Fenômeno UFO é hostil? Tentar entender, interpretar e discorrer sobre a manifestação ufológica é uma das tarefas mais difíceis que existe, já que todos os dados disponíveis vêm de testemunhas que podem ter interpretações diferenciadas dos fatos, devido ao seu próprio conteúdo pessoal, e não apenas pela suposta diversidade que tal fenomenologia apresenta. Certamente, muitas observações ufológicas são alucinações, enquanto outras podem ser deformações da realidade, causadas por pessoas cujas motivações são inconscientes. Também há as fraudes, os exageros e as interpretações errôneas de fenômenos naturais e humanos. Mas existem, efetivamente, casos que não têm qualquer explicação satisfatória – a não ser se admitir a existência física, material e autêntica de objetos voadores não identificados.
Os UFOs já foram avistados por milhares de pessoas, entre pilotos, controladores, meteorologistas e tantas outras testemunhas altamente qualificadas para o reconhecimento de fenômenos atmosféricos, astronômicos e físicos. Foram registrados nas telas de radares pelo mundo afora. Foram fotografados, filmados e seus vestígios, mensurados. Ninguém que esteja sequer medianamente informado pode duvidar que algo estranho está acontecendo em nossos céus. Mas há um paradoxo nisso: mesmo reconhecida a existência do Fenômeno UFO, não entramos no caminho resolutivo esperado. Na verdade, quanto mais bem informados formos a respeito do tema, mais absurdo, ilógico e repleto de incógnitas ele se apresenta. Existe uma razão para isso? Sim, há uma. E, por sinal, uma razão fundamental: os dados obtidos sobre a manifestação ufológica até parecem corretos, mas são incrivelmente contraditórios. As descrições de tamanhos e formatos dos UFOs, e do comportamento de seus tripulantes são tão diferentes que não permitem uma classificação realmente adequada.
Por que isso ocorre? Para alguns estudiosos, o principal desencadeador dessa situação é o próprio Fenômeno UFO, uma vez que ele não ocorre de forma transparente, numa clara opção dos ETs pela clandestinidade em suas atividades. A hipótese mais aceita para explicar essa característica é de que a inteligência por trás dos objetos voadores não identificados tenta o máximo possível não interferir em nossa civilização. No entanto, lanço uma pergunta: tomando como base essa premissa, baseada no comportamento arredio de nossos visitantes, não há realmente interferência e influência do fenômeno em nossa sociedade? Num primeiro momento, a despeito da teoria da não-influência, é óbvio que o fenômeno ufológico tem causado um enorme impacto sobre a humanidade, desde a segunda metade do século 20. Seu rastro é tamanho que foi poderosamente assimilado por nossa cultura, passando a fazer parte dos motivos artísticos, comunicativos e semânticos do homem atual.
Elvis Disfarçado — Em nossa sociedade capitalista, os UFOs e seus tripulantes foram transformados em mercadorias de consumo. Um exemplo típico disso é o comercial do consórcio de imóveis da empresa Porto Seguro, veiculado na tevê paulista e de outros estados, até algumas semanas atrás. Nele, um casal está dentro de seu carro num lugar desértico, à noite, parado no meio da estrada porque há uma vaca obstruindo a passagem. Incrivelmente, a vaca se revela ser Elvis Presley disfarçado, uma alusão ao eterno jogo de atribuir ao fenômeno uma origem fantástica, absurda e improvável. Subitamente, um disco voador surge no céu, lançando um cone de luz que faz Elvis levitar até a nave. Ele é capturado e o rapaz no carro questiona à mulher: “Nossa, você viu isso?” Ela responde: “É o apartamento que a gente queria”. Ela não estava observando a insólita cena, mas um folheto com propaganda do consórcio da Porto Seguro! A mulher fecha o comercial com o comentário: “Se contar, ninguém acredita”. Simplesmente, os profissionais de marketing que produziram o anúncio foram diretos e claros: o plano de consórcio imobiliário da referida empresa é tão inacreditável quanto observar um disco voador abduzir Elvis! Os UFOs se transformaram em vendedores de consórcio de imóveis em nossa cultura moderna.
A verdade por trás disso tudo é que a simples presença de uma luz suspeita no céu já deflagra um processo de interferência e influência. Numa entrevista para a tevê norte-americana, o ufólogo e matemático franco-americano Jacques Vallée chegou a afirmar: “O que mais impressiona nos encontros com UFOs é que as testemunhas descrevem uma mudança fundamental de suas idéias sobre um grande número de questões. Por exemplo, as noções sobre a vida e a morte. Geralmente, as testemunhas sofrem uma comoção. A observação é tão impressionante para elas, que acabam pondo em questão tudo o que pensavam anteriormente”. Fica claro, assim, que a simples observação do fenômeno já produz enormes seqüelas nas pessoas envolvidas, o que nos leva inevitavelmente à constatação de que os UFOs produzem, de forma efetiva, influências extremamente profundas em nosso mundo. Com estudos demonstrando a presença alienígena também na Antigüidade, retratada em textos ancestrais e até na arte rupestre, temos um indicador claro de que tal influência pode estar acontecendo há muito tempo.
