Dentre os vídeos divulgados nos últimos tempos de encontros de pilotos militares norte-americanos com supostos UFOs, está o que ficou conhecido como “Gimbal.” Rastreado por uma câmera térmica, o objeto parecia espelhar os movimentos da câmera da aeronave, o que fez com que alguns especialistas achassem se tratar de um reflexo na lente. Agora, o site The Black Vault conseguiu acesso a mais documentos detalhando o encontro.
Em dezembro de 2017, o vídeo “Gimbal” foi publicado pelo NY Times. Desde então, cativou os crentes e tornou-se alvo dos desmistificadores. No entanto, apesar da diferença drástica em relação às interpretações de ambos os lados, um fato permanece: o vídeo é intrigante. Agora, novos documentos divulgados pelo The Black Vault podem revelar que o Oficial de Sistemas de Armas (WSO), que se deparou com o UFO e gravou o vídeo, apareceu diante dos funcionários do Senado em 2019 para informá-los sobre o evento.
O Black Vault buscou registros ao longo de três anos e seguiu uma trilha de papel que levou à liberação de e-mails anteriormente secretos via Lei de Liberdade de Informação (FOIA). Embora editado, há alguns novos detalhes revelados, aumentando a probabilidade de que o encontro, juntamente com o relato do WSO, estivessem todos ligados ao encontro “Gimbal” de 2015.
O documento é fortemente censurado, gerando certa frustração em determinados trechos. O texto refere-se ao oficial que registrou o encontro, que na época servia como Oficial de Sistemas de Armas e deu seu depoimento aos membros da Comissão de Serviços Armados do Senado (SASC), que se mostraram muito interessados e queriam saber mais sobre esse tipo de detecção.
Um dos trechos que sofreu forte censura menciona mais dois pilotos navais presentes na reunião da SASC. Apesar de não terem relatos atuais de encontros similares, eles eram “(…) muito familiarizados com tais ocorrências e foram questionados pelos membros da comissão algumas vezes sobre o que observaram e aprenderam.” Durante o que chamam de COMPTUEX (Exercício de Unidade de Treinamento Composto), ele e seu piloto detectaram um sinal vindo do Leste e se deslocando em direção ao navio de guerra.
Assista acima à uma análise dos documentos liberados feita por John Greenewald Junior.
Fonte: The Black Vault Originals
Os pilotos acharam se tratar de parte do exercício e foram de encontro ao objeto. Ambos os aviadores concluíram não se tratar de um erro de detecção ou imagem, conseguindo travar seu sistema no objeto. O texto se torna muito censurado a partir daí, negando informações acerca do formato do UFO, por exemplo. O parágrafo termina mencionando que uma parte do vídeo foi divulgada em 2017 ao público, aumentando o interesse do Congresso desde então.
Os membros do SASC fizeram várias perguntas, tais como se o objeto parecia ciente deles ou do navio de guerra, seu formato e como se comparava aos relatos de outros pilotos. Questionaram a respeito da experiência e tempo de voo dos pilotos, e foram muito respeitosos frente às mais de 700 horas de voo na época. Foram indagadas as ações da Marinha após o retorno dos pilotos, assim como a de outras linhas da cadeia de comando, o que deixou os membros decepcionados pela falta de ação por parte dos oficiais superiores.
Para finalizar, os membros da SASC indicaram que os senadores Reed, Durbin e Menedez tinham muito interesse no assunto e iriam gostar muito de conversar diretamente com os pilotos que observaram tais eventos anômalos. Mesmo sendo um documento curto e com muitos trechos censurados, o texto traz mais informações sobre o ocorrido e reforça o fato de que o UFO registrado não era um reflexo, mas sim um objeto detectável pelos sistemas da aeronave militar.
Para acessar os documentos, clique aqui.