Não é de forma alguma recente a tese de que várias das inúmeras civilizações que nos visitam estariam usando as profundezas abissais para se manterem afastadas do nosso alcance. Detentores de avançada tecnologia, que as permite vencer as imensuráveis distâncias astronômicas, certamente não teriam problemas estruturais para edificarem suas bases nas porções menos conhecidas da Terra, justamente o fundo dos oceanos. É de lá, segundo defendem alguns ufólogos, que sairiam para suas atividades no planeta, e para onde regressariam ao fim delas. Além de possível, esta é uma ideia igualmente lógica, se pensarmos que uma civilização que tenha profundo interesse pela espécie humana — e aparentemente várias delas têm — não precisaria se deslocar constantemente entre seu planeta de origem e o nosso quando tivesse que executar seu plano de aproximação de nossa raça. Estando aqui, resguardada pelas vastidões desconhecidas de oceanos, mares, lagoas e até de rios mais caudalosos, tal espécie poderia ter maior operacionalidade.
Ao passo que para alguns isso pode soar ficção científica, para respeitados estudiosos do Fenômeno UFO, amparados pela riquíssima casuística ufológica que envolve os chamados objetos submarinos não identificados ou OSNIs, isso é a mais palpável realidade. Este é o caso, por exemplo, do correspondente internacional da Revista UFO na Itália Roberto Pinotti, um dos mais sérios e respeitados ufólogos de todos os tempos. Pioneiro absoluto da Ufologia Italiana e até Mundial, Pinotti dedicou boa parte de sua vida à análise dos mais variados tipos de ocorrências envolvendo naves alienígenas, mas teve interesse especial por aquelas que pareciam ter alguma relação com nossos oceanos. “Como vivo na Itália, país relativamente pequeno e cercado de mares por todos os lados, não foi difícil notar, logo no início de minhas atividades, ainda nos anos 50, que eram incontáveis os casos de UFOs mergulhando ora no Mar Mediterrâneo, ora no Adriático”, declarou. Tamanho é seu interesse pelos OSNIs que Pinotti publicou, em 2007, sua obra Oggetti Sommersi Non Identificati, lançada em 2008 no Brasil com o título OSNIs: O Enigma dos Objetos Submarinos Não Identificados, pela coleção Biblioteca UFO [Código LIV-022]. É justamente sobre este trabalho — e com a contribuição de outros autores — que se baseia esta edição e as duas seguintes, com o mesmo tema.
Não são raros os casos de naves alienígenas que vagam sobre regiões costeiras e que, quando flagradas, adentram em nossos mares. Também no Brasil temos tais fatos em abundância — que se repetem, inclusive, em rios da Amazônia e lagoas de grande porte, como a dos Patos, no Rio Grande do Sul. Alguns episódios são marcantes, como o caso de uma das 21 esferas perseguidas por caças da Força Aérea Brasileira (FAB) durante a Noite Oficial dos UFOs no Brasil, em maio de 1986, que, para fugir do alcance de um jato, fez um mergulho no Oceano Atlântico, a não mais do que 200 km da costa, e nunca mais foi vista