O ufólogo e editor da Revista UFO A. J. Gevaerd permanece no Uruguai, após o encerramento do bem sucedido e comemorado I Congresso Internacional de Pesquisa de Fenômenos Aeroespaciais e Terrestres (Ciifat 2010), realizado no Clube da Força Aérea, em Montevidéu, no último final de semana.
Hoje, Gevaerd entrevistou o coronel Ariel Sanchez [Veja galeria de fotos, clicando aqui], navegador e controlador de vôo que é o comandante da Comissão Receptadora e Investigadora de Denúncias de Objetos Voadores Não Identificados (Cridovni), um dos poucos grupos ufológicos oficiais do planeta Terra, cuja existência se conhece abertamente.
Não há segredo sobre isso no Uruguai e a população sabe da existência e como funciona o órgão, que é oficial porque foi criado através de determinação governamental dentro da Força Aérea Uruguaia (FAU). Ali se faz um tipo de Ufologia que não existe em parte alguma do mundo.
Seus integrantes são, de fato, ufólogos profissionais, pois têm seus salários pagos pela FAU. Eles servem à arma em atividades regulares e usam parte do tempo de serviço para a pesquisa ufológica, estando de plantão para qualquer chamado. A Cridovni tem escritórios dentro das instalações da FAU e conta com assistência de laboratórios, universidades, centros diversos etc espalhados pelo país, para seus trabalhos. Todos estes institutos se sentem honrados em colaborar com a Cridovni.
“Ontem passei o dia com Daniel Silvera e esposa, ela enfermeira e ele secretário da entidade, que me contou detalhes de sua fundação e funcionamento. Foi um conversa agradabilíssima regada a vinho tannat no sedutor Mercado do Porto. Silveira disse que, assim como os demais, pode receber ligações a qualquer instante de qualquer parte do país de alguém relatando um UFO”, nos contou nesta manhã Gevaerd.
“Daí segue-se uma rotina que todos têm como parte de suas vidas há anos: a coordenação da Cridovni se reúne “al tiro” [na hora], decide quem vai atender ao chamado, e para lá vai a equipe convocada, fardada e com carro da Aeronáutica, câmeras, equipamentos etc. Os integrantes chegam ao local, falam com as testemunhas, levantam todos os dados, recolhem amostras, evidências (se existirem) e voltam à capital para que tenha início a investigação, seguindo um rigoroso padrão metodológico”, explanou Gevaerd.
São meticulosos e detalhistas, todos têm formação profissional técnica. Uns são engenheiros, outros químicos, psicólogos etc. Aplicam à exaustão o método de investigação científica, que, inclusive, já exportaram para outros países, como o Peru, onde a Oficina de Investigações de Fenômenos Aéreos Anômalos (OIFAA) os aplica.
Portanto, no vizinho Uruguai, membros da Cridodvni estão sempre de plantão para qualquer acontecimento com UFOs. “Está sendo uma emoção muito grande saber como funciona esta estrutura. E pensar que o Brasil fez isso num nível idêntico em 1969, com o Sistema de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Sioani), em São Paulo!”, exclamou Gevaerd.
O Sioani era exatamente como o Cridovni, mas surgiu anteriormente – 10 anos antes – e era muito maior, evidentemente devido ao tamanho continental de nosso país. O editor da UFO ainda vai visitar locais de incidência, previamente marcados pelos militares.
Arquivos do Sioani podem ser baixados aqui no Portal da Ufologia Brasileira, no endereço: http://ufo.com.br/documentos/novos/. Organograma e detalhamento da Central de Investigação de Objetos Aéreos Não Identificados (Cioani) também estão disponíveis.