Navegar pelo universo sempre nos pareceu ser um desafio por causa da imensidão as distâncias envolvidas e da falta de “sinalização” de caminhos. Agora, talvez tenhamos descoberto como podemos driblar ao menos uma dessas dificuldades. E talvez descoberto como, afinal, os alienígenas conseguiram nos localizar.
Durante séculos, os faróis ajudaram os marinheiros a navegar com segurança para o porto. Suas luzes varreram a água, cortando a névoa e a escuridão, guiando os homens em torno de obstáculos perigosos, mantendo-os no caminho certo.
No futuro, os exploradores espaciais poderão receber orientações semelhantes, vindos de sinais constantes criados pelos pulsares. E isso nos faz imaginar se essa mesma “técnica” também é usada pelas inteligências extraterrestres que nos visitam.
Afinal, se formos levar em conta a Teoria do Astronauta Antigo, somos visitados há milênios por uma série de espécies diferentes. Talvez, para chegarem até aqui, eles também usem esse tipo de marcação. Vamos entender como funciona.
Os faróis do universo
Quasar. Crédito: Olhar Digital
Cientistas e engenheiros estão usando a Estação Espacial Internacional (ISS) para desenvolver uma navegação baseada em pulsares, usando esses faróis cósmicos para encontrar rotas para viagens à Lua, sob o programa Artemis da NASA, e em futuras missões humanas a Marte.
Pulsares são estrelas de nêutrons que giram rapidamente. São os restos extremamente densos de estrelas que explodiram como supernovas.
Eles emitem fótons de raios X em feixes estreitos e brilhantes que varrem o céu como um farol, enquanto as estrelas giram. De uma grande distância, eles parecem pulsar, daí o nome pulsares.
Um telescópio de raios-X colocado do lado de fora da ISS chamado Neutron star Interior Composition Explorer (NICER) coleta e marca a data e hora da chegada da luz de raios-x de estrelas de nêutrons no céu.
O software incorporado ao NICER, chamado Station Explorer para Tecnologia de Navegação e Temporização de Raios-X ou Sextant, está usando os faróis dos pulsares para criar um sistema semelhante ao GPS.
Esse conceito, geralmente chamado de XNAV, poderia fornecer navegação autônoma em todo o Sistema Solar e além.
“O GPS usa sinais sincronizados com precisão. As pulsações de algumas estrelas de nêutrons são muito estáveis, algumas até tão estáveis ??quanto os relógios atômicos terrestres a longo prazo, o que as torna potencialmente úteis de maneira semelhante”, diz Luke Winternitz, pesquisador do Goddard Space Center da NASA.
O mapa dos alienígenas
Sinais no céu servem como marcos de localização para a navegação estelar
Crédito: TedMundo
Os cientistas desenvolveram modelos detalhados que preveem com precisão quando um pulso chegaria, por exemplo, ao centro da Terra.
Cronometrar a chegada do pulso a um detector em uma espaçonave, e compará-lo a quando se prevê que chegue a um ponto de referência, fornece informações para navegar muito além do nosso planeta.
“As informações de navegação fornecidas pelos pulsares não se degradam ao se afastar da Terra, uma vez que os pulsares são distribuídos por toda a Via Láctea”, diz Munther Hassouneh, membro da equipe SEXTANT, tecnólogo em navegação.
Essa informação nos faz pensar se os extraterrestres usam esse tipo de sinalização para navegar e também se a localização da Terra está marcada em algum mapa alienígena com base em pulsares.
Talvez haja algum tipo de mapa coletivo, o que justificaria a grande variedade que espécies que, dizem, nos visitam regularmente de há muito.
Fonte: Phys.org
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