Durante a maior parte da história moderna, a busca por vida extraterrestre geralmente foi financiada por governos. Agora, um grupo de pesquisadores privados anunciou que tem dinheiro para iniciar seu próprio programa de financiamento público para encontrar vida alienígena.
O astrofísico de Harvard, Avi Loeb, anunciou o início do Projeto Galileo durante uma coletiva de imprensa online ontem pela manhã. No ano passado, a pesquisa de Loeb deu início a uma tempestade acadêmica ao sugerir que Oumuamua, um objeto misterioso que se projetou perto da Terra em 2017, poderia ser de origem artificial, enviado por uma civilização extraterrestre.
Em janeiro de 2021, ele publicou seu oitavo livro, “Extraterrestre: O Primeiro Sinal de Vida Inteligente Além da Terra”, no qual ele delineou sua pesquisa junto com a discussão de ideias sobre as maneiras como os humanos podem ser capazes de desviar ou impedir outro objeto como este de prejudicar a Terra. Loeb costuma chamar sua busca por provas de vida inteligente no universo de arqueologia espacial. Ele diz que Oumuamua pode ser uma peça de tecnologia de uma civilização antiga em algum lugar do universo que continua a se mover através do espaço profundo.
Seu trabalho sobre o Oumuamua levou ao Projeto Galileo. Mas o custo tem sido o problema até agora. Loeb diz que no último mês recebeu várias grandes doações de pessoas que totalizaram mais de US$1.75 milhão. Ele espera que o anúncio feito ontem ajude a ele e ao resto de sua equipe a arrecadarem dez vezes mais para comprar equipamentos como telescópios de alta resolução e tecnologia de imagem.
Avi Loeb acredita que há vida lá fora, inclusive com tecnologias avançadas o suficiente para nos visitar, como (possivelmente) o Oumuamua.
Fonte: Adam Glanzman/The Washington Post
O objetivo do Projeto Galileo é trazer a busca por tecnoassinaturas de Civilizações Tecnológicas Extraterrestres (ETCs), seja de observações acidentais, anedóticas ou lendas, para o meio da pesquisa científica transparente, validada e sistemática. Este projeto terrestre é complementar ao SETI tradicional, na medida em que busca objetos físicos, e não sinais eletromagnéticos, associados a equipamentos tecnológicos extraterrestres.
Independentemente da possibilidade de que o Projeto Galileo possa descobrir evidências adicionais, ou mesmo extraordinárias de ETCs, no mínimo o Projeto Galileo reunirá ricos conjuntos de dados que podem promover a descoberta de – ou melhores explicações científicas para – novos objetos interestelares com propriedades anômalas e para novos fenômenos atmosféricos naturais em potencial ou, em alguns casos, explicações de tecnologia terrestre para muitos dos UFOs atualmente inexplicáveis.
Um dos principais objetivos do Projeto Galileo é fotografar um UFO usando tecnologia de imagem de alta resolução. Ao contrário do governo norte-americano, Loeb diz que a coleta e disseminação dos dados do projeto serão transparentes para o público. Em entrevista coletiva online, ele também afirmou que o processo estará disponível ao público e que incentivará a comunidade científica a revisar os trabalhos, que passarão por um processo de revisão por pares.