Um meteoro explodiu nesta sexta-feira, 15 de fevereiro, sobre a cidade de Chelyabinsk, próxima aos Montes Urais. Os noticiários dão conta de 985 pessoas feridas que receberam tratamento médico, a maioria por estilhaços de vidros quebrados devido a onda de choque da explosão. Centenas de edificações foram danificadas pelo fenômeno. A região se localiza a 1500 km da capital, Moscou.
As informações são de que 43 pessoas foram hospitalizadas devido aos ferimentos dos destroços de vidro, e 297 edifícios receberam danos. O meteoro, cuja massa foi estimada em 10 toneladas, passou a cerca de 80 km da cidade de Satki a 01h20 da manhã, horário de Brasília.
Os moradores de Cheliabinsk foram instruídos a buscar as crianças nas escolas, que foram fechadas e a ficar em casa. O aeroporto da cidade, entretanto, permanece aberto sem interrupção dos voos. Em Yekaterinburgo, também nos Urais, o morador Viktor Prokofiev afirmou: “Estava dirigindo para o trabalho, ainda estava escuro, mas de repente veio um clarão como se fosse dia”.
Vale lembrar que este caso não tem qualquer ligação com o asteróide 2012 DA 14, que passará muito próximo da Terra neste dia, por volta das 17h00 no horário brasileiro. E também ressaltar as diferenças: um asteróide é um objeto rochoso que percorre o espaço; um meteoro é um corpo que penetra na atmosfera terrestre, normalmente queimando-se deixando um rastro no céu; e um meteorito é a rocha remanescente desse impacto recolhida do solo.
Os astrônomos enfatizam que esses fenômenos acontecem frequentemente, e que a Terra recebe várias toneladas de material espacial por ano. Muito poucos causam danos, já que a maioria é pequena e se desintegra na atmosfera, além do fato de a maior parte da superfície terrestre é tomada pelos oceanos. Porém, como visto neste caso russo, objetos maiores podem provocar crescentes transtornos. O meteoro que caiu nos Urais é o evento mais grave do tipo desde a queda de um objeto celeste em Tunguska, em 1908.
Um artigo sobre os cem anos do Evento de Tunguska
Coletânea de vídeos mostrando a queda do meteoro
Saiba mais:
Livro: Dossiê Cometa