A consciência da crise planetária em reconhecimento
• Os recursos tem limites, pois nem todos são renováveis;
• O crescimento indefinido para o futuro é impossível;
• O modelo de sociedade e o sentido de vida que os seres humanos projetaram para si, pelo menos nos últimos 400 anos, estão em crise;
• O modelo em termos de lógica do cotidiano era e continua sendo: o importante é acumular grande numero de meios de vida, de riqueza material, de bens e serviços para desfrutar a curta passagem pelo planeta;
• A ciência, que conhece os mecanismos da Terra, e a técnica, que faz intervenções nela para benefício humano, nos ajudam a realizar os propósitos deste processo, com a máxima velocidade possível;
• Nesta pratica cultural, o ser humano se entende como um ser sobre as coisas, jamais como alguém que está junto com as coisas, como membro de uma comunidade maior, planetária e cósmica.
Levando adiante este nosso sentido de ser e, se dermos livre curso à lógica produtivista, poderemos chegar a efeitos irreversíveis para a natureza e a vida humana, como aparentemente todos sabem.
Mudança de comportamento na ciência
Neste contexto dramático, a ecologia está sendo evocada. O que se visa não é o meio ambiente, mas o ambiente inteiro. Um ser vivo não pode ser visto isoladamente como um mero representante de sua espécie, mas deve ser vislumbrado e analisado sempre em relação ao conjunto das condições vitais que o constituem e no equilíbrio com todos os demais representantes da comunidade dos viventes em que se apresenta.
Tal concepção fez com que a ciência deixasse os laboratórios e se inserisse organicamente na natureza, onde tudo convive com tudo formando uma imensa comunidade ecológica. Um saber das relações, interconexões, interdependências e intercâmbios de tudo com tudo em todos os pontos e em todos os momentos.
Não pode ser definida em si mesma, fora de suas implicações com outros saberes. Ela não é um saber de objetos de conhecimento, mas de relações entre os objetos de conhecimento. É um saber de saberes, entre si relacionados.
Deve articular-se em quatro eixos que se interpenetram:
Ecologia ambiental – Esta primeira vertente se preocupa com o meio ambiente, para que não sofra excessiva desfiguração, com qualidade de vida e com a preservação das espécies em extinção. Ela vê a natureza fora do ser humano e da sociedade. Procura tecnologias novas, menos poluentes, privilegiando soluções técnicas. Ela é importante porque procura corrigir os excessos da voracidade do projeto industrialista mundial, que implica sempre custos ecológicos altos. Se não cuidarmos do planeta como um todo, podemos submetê-lo a graves riscos de destruição de partes da biosfera e, no seu termo, inviabilizar a própria vida no planeta.
Ecologia social – Insere o ser humano e a sociedade dentro da natureza. Preocupa-se não apenas com o embelezamento da cidade, com melhores avenidas, com praças ou praias mais atrativas. Mas prioriza o saneamento básico, uma boa rede escolar e um serviço de saúde decente. A injustiça social significa uma violência contra o ser mais complexo e singular da criação que é o ser humano, homem e mulher. Ele é parte e parcela da natureza.
A ecologia social propugna por um desenvolvimento sustentável. É aquele em que se atende às carências básicas dos seres humanos hoje sem sacrificar o capital natural da Terra e se considera também as necessidades das gerações futuras que têm direito à sua satisfação e de herdarem uma Terra habitável com relações humanas minimamente justas.
Entretanto, o tipo de sociedade construída nos últimos 400 anos impede que se realize um desenvolvimento sustentável. É energívora, montou um modelo de desenvolvimento que pratica sistematicamente a pilhagem dos recursos da Terra e explora a força de trabalho.
No imaginário dos pais fundadores da sociedade moderna, o desenvolvimento se movia dentro de dois infinitos: o infinito dos recursos naturais e o infinito do desenvolvimento rumo ao futuro. Esta pressuposição se revelou ilusória. Os recursos não são infinitos. A maioria está se acabando, principalmente a água potável e os combustíveis fósseis. E o tipo de desenvolvimento linear e crescente para o futuro não é universalizável. Não é, portanto, infinito. Se as famílias chinesas quisessem ter os automóveis que as famílias americanas têm, a China viraria um imenso estacionamento. Não haveria combustível suficiente e ninguém se moveria.
