Sempre que o tema das abduções alienígenas é abordado, tanto em conferências quanto em conversas ocasionais ou entrevistas à imprensa, as perguntas que mais recebo, como pesquisador do assunto, são: “afinal, os extraterrestres são bons ou maus?” e “eles vêm para ajudar ou para dominar?” Após décadas de estudos da questão, a resposta que dou para ambos os questionamentos é que nunca tive provas que apoiassem a ideia de que os ETs sejam necessariamente maus, que sejam nossos inimigos ou que estejam interessados na destruição da Terra e na conquista da humanidade.
O filme Independence Day [1996] e outros do gênero, que são sempre lembrados quando se questiona a intenção de nossos visitantes, em minha opinião são apenas produções de Hollywood com o intuito de entreter, nada mais do que isso — filmes que misturam monstros tradicionais com a ideia de supercientistas repelentes. Porém, por outro lado, também não tenho evidências de que os extraterrestres sejam seres essencialmente benévolos, que venham à Terra para nos dar esperanças quanto ao futuro, para nos ensinar que devemos amar uns aos outros, cuidar de nosso meio ambiente ou evitar uma catástrofe nuclear. Para esse caso, há um filme diferente, O Dia em Que a Terra Parou [1951, refilmada em 2008], que apresenta uma imagem de ETs bondosos, do tipo missionários da paz, dispostos a acalmar os terrestres inconsequentes e lhes ensinar o caminho do bem e da ordem.
Danos psicológicos e físicos
Mas o que se vê de fato, longe dos estúdios da Califórnia, é que a ação de extraterrestres na vida dos abduzidos causa uma quantidade de danos psicológicos — além de outra relativamente menor de danos físicos. Tais avarias psicológicas, principalmente, parecem ser um subproduto não intencional do que chamo de “programa extraterrestre de investigação da humanidade”, levado a cabo por outras espécies cósmicas em nosso planeta. Mas também é verdade que tais seres têm trazido vários benefícios à vida de alguns abduzidos — e isso talvez possa ser atribuído à aceitação e à tendência espiritual dessas pessoas.
A capacidade de superação de traumas e a habilidade de aprender com experiências desagradáveis, como as vividas nas mãos de ETs, é um talento precioso inerente à raça humana — e ninguém pode abordar melhor essa questão do que uma pessoa que tenha vivido pessoalmente uma abdução alienígena. Em particular, apresento ao leitor o caso da jovem que escreveu o texto a seguir, uma psicoterapeuta e mãe de família residente na cidade de Nova York, que passou por terríveis momentos nas mãos de alienígenas e soube como resistir aos traumas sofridos. Não vou revelar seu nome, a pedido dela, mas, pesquisando seu caso, adquiri admiração por sua clareza e amplitude espiritual, e uma grande gratidão pela comovente eloquência de suas palavras, que tão bem colocam a questão da presença alienígena na Terra. Eis a seguir a manifestação dessa abduzida.
Aspectos espirituais
“Nós, terrestres, talvez devido à nossa condição biológica, temos uma qualidade humanitária inata que muitas vezes é traduzida como um profundo apego aos aspectos espirituais da vida. Essa é a base do nosso senso moral, do sentimento de proteção, afinidade, amor e responsabilidade que temos pelo próximo, seja uma criança ou mesmo o planeta. Por meio de minhas experiências com extraterrestres fui levada a crer que, na totalidade, seu modo de encarar a vida é radicalmente diferente do nosso, e que o nosso sentido de certo e errado, de bom e mau, não pode ser adaptado para sua situação”.
“Os extraterrestres são muito diferentes de nós, não apenas fisicamente, mas também em sua compreensão, em motivos, metas e objetivos. Eles têm como princípio um conjunto de crenças e necessidades que não podemos entender. Eles não vão nos ensinar como podemos amar uns aos outros ou como devemos ajudar nosso planeta, pois não entendem as coisas dessa forma. Também não creio que tenham o poder de resgate de humanos em dificuldades, caso a Terra passe por um cataclismo, que alguns desejariam que eles tivessem”.
“Penso que eles são apenas seres com um conjunto de princípios diferentes atuando na Terra. Portanto, temos que assumir a responsabilidade que nos cabe por nossos atos, seja em relação aos nossos semelhantes ou ao planeta. O que teríamos a ganhar desses seres, senão a compreensão de nossa própria natureza como espécie, usando-os como uma forma de comparação? Minha curiosidade acerca deles está em conflito, assim como tenho algum desgosto, confusão e temor por sua ação”.
“Mas o que decidi em minha vida e repito todos os dias é que, depois de conhecer alienígenas de perto e de passar por experiências controladas por eles, meu desejo é mergulhar no meu humanismo, aumentar meu respeito para com outros seres humanos, engajando-me na preservação da vida no planeta. Talvez essa seja a verdadeira lição a aprender com eles”.
Elevação
Essa é, para mim, uma lição a aprender. Enfim, se não existem dúvidas de que as abduções são reais, o que se pode concluir é que seu significado é imenso — no mínimo, elas indicam que não estamos sós no universo, como muitos ainda pensam. Nós estamos inseridos em um nível mais profundo de existência, cercados de outras formas de vida, muitas delas imensamente mais avançadas do que nós. As inteligências que nos visitam têm algum tipo de controle sobre nós, podem olhar dentro de nossas mentes, falar conosco telepaticamente e fazer-nos realizar o que desejam. As abduções, portanto, demonstram o fim de nossa privacidade.
O significado de tais atos alienígenas é incomensurável, e o que eles estão buscando nos seres humanos é algo que lhes interessa muito: material genético e, até certo ponto, informações emocionais de nossa espécie. Mas, apesar do aspecto sinistro de muitas abduções — aliás, alguns pesquisadores, como meu amigo David Jacobs, diria a quase totalidade dela —, é importante que se saiba que estudar esses cenários de intervenção extraterrestre em nossas vidas é uma coisa, mas compreender seus atos e integrar essa compreensão ao nosso cotidiano é outra bem diferente.
As ferramentas que tenho para entender como os ETs agem e porque fazem as coisas que fazem são intuitivas, que me permitem “sentir” os abduzidos durante todo o processo de investigação de seus casos, para que eu possa separar fatos que ocorreram de verdade de outros que podem ter sido criados em suas mentes, o que é normal. Tais instrumentos consistem de uma complexa combinação de filtros que, usado
s sozinhos ou em conjunto, podem nos revelar grandes surpresas sobre nossos abdutores. Algumas poderão ser desagradáveis, mas outras serão estimuladoras.