Se existe uma área de pesquisa que provoca ironia nos cientistas, dores de cabeça em investigadores e munição para os céticos é a da comunicação mental com extraterrestres. Nenhuma das formas de transferência mental de informações – tais como telepatia, canalização, leitura de mentes etc – foi considerada cientificamente segura e comprovadamente real até hoje. Todavia, a crença nestes fenômenos persiste e eles são freqüentemente aceitos como parte de nossa realidade por um grande número de pessoas – especialmente aquelas envolvidas pelo Fenômeno UFO. Os pesquisadores de abduções – visando apresentar dados factuais e convincentes sobre este assunto ao público em geral, assim como à comunidade científica –, são confundidos quase sempre com estudiosos de formas telepáticas de comunicação.
Pelo que já se apurou, a forma de transmissão de mensagens entre seres humanos e visitantes de outro planeta tende a ser telepática em pelo menos 95% dos casos. Esta é uma correlação estatística inacreditavelmente alta, que coloca a incidência desta forma de comunicação bem acima da possibilidade de fantasia a que poderiam se sujeitar as testemunhas de UFOs e os abduzidos por ETs. De fato, se a imaginação e fantasia fossem a origem para tais acontecimentos, deveríamos receber uma variedade sem fim de descrições de comunicações manifestadas através de grunhidos, guinchos, murmúrios, vozes metálicas, melodias sussurrantes, abafadas, impositivas e intensas, assim como uma constante gesticulação visual por parte de eventuais extraterrestres tentando comunicar-se conosco. Isso simplesmente não acontece!
Recordação dos fatos
Apesar da alta incidência de telepatia ser narrada na quase totalidade dos casos estudados por este autor, nenhuma pessoa jamais usou o termo ‘telepatia’ para descrever sua experiência durante a recordação dos fatos. Em vez disso, cada sujeito relata as ocorrências de forma distinta. “Eu não ouço vozes, mas posso escutar os pensamentos dos ETs”, disse um abduzido. Ou ainda, “…é como se os pensamentos deles estivessem em minha cabeça. Não sei como faço isso, mas simplesmente sei o que eles estão me falando”, declarou outro. “Não escuto com meus ouvidos, mas com a mente. Isto é estranho!”, descreveu mais um. “Eles sabiam exatamente o que eu pensava e colocavam as respostas diretamente em minha cabeça”, noutro exemplo. E, por fim, “…os olhos dos ETs são penetrantes e falam sem que sua boca se mova. Seus pensamentos são como uma voz clara em minha mente”. Todas as pessoas que relataram tais situações interpretam a forma de comunicação usada pelos ETs como algo lógico e de fácil compreensão.
Alguns dos abduzidos falam sobre receber comunicação telepática entre uma experiência e outra, sem envolvimento direto com UFOs. Apesar deste tipo de caso soar como canalização, estas pessoas alegam que as mensagens são recebidas inesperadamente, interrompendo seu trabalho ou alguma atividade que estejam desenvolvendo, sem aviso algum, solicitação ou aparente propósito. Tais testemunhas freqüentemente acrescentam que as mensagens são inconvenientes, indesejadas, confusas ou muito complexas. Uma garota que passou por esta experiência perguntou a este autor, indignada, por que ‘eles’ não procuravam falar com alguém que se interessasse e a deixassem em paz!
Ocasionalmente, os abduzidos narram que não reconhecem algumas das palavras transmitidas pelos seres alienígenas. Então correm para pegar uma caneta, escrevem o que ouvem e vão descobrir o que a palavra significa mais tarde no dicionário. Eles contam ainda que, se não tivessem anotado a mensagem, provavelmente não teriam se lembrado dela no futuro. É como tomar notas vendo um programa de televisão, tentando captar a essência de um sinal sutil externamente produzido. Noções internas, imaginadas, ilusórias ou criativas são talvez muito mais facilmente relembradas, desde que sejamos a origem deste sinal. Mas podem os alienígenas projetar mensagens ou sinais de longe? Existem casos em que a vítima descreve os olhos dos aliens como muito poderosos, penetrantes e persuasivos. E nas narrativas de incidentes telepáticos também incluem a transmissão de imagens holográficas a distância. Vários abduzidos descrevem estas mensagens como sendo inicialmente uma imaginação visual. Não podemos, entretanto, negar a possibilidade do contato a longa distância.
Há numerosos casos que incluem incidentes noturnos nos quais o sujeito é acordado por escutar seu nome sendo chamado. Ele pode também ouvir outros sons, tons, bips ou ruídos que despertam sua atenção e o acordam. Os que escutam o chamamento de seu nome muitas vezes se descrevem vagando pela casa ou mesmo do lado de fora da mesma. Uma vez lá, é comum observarem um raio de luz azul esbranquiçado que os levantam no ar, ou verem-se dirigindo para um local remoto, onde uma nave alienígena os espera. Isto, certamente, tende a sugerir uma ligação direta entre a chamada à longa distância e o subseqüente encontro a bordo do UFO com os seres que fizeram tal invocação. Devido aos aliens aparentarem ter grande domínio da telepatia, é fácil aceitar que uma manobra mental como esta, a distância, é de fato provável. E porque os abduzidos manifestam alta taxa de habilidades psíquicas durante sua vida, suspeita-se que este envolvimento tenha exercitado o cérebro humano, aumentando suas capacidades – que podem funcionar em outros afazeres.
Entretenimento cósmico
A canalização, por outro lado, é vista como a tentativa de expulsar, convidar, permitir e comemorar os contatos com outros seres, espíritos, dimensões etc. Se estes contatos – quando feitos por iniciativa humana – são ou não autênticos, a informação gerada pode ser intrigante, elucidativa e às vezes entretenedora. Quando os humanos desejam tais informações, eles permitem ao cérebro, através do subconsciente, alimentar as famintas questões da mente. Em outras palavras, inocentemente fabricamos informação inacreditavelmente inteligente e criativa – tão habilidosamente que nunca acreditamos que veio de nós. Ocasionalmente, alguém poderá vivenciar um sonho imaginativo e logo duvidar da sua própria habilidade interna em construí-lo.
Mas as grandes questões permanecem: quem é a fonte da informação canalizada? Podem os seres humanos realmente iniciar este tipo de contato quando falham em iniciar encontros face a face com aliens, apesar dos mais sinceros e determinados esforços? E por que os extraterrestres falariam alguma coisa para nós? Em aproximadamente 90% dos casos estudados por este autor, e de outros pesquisadores dignos de nota, a única comunicação supostamente recebida de ETs é essencialmente positiva e simplista. “Você ficar&aacu
te; bem! Continue esperando. Você voltará para casa logo”. Esta é a tônica de quase a totalidade dos casos examinados. Quase nada produtivo e útil emerge destas tentativas, tal como uma enfermeira fala para uma criança em um consultório.
Portanto, podem estes seres que nos visitam realmente oferecer grandes quantidades de informação detalhada de qualquer assunto que lhe solicitarmos, sendo que raramente fazem isso em encontros pessoais, sejam a bordo de UFOs ou noutros ambientes? Ou nós geramos isso inocentemente em nosso subconsciente, diante de nossa insaciável necessidade de conhecer o que é desconhecido? Ainda não temos estas respostas e não devemos desqualificar nenhuma possibilidade. Seja como for, até o presente estágio de nossas investigações, tanto a telepatia quanto a canalização, temos que manter a mente aberta para todas as eventualidades.