Tendo em vista todas essas considerações, é fácil perceber que a teoria da não-influência é insatisfatória, embora tão aceita, para justificar a falta de transparência nas atividades dos alienígenas. O fato é que qualquer especulação sobre o comportamento do Fenômeno UFO nada mais é do que uma humanização do tema. Simplesmente, não temos a menor idéia do que se trata e, conseqüentemente, não sabemos sequer se é cabível projetar sua manifestação em parâmetros humanos. E se não temos condições de alcançar respostas para questões básicas referentes aos aspectos primordiais do comportamento dos UFOs, como poderíamos chegar à alguma concepção minimamente aceitável para a pergunta lançada no início do presente artigo, se o Fenômeno UFO é hostil? Sobre isso, vejamos o que a casuística nos revela, começando com uma ocorrência clássica: o Caso Crixás, ocorrido no dia 13 de agosto de 1967, na cidade homônima, em Goiás. O episódio envolveu o capataz Inácio de Souza e sua esposa.
Bacia Invertida — Na ocasião, Souza voltava para casa, na Fazenda Santa Maria, por volta das 16h00 daquele dia. Ao chegar, foi calorosamente recebido por sua mulher, do lado de fora. Ambos ainda não haviam percebido nada de anormal, até diri
girem o olhar para um pasto próximo da casa, que é cortado por uma pista de pouso de aviões. No fim dela havia um estranho objeto que foi descrito pelo capataz como uma “bacia invertida”. Num primeiro momento, Souza e sua esposa não deram muita atenção, pois acharam que o proprietário da fazenda, Ibiracy de Moraes, muito rico, poderia estar testando algum tipo de veículo novo para o Exército brasileiro – e se fosse o caso, não seria a primeira vez. Mas logo o casal percebeu que algo estranho estava acontecendo. O casal viu o que pareceram três crianças, aparentemente nuas, em volta do objeto. Souza julgou aquilo como uma afronta à sua esposa e foi em direção às “crianças”. Ao se aproximar um pouco mais, levou um susto: não estavam nuas, mas sim vestidas com uma roupa inteiriça de cor amarela, colada ao corpo. Eram calvas e tinham uma aparência bastante incomum. Só que, naquele momento, as criaturas também perceberam Souza e uma delas apontou diretamente para ele e sua esposa. Imediatamente, os três seres começaram a correr em sua direção, ficando claro que iriam abordá-los.
Como uma ação reflexiva movida pelo terror, Souza pegou sua espingarda, mirou diretamente na testa de uma das criaturas e atirou. Ele era conhecido na região por ser um atirador exímio e acertou em cheio a cabeça de um dos seres que, segundo sua estimativa, deveria estar a um pouco mais de 60 m de distância. O ser atingido caiu no chão e, naquele mesmo instante, o UFO disparou um raio de luz verde que atingiu o agricultor no ombro esquerdo. Inácio caiu imediatamente, desacordado. Desesperada com a cena, a esposa pegou a arma e se colocou na frente de Inácio, para protegê-lo. No ato, apontou a arma na direção dos alienígenas. Os seres pararam, pegaram o que tinha sido atingido e entraram no disco, carregando-o. Em seguida, o UFO começou a emitir um forte zumbido e a ganhar altura lentamente, em sentido vertical.
Souza foi levado às pressas para o hospital. Ele passou a apresentar náuseas, formigamento e adormecimento por todo o corpo. Suas mãos sempre estavam trêmulas. Infelizmente, no dia 11 de outubro de 1967, 59 dias depois do incidente, faleceu. Ele tinha 41 anos e era pai de cinco filhos. No ombro esquerdo, onde foi atingido pelo raio verde, ficou uma espécie de mancha que evoluiu e acabou por se espalhar por todo o braço esquerdo e pescoço. No atestado de óbito, o médico colocou leucemia como causa mortis. Por recomendação do próprio Souza, ainda em vida, sua esposa queimou todas as suas coisas após a morte, incluindo o colchão onde dormiam.
