
Quando se trata de imagens, o desenvolvimento da tecnologia e da eletrônica colaborou muito para o crescimento da pesquisa ufológica, pois antes contávamos somente com câmeras analógicas, de filmes comuns, e gravadoras de vídeo que utilizavam fitas magnéticas. Desde aquela época os registros de UFOs já se mostravam raros, ainda mais os verdadeiros, que não eram fruto de fraudes. Não era tão fácil carregar uma câmera analógica, fotografar algo e depois mandar revelar o filme em um laboratório especializado — algo que envolvia custos que, embora não fossem altos, sempre era um fator restritivo para que a operação fosse realizada com frequência. Nos anos 80, quando nem videocassetes estavam à venda, o formato Super 8, película de filme cinematográfico amador que substituiu o de 8 mm, era popular no mercado. Mas cada rolo de filme mudo — os sonoros eram caríssimos — permitia a filmagem de apenas três minutos.
Não se tratava de uma gravação, mas de um filme com um quadro menor do que os usados profissionalmente, em que cada frame era uma fotografia do tema filmado. As lentes das câmeras também eram grandes e permitiam uma boa imagem, mas o Super 8 também tinha a desvantagem de ter que ser revelado e de originar custos em cada operação. Alguns anos depois do auge desse formato, tal sistema, até então bastante difundido entre os cinéfilos, começou a cair em desuso. A revelação de filmes ficou cada vez mais cara, até chegar ao ponto de ser feita na França e o resultado entregue ao proprietário meses depois. Com o surgimento do videocassete, logo apareceram também as câmeras de vídeo, que obrigavam o operador a carregar uma unidade de gravação — um tipo de videocassete portátil que se levava a tiracolo e onde ficava a fita na qual as imagens eram gravadas.
Em seguida vieram as chamadas camcorders, ou câmeras recorders, que tinham o gravador acoplado — justamente o recorder. Esse foi o estopim da popularização das filmadoras — que, no início, usavam gigantescas fitas VHS, gradativamente substituídas por cartuchos cada vez menores. A evolução natural dos sistemas baseados em fitas e filmes magnéticos fez com que fossem naturalmente substituídos, com o avanço da tecnologia, por câmeras fotográficas e filmadoras digitais, que permitem a obtenção de imagens com extrema facilidade — e sem custos adicionais com filmes ou revelação. Esses aparelhos se difundiram pelo mundo todo de tal forma que hoje uma máquina fotográfica de filme ou uma filmadora Super 8 são, literalmente, peças de museu.
Novas tecnologias e confusão
Essa popularização no processo de obtenção de imagens trouxe um grande auxílio à pesquisa do Fenômeno UFO, pois sempre há alguém com uma câmera digital na mão quando um veículo aparece em algum lugar. Tais aparelhos se tornaram tão populares que acabaram sendo acoplados a outro dispositivo bastante difundido nos últimos anos, os telefones celulares — mas o problema é que, nesse caso, infelizmente, as imagens obtidas são de baixa qualidade e raramente permitem uma análise adequada do que foi registrado. Outra consequência advinda do desenvolvimento tecnológico são os dispositivos científicos, experimentais ou eletrônicos, que podem causar confusão quando se analisa uma suposta manifestação ufológica. Sempre foi normal alguém ver satélites artificiais ou planetas e tomá-los por UFOs, mas hoje existem muito mais fatores que podem causar essa confusão. Um exemplo recente ilustra essa nova situação enfrentada pelos ufólogos. Na segunda-feira, 25 de julho de 2011, diversas pessoas dentro do campus da Universidade de São Paulo (USP) viram algo estranho no céu, que, a princípio, imaginaram ser um UFO. Eram quase 20h00 quando o senhor Noel [Nome fictício] saía de seu local de trabalho e, como o fim de tarde estava bonito e sem nuvens, típico do inverno, resolveu olhar para o céu. Qual não foi sua surpresa ao ver, a grande altitude, um objeto de forma quadrada e luzes à sua volta, que emitia um estreito feixe de luz na direção do horizonte. Ao passar pela guarita na saída de seu local de trabalho, naquela instituição, chamou o funcionário que estava no turno, o senhor Pedro [Idem], que também viu o artefato — ele chegou a filmar o suposto UFO com seu celular por alguns minutos.
