Eu não podia esperar a hora de ver o especial de Peter Jennings na ABC, com duas horas de duração, questionando a existência de UFOs. Metade das pessoas na América acredita em discos voadores, e há uma montanha de “evidências” grande o suficiente para que um exército de jornalistas de TV possa alegremente analisá-las por anos enquanto cuidam de outros fatos importantes.
Mas o fato é, você não precisa de duas horas para explicar porque os UFOs são um pouco alucinações e um pouco fraudes. Eu posso fazê-lo num único parágrafo dois fatos indiscutíveis: O universo é muito grande e muito tempo já se passou. De qualquer maneira, ninguém questiona a possibilidade de objetos voadores existirem em algum ponto ou lugar da galáxia. Não há evidências convincentes o suficiente para provar que há UFOs aqui e agora.
Afirmações extraordinárias exigem provas extraordinárias. Entretanto, o que nos oferecem são as mesmas besteiras de canto-de-olho que são a origem de todos os boatos, desde o moto-contínuo até à alquimia. Nós nunca ouvimos falar de avistamentos do exército de astrônomos que monitoram os céus pelo mundo afora não é mesmo? Ao invés disso, nós temos uma seqüência de “pizzas” que vão se tornando cada vez mais óbvias com o passar dos anos, ancoradas em histerias de massa.
O que mais enfraquece a credibilidade do Fenômeno UFO é exatamente o infindável número de avistamentos e relatos que utilizam para justificá-lo. Eles sugerem UFOs de todos os tipos possíveis: grandes, pequenos, arredondados, brilhantes, escuros, cilíndricos, quadrados, rápidos e lentos. O que significa que: a) Estamos constantemente sendo visitados por uma frota de visitantes celestiais de todos os tipos possíveis que, por algum motivo, nunca aparecem no centro da cidade ao meio dia. b) Opa! Talvez estejam inventando isso tudo. Eu, e a metade da América que consegue ler sem mover os lábios, escolhemos a opção B.
Tomando parte na corrida
O reverendo Jesse jackson diz que Michael Jackson não terá um julgamento justo porque não há nenhum negro no júri. A coisa mais fácil de se fazer normalmente é ignorar os pronunciamentos do reverendo — faz muitos anos que ele não diz nada significativo. Ao invés disso, ele desperdiça o seu reduzido capital político com uma série de causas perdidas e mal escolhidas como essa.
Entretanto, um engano se coloca sob a premissa de Jackson que não deve ser esquecido. Enquanto um júri totalmente branco poderia ser uma má notícia num Mississipe de 1954, hoje em dia isso já é problema superado. E é uma ofensa dizer o contrário. A frase “qualquer negro bem sucedido será derrubado por um branco” não corresponde mais à realidade.
É uma tentativa inútil de insuflar a sensibilidade racial. Nós adoramos todas as celebridades: brancas, negras ou verdes. Os companheiros de Michael Jackson são os seus vizinhos ricos, não um grupo qualquer de negros — se é que podemos dizer que um show de monstruosidade como Michael Jackson tem companheiros — eu apostaria que não há mais do que uma dúzia de pessoas na Terra que poderiam se comparar a ele.
Se o reverendo Jackson não estivesse tão fora de foco, ele iria perceber que o outro Jackson, com a sua pele embranquecida e nariz de boneca Barbie, não é exatamente o que se poderia chamar de orgulho negro, e somente a mais caridosa solidariedade racial poderia sugerir ao contrário. Pessoas de todas as raças se esquivam deste espetáculo triste e de mau gosto.