O que mais impressiona nos encontros com UFOs é que as testemunhas descrevem uma mudança fundamental de suas idéias sobre um grande número de questões. Por exemplo, as noções sobre a vida e a morte
— Jacques Vallée, autor e ufólogo
É interessante notar que nesse caso houve uma clara situação de confronto. No entanto, é difícil afirmar que se trate de hostilidade extraterrestre gratuita. É patente que o raio que atingiu Souza foi uma resposta imediata ao seu comportamento hostil. Se por um lado é complicado tentar analisar o comportamento extraterrestre, por outro lado temos uma característica humana facilmente detectável: nossa xenofobia. Numa analogia, os primeiros contatos dos irmãos indigenistas Orlando e Cláudio Villas Bôas com os xavantes do Xingu foram dramáticos e complicados, pois os índios atacaram o seu avião – um UFO para eles – com flechas e lanças. Infelizmente, o homem, independentementede ser mais ou menos civilizado, tem uma tendência inata de atacar o desconhecido, pois teme aquilo que não compreende. Não é a toa que filmes como Sinais [2002], Independence Day [1996] e Alien, O Oitavo Passageiro [1979] resultaram em grandes bilheterias, pois atingiram nossas causas emotivas básicas, como o medo do desconhecido. E essa característica pode ser um desencadeador de confrontos com o Fenômeno UFO.
Seres Esquivos — A situação de agressão do Caso Crixás também nos leva a uma outra constatação: os extraterrestres parecem não hesitar em responder com hostilidade quando são atacados. Grande parte da casuística ufológica mundial demonstra que tais seres são esquivos, evitando um maior contato conosco. Mas em algumas situações extremas, parecem realmente dispostos a responder a uma agressão de forma também violenta. Outro exemplo que reforça essa conclusão é o caso envolvendo o senhor Daildo de Oliveira, ocorrido em 23 de julho de 1968, quando era funcionário da Companhia Elétrica do Estado de São Paulo, na subestação da cidade de Bauru.
Ocupando o cargo de vigia, o trabalho de Oliveira começava às 19h00 de um dia e acabava às 07h00 do dia seguinte. Por volta da 01h00, depois de marcar o relógio de controle, Oliveira resolveu dar uma volta ao redor da oficina e acabou por perceber um vulto pouco visível, devido à precária iluminação do local. Imediatamente, abaixou-se para tentar observar melhor a sombra, sem que esta o visse. Naquele instante, Oliveira percebeu um ligeiro ruído que parecia vir do lado do escritório. Ao virar-se para aquela direção, viu que havia outro “homem” numa das janelas, ao lado da porta. Este foi melhor visualizado e Oliveira pôde reparar que vestia calça e camisa compridas e escuras. Raciocinando rapidamente, o vigia entrou na oficina e pegou uma peça de ferro de pouco mais que meio metro e dirigiu-se para o vulto da janela, que parecia estar de costas para ele, a fim de atingir-lhe.
Oliveira tomou o máximo de cuidado para não fazer qualquer barulho que viesse acusar sua aproximação. Quando estava a menos de um metro do invasor, Oliveira desferiu dois violentíssimos golpes nele, que, para sua surpresa, foram desviados com movimentos rápidos. Os golpes foram tão violentos que o segundo acabou por acertar uma madeira ao lado, que ficou marcada com o impacto. Oliveira então percebeu que o vulto não estava de costas para ele, mas de frente. Talvez a confusão se deu devido à iluminação precária e o capuz que o ser usava. O vigia também percebeu que não era um sujeito normal, pois ele pronunciou uns grunhidos e agarrou o vigia. Começou então uma violentíssima briga corpo-a-corpo entre os dois, que acabaram rolando no chão. De repente, por uma das janelas do escritório saiu a outra criatura correndo. Ela parecia ser absolutamente igual a que estava no embate com Oliveira e entrou na briga para ajudar o companheiro. Na época, o vigia era um rapaz novo e bem forte e, mesmo em desvantagem, continuou lutando bravamente contra os estranhos. Só que sua sorte iria mudar, pois logo apareceu uma terceira criatura para intervir na briga – possivelmente o primeiro que Oliveira tinha visto no barranco.
Este terceiro ser era diferente dos demais, pois não usava capacete ou capuz e trajava uma vestimenta clara. Tinha cabelos ruivos, cortados e de consistência mais dura do que o normal, e seu rosto parecia de pele alva. Com sua chegada, a briga ficou desequilibrada. A criatura pegou Oliveira pelos pés, arrancou-lhe os sapatos, tirou sua capa de frio e a camisa, da qual saltaram-se os botões, e, finalmente, acertou-lhe um golpe na perna esquerda que fez com que perdesse parte de sua resistência. Não satisfeitas, as criaturas levantaram Oliveira no ar e o socaram no chão pelas costas, umas cinco ou seis vezes, minando ainda mais sua força, até que não apresentasse mais qualquer reação. As criaturas perceberam então que Oliveira não ia nem tentar se levantar e, inusitadamente, trataram de ajudá-lo, dando uns tapinhas nas costas. Nisso, o ser de cabelo ruivo pronunciou algo que o vigia não conseguiu entender, mas julgou ser mais ou menos algo como “…vá para lá, vadio, que aqui voltamos ao término”. Os outros dois seres permaneceram silenciosos.
