importante. São elas que vão nos dizer sobre a nave, o vôo, o pouso, os operadores (como são, o que fazem) e a decolagem da nave. Se não fosse o relato das mesmas, quase nada saberíamos sobre os UFOs. Mas os depoimentos existem e devem ser levados a sério, por mais estranhos que sejam. E de fato são estranhos, sugerindo algo vindo de outra natureza. No Caso Hill, marido e mulher relataram terem visto uma luz brilhante no céu, que parecia uma estrela. A coisa baixou um pouco, então a luz se fez mais forte e voou de modo singular. Quando baixou mais, observou-se que o artefato era brilhante e silencioso. Seus movimentos em nada se pareciam com o de nossas aeronaves. Flutuava no ar, caía como folha morta, mas era veloz quando precisava e fazia curvas a 90º. O objeto era sólido, mas na partida, transformou-se numa bola de luz. E não se parecia em nada com nossos engenhos.
A seu turno, os operadores eram inteligentes, mas não humanos. Abduziram o casal. Dentro da nave, fizeram exames e estudaram o corpo humano. Coletaram material para pesquisa e devolveram o casal, dizendo que voltariam quando quisessem. E voltaram mesmo. Porque várias vezes produziram efeitos físicos na residência do casal e fora dela, à vista de outras testemunhas. Os detalhes disso e as atualizações do caso estão em meu outro livro UFO: Fenômeno de Contato [Lúmen Editorial, 2005, Código LT-52 da seção Shopping UFO desta edição]. Embora as testemunhas digam, num primeiro momento, que o UFO é físico e concreto, num segundo instante, falam que é coisa totalmente extrafísica, imaterial. Ou seja, o que era material, de repente some. O objeto que estava no céu e que era metálico a pouco, num piscar de olhos passa a ser luminoso e faiscante. Aquilo, inicialmente sólido e consistente, desaparece misteriosamente de um lugar e reaparece de imediato em outro, como por encanto. O que podia ser filmado e fotografado, já não pode mais, sumiu. O que era visível nos aparelhos de radar, perde-se logo em seguida, embora o objeto continue visível no ar. A coisa objetiva passa a ser algo subjetivo, apenas num breve instante.
No Caso da Ponte Brooklyn, outra espantosa ocorrência norte-americana, os agentes policiais Dan e Richard, e um importante político de quem eles faziam a segurança pessoal naquele dia, ficaram atônitos com o que viram e indignados por não poderem fazer nada. Não puderam socorrer a vítima e sequer relatar o caso oficialmente. Acharam que seria inútil e que tudo se voltaria contra eles. Mas os policiais não puderam se conter. O impacto fora enorme. Era preciso falar. E tudo veio a público depois, através de Budd Hopkins, consultor da Revista UFO. As testemunhas deram conta de que em 30 novembro de 1989, Linda Cortile fora levada do 12º andar de seu prédio, em Manhattan. A nave toda iluminada de vermelho fogo, produziu um raio de luz azul e sugou a moça de dentro do
apartamento. Ela saiu pela janela e foi levada flutuando até o artefato. Com sua camisola branca toda esvoaçante, disseram que “ela parecia um anjo subindo ao céu”.
Levitação em Nova York — Constatou-se depois que Linda já tinha sido abduzida outras vezes. A diferença, agora, era o relato das testemunhas. Além dos policiais e do político, havia também o testemunho de outras pessoas confiáveis. Uma moça viu o episódio porque seu carro estancou misteriosamente em cima da Ponte Brooklyn. De modo estranho, quando Linda fora engolida pela nave, a coloração do objeto mudou. Mas em vez de desaparecer no céu, o artefato mergulhou no Rio Hudson e desapareceu na água, com a garota dentro. De fato, algumas testemunhas dizem que os UFOs mergulham na água, outras, que eles afundam no solo. Relatam que são engolidos em pleno vôo por outros objetos ainda maiores. Dizem que eles aparecem de forma brusca, depois mudam a luminosidade e ficam nebulosos, sendo envolvidos por uma espécie de névoa. Essa neblina, totalmente estranha, parece convertê-los numa outra substância rara. E os UFOs, na frente das testemunhas, desaparecem misteriosamente, entrando no mesmo nada de onde vieram. Nessa descrição rara, parecem mais um módulo de transmutação da matéria do que um engenho de vôo.
