O lançamento de UFO, ocorrido na segunda quinzena de março último, atingiu todas as expectativas alimentadas por nossa equipe mas, ao mesmo tempo, ultrapassou de longe nossas previsões, demonstrando que há no Brasil de agora, mesmo em meto à pior crise jamais surgida no pais, um interesse cada vez maior pela pesquisa e pelo conhecimento de tudo o que se refira à pesquisa dos discos voadores e seus tripulantes.
Mas não existe, no entanto, nenhum componente místico nisso: nossa equipe observou que há interesse em se esclarecer, se desvendar e de se “botar a limpo” a questão dos UFOs, de maneira suficientemente clara e séria. Não houve manifestação de exageros místicos ou pseudo-místicos, como se esperava e como sempre existiu em meio aos círculos nacionais de discussões sobre discos voadores; ninguém está \’esperando que os UFOs venham salvar-nos de qualquer hecatombe ou que seus tripulantes passem mensagens misteriosas aos habitantes do planeta.
Em meio ao fato de que, como costumou-se pontuar, “Ufologia é terra de ninguém”, visto, teoricamente, qualquer pessoa ter direito de falar o que bem entende sobre o assunto, as primeiras respostas ao nosso lançamento nacional, e que motivaram nossa equipe a realizar uma detalhada investigação do perfil de nosso leitor, demonstram que o primeiro grupo de consumidores de revistas ufológicas no Brasil é, em geral, do sexo masculino, entre 25 e 42 anos de idade, com curso secundário em área técnica completo ou universitário completo, com interesse ou situação profissional já definida, cujo interesse pelo assunto UFO é basicamente científico.
Em segundo lugar, temos um consumidor mais novo, entre 14e 17 anos, entre lº e 2º graus, buscando profissão em áreas tecnológicas e cujo interesse pela fenomenologia UFO parece ser maior na área de investigação de campo e estudos de literatura. Nossa equipe avaliou, ainda, que esta faixa de leitor tem todas as características e potencial para se tornar uma nova comunidade de ufólogos, em cujo arsenal de pesquisa estará uma arma indispensável: o computador. Doís-terços de nossos consumidores desta faixa já aplicam sua ufologia à computação e vice-versa.
E, em terceiro lugar, temos a fidelidade de um público feminino, entre 27 e 45 anos, formado principalmente por profissionais liberais e por funcionárias públicas. Esta faixa de leitor não faz pesquisas, mas tira conclusões sobre Ufologia, e, ao que parece, está interessada em ver maior interação entre o estudos dos UFOs e a vida diária.
Eis a descrição de cerca de 90% de nossos leitores: pessoas com suas responsabilidades e ocupações já definidas, com interesse de sobra para transformar a questão dos UFOs em assunto de máxima importância e com posições de segura sobriedade quanto à questão. Portanto, ao contrário do que insistem os céticos e críticos da pesquisa ufológica, o “ufófilo” é uma pessoa perfeitamente equilibrada e com seus “pés no chão”, como mostrou nossa pesquisa inicial.
Está claro também, que entre os ufófilos brasileiros não há abundância – insinuação que também é freqüente no repertório dos céticos e críticos – de alucinados ou psicopatas. A Ufologia Brasileira está, de fato, de parabéns por sua definição e maturidade de idéias, e nós da Revista UFO estamos orgulhosos em ter o privilégio de sermos a única publicação brasileira sobre Ufologia.
Vamos procurar, agora muito mais animados por conhecermos e estabelecermos perfeita sintonia com nossa comunidade leitora, retribuir seu posicionamento de seriedade e maturidade, editando uma revista cada vez mais esclarecedora, profunda, realista e, sobretudo, objetiva na questão dos UFOs. Vamos elevar cada vez mais o nível de nossas apresentações e discussões e, mais que isso, vamos aumentar o índice de participação do leitor em UFO, abrindo-lhe caminho para às páginas desta revista com suas idéias, suas teorias e hipóteses, suas pesquisas individuais ou em grupo, suas contribuições, críticas, opiniões etc.
Neste editorial, queremos deixar claro nossas intenções em realizar um trabalho conjunto que vá além do que é definida como a única participação do leitor numa publicação: a compra do exemplar em bancas! Nós queremos verdadeiramente trabalhar em conjunto com nosso leitor, principalmente pelo fato de que a Ufologia é ainda uma ciência embrionária onde, se ninguém é dono da verdade, também não podemos afirmar onde a verdade está. E nisso, o que importa é o trabalho conjunto e a união de idéias em favor de uma evolução coletiva. Ou não? Parece que sim, e sendo assim, vamos aproveitar este espaço para, em cada edição, abrir um canal de comunicação direta com o leitor. Neste número queremos começar tratando das perguntas referentes à parte administrativa desta revista, recebidas através de variadas cartas desde nosso lançamento. Vamos à elas.
UFO é uma revista difícil de ser encontrada e cara em relação à outras revistas brasileiras.