E assim, Oliveira se afastou lentamente e com cautela, indo na direção da escada e sempre olhando para trás, para se certificar que as três criaturas não iriam tentar qualquer coisa contra ele. Ele viu então um objeto que parecia uma Kombi, porém com uma base de pelo menos 10 m. As criaturas entraram naquilo, que alçou vôo lentamente, emitindo um ruído estranho. O UFO foi levitando vagarosamente até chegar próximo de um transformador de alta tensão, o que fez com que recuasse um pouco. Finalmente, subiu um pouco mais, passou por cima da rede elétrica e disparou. Somente nessa hora Oliveira chamou o outro vigia que deveria estar no escritório administrativo, Antonio. Os dois inspecionaram o local da luta e notaram que o cascalho estava revirado e espalhado pela grama. Encontraram a camisa, os botões que foram arrancados durante o confronto, a capa de inverno e uma lanterna caída do bolso da calça de Oliveira. O fato acabou sendo levado ao conhecimento do delegado de polícia da cidade, doutor Oswaldo Sena, e dois dias depois as autoridades examinaram o local.
Contingências Alienígenas — O caso é extremo, é verdade. Mas nem sempre situações de confronto com ETs são marcadas por uma atitude agressora inicial dos humanos. Na verdade, há muitos casos que realmente parecem configurar uma investida hostil e gratuita pela inteligência por trás dos UFOs. É importante entender que, uma vez que não alcançadas as motivações e as contingências das atividades dos extraterrestres, somos obrigados a analisá-las simplesmente no contexto das ações e conseqüências dos fatos. E isso torna qualquer exame da questão superficial e passível de distorções. Ainda assim, um exemplo de investida originada por ETs, sem que seja uma reação, ocorreu no Forte Itaipú, em São Vicente, litoral de São Paulo, na noite de 04 de novembro de 1957. Coincidência ou não, houve também um blecaute na região naquela ocasião. Por volta de 02h00, duas sentinelas que cumpriam guarda no forte viram uma luz com brilho muito intenso no céu. Eles não deram muita atenção ao fato, pois pensaram tratar-se de uma estrela qualquer que estaria apresentando um brilho intenso por algum fenômeno astronômico.
De repente, para espanto dos militares, a “estrela” aumentou de tamanho e perceberam que se tratava de um objeto descendo em alta velocidade, diretamente sobre o quartel. A cerca de 300 m o objeto reduziu drasticamente sua velocidade, continuando a descida na direção deles, porém bem lentamente e sem emitir qualquer ruído. À esta altura, as sentinelas já se encontravam apavoradas. O UFO era circular, tinha diâmetro de uns 30 m e apresentava ao seu redor um brilho alaranjado. Subitamente, o objeto parou e se posicionou entre as sentinelas, que ficaram espantadas e sem reação. Apesar de estarem portando sub-metralhadoras, não atiraram contra o artefato, pois estavam paralisadas com a cena insólita e sequer pensaram em acionar o alarme. De repente, o UFO começou a emitir um ruído parecido com o som do gerador e uma luz intensa, acompanhada de uma forte onda de calor, atingiu os dois soldados.
Os militares começaram a gritar desesperadamente com a dor. Um deles, vencido pelo intenso calor, caiu de joelhos e desmaiou em seguida. O outro se atirou embaixo de um canhão para se proteger da luz intensa. Os gritos despertaram as tropas, mas antes que qualquer soldado pudesse esboçar alguma reação, todas as luzes do forte se apagaram. Apenas um calor moderado penetrou seu interior, o suficiente para provocar pânico. Após um minuto, aproximadamente, o calor cessou e as luzes se acenderam. Alguns soldados saíram correndo para seus postos e ainda puderam ver o UFO brilhante se afastando. As sentinelas atingidas sofreram queimaduras e receberam tratamento médico. Diante dos acontecimentos, o comandante do forte enviou uma mensagem urgente para o quartel-general do Exército brasileiro e aviões da Aeronáutica realizaram várias rondas na região, sem detectarem quaisquer vestígios do agressor.
O caso foi abafado no Forte Itaipú, apesar de vários civis e militares terem visto o UFO naquela noite. Na época, as altas autoridades brasileiras pediram auxilio à embaixada norte-americana em São Paulo para suas investigações. Rapidamente, os Estados Unidos enviaram pesquisadores que auxiliaram os oficiais do Exército na apuração dos fatos. As sentinelas, apesar de estarem em estado grave, foram interrogadas. Após ouvirem a descrição da ocorrência com detalhes, os investigadores questionaram por que os soldados teriam sido atacados, uma vez que não demonstraram o menor sinal de hostilidade para com o objeto. A resposta continua uma incógnita.