Além disso, essas aparições acontecem diariamente, em vários países do mundo. Há quem pergunte: qual seria a capacidade alienígena de construção de naves? Com os avistamentos relatados, seria preciso lançar ao menos uma aeronave por dia. E isso não é exagero, já foi estimado. Está no livro Universo Profundo [Já citado]. Parece que os extraterrestres produzem naves assim como nós fazemos automóveis. Se for assim, nossas chances não são boas. Seria melhor tê-los como amigos. Os operadores de UFOs, que são descritos pelas testemunhas como sendo criaturas físicas e concretas, estranhamente parecem respirar a nossa atmosfera, a qual deveria ser diferente da deles, mas se adaptam à ela com incrível facilidade, sem traje espacial algum. E o mais estranho é que, numa atitude incomum, de repente param de respirar, comunicam-se por telepatia, passam a volitar e desaparecem no ar, misteriosamente.
As testemunhas informam uma variedade tão grande de tipos alienígenas e uma pulverização tão ampla da origem deles no Cosmos, que seria mais harmonioso e lógico admitirmos a procedência deles como sendo de uma outra dimensão, do que de um mundo físico como o nosso. Essa inteligência rara, mesmo que fosse de outra região do espaço-tempo, teria um ciclo vital definido, ou seja, nasce, cresce, se reproduz, envelhece e morre. E no transcurso da vida, produz tecnologia avançada, imaterial para nós, como nos mostra o próprio Fenômeno UFO. Os espíritos que escrevem comigo dizem que é assim. Do meu ponto de vista, digo que há chances de ser assim. Mas não pretendo aqui fazer valer as minhas idéias e convencer os outros, apenas mostro a lógica do raciocínio. Cada um deve examinar a questão e tirar suas próprias conclusões.
Subjugando as leis da física — Com aquilo que as testemunhas relatam, as leis da nossa física ficam subjugadas por completo e os UFOs parecem mergulhar e emergir de um mundo totalmente desconhecido do nosso. Mas, ainda assim um mundo existente, novo e misterioso, algo como se fosse constituído de matéria invisível, antimatéria ou de matéria pelas avessas. Para nós, seria uma não-localidade onde vivem seres de outra natureza, menos material que a nossa. Trata-se, ao menos, de uma composição física subatômica, ainda estranha à nossa ciência, talvez composta por feixes de partículas, reunidas num campo magnético organizado, formando objetos e seres vivos, todos eles numa outra vibração da matéria muito além da nossa. Talvez um dia, isso possa fazer parte de alguma teoria científica. Então, o raciocínio lógico nos fará ver essa vida inteligente, que o Fenômeno UFO nos dá mostras de existir.
A hipótese ultraterrestre é semelhante ao postulado espírita do corpo menos material, que se diz existir em outros orbes do infinito. “É ultra porque está além da matéria densa”, afirmam os especialistas. Entidades biológicas de outra natureza plastificam sua forma corpórea e seus UFOs na Terra, se fazendo presentes sem que saibamos como. O fenômeno ufológico nos mostra a materialização feita por entidades alienígenas de outra esfera, diferente da nossa. E são elas que dizem aos contatados que vieram de outro orbe do infinito, muito distante da Terra. Quem não considera esses relatos, com certeza, está mais distante de compreender o Fenômeno UFO do que as testemunhas. São elas que afirmam a existência dele e sem seus relatos, para nós, não haveria UFOs.
Por sua vez, os espíritos do ambiente terrestre se materializam e mostram como são seus corpos. São diferentes dos seres alienígenas relatados. Eles se fazem presentes nas casas espíritas, mostrando-nos isso de modo inequívoco. Quem já viu um espírito materializado não tem dúvida de que é assim. As pessoas que viveram em nosso planeta e aqui morreram, hoje estão no plano espiritual, aguardando lá a nossa partida. São elas que voltam à Terra para nos dizer que a vida continua além desta existência. Após a morte, uma outra vida nos aguarda. Todos nós teremos a oportunidade de constatar isso. É apenas uma questão de tempo. Quem não acredita, basta esperar para ver.