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Revista UFO > Notícias > A questão da fé na ciência, o problema crucial dos céticos
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A questão da fé na ciência, o problema crucial dos céticos

Ultima atualização: 1 de janeiro de 2006 12:16
Por
Cláudio Tsuyoshi Suenaga
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Os positivistas, curiosamente, também tiveram suas manifestações religiosas, com apóstolos, ereção de templos etc
Créditos: STEVEN HUNTER

Não é demais dizer que os céticos constituem uma autêntica religião. Considerando que os céticos fazem profissão de fé em torno das crenças positivistas e os cientificistas as compartilham, aderindo e praticando as concepções ligadas a elas. E que as mesmas, propriamente as religiosas, são sempre comuns à determinada coletividade, além dos indivíduos que a compõem se sentirem ligados uns aos outros pelos simples fato de terem uma fé comum e traduzem essas concepções em práticas idênticas. Antes que rechacem tal assertiva, acentuo o lado consensual de suas crenças e práticas, as quais se articulam e se unem em torno de uma mesma comunidade moral, que em outro contexto seria chamada de igreja.

Os positivistas, curiosamente, também tiveram suas manifestações religiosas, com apóstolos, ereção de templos etc. Em sua obra Sistema de Política Positiva [1854], Auguste Comte preconiza a “religião da humanidade”, cuja liturgia baseia-se no catolicismo romano, estabelecida em O Catecismo Positivista [1852], fazendo da doutrina algo indubitavelmente religioso, com credo na ciência. O positivismo passa a propor, dessa forma, a reforma da sociedade baseada no conhecimento das ações repetitivas dos fenômenos e sua previsibilidade científica, com a conseqüente passagem do poder político para os sábios.

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Em 1881, Miguel Lemos e Teixeira Mendes fundaram no Bairro da Glória, zona sul do Rio de Janeiro, a Igreja Positivista do Brasil, congregando homens influentes da época. Na igreja positivista, hoje reduzida a um pequeno número de seguidores, não há um culto a um deus onipotente, mas à humanidade, entidade coletiva formada pelos seres humanos que contribuíram para o progresso da civilização. Nas laterais da grande nave, em estilo católico romano, no lugar de imagens de santos há bustos de filósofos, cientistas e artistas, adorados como grandes expressões do pensamento humano. Os positivistas religiosos adotam como Bíblia o “catecismo positivista” de Comte e apesar de não acreditarem na eternidade da alma, cultuam os mortos pelo legado que deixaram. “Os vivos são sempre e cada vez mais governados necessariamente pelos mortos”, é outra máxima de Comte [Decadente, Igreja Positivista faz 120 anos, em Folha de S. Paulo, 13 de maio de 2001].

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Autodivinização da ciência — Ontologicamente falando, os céticos realizam uma autodivinização da ciência, conferindo-lhe as características de uma autêntica religião laica [Que assegura aos cidadãos os mesmos direitos e deveres, independentemente da opção individual no quadro de uma religião ou ideologia]. A ciência é encarada como uma não-crença eficaz, uma revelação parcial do oculto, promessa de revelação aceita e legitimada. Se os crentes possuem forte crença religiosa e acreditam que somente uma renovação religiosa possa salvar a humanidade, os céticos, por sua vez, possuem forte crença na ciência e acreditam que somente uma renovação científica possa salvar a civilização do obscurantismo. Em sua adoração máxima, embora não admitam, os céticos experimentam o “numinoso” de forma muito semelhante aos adeptos das religiões teológicas.

Crêem ceticamente, num comportamento que poderíamos chamar de “crença na descrença” e que exprime um conflituoso jogo de racionalidades distintas. Assim é, de forma clara e assumida, uma crença em alguma “coisa”, mas que precisa de comprovação científica, uma crença cética. Assim, admitem crer somente naquilo que julgam não ser uma crença ou apenas pensar ceticamente. Acreditam, mas acreditam desacreditando, ceticamente, ou crendo que um dia tudo poderá ser explicado à luz da ciência. Paradoxalmente, no entanto, não admitem outros tipos de crenças que não seja a antecipação de um conhecimento que conduza à terra prometida da ciência.

O credo do cientificismo proclama, como seu principal mito, que “somente o científico é um conhecimento verdadeiro e real, isto é, somente aquilo que pode ser expresso quantitativamente ou formalizado, ou ser repetido à vontade sob condições de laboratório, pode ser o conteúdo de um verdadeiro conhecimento”. A ciência não é uma religião em si, mas é encarada dessa forma por grande parte do público, cientistas e pela quase totalidade dos céticos, para os quais uma citação de artigo publicado em revista, internacionalmente reconhecida, reveste-se da mesma aura que rodeia as citações bíblicas em muitos sermões.