Graves Queimaduras no Mar — Incidentes em que testemunhas sofrem queimaduras graves não são incomuns. Na verdade, talvez o caso mais dramático ocorreu no Maranhão, em 15 de abril de 1977. Na ocasião, os irmãos Apolinário, Firmino e José Corrêa, juntos do cunhado Aureliano Alves, seguiam viagem no barco Maria Rosa para a Ilha dos Caranguejos, no litoral daquele Estado, para extraírem vegetação existente nos mangues. Depois de um longo dia de trabalho, os homens decidiram dormir no barco ancorado às margens da ilha e deixaram a viagem de retorno para a manhã seguinte. Corrêa, Firmino e Alves dormiram no porão da embarcação, cuja porta é feita por um pedaço de pano que impedia a entrada de mosquitos. Apolinário dormiu na parte superior, mas foi acordado por um grito, por volta das 05h00. Rapidamente, foi até
o porão e se deparou com uma cena triste: seu irmão José estava morto com graves queimaduras no tórax e no braço. Firmino e Aureliano estavam deitados, gemendo e também com sinais de queimaduras. Estranho foi que não existiam quaisquer vestígios de incêndio no porão da embarcação.
Apolinário foi novamente para a parte superior, levantou âncora e tratou de levar o barco para o porto de Itaqui, em São Luís, onde chegou na tarde daquele mesmo dia. Como Firmino aparentava estar em estado mais grave, semiconsciente, foi primeiramente levado ao Pronto Socorro do Hospital de São Luís. No barco permaneceram Aureliano deitado e o corpo de Corrêa. Em seguida, Apolinário foi até o distrito policial e relatou o incidente ao delegado de plantão, José Argolo, e o comissário Venceslau Vasconcelos. Estes, juntos do soldado Orlando, foram até a embarcação para conferir o que havia acontecido. “Na embarcação, vi o corpo do rapaz ferido e, ao lado, o do seu irmão. O corpo do que veio a falecer apresentava uma espécie de queimadura bastante grande, principalmente no braço. Outra abaixo do braço tinha largado um pedaço enorme”, declarou o comissário Venceslau em entrevista para o jornal O Estado do Maranhão.
O oficial disse que nunca tinha visto queimadura daquela. “No que estava ferido, podia-se notar que a queimadura dava a impressão de ser provocada por um ferro em brasa, mas não era. Era realmente estranha. Não vi indício de fogo ou incêndio na embarcação”, finalizou. Aureliano Alves, que estava apenas ferido, ainda podia falar, mas tinha um estranho olhar e demonstrava estar aterrorizado. Conforme os laudos expedidos pelo Instituto Médico Legal, foi definida como causa das queimaduras o que os legistas chamaram de “eletricidade cósmica”, o que gerou enorme polêmica. Com dificuldade, os sobreviventes descreveram ter visto uma estranha luminosidade que havia penetrado pela cortina do porão, naquela noite, e ali foi observado um vulto enorme e estranho. Logo em seguida, todos perderam a consciência. Está claro, portanto, que o incidente nada tem a ver com fenômenos meteorológicos – e foi um dos primeiros episódios que culminariam com o início do Fenômeno Chupa-Chupa, na Amazônia.
Considerada uma das mais impressionantes ondas ufológicas de nosso país, durante o Chupa-Chupa foram registrados centenas de casos de objetos luminosos aéreos que atacavam ribeirinhos no Pará, Maranhão e Amazonas, principalmente no segundo semestre de 1977. Eles eram atingidos com potentes feixes de luz, que as vítimas acreditavam que extraíam seu sangue. Esses UFOs sobrevoavam principalmente pequenas comunidades litorâneas e rurais, às margens dos rios amazônicos. A onda foi de tal magnitude que o prefeito da localidade de Colares (PA), uma ilha pertencente ao município de Vigia, no litoral, mandou um ofício para a sede do I Comando Aéreo Regional (COMAR), em Belém (PA), avisando que UFOs estavam apavorando moradores e pescadores, comprometendo suas atividades. A população local, muito assustada, passava as noites em claro com medo do fenômeno, que era basicamente noturno. Como se sabe, já que foi amplamente divulgado na Revista Ufo, o chefe da Segunda Seção do COMAR destacou o então capitão Uyrangê Hollanda para comandar uma comissão oficial para investigar o fato, conhecida como Operação Prato.
Cobaias Humanas — Depois de várias décadas de estudos e pesquisas do Fenômeno UFO, pouco sabemos realmente. Desconhecemos completamente sua origem e sua identidade material, e, principalmente, ignoramos gravemente as intenções por trás de suas misteriosas atividades em nosso planeta. Mas, mesmo nesse contexto pouco revelador, as abduções alienígenas parecem ser o elemento mais terrível de toda casuística ufológica. Seres estranhos e desconhecidos invadem nosso meio ambiente, raptam seres humanos anulando seu livre arbítrio e os submetem a toda sorte de exames clínicos. Muitas vezes, ocasionando dores e grandes desconfortos nas vítimas, os ETs realizam seu trabalho demonstrando uma completa indiferença e frieza diante de nosso sofrimento. Mas o aspecto mais chocante das abduções se dá quando os seqüestrados retêm terríveis seqüelas das experiências. Há inclusive registros em que as conseqüências chegaram a ser letais. Um bom exemplo é o Caso Barroso.