Carecemos de uma sociedade sustentável que encontra para si o desenvolvimento viável para as necessidades de todos. O bem-estar não pode ser apenas social, mas tem de ser também sociocósmico. Ele tem que atender aos demais seres da natureza, como as águas, as plantas, os animais, os microorganismo, pois todos juntos constituem a comunidade planetária, na qual estamos inseridos, e sem os quais nós mesmos não viveríamos.
Ecologia mental – Chamada também de ecologia profunda, sustenta que as causas do déficit da Terra não se encontram apenas no tipo de sociedade que atualmente temos, mas também no tipo de mentalidade que vigora, cujas raízes alcançam épocas anteriores à nossa história moderna, incluindo a profundidade da vida psíquica humana consciente e inconsciente, pessoal e arquetípica.
Há em nós instintos de violência, vontade de dominação, arquétipos sombrios que nos afastam da benevolência em relação à vida e à natureza. Aí dentro da mente humana se iniciam os mecanismos que nos levam a uma guerra contra a Terra. Eles se expressam por uma categoria: a nossa cultura antropocêntrica.
O antropocentrismo considera o ser humano rei/rainha do universo. Pensa que os demais seres só têm sentido quando ordenados ao ser humano. Eles estão aí disponíveis ao seu bel-prazer. Esta estrutura quebra com a lei mais universal do universo, a solidariedade cósmica. Todos os seres são interdependentes e vivem dentro de uma teia intrincadíssima de relações. Todos são importantes.
Não há isso de alguém ser rei/rainha e considerar-se independente sem precisar dos demais. A moderna cosmologia nos ensina que tudo tem a ver com tudo em todos os momentos e em todas as circunstâncias. O ser humano esquece esta realidade. Afasta-se e se coloca sobre as coisas em vez de sentir-se junto e com elas, numa imensa comunidade planetária e cósmica. Importa recuperarmos atitudes de respeito e veneração para com a Terra.
Isso somente
se consegue se antes for resgatada a dimensão do feminino no homem e na mulher. Pelo feminino o ser humano se abre ao cuidado, se sensibiliza pela profundidade misteriosa da vida e recupera sua capacidade de maravilhamento. O feminino ajuda a resgatar a dimensão do sagrado. O sagrado impõe sempre limites à manipulação do mundo, pois ele dá origem à veneração e ao respeito, fundamentais para a salvaguarda da Terra. Cria a capacidade de religar todas as coisas à sua fonte criadora e função religadora.
Ecologia integral – Por fim, a quarta parte de uma nova visão da Terra. É a visão inaugurada pelos astronautas a partir dos anos 60, quando se lançaram os primeiros foguetes tripulados. Eles vêem a Terra de fora da Terra. De lá, de sua nave espacial ou da Lua, como testemunharam vários deles, a Terra aparece como resplandecente planeta azul e branco que cabe na palma da mão e pode ser escondido pelo polegar humano.
Daquela perspectiva, Terra e seres humanos emergem como uma única entidade. O ser humano é o próprio planeta enquanto sente, pensa, ama, chora e venera. A Terra emerge como o terceiro planeta de um Sol que é apenas um entre 200 bilhões de outros de nossa galáxia, que, por sua vez, é uma entre 200 bilhões de outras do universo. Cosmos que, possivelmente, é apenas um entre outros milhões paralelos e diversos do nosso. E tudo caminhou com tal calibragem que permitiu a nossa existência aqui e agora. Caso contrário não estaríamos aqui.
Os cosmólogos, vindos da astrofísica, da física quântica, da biologia molecular, numa palavra, das ciências da Terra, nos advertem que o inteiro universo se encontra em cosmogênese. Isto significa: ele está em gênese, se constituindo e nascendo, formando um sistema aberto, sempre capaz de novas aquisições e novas expressões. Portanto ninguém está pronto. Por isso, temos que ter paciência com o processo global, uns com os outros e também conosco mesmo, pois nós, humanos, estamos igualmente em processo de antropogênese, de constituição e de nascimento.
Três grandes emergências ocorrem na cosmogênese e antropogênese:
(1) a complexidade/diferenciação;
(2) a auto-organização/consciência;
(3) a religação/relação de tudo com tudo.
A partir de seu primeiro momento, após o Big-Bang, a evolução está criando mais e mais seres diferentes e complexos (1). Quanto mais complexos, mais se auto-organizam, mais mostram interioridade e possuem mais e mais níveis de consciência (2) até chegarem à consciência reflexa no ser humano.
