
O Caso Varginha é um acontecimento inegável. A princípio, sua investigação ganhou um grande impulso através das pesquisas realizadas e do apoio da Imprensa. O que muitos talvez não saibam é que ainda existem coisas a serem desvendadas, mas lamentavelmente as investigações pararam. Enquanto havia aquele êxtase da mídia, alguns dos militares e demais pessoas envolvidas estavam dispostas a levantar a questão. Agora, elas se mostram receosas e escondem o jogo. Várias delas nos escrevem perguntando o que vai acontecer. Nem nós sabemos. As testemunhas estão esperando providências que nós, ufólogos, devemos tomar. Algumas delas gostariam de ir a público, com o apoio da comunidade ufológica para contar tudo o que sabem.
Poderíamos ter esgotado as informações que possuímos, colocado os militares em frente às câmeras de televisão para soltarem o verbo, porém não o fizemos. Não houve recursos para que tal fato se concretizasse. Temos revelações bombásticas que estamos segurando até agora — e que poderíamos ter colocado ao conhecimento da população mundial. Não houve condições de influenciarmos essas pessoas e depois as escondermos para que, assim, aliviassem suas tensões. Elas não vão ficar esperando a repressão ou a morte…
O momento chegou: é agora. Já estamos apresentando algumas dessas pessoas ao Brasil inteiro e, assim, reacendendo outra vez o caso na Imprensa. Infelizmente, tal atitude só agora pôde ser tomada, pois só neste instante as pesquisas chegaram a esse ponto. Divulgamos até que conseguimos entrar em contato com um representante de alta patente da Polícia Militar de Belo Horizonte que confirmou a história. Ele teme perder o cargo que ocupa e, por isso, preferiu se calar diante da situação. Mesmo tentando proteger os envolvidos, ainda não foi possível conquistar a confiança de todos. Contudo, resta uma esperança: um representante da cúpula da PM confirmou o caso. Isso é o que importa.
Quando as investigações começaram, os responsáveis pela operação de captura dos ETs subestimaram o nosso trabalho, pois não imaginavam que pudéssemos chegar tão longe. A partir daí, paulatinamente as portas foram se fechando. Hoje eles não nos subjugam, pois sabem que temos como provar, mesmo sem ter acesso às informações militares de Campinas e às bases oficiais espalhadas pelo Brasil e Estados Unidos. Também não se pode ficar exigindo dos pesquisadores paulistas que façam milagres, pois cada um age à medida que pode. E isso é facilmente compreensível, afinal, temos certeza da dificuldade em se conseguir uma informação. Estamos ainda na expectativa de que as pessoas que estão de posse de fotografias ou imagens de vídeo, entreguem o material para que possamos divulgá-lo.
Há como provar tudo o que levantamos no Sul de Minas, pois estivemos cara a cara com as testemunhas. Depois que as atenções se voltaram para o Estado de São Paulo, as informações se transformaram em “parece que há…”, “eu acho que…”. Nós chegamos tão perto da elucidação da verdade nesse caso que as pessoas responsáveis pela operação de transporte e captura dos ETs resolveram tomar algumas medidas para acobertar tais evidências.
Quem estava em São Paulo e se prontificou a pesquisar não trouxe nada de conclusivo, nada que pudesse ser somado ao que já tínhamos. Tudo o que divulgamos pela Imprensa até agora — lá do Sul de Minas — não é uma coisa de “ouvi dizer”. Todas as informações que obtivemos têm fundamento concreto, com testemunhas incontestáveis.
Em São Paulo, com o envolvimento das forças militares norte-americanas, a elucidação desse emaranhado de informações foi se tornando cada vez mais difícil. Nada mais de concreto foi possível acrescentar às investigações, porque as autoridades estão conspirando no sentido de dificultar as pesquisas. Mas isso não vai mudar, em hipótese alguma, o que aconteceu: seres de outro planeta foram capturados, mantidos sob observação e transferidos para Campinas.
Na hora em que pudermos levar as testemunhas militares às redes de televisão, esse quadro, com certeza, será concluído. Temos tentado manter permanente contato com elas, mas não sabemos como é que esse processo vai acontecer. Afinal, não é tão simples assim. Hoje, o que temos é uma especulação aqui, outra ali. São informações que não podemos provar, pois não as temos gravadas em vídeo ou em áudio, como as do Sul de Minas.