O senhor Noel, imaginando ter sido testemunha de uma manifestação ufológica autêntica, contatou esse autor e relatou o fato — no qual chamava muito a sua atenção a altura do objeto observado. Disse que não podia precisar, mas parecia que o suposto UFO estava na altitude aproximada de um avião comercial em rota. O estreito feixe de luz, semelhante a um raio laser, também era outro ponto curioso não usualmente relatado em ocorrências ufológicas.
Algo terrestre
Mas, enfim, com os elementos em mão, passamos à investigação do episódio com o emprego da metodologia disponível para, primeiro, descartar a alternativa de se tratar de algo terrestre e explicável. Se esse passo inicial se mostrasse efetivo, haveria a grande chance de estarmos diante de um caso ufológico legítimo. No processo de investigação, o contato com pessoas de várias áreas científicas levou ao conhecimento de que uma unidade do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) em São Paulo realiza periodicamente experimentos com feixes de raios laser sobre a cidade. Dada à proximidade do órgão com o local do avistamento, e já que o artefato observado pelo senhor Noel emitia o que parecia ser uma forma de raio laser, essa era uma possibilidade que precisava ser averiguada — os testes do IPEN são bastante frequentes e já foram vistos por muitas pessoas. Em visita ao instituto, o doutor Eduardo Landulfo, físico, um dos responsáveis pelos testes realizados pelo Centro de Lasers e Aplicações (CLA) do órgão, não se mostrou surpreso com a observação e assumiu de imediato que certamente ela seria resultado de um dos experimentos realizados pelo Centro.
Landulfo explicou que os cientistas do IPEN realizam testes com laser para avaliar a qualidade da atmosfera — em geral, um feixe é emitido do solo em direção ao céu, para que as medidas sejam feitas. O físico, entretanto, não soube responder se algum experimento havia sido realizado naquela data específica, mas ficou de verificar essa informação — o que infelizmente não ocorreu até o momento. Retornando novamente o contato com o senhor Noel, a testemunha, embora não quisesse assumir ter visto um UFO, também não aceitou a explicação de que o que observou podia ser apenas um teste com raio laser. Uma das razões para isso está no fato de que, apesar de ter avistado o fenômeno por cerca de 15 minutos, até que desaparecesse, aparentemente ele se prolongou por horas. O senhor Pedro também confirmou o que foi visto, mas
atribuiu com mais facilidade a explicação a testes de laser realizados pelo IPEN — ele relatou que o evento durou até após a meia-noite, ou seja, por pelo menos mais quatro horas.
Curiosamente, naquela mesma época ocorreu um estranho avistamento na cidade de Embu das Artes, que ficou bem conhecido em todo o Brasil quando várias pessoas relataram ter visto um padrão de luzes girando em torno de um eixo central no céu. A altitude do tal objeto era muito grande, difícil até para filmar com precisão e qualidade, mas ele ficou visível durante uma noite inteira — tempo mais do que suficiente para que um cinegrafista profissional com equipamento de alta qualidade pudesse registrá-lo com perfeição e aplicação de zoom. As imagens foram amplamente transmitidas pelos canais de televisão, suscitando a manifestação de alguns ufólogos e cientistas [Veja edição UFO 181, agora disponível na íntegra em ufo.com.br].