Esta questão nos foi apresentada em inúmeras cartas, inclusive de nossos antigos leitores (Ufologia Nacional & Internacional e PSI-UFO). De fato, UFO é uma revista cara, mas por uma razão simples: o mercado publicitário brasileiro ainda está “fechado” quanto a anunciai\’ em uma publicação como a nossa. Isso quer dizer que poucos empresários desejam veicular anúncios de suas empresas numa revista sobre UFOs! Em conseqüência, sem anúncios publicitários que pagam o custo de produção de qualquer publicação, a única saída é apelar para a vendagem, ou seja: temos que vender UFO para poder pagar seus custos, que são altíssimos, e temos que vendê-la relativamente cara. Simplesmente não há alternativa, mas não cremos ser este um problema, visto que o preço de UFO acompanha o mercado editorial brasileiro.
Quanto à dificuldade em encontrar-se UFO em bancas, o problema está em que nossa revista tem tiragem muito limitada, insuficiente para cobrir todo o Território Nacional. Assim, a distribuição de nossa tiragem é feita para as praças de maior consumo, normalmente capitais e grandes cidades do interior dos estados e nas regiões mais próximas do eixo Rio/São Paulo. Mesmo assim, nestas localidades, UFO estará disponível em poucas bancas e em número limitado por banca. A saída para quem não quer perder nenhum exemplar (valendo também para quem não quer pagar caro, com aumentos todos os meses) é assinar a revista (veja cupom no interior desta edição).
UFO poderia ser uma revista com maior número de páginas para permitir maior participação dos leitores.
Esta
é outra questão muito freqüente entre nossos correspondentes, mas está ligada à anterior: quanto mais páginas, mais custos e o preço de capa terá que ser mais alto. Por isso, optamos por fazer um programa de trabalho, segundo o qual nossas primeiras edições seriam “enxutas”, com poucas páginas mas conteúdo de boa qualidade editorial (como pode ser constatado), e, a partir da solidificação da publicação, gradativamente aumentaríamos seu número de páginas, até atingir o volume de 60 páginas.
A participação de nossos leitores já começa logo neste segundo número, onde começamos a publicar contribuições recebidas após o nosso lançamento em março. Mas, especificamente, além de artigos e pesquisas de leitores que serão publicados após análise por nosso Conselho Editorial, a partir da próxima edição de UFO teremos duas novas seções: Cartas e Debate. A primeira para que o leitor possa discutir seus pontos de vista sobre artigos publicados em UFO; a segunda para apresentar pequenos trabalhos de sua autoria.
Desejando participar destas seções, o leitor é convidado a escrever para nossa Redação: UFO, Caixa Postal2182, 79021 Campo Grande (MS). Indique na carta a qual seção esta se destina.
Como é possível entrar em contato com os autores dos artigos publicados em UFO e com os editores da revista?
Simples! A cada artigo publicado está sendo publicado também ao pé da página, o endereço do autor e um “currículo” resumido sobre suas atividades. Igualmente, a cada edição, na página dedicada a personalidades da Ufologia, estamos publicando endereços de especialistas e grupos de pesquisas. Juntamente com os endereços, citamos as áreas de suas especialidades, para facilitar ao leitor. Os interessados devem endereçar cartas diretamente aos autores.
Para contatar a equipe editorial de UFO, endereçe carta à A.J. Gevaerd, Caixa Postal 2182, 79021, Campo Grande (MS). Caso o leitor tenha interesse em juntar esforços à nossa equipe, o convidamos a ler o box no fim desta página e, seguindo as instruções, solicitar sua carteira de colaborador de UFO.
Como ter maior participação em pesquisas ufológicas e obter material bibliográfico para intensificar estudo; no setor?
Há dois tipos de pesquisas ufológicas no Brasil: o individual e o coletivo. No primeiro grupo você é obrigado a “se virar sozinho” para se manter informado ou mesmo aprender mais sobre Ufologia. Esta modalidade de atividades é exercida por 80-90% dos ufólogos de todo o mundo, pois por um lado há poucos grupos de pesquisas em atividades e, por outro lado, normalmente a Ufologia é uma atividade que brota do interesse nato da pessoa, que em função disso busca conhecê-la através de todos os meios possíveis, e normalmente sozinho. Mas a pesquisa ufológica coletiva, em grupos, também é difundida no Brasil, porém por poucas organizações, principalmente em capitais e com concentração maior no Rio, São Paulo e Curitiba. Os interessados em ingressar em alguma organização de pesquisas podem escolher a que melhor lhes convier entre as que citamos mensalmente na página dedicada a personalidades (endereços de grupos). Os interessados em se filiarem ao Centro para Pesquisas de Discos Voadores (CPDV), responsável por esta publicação, podem proceder escrevendo ao nosso Deptº Filiação/CPDV, Caixa Postal 2182, 79021 Campo Grande (MS).
Para obter material bibliográfico, literário, sobre Ufologia, o CPDV informa que basta acompanhar os anúncios em cada edição de UFO, que em suas últimas páginas traz a seção de “serviços ao leitor”. Nesta seção estão descritos artigos variados sobre Ufologia (exemplares de outras publicações, monografias e apostilas, fitas k-7 e de vídeo, etc), que podem ser solicitados como indicado nos anúncios.
Estas eram as principais questões que, com maior freqüência, nos foram apresentadas nos últimos dias. Em nossa próxima edição deveremos apresentar mais respostas às indagações de nossos leitores, já em nossas novas seções. Por isso, sua participação é esperada: escreva expondo seus pontos de vista, suas opiniões, suas criticas e comentários. Esta revista é sua: fique a vontade e até lá…