Se tivéssemos mais recursos, talvez pudéssemos nos infiltrar em São Paulo para investigar profundamente tudo o que está acontecendo por lá. Até mesmo em Varginha ainda tem muita coisa a ser descoberta, mas esperamos que esse quadro se reverta: que todos os envolvidos, incansavelmente, façam prospeções para que tudo não acabe onde parou. Nós, à medida do possível, também tentamos cumprir com nossa parte. Chegamos a entrar em contato com um jornalista de Belo Horizonte que aparentemente possuía uma série de informações sobre o caso do ET de Varginha. Supomos que ele soubesse onde a nave caiu, quem eram as pessoas que estavam mantendo essas criaturas sob exames, que tipo de análises estavam sendo feitas, enfim…
Propusemos, então, um encontro com esse possível informante, mas ele achou que ainda era prematuro (percebemos que o jornalista queria obter dinheiro, vendendo as informações para alguma rede de televisão, revista ou qualquer outro meio de comunicação). Disse-nos que quando chegasse o momento certo para fazer as revelações, com certeza, iria se pronunciar, mas que antes precisaria fazer uma análise, levantar mais dados informativos e investigar um pouco mais.
Há vários meses, dedicamos inúmeras horas à investigação do episódio. Seria, portanto, interessante que esse jornalista conversasse conosco, pois poderia estar comprando contra-informações ou tomando como certas uma porção de afirmações infundadas. Gostaríamos de que ele realmente soubesse da existência de uma testemunha em Belo Horizonte. Mas é claro que, diante de sua atitude, estamos ainda com um pé atrás. Mesmo assim vamos procurá-lo a fim de colhermos tudo o que puder nos informar.
Através desse jornalista, eventualmente vamos tentar descobrir quem são as fontes e até que ponto são verdadeiras e confiáveis. Aguardem! Acreditamos que, a essa altura, é importante citar também a firmeza de opinião e a bravura das três meninas e de dona Luísa, a mãe, que mesmo sujeitando-se a inúmeras formas de ridicularização e de piadas, tiveram coragem de manter a história, sem medo de relatar à Imprensa toda a verdade. Diante de tanta gente temerosa, que não quer se envolver,
essas testemunhas têm muita importância. As meninas, infelizmente, não ganharam nada com isso, a não ser o ciúme e a inveja dos demais moradores do local. No dia em que aceitarem algum dinheiro, certamente haverá críticas. Elas são pessoas humildes que estão sofrendo todo o tipo de escárnio e, por isso, merecem ganhar. Afinal, São participantes do maior caso da Ufologia Brasileira.
Nós já levantamos a lebre. E ainda tem muita gente que está na berlinda, esperando a hora certa para falar. O Caso Varginha não acabou. Estamos num momento em que devemos aguardar. Uma fonte da Força Aérea Brasileira (FAB) forneceu informações valorosas sobre a queda do objeto. Há pessoas da Escola de Sargentos das Armas (ESA) que viram os destroços do objeto entrando no caminhão, em Três Corações, e de lá indo para um lugar desconhecido. Ainda existem inúmeras informações que vão chegar ao conhecimento público. Mas, sem dúvida alguma, a investigação caminha a passos lentos, porque todo o mundo resolveu se armar contra os ufólogos. Todos os envolvidos que ocultaram o caso — e ainda ocultam — sentiram que não dá para vacilar, porque as provas vão se tornar evidentes muito mais cedo do que se imagina. Nós estamos com muitos trunfos ainda nas mãos e vamos usá-los no momento adequado. Torna-se difícil, no entanto, precisarmos quando tudo será desvendado, mas acreditamos que o mais importante nisso tudo é que o Brasil e o mundo acreditam que o episódio em Varginha se sucedeu realmente.
Os pesquisadores foram à luta, trouxeram evidências — apesar da Imprensa não saber ainda o que fazer com elas, bons resultados foram apresentados. Esperamos que a mídia, daqui em frente, tenha o devido discernimento quanto às novas informações. Quem tem a intenção de acobertar tudo busca apoio em grupos significativos, como as Forças Armadas e o governo norte-americano, que dão auxílio técnico e científico para o estudo das criaturas, obtendo-se assim benefícios de ordem médica e bélica. Apesar de todas as forças estarem tramando contra nós, demos o primeiro passo para o desdobramento do caso, fazendo toda uma comoção em sua divulgação. E agora o que vai acontecer? É realmente difícil dizer, pois o fato se distribuiu em todos os pontos do país e do exterior.