Uma pipa à base de leds
Entre os cientistas, a imprensa consultou o professor de engenharia espacial Annibal Hetem Júnior, doutor em astrofísica pelo Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da USP, que comentou a possibilidade de o objeto ser uma pipa com iluminação à base de leds. A hipótese ganhou força nos dias seguintes e foi confirmada em matéria apresentada no programa Fantástico, que chegou a mostrar como o dispositivo foi montado e alçado ao céu preso a uma pipa. Além disso, o programa também construiu outro aparelho do gênero e o demonstrou diante das câmeras na primeira noite favorável — reproduziu-se assim, com perfeição, o mesmo aparato que tantos acharam que fosse uma nave alienígena. Como curiosidade, basta que se realize uma rápida pesquisa na internet para se encontrar dezenas de filmagens de pipas com leds e até mesmo competições entre os praticantes desse tipo de brincadeira.
O que se viu nos exemplos acima são apenas duas situações em que modernas tecnologias foram confundidas com avistamentos legítimos de objetos de origem extraterrestre. Mas há exemplos ainda mais perturbadores do que esses, que são as fraudes deliberadas ou a criação de vídeos de falsos UFOs para diversos fins, cada dia mais populares na rede mundial de computadores — há situações em que especialistas dedicam-se durante muitas valiosas horas para descobrir como foram fabricadas tais imagens, uma grande perda de tempo e energia. Em 2007, por exemplo, tivemos um enorme número de mensagens circulando na internet dando conta de um suposto UFO que teria sido filmado em Araraquara, interior de São Paulo. Os e-mails indicavam um endereço no site de vídeos populares Youtube, onde se via com surpreendente nitidez um objeto vindo por trás de um prédio e passando à sua frente.
Efeitos criados em computador
A filmagem lembrava muito outra anteriormente produzida no México, que durante anos foi dada como verídica, na qual um artefato discoide também oscilava em meio a edifícios [Veja edição UFO 060, agora disponível na íntegra em ufo.com.br]. O vídeo de Araraquara logo se espalhou como um viral pela rede mundial, e muitos o creditaram a uma verdadeira espaçonave de origem extraplanetária. A farsa, no entanto, foi descoberta pouco tempo depois. Tratava-se de uma peça publicitária produzida por uma empresa local para promover seus serviços. No Youtube hoje é possível encontrar até mesmo o making of da filmagem, ou seja, as técnicas e efeitos especiais utilizados para a realização da peça — e ainda é mostrada a situação de se trocar, com software apropriado, o objeto no ar por um boi ou um carro, que passam a executar os mesmos movimentos do “UFO” entre os prédios, tal como no vídeo original.
No mesmo ano e ainda na cidade de Araraquara, uma nova filmagem realizada no Jardim Morumbi agora mostrava dois objetos no céu mudando rapidamente de posição, em um movimento não tradicional para UFOs. Mais tarde se comprovou que também era falso esse filme, produzido com uma série de efeitos criados em computador, tecnicamente conhecidos como CGI. Como se não bastasse, no mesmo ano de 2007 também surgiram rumores de filmagens de UFOs no Haiti, na Bulgária e nos Estados Unidos, todas falsas. As imagens, sempre divulgadas no Youtube, receberam milhares de acessos em minutos — sua nitidez era impressionante e mostravam objetos enormes passando entre prédios das cidades ou fazendo movimentos bruscos alternados com posições fixas.
Como sempre ocorre nesses casos, algum tempo depois foi descoberto que um dos vídeos era material promocional de uma empresa de marketing, cujo logo aparecia discretamente sobre uma mesa nas primeiras frames do vídeo. Enfim, como se vê, as imagens que retratam possíveis discos voadores, sempre consideradas requisitos para a credibilização do tema, estão se tornando um terreno minado e perigoso. Assim, para não se deixar enganar por fraudes, é desejável para o ufólogo ter conhecimento de determinados softwares e dos truques que eles são capazes de realizar — e entre as características que devem ser levadas em conta na hora de atestar a legitimidade de uma filmagem está sua cor.
O cientista norte-americano Paul Hill trabalhou para a NASA durante vários anos, e, certo dia, quando caminhava em sua cidade, viu um objeto passando à alta velocidade no céu. Com base em seus conhecimentos de engenharia e aeronáutica, calculou a velocidade do artefato e viu que era muito superior a de qualquer avião conhecido na época. Então passou a denominá-lo de objeto voador não convencional, de onde surgiu o título de seu livro Unconventional Flying Objects: A Scientific Analysis [Objeto Voador Não Convencional: Uma Análise Científica, Hampton Roads Publishing, 1995], no qual Hill publicou o resultado de suas pesquisas sobre aquela situação.