Alguns minutos depois das 05h00 de 03 de abril de 1976, na cidade de Quixadá (CE), o comerciante Luiz Barroso Fernandes trafegava com sua charrete da fazenda em que residia para a cidade, quando ouviu um ruído que lembrava zumbido de abelhas. Barroso olhou para os lados, mas nada viu e despreocupadamente continuou sua trajetória. No entanto, o ruído aumentava de intensidade, parecendo vir do alto, quando então o homem observou uma bola de luz passando sobre sua cabeça. Intrigado, mas sem medo, puxou as rédeas do animal e ficou observando o UFO que, diminuindo de velocidade, desceu poucos metros à sua frente. A bola de luz apagou-se e Barroso viu que se tratava de um objeto parecido com um Fusca, do qual se abriu uma pequena porta. Por ela saíram dois seres baixos de aspecto humano, um dos quais portando um equipamento que parecia uma lanterna quadrada e escura. O ser direcionou esse aparelho para Barroso e dele foi emitido um feixe de luz que atingiu seu rosto. Barroso sentiu um forte calor e não conseguia se mover. Logo em seguida, os seres se aproximaram mais dele e novamente o atingiram com o raio de luz. O homem perdeu os sentidos e veio a acordar algumas horas depois, num local que não era o mesmo de quando aconteceu o incidente.
O fazendeiro estava meio dormente, com febre, tinha dificuldades respiratórias, intensa dor de cabeça e o lado esquerdo do corpo queimado, como se tivesse sido exposto ao Sol por um tempo prolongado. Barroso não conseguia se locomover e pensou que fosse morrer, mas para sua sorte um vaqueiro conhecido, que passava pelo lugar, prestou-lhe auxílio. Ele relatou o insólito incidente que tinha vivido e, em pouco tempo, a história se espalhou tornando-o uma atração na cidade. A imprensa, na época, fez uma ampla cobertura de seu caso, e assim o Centro de Pesquisas Ufológicas (CPU), de Fortaleza (CE), tomou conhecimento do incidente e passou a investigá-lo durante 17 anos.
No transcorrer da investigação, nos primeiros meses após o caso, Barroso entrou numa espécie de regressão mental inexplicável até parecer, segundo o doutor Ant&
ocirc;nio Moreira Magalhães e mais 15 médicos que o acompanharam durante esses anos, uma criança de não mais que nove meses de idade. Nesse estágio, ele apenas pronunciava três palavras – “Mamãe, dá medo” – quando flashes de câmeras fotográficas ou luzes de filmadoras eram acionados. Por mais inacreditável que possa parecer, Barroso também começou a rejuvenescer fisicamente: as rugas de seu rosto desapareceram e seu músculos se enrijeceram. Infelizmente, em abril de 1993, acabou falecendo, sem nunca ter voltado a levar uma vida normal. Sem dúvida, a provável abdução que Barroso sofreu afetou toda sua vida, comprometendo drasticamente sua saúde, e terminou 17 anos depois, de forma trágica.
Sórdido Jogo Extraterrestre — Além do fraco argumento da não-influência de um fenômeno que efetivamente interage com nossa civilização, para muitos a falta de transparência e a ausência de um contato aberto com as inteligências por trás dos UFOs podem ser resultado de atitude proposital de seres superiores, que nos observam com desprezo. Fazendo uma analogia grosseira, seria como nossos cientistas, que estudam as formigas e outros insetos, mas não se dignam a contatá-los. Essa idéia de desprezo pelo ser humano e desinteresse por um contato direto conosco pode estar ligada à nossa condição de seres inferiores, como foi esboçada de forma bastante inquietante pelo solitário navegador Donald Crowhurst, em 1969. Crowhurst teria desaparecido misteriosamente no mar e, no diário de bordo de seu barco, existiam redações insólitas bastante sugestivas, que foram posteriormente publicados em jornais. “As causas dos transtornos que sentimos se devem ao fato de que os seres cósmicos se entregam a certas brincadeiras com as pessoas. Gosto de jogos divertidos e estou totalmente de acordo com o ponto de vista desses seres. Mas, ao mesmo tempo, sou um homem e, quando reflito sobre os sofrimentos que suportamos por causa do jogo de tais seres, sinto-me cheio de raiva deles”.
