Nada foi detectado em estrela suspeita de abrigar extraterrestres
O caso da estrela KIC 8462852 segue em busca de explicações, e a mais provável delas é a de que se trate de um enxame de cometas em uma órbita acentuadamente elíptica. A diminuição em seu brilho, detectada pelo telescópio espacial Kepler em duas ocasiões, em 2011 e 2013. Contudo, enquanto um mundo alienígena similar a Júpiter, bloquearia a luz da estrela em cerca de um por cento — os fenômenos observados pelo Kepler o fizeram respectivamente em 15% e 22%. Entre as possibilidades debatidas pela comunidade astronômica aquela considerada menos provável, mas ainda assim mencionada como uma chance, e que chamou a atenção do mundo, foi a de megaestruturas construídas em órbita desse distante sol por alienígenas.
O Projeto SETI realizou duas tentativas de captar algum sinal da estrela, e tanto a escura por rádio quanto a busca por sinais de laser não deram qualquer resultado. Este último projeto foi descrito em artigo publicado no The Astrophysical Journal Letters por Douglas Vakoch, presidente do SETI International, que afirmou que a hipótese alienígena estava desmoronando. Entre 29 de outubro e 28 de novembro foi utilizado um telescópio situado em Boquete, no Panamá, e conforme exposto no artigo, “não se encontrou evidência de uma civilização avançada que emite sinais de laser intencionais até a Terra”. Contudo, seria interessante questionar por que uma suposta civilização avançada em KIC 8462852 enviaria sinais laser à Terra, pois, situada a 1.500 anos-luz de distância, para ser captada agora, uma mensagem como esta teria que ter sido enviada na época do Império Romano. Muitos astrônomos ainda não estão satisfeitos com a hipótese do enxame de cometas. O mistério permanece.
Revelada a natureza das regiões brilhantes em Ceres
Nada de cidades alienígenas, como alguns sites sempre alegavam. Trabalhando com as informações colhidas pela nave Dawn, da Agência Espacial Norte-Americana (NASA), em órbita do planeta anão de 950 km de diâmetro que domina a região do Cinturão de Asteroides, entre Marte e Júpiter, cientistas do Instituto Max Plank para Pesquisa do Sistema Solar, em Genebra, apresentaram um trabalho no qual revelam que os 130 locais brilhantes na superfície do pequeno mundo são depósitos de sais, principalmente sulfatos de magnésio. O hexaidrato é a variedade que melhor combina com as leituras espectroscópicas dos instrumentos da sonda, e foi decisiva também a descoberta de uma névoa na mais conhecida região brilhante, a Cratera Occator de 90 km de diâmetro.
Névoa no planeta
O artigo aponta que o gelo situado logo abaixo da superfície de Ceres, quando exposto, termina por sublimar diante da ação do Sol, produzindo a névoa durante o dia no planeta anão, e deixando os grandes depósitos de sais. Como estes são muito mais brilhantes que o material da superfície, com o contraste se tornam muito visíveis. Além disso, a descoberta de locais onde existe argila misturada com amônia espalhados pela superfície de Ceres deu pistas sobre a origem desse mundo — a amônia pode resultar de impactos de objetos vindos das regiões exteriores do Sistema Solar, ou então, o próprio Ceres pode ter se formado além da órbita de Netuno e migrado para sua localização atual.
Encontrada galáxia mais antiga
Combinando observações dos telescópios espaciais Hubble e Spitzer, cientistas conseguiram detectar a mais distante galáxia já observada. Batizada de Tayna, que na língua Aymara, falada na região dos Andes e no Altiplano da América do Sul, significa “primogênita”, sua luminosidade também é a mais fraca já detectada. A galáxia já existia somente 400 milhões de anos após o Big Bang que deu início a nosso universo, há 13,8 bilhões de anos. A observação foi possível devido ao fenômeno das lentes gravitacionais. O Hubble observava o imenso aglomerado de galáxias MACS J0416.1-2403, a 4 bilhões de anos-luz de distância, e a imagem de Tayna foi capturada devido à lente gravitacional ter amplificado sua luz em 20 vezes o normal.
Ainda virão muitas outras antigas e distantes galáxias
Tayna tem tamanho similar ao da Grande Nuvem de Magalhães, galáxia satélite da nossa Via Láctea. A idade de Tayna pôde ser estimada graças a observações do Spitzer na região do infravermelho já que, devido à sua colossal distância, essa antiga galáxia se afasta de nós em grande velocidade, fazendo devido ao Efeito Doppler com que sua luz mude para a região infravermelha do espectro. O achado mostra que o telescópio espacial James Webb, da NASA, atualmente sendo construído, poderá encontrar muitas outras antigas e distantes galáxias.
UFO fotografado por astronauta era um equipamento espacial
Em 15 de novembro o astronauta norte-americano Scott Kelly, tripulante da Estação Espacial Internacional (ISS), postou em seu perfil no Twitter uma foto da superfície da Terra à noite. Contudo, o que chamou a atenção foi um estranho artefato alongado, presente no canto superior direito da imagem. Apressadamente, muitos apontaram para a imagem afirmando ser a prova de uma nave extraterrestre próxima da estação. Kelly, por sinal, só comenta em seu post que, em seu dia número 233 em órbita, passava sobre a região sul da Índia. O astronauta tem publicado imagens seguidamente, e uma anterior, obtida em 04 de agosto de 2015 sobre a Europa, no lado diurno da Terra, uma estrutura pode ser vista à direita, no mesmo local do suposto UFO. Mas finalmente tornou-se evidente que não havia qualquer nave alienígena, e sim um sistema de gravação em alta definição instalado na própria ISS. A astrofotógrafa Olivia D’Souza fez uma colagem com várias imagens semelhantes, tomadas a partir da ISS, e comprovou que não havia qualquer UFO, era mesmo o equipamento da própria estação.
Arquivo-X tem novo teaser baseado em caso de novembro
Em 07 de novembro a internet foi tomada por uma série de vídeos e relatos de estranhos avistamentos sobre Los Angeles e os estados norte-americanos de Nevada e Arizona. Tratou-se somente do lançamento de um míssil Trident II, disparado em um teste pelo submarino USS Kentucky, próximo à costa sul da Califórnia — por motivos de segurança, o teste não foi comunicado. A confusão foi aproveitada e utilizada em um novo vídeo teaser de Arquivo-X, que retorna a partir de 24 de janeiro em formato de minissérie de seis episódios. Trechos de vídeos reais mostrando o míssil são exibidos no teaser, e se ouve então a voz de Fox Mulder — que torna a ser vivido pelo ator David Duchovny —, dizendo: “Devemos nos perguntar se estamos mesmo sozinhos? Ou estão mentindo para nós?” Surge então a frase the truth is still out there, ou “a verdade ainda está lá fora”, nova versão de um dos clássicos motes do seriado. A data da estreia é em 2016.