O cosmos, pois, como um todo, possui uma profundidade espiritual. Para estar no ser humano, o espírito estava antes no universo. Agora ele emerge em nós na forma da consciência reflexa e da amorização. E, quanto mais complexo e consciente, mais se relaciona e se religa (3) com todas as coisas, fazendo com que o universo seja realmente uni-verso, uma totalidade orgânica, dinâmica, diversa, tensa e harmônica, um cosmos e não um caos.
As quatro interações existentes, a gravitacional, a eletromagnética e a nuclear fraca e forte, constituem os princípios diretores do universo, de todos os seres, também dos seres humanos. A galáxia mais distante se encontra sob a ação destas quatro energias primordiais, bem como a formiga que caminha sobre minha mesa e os neurônios do cérebro humano com os quais faço estas reflexões.
Tudo se mantém religado num equilíbrio dinâmico, aberto, passando pelo caos que é sempre generativo, pois propicia um novo equilíbrio mais alto e complexo, desembocando numa ordem, rica de novas potencialidades.
Comunidade planetária. O que é um paradigma?
Sentido amplo: “Constelação de opiniões, valores, métodos etc, participados pelos membros de uma determinada sociedade”, fundando um sistema disciplinado mediante o qual esta sociedade se orienta a si mesma e organiza o conjunto de suas relações.
Sentido restrito: Os exemplos de referencia, as soluções concretas de problemas, tidas e havidas como exemplares e que substituem as regras explicitas na solução dos demais problemas da ciência normal.
Características do novo paradigma – A complexidade:
Lógica não linear – O real, em razão da teia de suas relações, é por sua natureza complexo.
O todo e a parte – O todo é mais que a soma das suas partes e, nas partes, se concretiza o todo (holograma).
Aqui estão os limites do paradigma clássico fundado na física dos corpos inertes e na matemática: só consegue estudar seres vivos reduzindo-os a inertes, vale dizer, destruindo-os. Faz-se necessário outros métodos adequados à complexidade que mantenha vivos os organismos vivos. Há a demanda de outra lógica que faça justiça à complexidade do real.
Existem hoje pelo menos cinco realizações da lógica:
• Lógica da identidade: Estuda a coisa nela mesma sem considerar o jogo de relações que a cerca. É linear e simples. É a lógica dos sistemas autoritários e de dominação, pois tende a enquadrar todos os que não são ela no seu esquema e no seu âmbito de influência;
• Lógica da diferença: Esta reconhece a não identidade, vale dizer, a alteridade, seus direitos de existir, sua autonomia e singularidade. É a pressuposição para qualquer diálogo pessoal e intercultural, para qualquer sistema político que aponte para a participação e inclusão do diferente;
• Lógica dialética: Esta procura confrontar a identidade com a diferença, incluindo-as num processo dinâmico, no qual a identidade aparece como uma tese (proposição), a diferença como uma antítese (contraproposição) das quais resulta a síntese que as inclui num nível mais alto e mais aberto a novos confrontos e inclusões. Qualquer pensamento criativo, sistema de comunicação e convivência humana comunitária ou política pressupõe uma lógica dialética. Os contrários também têm seus direitos assegurados e seu lugar na constituição do todo dinâmico e orgânico. A contradição pertence à realidade e o pensamento deve fazer-lhe justiça;
• Lógica da complementariedade/reciprocidade: Ela prolonga a lógica dial&
eacute;tica. Nela apareceram articulados, formando um campo de forças, matéria e antimatéria, partícula e onda, matéria e energia, carga positiva e negativa das partículas primordiais etc. Mais que ver as oposições como na lógica dialética, importa ver as complementaridades/reciprocidades no sentido de formação de campos de relação cada vez mais dinâmicos, complexos e unificados.
Ela funciona em todos os grupos que valorizam as diferenças, as oposições dialéticas, a escuta atenta das varias posições e acolham as contribuições donde quer que venham. É através desta lógica que se estabelecem relações criativas entre os sexos, as raças, as ideologias, as religiões e se valorizam os diferentes ecossistemas num mesmo nicho ecológico;
• Lógica dialógica ou pericorética: Por esta se procura o diálogo em todas as direções e em todos os momentos. Por isso, supõe atitude o mais inclusiva possível e a menos produtora de vitimas. A lógica do universo dialógico, em que “tudo interage com tudo em todos os pontos e em todas as circunstâncias”.
