A Chegada mostra uma nova visão para o primeiro contato
O filme A Chegada [Arrival, Paramount Pictures, 2016], previsto para estrear em 10 de novembro no Brasil, mostra o aparecimento de naves alienígenas, 12 ao todo, que pairam em diferentes locais do globo. A linguista Louise Banks [Acima, Amy Adams, a Lois Lane de Homem de Aço e Batman vs Superman] é convocada pelos militares para tentar decifrar a linguagem dos visitantes. Conforme as tensões crescem ao redor do mundo, surgem questionamentos devido à falta de uma autoridade central na Terra, com países ameaçando tomar atitudes unilaterais diante do que entender ser uma ameaça de invasão.
A produção é baseada no conto Story of Your Life, de Ted Chiang, que venceu o prêmio Nébula em 2000, uma das mais importantes premiações da ficção científica. O elenco também conta com Jeremy Renner, de Vingadores da Marvel, onde vive o matemático Ian Donnelly, e Forest Whitaker [Foto Ao lado], que venceu o Oscar em 2006 por O Último Rei da Escócia, vivendo o coronel Weber. Na divulgação do filme aparece a pergunta “por que eles estão aqui?”, resposta que a doutora Banks deve dar e que é o grande foco de tensão do filme, cujas primeiras exibições renderam muitos elogios da crítica.
Caso Varginha estará em animação brasileira
O filme Bugigangue do Espaço está previsto para estrear em janeiro de 2017 no Brasil. Produção da 44Toons, do cineasta Alexandre Machado de Sá — também conhecido como Ale McHaddo —, será a primeira animação 3D produzida no país. Nele, o ET de Varginha será apresentado como um explorador intergaláctico e caçador de tesouros ancestrais, e seu visual foi baseado na descrição das testemunhas do caso ocorrido em janeiro de 1996 na já famosa cidade mineira. Conforme explica McHaddo: “A ideia foi trazer o ET para o universo das crianças”. Na trama, sete jovens alienígenas fogem para a Terra e unem forças com um grupo de sete terráqueos, a fim de salvar de um grande vilão a confederação da qual vieram. O trailer, já disponível no Youtube, tem homenagens à saga Star Wars, e da dublagem participaram, entre outros, os apresentadores Danilo Gentili e Maísa Silva.
Cientistas discutem a existência de vida em Próxima b
A descoberta de um planeta habitável orbitando a estrela mais próxima do Sistema Solar tornou-se, em agosto último, uma das mais importantes de todos os tempos. Próxima b é provavelmente uma superterra, com massa 1,3 vez superior à de nosso mundo, e um período ou ano de somente 11,2 dias terrestres. Situado a apenas 7,3 milhões de quilômetros de Próxima Centauri, anã vermelha que orbita ao redor das estrelas Alpha Centauri 1 e 2, esse mundo alienígena deve manter sempre o mesmo hemisfério voltado para seu astro. Contudo, se possuir uma atmosfera, as temperaturas tanto no lado diurno quanto no noturno serão adequadas para a presença de água líquida — essencial à vida, em sua superfície.
Milhares de anos de viagem
A descoberta foi feita por uma equipe liderada por Guillem Anglada-Escudé, da Universidade Queen Mary, de Londres, o mesmo envolvido na descoberta de Kapteyn b. Embora com a tecnologia atual uma viagem a Próxima Centauri levaria dezenas de milhares de anos, essa descoberta pode incentivar o desenvolvimento tecnológico para que novos meios de propulsão, já sendo estudados, sejam construídos. Um exemplo é o Projeto Starshot, no qual está envolvido o físico Stephen Hawking, e que almeja lançar dentro de uma geração uma série de minúsculas sondas para o sistema Alpha Centauri. Propelidos por raios laser, esses engenhos poderiam chegar ao planeta Próxima b em 20 anos. Espera-se que dentro de pouco tempo novos telescópios, em terra e no espaço, possam fazer imagens diretas de nosso vizinho habitável mais próximo.
NASA lança nave para estudar asteroide
Em 08 de setembro a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) lançou de Cabo Canaveral, na Flórida, a nave Osíris Rex, que em 2023 deverá trazer para a Terra amostras de seu alvo, o asteroide 1999 RQ36 Bennu. Para celebrar os 50 anos da série Star Trek, foi anunciado: “Decolagem da Osíris Rex em sua missão de sete anos para audaciosamente ir ao asteroide Bennu e voltar”. O objetivo da missão é um corpo espacial de cerca de 500 m de diâmetro com o qual a nave deve se encontrar em agosto de 2018. Bennu orbita o Sol a cada 436,6 dias, chegando a cruzar a órbita da Terra — existe uma minúscula possibilidade de uma colisão com nosso planeta, de uma chance em 1.000, no ano de 2182.
Compostos de carbono
Um dos objetivos da missão é medir com precisão o Efeito de Yarkovsky, que acontece quando o Sol aquece a superfície de um desses corpos. Com isso se forma uma pequena emissão que pode ao longo do tempo alterar a órbita de um asteroide. Desde a descoberta de Bennu, em 1999, esse efeito mudou sua posição no espaço em 160 km. A Osíris Rex irá investigar detalhadamente a composição do asteroide, cuja superfície escura acredita-se ser coberta por compostos de carbono, orbitando-o por dois anos a partir de seu encontro em agosto de 2018. Em julho de 2020 a nave irá se aproximar da superfície e estender um braço mecânico, obtendo ao menos 60 gramas de material — as amostras serão colocadas em uma cápsula de retorno, que deverá pousar no deserto em Utah em setembro de 2023. A Osíris Rex será colocada em órbita solar e possivelmente receberá uma missão estendida.
Ceres pode ter vulcões de gelo
A nave Dawn, da NASA, prossegue sua missão em órbita do planeta anão Ceres. Maior corpo do Cinturão de Asteroides entre Marte e Júpiter, o mundo de 950 km de diâmetro chegou a ser algo de rumores da internet, que viram uma “cidade alienígena” na Cratera Occator, onde existem somente depósitos de gelo e sais. A Dawn descobriu ainda que a maior parte da superfície de Ceres é coberta por filosilicatos, importante grupo de minerais de argila. Os cientistas debatem como esses materiais se formaram, diante da necessidade de água para tanto.
Tênue camada de vapor
Sabe-se que existe água nos subterrâneos de Ceres e a missão encontrou evidências de que o pequeno mundo pode possuir uma tênue camada atmosférica de vapor de água. Os minerais acima mencionados só podem ter se formado por fenômenos ao redor de todo o planeta anão. As análises sugerem que o gelo do subterrâneo deve ter sido exposto de alguma forma por impactos cósmicos ou mecanismos geológicos.