Portugal e o contactismo
segunda parte
Sendo Portugal (Porto do Graal) a terra da Luz (Lusitânia), estes fenómenos e mensagens foram sempre uma constante na história e missão desta terra, que é a mais Ocidental da Europa. Até as naus que zarparam daqui carregavam consigo alguns mistérios ainda hoje pouco falados. Curioso que todos os descobridores portugueses pertenciam à Ordem do Templo (Templários), que teve de mudar de nome para Ordem de Cristo dada a perseguição da Santa Inquisição. Estavam sediados em Tomar (no centro de Portugal), bem perto de Fátima.
Também em Fátima, foi deixada outra mensagem para o Mundo. Tanto para o Oriente como para o Ocidente. Até a origem do lugar está intimamente ligada aos Muçulmanos. Segundo o Prof. Dr. Moisés Espírito Santo, Fátima, (que deu o nome ao lugar) era uma Princesa muçulmana. Foi capturada junto a uma fonte, onde hoje a conhecemos, pois está no centro do recinto do Santuário de Fátima. Casou por Amor com um nobre português, que pediu autorização a El-Rei para ficar com a capturada. Libertou-a e deu-lhe a escolher entre o casamento e o regresso ao seu povo. Ela escolheu o casamento. No entanto, todas as semanas, ia visitar o seu povo levando comida e medicamentos. Era conhecida como tendo poderes curativos. Faleceu jovem e o seu marido com o desgosto mandou enterrar o seu corpo junto à fonte onde a tinha capturado. A partir daí, as águas que jorram dessa fonte passaram a ter efeitos curativos. Junto a esse lugar, séculos mais tarde, surge uma das mais célebres Aparições com uma mensagem para todas as religiões e sem fronteiras.
Para um estudo mais profundo, consultei e tirei alguns apontamentos do livro: “FÁTIMA E A CIÊNCIA” Investigação Multidisciplinar das Experiências Religiosas. Editora Ésquilo. Fernando Fernandes/Joaquim Fernandes/Raul Berenguel foram os organizadores deste livro, baseado num evento feito pelo CTEC (Centro Transdisciplinar dos Estudos da Consciência) da Universidade Fernando Pessoa, chamado: 2º Simpósio Internacional “Fronteiras da Ciência” 26-28 de Outubro de 2001. Passo a citar algumas partes de diferentes trabalhos, assim como alguns apontamentos que tirei desta Obra de forma aparentemente aleatória:
O pré-anúncio das aparições de Fátima de 1917 começou em Lisboa a 7 de Fevereiro desse mesmo ano. Um grupo de espíritas, reunidos sob a égide do médium Carlos Calderon (figura de relevo do meio esotérico da capital) aguardavam pacientemente as preciosas comunicações enviadas do Astral. Alguém pede papel e lápis e começou então a receber psicográficamente em escrita especular, da direita para a esquerda a seguinte mensagem:
“Não vos compete ser juízes. Aquele que vos julgará não ficaria satisfeito com juízos precipitados. Tende fé e esperai. Não é costume nosso predizer o futuro. Os arcanos do futuro são insondáveis, mas por vezes Deus permite que se erga uma ponta do véu que os encobre.
Assim, pois, tende confiança nas nossas prevenções.
A data de 13 de Maio será de grande alegria para os bons espíritas de todo o mundo. Tende fé e sede bons. Ego sum charitas.
Sempre a vosso lado tereis os vossos amigos, que guiarão os vossos passos e vos auxiliarão na vossa tarefa. Ego sum charitas.
A luz brilhante da Estrela Matutina vos alumiará o caminho.
Stella Matutina.”
Segundo refere Furtado Mendonça no opúsculo intitulado Um Raio de Luz Sobre Fátima, onde se descreve a mensagem acima assinalada, “para que não pudesse haver dúvidas sobre a veracidade do facto sucedido”, o grupo de médiuns decidiu publicar um anúncio no jornal Diário de Notícias. Assim, nesse jornal, de 10 de Março de 1917, encontrámos um anúncio intitulado “135917” (13 de Maio de 1917), onde se pode lêr o seguinte:
“Não esqueças o dia feliz em que findará o nosso martírio. A guerra que nos fazem terminará A. e C.”
Esta mensagem enigmática não deixa qualquer margem a más interpretações, pois foi escrita dois meses e três dias antes dos acontecimentos de 13 de Maio na Cova da Iria em 1917 onde se verificou uma aparição em Fátima que deu origem ao maior santuário mariano do mundo.
Curiosamente, na mesma data do pré-anúncio das aparições de Fátima do dia 7 de Fevereiro de 1917, nessa data o Observatório Meteorológico de Coimbra assinala na sua publicação oficial o registo de perturbações magnéticas traduzidas nas variações da orientação do íman de medição. Da mesma forma, os valores médios do índice aa, medidos em nanoTeslas, e que constituem uma medida da actividade geomagnética planetária, confirmam também as variações detectadas localmente pelo Observatório de Coimbra.
Na descrição original de Lúcia dos Santos, aquando do Inquérito Paroquial de 1917, ela falou de uma “senhora muito brilhante (…) que trazia nas mãos uma bola luminosa e virava as costas aos videntes quando partia”. O modo de locomoção da “senhora luminosa” que surgia no topo da azinheira e dela era retirada, sugere que se tratava de um feixe de luz em forma cónica e retráctil, vindo do “alto” – como uma nuvem que tinha um movimento peculiar dado que se deslocava contra o vento – e envolvia a figura femenina na sua secção central. Serão estes feixes luminosos a tão “falada” Luz Sólida”?