Uma coisa que ele notou com relação ao objeto observado foi a relação de sua cor com sua velocidade — Hill descobriu que quando artefatos trafegam devagar, com baixa potência de propulsão em seus motores, sua cor é avermelhada, e essa era a cor do objeto que o autor avistou em dezembro de 1997, deslocando-se lentamente no horizonte. No entanto, também notou Hill que, se o objeto estiver se movendo muito rapidamente no céu, com alta potência em seus motores, sua cor tende para um tom branco-azulado — normalmente, tais veículos são vistos na cor vermelho-alaranjada e aumentam de brilho à medida que aceleram.
Padrões de voo dos UFOs
Outra característica que permite reconhecer se um suposto UFO é verdadeiro ou falso em um vídeo &eac
ute; o seu padrão de voo. Segundo O Livro Vermelho dos Discos Voadores, obra pioneira datada de 1966 do professor Flávio Pereira, presidente de honra do Conselho Editorial da Revista UFO, existem basicamente quatro tipo de movimentos praticados por naves alienígenas em nossa atmosfera. Primeiro, elas realizam um movimento em torno de um determinado ponto, ação normalmente executada por objetos do tipo cilíndrico, os famosos “charutos”. Em segundo lugar está o movimento pendular, também conhecido como “folha seca”. Em terceiro vem a ação de oscilação em torno de um eixo fixo, quando apresentam-se rotacionais. E, quarto, o voo oscilatório. Devem-se excluir outros tipos de movimentos, pois podem ser criados por meio da computação gráfica, mas não se pode ignorar a possibilidade de uma combinação desses quatro padrões.
Outra característica que se deve levar em conta na análise da legitimidade de uma imagem é, naturalmente, a nitidez do objeto registrado. Para angústia dos ufólogos e descrédito por parte do público leigo, vídeos de verdadeiros UFOs raramente mostram os artefatos com demasiada nitidez, como o que ilustra a filmagem do Haiti, por exemplo — a imagem de UFOs reais sempre apresenta distorções e imperfeições típicas das câmeras utilizadas. Nos vídeos falsos isso não existe, pois são criados em ambiente computacional. O mesmo se aplica a movimentos ou tremores das câmeras. Quem estiver filmando uma nave que surgiu de repente à sua frente não tem tempo para buscar um tripé e montar seu instrumento, como faria um profissional, mas realizará o registro segurando-o na mão — o que fará com que a filmagem acuse inevitáveis tremores devido a cansaço, peso do equipamento, cuja sensação aumenta com o tempo, e a emoção com que se está sendo visto.
Os dois objetos voadores não identificados que esse autor filmou, em 1997 e 1998, se apresentaram com a imagem levemente desfocada, embora o foco da câmera empregada estivesse ajustado para o infinito. Em um teste de pré-filmagem, registrou-se o voo de um avião sem que esse aparecesse fora de foco. O mesmo fenômeno ocorreu em 1997, durante o registro de um UFO similar filmado por Aldo Bien, em sua residência em São Paulo, quando o objeto também liberou sondas ufológicas menores. Acredita-se que esse efeito seja causado por alguma influência eletromagnética do veículo sobre o sistema de gravação da câmera — seria necessário realizar uma filmagem similar com um instrumento moderno, digital e com gravação em DVD para se constatar se o efeito deixa de existir.
