Desde tempos imemoriais o nosso planeta vem sendo sistematicamente visitado por seres de origem extraterrestre através dos chamados objetos voadores não identificados (OVNIs, da sigla em inglês UFOs) ou mais simplesmente discos voadores. A história da humanidade, portanto, está repleta de narrativas que nos remetem à idéia de que a presença de entidades alienígenas, incluindo de outras dimensões do espaço-tempo, tem nos sido um acontecimento bastante constante. Estatísticas demonstram que modestamente a cada cinco minutos uma pessoa em alguma parte do globo mantém algum tipo de contato com o Fenômeno UFO.
Em outro campo, pesquisas de opinião pública revelam que 63% dos norte-americanos acreditam na existência de seres extraterrestres, já 52% dos europeus confessam acreditar na possibilidade de outros mundos habitáveis, inclusive na existência de outras civilizações mais avançadas dos que nós e não apenas tecnologicamente [Aqui no Brasil, veja O que pensa o Internauta brasileiro sobre UFOs, parte 1 e parte 2]. Artistas, formadores de opinião assim como várias autoridades brasileiras já presenciaram algum tipo de aparição de cunho ufológico, dentre elas os ex-presidentes FHC e JK, os cantores Sérgio Reis, Zé Ramalho, Raul Seixas, Chitãozinho e Xororó, Elba Ramalho, Fábio Júnior, o apresentador Ratinho dentre outros.
Livros sagrados de diversas culturas, como os Vedas dos hindus e até a própria Bíblia contêm tácitas descrições interessantes acerca de múltiplas aparições de seres insólitos, supostamente não terrestres. Basta lermos sem dogmatismo o testemunho bíblico do profeta Ezequiel, apenas para citar algumas das escrituras sagradas e suas mais autênticas narrativas onde o assunto é mais que palpitante, diria que sugestivo e pra lá de enigmático. Existem ainda interessantes informações contidas na cultura oral dos povos indígenas da Amazônia na suas mais diversas e diferentes etnias.
Para tanto é preciso manter a mente aberta para a aceitação da casuística ufológica no longo decurso da história humana, cujos registros ainda hoje estão aí desafiando todos os pseudomodernistas do nosso ferrenho e visceral ceticismo contemporâneo. Apesar de todo o avanço científico e tecnológico, parte considerável da humanidade não consegue compreender sem uma pontinha de ceticismo – razão pela qual no geral não aceita e nem acredita sequer na possibilidade da existência da pluralidade dos mundos habitáveis e, que dirá, inteligente.
Negacionismo e amedrontação
Há, sobretudo, uma forte rejeição das pessoas no tocante à probabilidade dos planetas habitados por algum tipo de vida inteligente ou não, como um fato concreto. Objeção esta, inspirada no mais das vezes, por uma infinidade de dogmas e outros preconceitos na sua maioria de cunho religioso, cujo papel histórico já produzira sérios estragos no próprio avanço da ciência. A partir de erros absurdos sustentados pelo tenebroso combustível da intolerância, a exemplo do que aconteceu contra Galileu, Paracelso e Giordano Bruno, vítimas da Inquisição.
Assim como tantos outros personagens da história que se mantiveram muito além do seu tempo e que por isso mesmo tiveram que pagar com a própria vida a perspicácia ousada de dizer a verdade das coisas inusitadas.
Entrementes, já faz parte do senso comum a objeção de tudo aquilo que se encontra na esfera dos fenômenos inexplicáveis ou mesmo qualquer idéia nova que não faça coro com a mesmice das coisas preestabelecidas ou, ainda, que não se assentem facilmente no lugar comum do faz de conta. Portanto, diria que como se percebe, não é de hoje que o novo incomoda muito mais do que assusta, sobretudo os poderosos nos seus cômodos tronos. Eles não querem e, tampouco, vêem com bons olhos sequer a idéia de que as pessoas possam enxergar e pensar o mundo e a vida por si mesmas.
E com o pensamento da exobiologia não foi lá muito diferente. Não foi à toa que astrônomos no passado foram tidos como demônios, feiticeiros, hereges e maculadores da juventude.
Contudo, no primeiro mundo, a existência dos discos voadores não mais constitui um tabu, mesmo assim há um claro acobertamentos de casos reais por parte de vários governos que ainda hoje mantêm arquivos oficiais repletos de documentos sob a inscrição de Top Secret e que comprovam a ocorrência de fatos verídicos bastante significativos em relação ao tema dos ETs.
Mesmo com a resistência de alguns astrônomos da chamada ala conservadora da ciência e que por isso mesmo questionam a possibilidade dos UFOs chegarem até nós em virtude das incomensuráveis distâncias interplanetárias, o assunto vem despertando o interesse de parcelas substanciais da sociedade atual e, em especial, dos adeptos das ciências ditas não oficiais.
Ora, estamos falando de civilizações avançadas, tanto espiritual quanto tecnologicamente, num patamar tão alto que para eles ainda estamos vivenciando a Idade da Pedra. Temos que pensar em ETs não pelo prisma da nossa ciência ainda tacanha e limitada diante de conceitos aprisionados por nossas crenças e limitações de cunho cientificista.
Cultura solitária
Então, seria preciso encarar a questão a partir de uma visão tecnológica que consiga ir além da nossa viabilidade estanque. Até porque nossa ciência atual é resultante de um longo processo de avanço e descobertas que vêm se superando ao logo de séculos, destacando-se sobremaneira somente nos últimos 60 anos aproximadamente. Temos que pensar a exobiologia e as possibilidades extraterrestres como uma tecnologia que há muito já superou a lei da gravidade, a noção do espaço-tempo, a velocidade da luz, a tração por atrito, a propulsão por combustão, as ilimitadas distâncias interplanetárias, viagens astrais, telecinésia e até mesmo a exploração do homem pelo homem.
As entidades que imaginamos, são, por conseguinte, civilizações avançadas inclusive no aspecto espiritual ante uma visão holística e crística capaz de superar o gênero humano infinitamente, de maneira tal que as nossas velhas idiossincrasias precisam assumir novos padrões conceituais numa correlação de força em que o tradicional possa abrir espaço para a possibilidade de que o impossível venha a ser efêmero, quiçá tão somente algo não estanque para sempre, mas como tudo na vida, transitório, assim como historicamente sempre ocorreu com as chamadas ciências não oficiais.
Do contrário, como aceitar aquilo que seria o verdadeiro tédio solitário cósmico, ou seja, a idéia absurda (que alguns dizem) de que a Terra seja o único lugar habitável do universo. Ora, não é mais novidade para quase ninguém que o planeta Terra não passa de uma ínfima partícula de poeira perdida na imensidão infinita do universo. Só mesmo a grande ignorância cavalar humana para nos tornar tão cegos diante desta evidência cosmológica que mesmo Aristóteles, Galileu e Newton já sabiam com a mais absoluta das seguranças.
No mais, seria muitíssimo ingrato para nós (pobres mortais terrenos) se estivéssemos realmente sozinhos, solitariamente, na vastidão dos espaços universais do tempo. Vamos pensar um pouco diferente? Abandonemos desde já nossos preconceitos e dogmas ancestrais.