Há 73 anos um piloto comercial chamado Kenneth Arnold mudou o mundo. Graças a ele e a um jornalista atrapalhado, os discos voadores viraram uma febre mundial e midiática, e invadiram a cultura pop e o imaginário humano de uma forma tão intensa que é difícil imaginar como seria o mundo sem eles.
Quando, ao sobrevoar o Monte Rainer, no estado de Washington nos Estados Unidos, no dia 24 de junho de 1947, o piloto Kenneth Arnold jamais poderia imaginar que estava escrevendo seu nome na história.
Ali, ao olhar para o lado enquanto voava, ele se deparou com uma frota de nove objetos em forma de asa ou bumerangue, que seguiam em formação, a altíssima velocidade.
Quando pousou, chamou a imprensa e contou que havia visto: “objetos que voavam com movimentos que lembravam um pires deslizando sobre a água”. Um dos jornalistas presente acabou passando a notícia para sua central como sendo pires voadores (flying saucers), traduzidos no Brasil como discos voadores.
Desenho do objeto visto por Arnold Crédito: History Channel
Hoje, 73 anos depois, é difícil imaginar o quanto esse termo moldou nossa imaginação sobre estarmos sendo visitados por naves de outros planetas e também a associação imediata que fazemos entre elas e a forma discoidal.
Arnold e aquele jornalista abriram um caminho por onde até hoje passeiam o cinema, a literatura, as artes plásticas, a arquitetura, a música e a propaganda. É impossível imaginar o mundo sem os discos voadores.
Roswell: nasce o acobertamento
Sinalização na entrada de Roswell, no Novo México. Crédito: Roadtrippers
Uma semana depois desse histórico avistamento, os Estados Unidos e o mundo foram sacudidos pela notícia de que um disco voador havia caído na pequena, porém importantíssima cidade de Roswell, no estado do Novo México, e que os destroços haviam sido recuperados pelo Exército.
A importância da pacata cidadezinha se devia à Base Militar de Roswell, a única do mundo que possuía bombas atômicas. De lá haviam partido as ogivas que dizimaram Hiroshima e Nagasaki. E foi ali, dizem, que ficaram os restos do disco voador acidentado e os corpos dos alienígenas mortos.
Seja como for, a euforia durou pouco e as noticias foram desmentidas e mais ainda, ridicularizadas pelo Exército, no que ficou conhecido como a primeira missão de acobertamento ufológico da história. De lá para cá o método tem sido repetido em diversas outras ocasiões, e qualquer notícia relacionada à Ufologia passou a ser vista como “coisa de maluco”.
Fenômenos que se renovam
Agroglifos, mais um mistério da Ufologia. Crédito: Revista UFO
A partir de então, muito embora as autoridades continuassem negando a existência dos discos voadores, os avistamentos se multiplicaram por todo o mundo, os casos foram se tornando cada vez mais complexos.
Na década seguinte começaram a surgir pessoas que alegavam receber visitas e conversar abertamente com os extraterrestres, que então diziam vir de Vênus, Júpiter e Marte. Foi o começo do fenômeno dos contatados e dos extraterrestres com mensagens messiânicas.
Na década de 60, uma outra face do fenômeno se apresentou: as abduções. Os casos começaram a disparar a partir da revelação da abdução do casal Hill, em 1961, em uma escura estrada do estado de New Hampshire, nos Estados Unidos. E no final dos anos 60 uma nova teoria foi lançada, dizendo que os deuses do passado eram, na verdade, alienígenas.
Nas décadas seguintes vimos surgir os agroglifos, as mutilações animais e cada vez mais casos de abduções violentas e de contatados se multiplicando mundo afora. Tudo isso devidamente acompanhado e difundido pelo cinema e pela TV. Hoje, é difícil encontrar alguém que nunca tenha ouvido falar em discos voadores e extraterrestres.
Ufo filmado por caças da Marinha dos Estados Unidos. Crédito: History Channel
O que se estende diante de nós para o futuro vai depender fundamentalmente de dois fatores: a posição oficial dos Estados Unidos em relação ao assunto e da posição da Ufologia em relação a si mesma. Isso determinará se a ciência passará a olhar para os UFOs com seriedade e a estudar o universo desse fenômeno que veio para ficar.
Abaixo segue um vídeo exclusivo montado pelo conselheiro especial da Revista UFO João Marcelo Marques Rios com os principais casos e estudos oficiais sobre UFOs desde 1947. É o nosso presente para todos aqueles que até hoje “queimam as pestanas” estudando o fenômeno. Vida longa à Ufologia e àqueles que a ela se dedicam.
Feliz Dia Mundial do Disco Voador a todos!