Conhecimento de informática
O desenvolvimento tecnológico das câmeras e das técnicas de edição de imagens dificulta cada vez mais o trabalho do ufólogo. Com os recursos atuais, é muito mais fácil produzir uma foto ou vídeo falso do que no passado, quando tudo era analógico — e a análise de imagens exige atualmente do pesquisador conhecimento especializado de informática. Para complicar o cenário, a difusão dos celulares com câmeras, das câmeras digitais e de filmadoras digitais cada vez mais compactas e baratas tanto facilita o registro de eventuais UFOs quanto de qualquer outra coisa que passe à frente da lente, logo atribuída pelos autores como verdadeiros discos voadores. Seja como for, é bom saber que quando surge um UFO quase sempre há a chance de alguém por perto estar com um equipamento — embora, na maior parte dos casos, registros feitos com câmeras de celulares sejam pobres em resolução, dificultando ou impedindo a análise técnica.
Somando-se a essa problemática toda permanece a já bem conhecida e frequente confusão que as pessoas ainda fazem entre planetas brilhantes — geralmente Vênus e Júpiter — com UFOs, principalmente quando tais orbes são vistos no céu após dias ou semanas de clima nebuloso e sem visibilidade. Essa questão também exige do ufólogo estudo e dedicação constante, para que possa separar os casos reais dos falsos. A auxiliar na investigação ufológica está uma forma de tecnologia da informática que facilita ao ufólogo a identificação de falsos UFOs, que são programas de computador especificamente projetados que permitem analisar e criar uma base de dados sobre ocorrências. Tal é o caso do projeto Ufominer [www.ufominer.com], que está sendo desenvolvido pelo pesquisador Alexandre de Carvalho Borges, antigo consultor da Revista UFO.
A base do sistema é semelhante aos métodos computacionais empregados por bancos para detectar fraudes com cartões de crédito, por exemplo. O programa analisa o perfil de uso do cartão pelo cliente, comparando-o com um grupo já estabelecido e mantendo em banco de dados suas características. Se o usuário do cartão foge daquele padrão, ou do padrão do seu grupo, um sinal de alerta é dado pelo sistema, que pode tanto rejeitar a transação quanto juntá-la ao perfil do cliente, ampliando seu leque de conhecimento dele, e assim sucessivamente. Isso visa minimizar a chance de fraudes, como no caso de roubo do cartão e seu uso indevido e fora dos padrões daquele usuário, mas sem comprometer sua vida e a forma como ele decide gastar. Ou seja, o programa se individualiza e “aprende” a ser mais preciso em suas avaliações.
À semelhança, o Ufominer deverá, quando pronto, coletar relatos de casos ufológicos que circulam pela internet e realizar uma análise automática de sua natureza, visando identificar se o que foi registrado é um fenômeno natural ou um avistamento autêntico, segundo parâmetros que serão inseridos no sistema — que já possui, para geração de análises, 50 situações de IFOs, objetos voadores identificados que podem causar confusão ao se parecerem com algo sobrenatural ou extraterrestre. O sistema promete preencher a lacuna existente na informática aplicada à Ufologia, que existe há décadas.
Outra aliada dos pesquisadores da presença alienígena na Terra deve ser a internet, na medida em que facilita a comunicação e a difusão de informaç&otil
de;es entre estudiosos de literalmente todos os países da Terra. Mas seria interessante ter um sistema de listas de debates, como os chamados fóruns do Yahoogrupos, que seja dedicado exclusivamente ao informe de qualquer tipo de avistamento, sem que seja utilizado para conversas e discussões entre os frequentadores, como normalmente ocorre nos tradicionais grupos de discussão.
Voltando ao avistamento que deu início a esse trabalho, ocorrido na USP com os senhores Noel e Pedro, o doutor Eduardo Landulfo informou que os experimentos do Instituto de Pesquisas Energéticas e Nucleares (IPEN) com raios laser se encerram normalmente entre 21h00 e 21h30, mas que naquele dia 25 de julho de 2011 foram realizados entre 11h43 e 20h50. Assim, como o fenômeno inusitado foi observado até depois da meia-noite, a alternativa de o evento ser um teste do órgão pode ser descartada como explicação. E nesse caso, então, resta saber o que foi visto naquela noite justamente sobre uma das mais destacadas instituições de ensino superior do Brasil?