Já é de conhecimento de toda a Ufologia Brasileira que a maior onda ufológica já registrada no país, e talvez no mundo, tenha sido aquela que ocorreu em vários pontos da Região Norte do país no final dos anos 70, em especial nos estados do Maranhão, Pará e Amazônia. Os fatos, ao que tudo indica, seguiram esta trajetória, pela ordem dos estados, indo de leste para oeste e quase sempre em áreas ribeirinhas. Onde aparentemente o fenômeno que ficou conhecido como chupa-chupa ou luzes vampiras, às vezes também chamado de aparelhos, foi mais cruel em seus ataques é a ilha de Colares, cerca de 80 km a nordeste de Belém, banhada, de um lado, pelo Rio Guajará-Mirim e, do outro pelo Amazonas, já bem próximo à sua foz.
A enorme ilha, que faz frente à Baía de Marajó, na microrregião do Salgado, também abriga o município homônimo de Colares, que chegou a ter cerca de 10 mil habitantes em seus 613 km². A base da economia local é um pequeno turismo, pesca e agricultura de subsistência. Com várias praias fluviais próximas ao centro da cidade, tais como Humaitá e Machadinho, embora infestadas de arraias, o local é paradisíaco e foi o cenário da Operação Prato, que teria durado de setembro a dezembro de 1977, comandada pelo então capitão intendente da Força Aérea Brasileira (FAB) Uyrangê Bolívar Soares Nogueira de Hollanda Lima, o conhecido coronel Uyrangê Hollanda. Dentro da Aeronáutica, era um homem conhecido por sua bravura e destemor aos percalços da selva, e cumpria várias funções por estas características.
Em 1977, a ilha de Colares passou por momentos de grande aflição para seus moradores quando passou a receber visitas frequentes de vários tipos de UFOs — alguns eram grandes e cilíndricos, outros pequenos e esféricos, assim como havia aqueles em forma de disco voador e alguns semelhantes a uma lata de refrigerante, estes os mais temidos. Eles chegavam à ilha todos os dias vindos geralmente do norte, às vezes surgindo do céu e, noutras, emergindo das águas do Rio Amazonas. As manifestações duraram por meses seguidos e os habitantes das redondezas se tornaram alvos frequentes dos objetos, que jogavam raios luminosos sobre eles, fazendo com que muitos fossem gravemente feridos ou até mesmo mortos. A imprensa noticiou os fatos ininterruptamente, e em certa ocasião a Aeronáutica interveio na situação estabelecendo sua Operação Prato.
“Eu vivo leso até hoje”
É difícil precisar, mas estima-se que pelo menos 400 pessoas tenham sofrido ferimentos de médio a graves, e muitas outras fugiram da ilha com medo — há números ainda mais alarmantes, que falam de mais de mil atacados. Os atingidos geralmente desmaiavam e, quando acordavam, apresentavam quadros de anemia raramente registrados. Quando perguntados sobre o que lhes acontecera, as testemunhas diziam ter sentido como se seu sangue tivesse sido extraído de seus corpos, o que fez o fenômeno ficar conhecido como chupa-chupa. Não é difícil encontrar pessoas que, atacadas pelo fenômeno, alegam que, mesmo passados vários anos, seu vigor físico e mental nunca mais se restabeleceu. “Eu vivo leso desde que aquilo me pegou. Nunca mais tive força para pescar ou plantar, só consigo andar pouco e devagar”, diz Neuton Cardoso, um dos que passou pela terrível experiência.
Fatos como o dele não são incomuns e este artigo mostrará vários aos leitores, colhidos durante e pouco depois por este autor, diretamente no local dos fatos. Um deles ocorreu em certa manhã ao pescador Manoel João de Oliveira Filho, então morador da Rua Carneiro de Mendonça, em Colares. Oliveira Filho estava caminhando em direção à praia acompanhado de alguns amigos quando, antes de chegarem ao barco, todos avistaram um aparelho em forma de guarda-chuva parado a aproximadamente quatro metros sobre a água. Da parte de baixo da máquina surgiu uma luz branca muito intensa e o UFO logo partiu silenciosamente na direção da Praia do Machadinho, apagando as luzes conforme se afastava. Fato semelhante aconteceu ao carpinteiro João Dias Costa e ao pescador João da Cruz Silva, que também afirmam ter visto várias esferas luminosas, temidas por suas investidas rasantes. Estes são casos de simples avistamentos, sem ataques, os mais graves.
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