Alguns sites sensacionalistas já dispararam outro alerta mentiroso: uma grande crise acontecerá na primavera de 2016 no hemisfério norte, causada pela queda de um asteroide no próximo mês de março, e que a NASA estaria ocultando essa informação. Os mistificadores até apontam o local de impacto, no Oceano Atlântico. Porém, como de hábito, não há qualquer verdade nisso. O asteroide, designado 2013 TX68, foi descoberto em outubro de 2013, a cerca de 1,5 milhões de km da Terra (cerca de quatro vezes mais distante que a Lua), e foi observado por cerca de três dias antes de se afastar demais e tornar-se pouco visível.
Com estimados 30 m de extensão, o TX68, evidentemente, é pequeno e pálido demais para ser observado sem que se aproxime da Terra. Pelo fato de ter sido observado por tão pouco tempo existe certa imprecisão em sua órbita ao redor do Sol, e estimativas apontam que em 05 de março passará pela Terra a uma distância mínima de 17.000 km, e máxima de 14 milhões de quilômetros. Mistificadores apontam que a distância mínima cai dentro da margem de erro para um impacto direto, o que os modelos computacionais de sua órbita indicam ser impossível. O impacto está definitivamente descartado, porém tal imprecisão prejudica até mesmo descobrir em qual direção apontar os telescópios, a fim de se obter uma observação clara do asteroide.
Os cálculos já realizados apontam que o TX68 tem chances extremamente remotas de atingir a Terra pelas próximas décadas, então não representa qualquer ameaça imediata, baseando-se na órbita já conhecida. Quando for observado novamente em 5 de março, seguramente os cálculos serão refinados e a órbita traçada com maior precisão. Os cálculos serão mais complexos em caso de uma passagem mais próxima, pois a gravidade da Terra pode alterar sua trajetória. O que se sabe é que objetos como o TX68, de 30 m, costumam atingir a Terra uma vez a cada vários séculos. O objeto de Chelyabinsk, em 2013, tinha 19 m de extensão, e impactos assim ocorrem uma vez em um período de várias décadas. Sem dúvida o interesse crescente em observações de objetos próximos à Terra fará com que cada vez mais telescópios sejam utilizados para esse trabalho, diminuindo muito a possibilidade de um impacto sem aviso, e concedendo mais tempo para que, em caso de necessidade, uma operação de desvio ou destruição seja feita. O importante, como sempre, é buscar informações em veículos sérios, e não dar atenção a sensacionalistas e mistificadores.
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Este livro oferece revelações espantosas sobre a presença alienígena em um dos países mais fechados do mundo, mantida secreta por décadas a fio, antes pelo comunismo e agora por um rígido sistema de censura. UFOs na Rússia contém informações sobre naves alienígenas observadas e registradas sobre bases áreas e instalações militares secretas, e mostra como uma revoada de UFOs colocou o sistema de defesa aéreo russo sob alerta várias vezes – quase causando uma guerra em 1977.