Crise do paradigma civilizacional
Em nossa tradição ocidental, conhecemos três grandes modelos cosmológicos:
-cosmologia antiga;
-moderna;
-contemporânea.
A cosmologia antiga via o mundo como um conjunto unitário, hierarquizado, sagrado e imutável. Sua metáfora é a escada dos seres. Na culminância está Deus, como o ser supremo, criador de todo o universo. Poderíamos também dizer que é uma cosmologia teocêntrica.
Paradigma clássico – Caracteriza-se por seus famosos dualismos, como a divisão do mundo entre material e espiritual, a separação entre a natureza e a cultura, entre ser humano e mundo, razão e emoção, feminino e masculino, Deus e mundo e atomização dos saberes científicos. Utilitarista e antropocêntrica, a crise atual é crise da civilização hegemônica. Crise do paradigma dominante. Modelo de relações mais determinante de nosso sentido de viver preponderante.
Qual o sentido primordial das sociedades mundiais hoje? É o progresso, a prosperidade, o crescimento ilimitado de bens materiais e de serviços.
Como se alcança este progresso? Mediante a utilização, exploração e potenciação de todas as forças e energias da natureza e das pessoas. O grande instrumento é a ciência e a técnica (tecnociência) que produz industrialismo, a informatização e a robotização. Estes instrumentos não surgiram por pura curiosidade, mas da vontade de poder, de conquista e de lucro.
Os pais fundadores de nosso paradigma moderno: Galileu Galilei, René Descartes, Francis Bacon, Isaac Newton e outros. A cosmologia moderna elaborada a partir da física de Newton, da astronomia de Copérnico e Galileu, bem como do método cientifico de Descartes, é dualista. O mundo é dividido em dois, o do material e do espírito.
Descartes ensinava “que nossa intervenção na natureza é para fazermo-nos ‘mestre e possuidores da natureza’.”
Francis Bacon dizia que “Devemos subjugar a natureza, pressioná-la para nos entregar seus segredos, amarrá-la a nosso serviço e fazê-la nossa escrava.”
Portanto, as ciências da natureza analisarão o mundo da matéria, enquanto deixarão para a filosofia e a teologia o mundo do espírito. O homem, na sua unicidade de realização e frustração, cientificamente não interessa. Só realmente conta o que é nele e no mundo mensurável. O resto é subjetivo e desinteressante do ponto de vista da ciência moderna.
Criou-se o mito do ser humano desbravador, prometeu indomável, com faraonismo de suas obras. A metáfora dessa cosmologia é a máquina. Deus vem representado como o grande arquiteto que planejou as leis desta máquina. Estas seguem o seu curso sem precisar mais da referencia da sua origem. Cabe ao ser humano conhecê-las e ordená-las para seu projeto. Essa cosmologia é antropocêntrica. Numa palavra: “O ser humano está sobre as coisas para fazer delas condições e instrumentos da felicidade e do progresso humano”.
A partir dos anos 20, com a teoria da relatividade de Einstein, com a física quântica de Bohr, o princípio de indeterminabilidade de Heisenberg, com as contribuições da física teórica de I. Prigogine e I. Stengers, bem como as conquistas da psicologia do profundo (S. Freud e C. G. Jung). Da psicologia transpessoal (A. Maslow, P. Weil), da biogenética, da cibernética e da ecologia profunda surgiu uma nova cosmologia. A metáfora dessa cosmologia é a do jogo, da rede, do rizoma, do hipertexto e da dança. O cosmo não é totalizador, é distributivo.
Portanto, o suporte teórico tem vindo de muitos saberes que caracterizam a visão atual a partir da física quântica, da biologia combinada com a termodinâmica, da psicologia transpessoal, do conjunto de saberes que vem das ciências da Terra e da ecologia onde a realidade cósmica é representada como rede complexa de energias que se consolidam e que então se chamam matéria ou se mostram como energia pura formando campos energéticos e mórficos. Como uma dança , um rizoma, ou um jogo onde todos se inter-retro-relacionam, formando a religação universal. Essa cosmologia é participante. Elucidam os processos subjacentes da vida e evolução da consciência.
