
A propriedade rural de José Castilho, em que são caseiros Eurico e Oralina, já era conhecida pelos ufólogos da região como uma área rica em registros de casos os mais diversos. À cerca de 10 km de Varginha, no lado sul, e à direita do local onde os caseiros dizem ter avistado o UFO semelhante a um “pequeno submarino”, fica a fazenda de Régis Bueno. As duas propriedades separam-se por uma distância de apenas um quilômetro, divididas praticamente só pela estrada que dá acesso ao município, a partir da Rodovia Fernão Dias. Em 19 de novembro de 1983, o ex-ombudsman da Revista UFO, Carlos Alberto Reis e o ufólogo Ubirajara Rodrigues, iniciaram investigações na fazenda de Bueno. Vários objetos foram avistados por lá, geralmente descritos como bolas de fogo ou pontos de luz muito brilhantes – como grandes estrelas que se movimentam a baixa altitude. Inclusive, alguns depoimentos excêntricos marcam o local. Um bom exemplo é o testemunho de José Francisco Tavares, 65, casado com Maria Carmelita. Ele teve um avistamento em um morro e uma várzea, num espaço de boas condições de observação. Uma enorme luz vermelha se apresentara a eles sobre um abacateiro, à cerca de 150 m da casa, desaparecendo na direção noroeste, acompanhada de outra luz menor, que se movimentava a sua frente. No instante do deslocamento, “soltou tochadas”, na expressão da testemunha, que pareciam bolas de fogo. Isso foi observado também pela esposa. A manifestação se repetiu por três noites seguidas, sendo que, na segunda vez, o objeto era comparável a uma pequena bola de tênis amarela, imóvel. Tavares se aproximou a um metro de distância dela e sentiu uma forte dor no peito. O objeto “chiava baixo”, então ele retornou ao interior da residência. Ao sair novamente, viu a luz desaparecendo no sentido oeste.
Poucos anos antes, o sitiante José Joaquim presenciou um fato estranho quando vinha da cidade. Era em torno de 18h00 e, chegando próximo a um mata-burros na estrada da fazenda, viu alguém vindo em direção contrária. “Tratava-se de um homem com mais ou menos meio metro de altura”, disse Tavares. Num misto de surpresa e receio, o depoente gritou para que o ser saísse da frente. Esse então se tornou um caso ainda mais excêntrico, e com nuances folclóricas, quando o lavrador jura que o pequeno homem correu em sua direção e tentou agarrá-lo pelas pernas. “Passei uma rasteira nele”, disse a testemunha de forma hilariante. O ser teria caído soltando um grito, levantando-se e correndo pela estrada afora, desaparecendo.
Parecia que o pequeno homem trajava roupa preta, calças e camisa de mangas compridas e estaria descalço. A gola da camisa era do tipo camiseta, não cavada. Joaquim diz que vomitou durante toda a noite após o encontro, e jura que não havia ingerido bebida alcoólica – o que se torna duvidoso para quem encara depoimentos assim como diversão. Mas a testemunha também riu muito ao prestar seu depoimento, tentando em sua vida difícil algumas salutares sobras de auto-afirmação: “Andei pisando na orelha dele!”