Crowhurst analisa que os seres cósmicos – ETs – brincam com os seres humanos, mantendo suas reais atividades e objetivos na mais completa revelia das reações da humanidade. Realmente, nesse jogo, quem comanda as peças são os extraterrestres, e como ditadores, nos manipulam – inclusive conduzindo ações que são absolutamente desconcertantes. Infelizmente, temos registros na casuística ufológica que parecem reforçar, pelo menos em parte, as idéias de Crowhurst. Um exemplo típico está num caso divulgado pelo doutor Jacques Vallée, ocorrido em 20 de maio de 1950, na planície de Loira, França. Vallée, em respeito à testemunha, não publicou seu nome e nem o local exato do incidente, mas transcreveu a narração do caso com suas próprias palavras: “Voltava rapidamente para minha casa, para preparar o jantar. Sentia-me feliz e contente e cantava uma música popular. Tudo estava tranqüilo e em silêncio, sem uma brisa. Encontrava-me sozinha. De repente me achei completamente rodeada por uma luz brilhante e cegante, e vi aparecer na minha frente duas grandes mãos pretas”.
Segundo a testemunha declarou ao ufólogo franco-americano, cada uma daquelas mãos tinha cinco dedos. Eram escuras, mas com leve tom amarelo, próximo do cobre. “Os dedos eram de aspecto rude, vibravam levemente ou tremiam. Estas mãos não apareceram por trás de mim, mas vinham do alto, como se tivessem estado suspensas sobre minha cabeça, esperando que chegasse o momento de agarrar-me. Essas mãos não tinham braços visíveis. Ambas agarraram meu rosto com violência e me apertaram a cabeça, como uma ave de rapina faria com sua vítima. Puxaram minha cabeça para trás até pô-la em contato com um algo tão duro que parecia ferro”. A vítima sentiu então um frio através de seu cabelo e pescoço, mas nenhum contato perceptível com roupas foi feito. As mãos eram tão frias que seu contato a fez pensar que não eram de carne. Ela tinha os olhos cobertos pelos grandes dedos e não podia ver nada. Também cobriram seu nariz, impedindo-a de respirar, e a boca, impedindo-a de gritar.
Mãos Frias e Desumanas — A testemunha confessou a Vallée que experimentou uma sensação análoga a de uma descarga elétrica de grande intensidade quando as misteriosas mãos lhe tocaram. “Elas acabaram apertando meu pescoço, produzindo uma dor indescritível. Sentia-me como um brinquedo quebrado entre as mãos não humanas do meu agressor. Então, ele começou a me sacudir para frente e para trás várias vezes, sem deixar de apertar fortemente minha cabeça contra seu peito gelado. Tive a impressão clara de que aquele ser levava uma armadura de aço ou de qualquer outro material muito duro e frio”. No meio de tão insólita experiência, a vítima conta que o agressor desconhecido riu da situação. “Um estranho riso, que no início parecia áspero e surdo, mas depois ficou forte. Fez com que eu estremecesse e quase me provocou dor física. Em poucos segundos o riso cessou”. A mulher sentiu um forte golpe, como se um joelho metálico tivesse atingido suas costas. Em seguida, foi arrastada a uma incrível velocidade, sendo que as mãos continuavam a apertar sua cabeça com bastante intensidade. Finalmente, o agressor a soltou.
Ser Invisível — Mesmo assim, a testemunha não conseguiu ver quem a atacou. “Os galhos da vegetação ao redor se mexeram e vi como as plantas e a grama se afundavam sob os passos de um ser invisível”. Ainda se recuperando da traumática experiência, a testemunha observou algumas árvores próximas balançando com força e, subitamente, uma luz branca e bastante intensa riscou o ar numa velocidade vertiginosa. Após muito esforço, a mulher chegou na sede da guarda florestal, onde pode ser atendida. Tinha arranhões por ter sido arrastada e profundas e largas marcas vermelhas em seu rosto. Inacreditável? Talvez, mas bem real para a testemunha! Tanto que nos vem à cabeça, ainda, e com mais insistência, a mesma pergunta do início desse texto: qual é a realidade por trás do Fenômeno UFO? E mais: quando poderemos finalmente encontrar uma explicação satisfatória para a presença alienígena? Não sabemos, mas o fato é que, quanto mais nos aprofundamos na pesquisa ufológica, mais desconcertante se mostra o fenômeno. E nesse jogo, não somos nós que damos as cartas.
A sacralização do Fenômeno UFO
por Reinaldo Stabolito
Enquanto determinados grupos se recusam veementemente a aceitar a realidade do Fenômeno UFO, outros não apena
s o aceitam como também mobilizam ao redor do mesmo sentimentos, inquietudes e esperanças. É uma situação perigosa, pois são terrenos férteis para que apareçam os chamados “mensageiros de ETs”, auto-intitulados iluminados, que nada mais são que líderes do absurdo. Entre eles ou por trás deles estão comunidades místicas que difundem mensagens supostamente extraterrestres, alegadamente provenientes de contatos com ETs e que, não raro, contêm uma exortação fraudulenta e pueril para que sejamos bonzinhos e não brinquemos de guerra uns com os outros.