Consciência – Caracteriza-se por ser cósmica e pessoal ao mesmo tempo. É diferente de raciocínio. Apresenta-se como um fenômeno quântico. É a forma mais alta de vida.
Física quântica – Teoria científica elaborada nos primeiros anos do século XX, que ultrapassa a visão clássica do átomo (como a ultima partícula indivisível da matéria) para se deter na análise das partículas elementares que entram na formação do átomo. O núcleo é composto de prótons e nêutrons, por sua vez compostos de quarks e cerca de outras 100 subparticulas, topquark, que é a menor de todas. O conjunto das partículas é chamado hádrons.
Na teoria quântica, passou-se das partículas às ondas de energia, porque elas configuram energia densificada, chamada de quantun = quanta = pacotes de ondas. O que existe é um campo energético (teoria quântica relativística dos campos). Representa uma espécie de quadro resultante das interações continuas das partículas entre si. O efeito dessa teia permanente é o campo.
Bosons= dimensão energia/onda;
Fermions= dimensão matéria/partícula
“Boson é a relação e fermion é a coisa relacionada. Tudo, e também nós, humanos, somos compostos deles, na nossa dimensão individual e corpo
ral.”
Toda realidade fenomênica é quântica. Se apresenta sob dois aspectos: onda e partícula, simultaneamente. Partícula e onda = campo.
Campo – provém de algo ainda mais básico, não perceptível por nenhum instrumento, mas deduzido pela dinâmica do campo que continuamente remete a algo mais fundamental que ele. É chamado de vácuo quântico, não é vazio como a palavra vácuo sugere. Representa o campo dos campos. O oceano de forças no qual tudo acontece e do qual tudo emerge para fora. O que emerge aparece ora como onda energética, ora como partícula material, ora como sendo onda e partícula simultaneamente e de forma complementar. Tudo sai do vácuo quântico e tudo retorna a ele.
A consciência portanto, representa um holismo relacional. A essência da consciência é uma totalidade permanente e indivisível, ou uma unidade coerente que resulta do conjunto das relações, que um ponto estabelece com tudo o que está a seu redor que vem do passado e se anuncia para o futuro.
Holismo – unidade na diversidade e diversidade na unidade
Condensados Bose-Einstein = quando a unidade atinge certo nível muito complexo, conseqüência de maior sobreposições de onda (bosons) emerge a matéria viva.
Condensados Bose-Einstein de tipo Fröhlich – os bosons se sobrepõem totalmente, formando um campo permanente de unidade. Essa unidade relacionada é holística, está em contato com o meio, recebe todo tipo de informações e as ordena em sua unidade básica. É o surgimento da consciência humana.
Einstein comprovou que massa e energia são conversíveis. A energia pode virar matéria e a matéria pode virar energia. Fröhlich identificou as vibrações da consciência humana nos neurônios, há mais de 20 anos.
Sistema Prigogine do tipo Fröhlich – os sistemas vivos são abertos, tomam matéria desestruturada do meio, estabelecem com ela uma dialogação e, pela capacidade auto-organizadora própria de todos seres vivos, cria-se uma ordem nova mais alta.
Assista uma perspectiva das galáxias de Andrômeda e a nossa, incorporando-se no futuro distante: A diferença entre os seres vivos e inertes reside no grau de densificação das relações, gestando uma unidade indivisível, sinfônica: a consciência humana. A diferença entre um e outro não é de princípio, mas de grau.
Genealogia da consciência
Começou na sua forma mais rudimentar, na unidade primordial das primeiras duas partículas elementares que interagiram e se relacionaram. Foi ascendendo, na medida que cresciam o leque de relações, num diálogo dinâmico com o meio (com os férmions) até chegar à complexidade suprema que se traduz em consciência reflexa. Desde então, o campo da consciência (bósons) e o campo da matéria (férmions) estão num permanente diálogo, causando ordens cada vez mais ricas, abertas e mais aceleradas em todos os campos da cultura, da sociedade, das religiões e da inteira humanidade.
Quando a consciência se transforma em ato de comunhão com o todo e de amornização com cada expressão de ser, o universo chega a si mesmo e se realiza mais plenamente. A aliança ecológica de interação e reconciliação é selada.
É o macrocosmo, totalmente interligado ao nanocosmo e as demais etapas intermediárias. Portanto, cuide-se sempre, pois você é portador de muito universos, talvez infinitos, que dependem de sua existência e assim sucessivamente.