Ciência tristemente desumana — O poder emanado provém do prestígio alcançado pela ciência. Além de ser incompreensível para o grande público, a ciência é ensinada dogmaticamente, como uma verdade revelada. Dessa forma, no espírito do grande público, a palavra ciência carrega um significado quase místico e, certamente, irracional. Para a grande maioria da população, e mesmo para alguns cientistas, tal área é como uma espécie de alquimia ou magia negra, e sua autoridade é indiscutível e incompreensível. Essa nova religião chegou mesmo, em sua intolerância, a suplantar qualquer religião tradicional. Mais ainda, ela não se limita a pretender que somente seus próprios mitos sejam verdadeiros. É a única religião que possui a arrogância de chegar a pretender não ser baseada em nenhum mito, mas somente na razão. Como bem observou o sociólogo francês Edgar Morin “existe uma fé na razão moderna”.

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É bastante provável que as religiões tenham surgido a partir da observação direta dos mundos divinos, por parte de antigos iniciados em estados alterados de consciência. O efeito análogo acontece em relação à experimentação e teorização científicas – tendo o divino sido substituído por um aparelho medidor ou uma abstração teórica –, do ponto de vista do povo, isto é, dos não-iniciados. É certo que as religiões revelaram, por meio de seus símbolos e metáforas, verdades intrínsecas do universo e do ser humano, instintivamente reconhecidas como tal pela identificação imediata dos que entravam em contato com elas. A ciência, por sua vez, não se vale de símbolos ou metáforas – que não mantêm, necessariamente, uma relação direta com a realidade apresentada –, e sim, de conceitos e de abstrações. O povo é convencido por meio de demonstrações tecnológicas e modelos precisos. Por fim, as religiões tradicionais estavam imbuídas de moralidade. A ciência moderna orgulha-se de ser objetiva, impessoal, amoral e tristemente desumana.

Os céticos crêem na ciência enquanto a vêem baseada em fundamentos racionais, mas não se d
ão conta de que seu fundamento está “do outro lado”, em princípios irracionais. Professam uma crença que não a vêem como tal. O modo como a ciência se posiciona na sociedade impede que seja vista como portadora de crenças. Ela engana ao fazer acreditar que para aceitar suas verdades não é preciso crer. Destarte, pode-se aceitar no que está oculto, pois é visto não como uma crença, mas uma descoberta de um conhecimento mais amplo, legitimado pela ciência. Os sacerdotes da religião do ceticismo não pregam nada mais que o princípio social irracional que aparece como coerção natural porque destruiu, ao longo dos séculos, todas as outras formas de relação social ou as submeteu e se impôs como absoluto. É a lei natural de uma postura que consideram muito “racional”, mas que, na verdade, apenas segue a racionalidade funcional de seu deus-ciência, a cujas coerções objetivas estão dispostos a sacrificar o último resto de humanidade.

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Defensores de uma sociedade aberta — A oposição entre crentes e céticos é apenas uma oposição de interesses diferenciados. Os céticos são tão irrealistas e absolutistas em seu cientificismo e materialismo, quanto o são os crentes em seu idealismo e fanatismo. Em seus extremismos, chegam ao oposto da liberdade. À guisa de epílogo, concluo que há dois tipos de tirania, a dos crentes e a dos céticos, contra as quais devemos lutar, imbuídos que estamos como livres pensadores e defensores de uma sociedade aberta, uma benevolência generosa para com tudo aquilo que é humano, um desejo de congraçamento universal para romper todas as muralhas da segregação e do preconceito, uma determinação de lançar as bases de uma sociedade verdadeiramente livre e democrática.

A diversidade e o antagonismo aumentam a riqueza da experiência humana. Várias correntes de opiniões, ideologias e visões de mundo podem e devem conviver juntas. A riqueza reside precisamente aí, na diversidade, na aceitação da contradição e da crítica, na busca incessante de novos conceitos, paradigmas e conceitos de verdade, numa profunda mobilidade e versatilidade, numa revolução intelectual permanente. Naturalmente, isso produz uma sensação de crise e insegurança – o que faz muitos, erroneamente, pleitear pela exclusão, supressão e eliminação do outro, recorrendo ao autoritarismo e ao arbítrio –, mas que também constituem condições sine qua non para o avanço do conhecimento e o alargamento dos horizontes. Parafraseando o escritor, poeta e crítico inglês Gilbert Keith Chesterton (1874-1936), o mestre do paradoxo diria que quando um homem não acredita em nada, não é que não acredite mais em nada, é que ele acredita em qualquer coisa.

TÓPICO(S):Edição 118
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