UMA CONSEQÜÊNCIA NATURAL: INFORMAÇÕES CHEGAM MAIS LENTAMENTE — Achamos que agora as descobertas vão acontecer de forma mais lenta, mas o impulso que demos foi notório e reconhecido. O próprio Caso Roswell, por exemplo, tem 50 anos de existência e as informações até hoje chegam fragmentadas, sem elucidações. Podemos notar que conseguimos adiantar o expediente do Caso Varginha. Basta, agora, termos um pouco de paciência daqui em diante.
Se agora existe um número grande de pessoas atrapalhando as investigações para ocultar os fatos, podemos demorar um pouco mais. No entanto, cedo ou tarde, a verdade virá à tona. Continuamos conectados e temos sob nossa vigilância testemunhas sérias, bem como outras fontes em vários pontos do Brasil. O público não precisa ficar receoso, achando que o Caso Varginha já acabou, apenas porque não está sendo mais divulgado. As investigações vão seguir seu curso paulatinamente e, à medida em que mais fatos concretos surgirem, novos dados serão difundidos.
A população brasileira e mundial pode contar com isso porque, desde o início, quando percebemos que algo sério estava acontecendo, não nos mantivemos no anonimato. Esse espírito deve permanecer não só em nós, como em todos os colaboradores, testemunhas e pesquisadores. Vamos fazer o possível para que em breve a série de informações torne-se pública. Os pesquisadores não vão deixar o caso encalhar — como esperam os acobertadores, que se baseiam no princípio de que o povo não tem memória, com a certeza de que tudo será esquecido quando não se tocar mais no assunto. A relevância do caso não permite isso. Varginha não será esquecida!
Desabafo sobre o Caso Varginha
Após um ano do ocorrido na cidade de Varginha, podemos dizer que este caso já é considerado um marco para a Ufologia Nacional e mundial, com todos os ingredientes de um filme como os do seriado da Fox, Arquivo X, só que não com situações fictícias, e sim repleto da mais pura realidade. Todos os fatos, suas implicações, os depoimentos das testemunhas civis e militares, as declarações dos protagonistas e de diversos envolvidos e colaboradores foram de extrema importância para seu desenvolvimento. É difícil para quem está fora do contexto acreditar na história logo no princípio.
Logo depois, com a cooperação de outros colegas não menos importantes, como Marco Antonio Petit, Claudeir Covo, Osvaldo e Eduardo Mondini, somaram-se tantas informações de peso, que dia a dia iam se agregando como peças de um intrincado quebra-cabeças, onde o maior desafio não era buscar dados, mas sim saber se estes eram verdadeiros ou falsos. Todos os ufólogos estavam imbuídos de provar a legitimidade dos mesmos. E vale lembrar o trabalho das Forças Armadas no que diz respeito ao abafamento do caso. Todos os processos de captura, remoção e instalação das criaturas e da nave foram de excelente nível tático, fazendo com que a população percebesse o mínimo possível das operações — embora, é claro, não aceitemos a política do acobertamento ufológico.
Entristece-nos dizer que, se no começo a pesquisa foi muito bem conduzida, passados alguns meses começou a faltar um pouco de maturidade por parte de todos nós, ufólogos — e isso não podemos deixar acontecer! Sozinhos, não somos os donos da exatidão, principalmente em se tratando de Ufologia. Sozinhos, nunca chegaremos à verdade. Entretanto, unidos, certamente seremos parte dela. Indubitavelmente, se a Ufologia não é reconhecida hoje como ciência oficial é porque nós próprios — os investigadores — não a tratamos como tal.
Recorremos a ela por considerarmo-la como uma aventura, uma fuga de nossos problemas diários ou até mesmo como um breve momento de glória. Tudo o que se sucedeu desde janeiro de 1996, no Sul de Minas, até agora não deve ser encarado como um muro divisor na Ufologia Brasileira. Muito pelo contrário: o Caso Varginha deve ser a soma das forças de todos os pesquisadores brasileiros, direta ou indiretamente envolvidos, e a boa vontade, a participação e a união pela busca da verdade sejam o ideal de cada interessado.
Edison Boaventura Júnior