Em Castelo Gandolfo, uma pequena cidade de uns poucos milhares de habitantes e situada a aproximadamente 10 km ao sul do aeroporto de Roma, Fiumicino, fica a residência de verão do papa. Este local é especial não só pelo fato de ter sido construído no topo de uma alta cadeia de montanhas, mas porque possui três cúpulas: uma pertence à igreja local e as outras duas abrigam telescópios móveis. Esta residência papal do século XVI é a casa de padres jesuítas – os astrônomos Giuseppe Koch e Sabino Maffeo. Já o padre Alessandro Omizzolo, especialista em clusters espaciais e quasares, fica no local somente uma semana por mês, já que durante o restante do período leciona na universidade de Padova.
Além de quatro telescópios, salas privadas, cômodos de trabalho e cozinha, a cidade possui ainda duas grandes bibliotecas, pequenas salas de aula e um museu de meteoritos. Uma das peças exibidas lá é uma pedra da Lua, um presente da NASA. Há também um livro de meteoritos — um tipo de catálogo mundial de meteoritos caídos no planeta. Um mapa do céu foi desenhado nesta residência, depois da posição de cada estrela ter sido verificada três vezes. Antigamente isto era um trabalho manual, mas hoje em dia é feito por computadores.
O diretor do Special Vaticane (Observatório Papal), padre George Coyene que organiza todo ano cursos de verão para estudantes e jovens cientistas em Castelo Gandolfo, visita freqüentemente os Estados Unidos. Em Tucson, Arizona, há uma filial da Specole Vaticane chamada de Vatican Advanced Technology Telescope (VATT) — Telescópio de tecnologia avançada do Vaticano. O VATT fica ao lado das instalações da NASA e é conectado por satélite a Castelo Gandolfo, aonde os dados são armazenados e processados.
Numa entrevista exclusiva ao jornal croaciano GLOBE, feita por Bisera Lusic e publicada em 4 de fevereiro de 2005, o padre Alessandro Omizzolo afirmou que “a pesquisa de outros planetas é importante não só por causa das novas descobertas, mas pelo fato de que os habitantes da Terra poderão um dia encontrar um novo lar. O Sol e a Terra não são eternos e chegará o momento no qual nós teremos que nos mudar. Nós estamos preparando o caminho para isso”, diz Omizzolo com um sinal de tristeza.
Giorgio Buonvino é o único civil em Castelo Gandolfo. Ele é um astrônomo, com 75 anos de idade, que ficou cansado da sua aposentadoria após 50 anos de pesquisa do espaço. Então, o Vaticano o chamou de volta e lhe devolveu o seu escritório. “As descobertas na astronomia estão mudando o nosso conhecimento e é necessária muita paciência para conseguir provar alguma coisa com sucesso. O que nos fascina hoje pode ser considerado tolo amanhã”, diz Buonvino. Então ele continua, agora sussurrando, “Há alguns anos atrás fui convidado a participar de uma conferência de UFOs em San Marino, na Europa. Um dos participantes era uma ex-funcionária da NASA. Esta senhora dizia que todos os materiais publicados por aquela agência eram censurados. Disse ainda que a agência espacial encontrou restos de vida em outros planetas, mas que não estava pronta para anunciar isso ainda”.
De acordo com Buonvino, quando as primeiras fotografias de marte começaram a chegar, um dos seus amigos lhe disse que se podia ver com clareza domos na superfície do planeta e que, de nenhuma maneira, eles poderiam ser de origem natural. O amigo enviou estas fotografias para ele depois que elas foram retiradas do site da NASA. Buonvino ainda as tem no seu computador. Ele diz que o amigo tem razão e não compreende porque a agência esconde estas descobertas.