As contínuas invasões do espaço aéreo peruano por discos voadores levaram as autoridades científicas e militares do país a criarem, em 01 de novembro de 2001, uma entidade oficial de pesquisas do assunto. Trata-se da Oficina de Investigación de Fenómenos Aéreos Anómalos [Escritório de Investigação de Fenômenos Aéreos Anômalos, OIFAA], órgão subordinado à Direção de Interesses Aeroespaciais da Força Aérea do Peru (FAP), com funcionamento semelhante ao de outras entidades similares já existentes na América do Sul. Entre elas o Centro de Estudios de Fenómenos Aéreos Anómalos (CEFAA), ligado à Direção Geral de Aviação Civil do Chile, e a Comisión Receptadora y Investigadora de Denuncias de Objectos Voladores No Identificados (Cridovni), que opera dentro da Força Aérea do Uruguai.
O trabalho do OIFAA é coletar informações sobre UFOs em todo o Território Peruano, a fim de organizar um arquivo nacional e investigar cada caso registrado. Os membros fundadores do órgão são Abraham Ramirez Lituma, decano da Academia da FAP, Fernando Fuenzalida Vollmar, antropólogo, professor universitário emérito e ex-diretor do Centro de Altos Estudios Nacionales (CAEN), o médico Mario Zegarra, o advogado Anthony Choy Montes [Correspondente internacional da Revista UFO no Peru] e o coronel José Raffo Moloche, chefe da Dirección de Intereses Aeroespaciales (DINAE). Entre os assistentes e colaboradores do OIFAA estão Pedro Tello, general da FAP e diretor da Escola de Guerra Aérea, Freddy Núnez, diretor-geral da Aeronáutica Civil peruana, Augusto Aurzubiaga, ministro-conselheiro encarregado dos interesses aéreos, Barthelemy Alleman, presidente do Instituto Peruano de Astronomía (IPA), e Pedro Valdivia Maldonado, diretor do Instituto Nacional de Investigación y Capacitación de Telecomunicaciones (Inictel).
Atuam ainda no órgão oficiais de várias armas que tiveram contato direto com UFOs, como Ernesto Ballón Maldonado, diretor-geral da Associação Civil, e Oscar Santa María, comandante da FAP, que teria abatido um disco voador durante um desfile militar aéreo na Base Aérea de Arequipa. O diretor-chefe do OIFAA é o próprio comandante da Força Aérea Peruana (FAP), Julio Chamorro Flores, que declarou no final de setembro de 2002, que pelo menos metade das centenas de telefonemas que a instituição recebe todo mês é de testemunhas querendo relatar observações de UFOs. “A maioria delas idôneas e confiáveis”, disse.
Posições defendidas — Apesar de ser uma instituição predominantemente militar, com forte influência de setores acadêmicos tradicionais do Peru, os integrantes da OIFFA têm posições claras e bem definidas quanto ao Fenômeno UFO. Quase todos têm algum tipo de experiência pessoal, sendo que alguns estiveram frente a frente com naves alienígenas em várias regiões do país e até no exterior. A cúpula da entidade, no entanto, é alimentada de informações sobre a manifestação de objetos voadores não identificados em todos os quadrantes do Peru. Por ter membros provenientes da Aeronáutica, da Marinha e também do Exército, o órgão tem a oportunidade de gerar um pensamento favorável à Ufologia em todos os setores das Forças Armadas do país e, conseqüentemente, influenciar militares das nações vizinhas a fazerem o mesmo.