A agência de notícias russa TASS informou que cientistas daquele país analisaram amostras colhidas no exterior da Estação Espacial Internacional (ISS) por cosmonautas russos durante uma caminhada espacial, e descobriram bactérias que estavam vivendo no lado de fora do complexo orbital. Os cosmonautas colheram as amostras com esfregões de algodão, em locais onde o excesso de combustível dos motores da estação são ejetados no espaço. Conforme o comunicado apresentado pela TASS: “Esses esfregões foram analisados, e bactérias que não estavam lá no lançamento do módulo da ISS foram encontradas”.
Quem deu essa declaração foi o cosmonauta Anton Shkaplerov, que acrescentou: “Uma conclusão a que se pode chegar é que essas bactérias vieram do espaço e se estabeleceram na superfície externa da estação. Elas estão sendo estudadas e até agora parece que não representam perigo”. A afirmação russa não foi confirmada pela NASA nem por cientistas de outros países, e portanto a origem das bactérias não pode ser determinada. Cientistas comentam ser extremamente improvável que se trate de organismos extraterrestres, e a própria TASS aponta que provavelmente se tratam de micro-organismos terrestres inadvertidamente levados ao espaço em equipamentos utilizados pelos astronautas, como tablets e outros.
Vale lembrar que o exterior da ISS fica submetido a temperaturas de 121º C quando exposto ao Sol, e a -157º C quando na sombra, em sua órbita que está em média a 435 km de altitude. Experimentos já foram realizados a bordo do complexo orbital mostrando que organismos extremófilos, como certos tipos de bactérias e mesmo tardígrados consequem sobreviver por longos períodos nas condições espaciais. Além disso em 2014 outros micro-organismos, como plâncton marinho e outras bactérias, teriam sido igualmente encontrados pelos russos no exterior da estação, o que também não foi confirmado pela NASA. A agência espacial norte-americana realiza periodicamente experimentos de cultivo de bactérias no espaço, a fim de entender como esses micro-organismos se desenvolvem nessas condições. Esse é um esforço importante para o futuro envio de astronautas em longas missões, como por exemplo a Marte, nas quais a presença desses micróbios pode vir a representar uma ameaça à saúde dos astronautas.
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