Estranhos sons sem explicação são ouvidos no norte do Canadá
A população que vive nas proximidades do Estreito de Fury, na região de Nunavut, no norte do Canadá, ouviu um estranho som ao longo de todo o verão do Hemisfério Norte. As descrições variam entre um “ping”, um “hum” e um “bip”, e caçadores da tribo Inuite, que habita a região, afirmam que o som tem afastado parte da grande população de mamíferos marinhos que migra para lá no verão — pessoas que passaram pelas águas locais em barcos igualmente ouvem o misterioso “ping”, até mesmo através do casco das embarcações.
O canal CBC News, que deu a notícia, apontou que o Governo e Forças Armadas do Canadá estão investigando a ocorrência. Alega-se que um avião CP-140 Aurora, de vigilância marítima, foi enviado ao local e não detectou qualquer coisa anormal. Contudo, várias teorias têm aparecido para tentar explicar a anomalia. A companhia de mineração Baffinland Iron Mines Corporation já realizou várias pesquisas com sonar na região, sob protestos de ativistas, que alegam que a ação confunde baleias e outros mamíferos, mas não admitiu estar envolvida, assim como o governo local negou ter dado permissão para esse tipo de estudo.
Especulou-se que poderia ser uma ação clandestina do grupo Greenpeace para afastar os cetáceos e impedir que os inuite os cacem, mas um porta-voz da entidade afirmou reconhecer o direito dos indígenas a essa atividade. Finalmente, o Departamento de Defesa Nacional do Canadá admitiu que submarinos passam pela região. E vale destacar a existência de uma base militar a 70 km do local, que, de acordo com alguns, poderia conduzir experimentos secretos com sonar, causando o misterioso som.
Outro estranho som, desta vez no Caribe, foi explicado
Outro ruído incomum foi detectado por uma equipe de pesquisadores da Universidade de Liverpool que conduziam uma pesquisa no Mar do Caribe. A região de 2.754.000 km2 é importante para a regulação do clima, pois dela partem correntes que se unem à do Golfo, que conduz calor para a Europa Ocidental. A equipe captou um tipo de assobio em baixa frequência, inaudível aos ouvidos humanos. Os sensores indicavam que era produzido por algo muito grande, móvel e que gerava ondas capazes de interferir com o campo gravitacional da Terra.
Deflexão em direção contrária
Analisando leituras de pressão ao nível do mar e no solo oceânico, a frequência e magnitude das ondas regionais, leituras do campo gravitacional local por satélites e ainda plotando esses dados em modelos da atividade oceânica por um período de 1958 a 2013, os pesquisadores chegaram à conclusão de que as próprias ondas do mar eram as responsáveis pelo assobio. Interagindo com o solo do fundo do oceano, essas ondas são defletidas na direção contrária, por vezes interagindo e amplificando-se, criando o ruído. Essa propagação acontece em um ciclo de 120 dias e tal padrão de fato produz um som de “A” em baixa frequência.
Estranhos sinais podem ser de civilizações extraterrestres
Analisando o espectro de luz de 2,5 milhões de estrelas do Sloan Digital Sky Survey, importante catálogo astronômico, os astrônomos E. F. Borra e E. Trottier, da Laval University, no Canadá, encontraram sinais em forma de pulso separados por intervalos de tempo constantes — e extraordinariamente semelhante em 234 desses sóis. Além disso, tais astros se enquadram nas categorias F2 a K1 do alcance espectral, muito parecidas com o do nosso próprio Sol. Em seu trabalho, publicado no site da Cornell University [Endereço: www.arXiv.org], Borra e Trottier apontam cinco possíveis causas para o fenômeno: erros nos dados ou instrumentos, transições rotacionais nas moléculas, transformações Fourier nas linhas espectrais, pulsações rápidas e sinais de civilizações alienígenas.
Civilizações extraterrestres em contato mútuo
Para os sinais serem tão semelhantes em todas as 234 estrelas, caso de fato tenham origem em civilizações extraterrestres, alguns apontam que estas teriam que estar em contato mútuo, como uma federação ou outro tipo de organização multilateral. Borra já havia publicado em 2012 um trabalho apontando que poderosos pulsos de raios laser seriam a forma mais eficiente de alienígenas entrarem em contato conosco — algo que também poderíamos fazer hoje, utilizando, por exemplo, o Laser Helios do Laboratório Nacional Lawrence Livermore. Os dois cientistas afirmam que as estrelas se comportam exatamente como previsto no texto de 2012, sendo a existência de civilizações extraterrestres nessas regiões uma das explicações prováveis. O restante da comunidade científica reagiu com ceticismo, mas o Projeto SETI [O programa de busca por vida extraterrestre inteligente] afirmou que o achado de Borra e Trottier é digno de estudos adicionais.
Plutão tem oceano interno, de acordo com novos estudos
A famosa região em forma de coração de Plutão, com 1.000 km de extensão e chamada de Sputnik Planitia, de acordo com os mais atuais modelos, foi criada por um grande impacto cósmico há bilhões de anos. Ela está quase que exatamente na direção oposta da face de Plutão e sempre voltada para Caronte, sua maior lua — os dois mundos estão “travados”, sempre com o mesmo hemisfério voltado um para o outro. Os cientistas, em artigos no periódico Nature, afirmam que as chances de a Sputnik Planitia estar nessa posição são muito remotas, a não ser que sua massa tenha interferido na posição do planeta.
Falhas, fraturas e cânions
Esse movimento teria estressado a crosta do distante mundo produzindo falhas, fraturas e cânions, e foram essas estruturas que a nave New Horizons observou em sua histórica visita ao planeta, em julho de 2015. O segundo estudo aponta que, após o impacto, o gelo nos subterrâneos de Plutão teria aflorado e preenchido a vasta cratera, criando a Sputnik Planitia. Esse oceano de água ficaria coberto por uma espessa camada de nitrogênio congelado e seria mantido líquido pelo calor vindo do interior radioativo de Plutão, além da presença de amônia. A camada superficial de gelo teria 40 km de espessura e o oceano ao menos 100 km de profundidade. Os cientistas não excluíram a possibilidade de existir vida nesse local.
Intrínseca lança livro com o conto que inspirou A Chegada
O aguardado filme A Chegada, que estreou em 24 de novembro no Brasil, já é sucesso de público e crítica como uma das melhores produções de ficção científica de todos os tempos. Ele mostra os esforços da linguista Louise Banks (Amy Adams, que interpretou Lois Lane em Homem de Aço) para tentar estabelecer um meio de comunicação entre a humanidade e uma raça alienígena cujas naves surgiram em vários pontos do mundo. O conto Story of Your Life, de Ted Chiang, vencedor do Prêmio Nebula em 2000, inspirou o roteiro do filme e foi lançado em novembro último como História da sua Vida, da Editora Intrínseca. A obra traz oito contos, vencedores de nove prêmios literários, todas de Chiang, um dos mais elogiados autores da ficção científica mundial.