O sustento de tal contexto está no fato de que milhares de pessoas olham para os céus a procura de anjos tecnológicos procedentes do Cosmos, que viriam nos salvar de nossos próprios erros. A incrível contradição disso está em que muito se especula a respeito dos UFOs, cujas ações na Terra deveriam ser acobertadas pelos governos para impedir um pânico generalizado, mesmo sabendo-se que hoje uma parcela significativa da população não os teme, mas os desejam, atribuindo a eles a possibilidade de redenção divina. Enquanto isso, avistamentos, abduções e tudo o mais vão enriquecendo a casuística ufológica, dando a entender que o fenômeno em si ignora todas as convicções humanas sobre ele.
No fundo, chega a dar a impressão de que as inteligências por trás dos UFOs são mais testemunhas de um fenômeno de sacralização ufológica do que protagonistas. De fato, a casuística nos mostra seres estranhos, frios e indiferentes raptando humanos para extração de amostras de tecidos diversos de seus corpos. E, em muitos casos, produzindo seqüelas terríveis na vida de suas vítimas. Assim, parece óbvio que as milhares de pessoas que esperam ansiosamente pela clara demonstração da fraternidade espiritualizada do fenômeno o fazem mais movidas por sua própria angústia do que apoiadas em evidências.
É quase uma inquietante certeza saber que somos incapazes de sair do labirinto em que nos enfiamos. E talvez não sejamos mesmo! Mas não justifica projetar nossa esperança num fenômeno desconhecido, que mais parece ser indiferente, frio, que tem suas próprias motivações e uma clara opção pela clandestinidade. Sim, tudo nos leva a crer que os extraterrestres estão mesmo aqui há muito mais tempo que nossa vã filosofia possa supor, mas é só. A responsabilidade dos erros cometidos neste planeta é só nossa e compete a nós remediá-los. E se não for possível, que aceitemos com dignidade o ônus de nossa estupidez. Mas, infelizmente, parece impossível impedir que o Fenômeno UFO seja alvo de canalização de fantasias ou de frustrações humanas.
Ataques no Nordeste Brasileiro
por Equipe UFO
A idéia angelical e benevolente que muita gente têm dos seres extraplanetários que nos visitam em seus fantásticos veículos espaciais cai por terra quando se olha com atenção a casuística ufológica nordestina. Nos ensolarados Estados do Nordeste brasileiro, castigados pela seca, miséria, subnutrição e abandono, outra cruel situação apavora e vitima ainda mais seus moradores – especialmente os de longínquos pontos do Sertão. Sem que a Ufologia tenha uma explicação, é nesses locais que têm sido registrados terríveis ataques de UFOs e extraterrestres a seres humanos, resultando em graves conseqüências físicas e seqüelas psicológicas – às vezes, até mortes. A situação é alarmante e vem sendo estudada por ufólogos locais e estrangeiros há décadas. Entre estes, o maior conhecedor do assunto é o norte-americano Bob Pratt, que esteve dezenas de vezes na região e lançou, através da Biblioteca Ufo, o livro Perigo Alienígena no Brasil, versão nacional de sua obra UFO Danger Zone.
Os casos que acompanhou no Nordeste são apresentados em detalhes no livro, depois de examinados segundo uma metodologia própria e de resultados. “Em todos os meus anos de atividade na área, foi no Brasil que mais me surpreendi com a brutalidade com que as pessoas são tratadas por nossos visitantes”, declara o autor. Pratt é o estrangeiro que mais conhece a casuística ufológica brasileira – e provavelmente a conhece melhor e mais profundamente que grande maioria de nossos próprios ufólogos. O Nordeste é um celeiro de ocorrências do gênero, que se desencadeiam numa freqüência e intensidade assustadoras. Pratt trabalhou 48 anos como repórter e editor de jornais e revistas norte-americanas. Ele investiga o tema desde 1975 e viajou pelos Estados Unidos, Canadá, México, Porto Rico, Argentina, Bolívia, Chile, Peru, Uruguai, Filipinas e Japão, examinando casos. Ao todo, entrevistou cerca de duas mil pessoas que tiveram avistamentos ou contatos com aliens. No Brasil, esteve inúmeras vezes pesquisando ocorrências em praticamente todas as regiões, embora tenha se especializado nas nordestinas.
O autor escreveu muitos artigos sobre o assunto e foi editor da prestigiada revista Mutual UFO Journal, publicada pela Mutual UFO Network (MUFON). Foi co-autor do livro Night Siege: The Hudson Valley UFO Sightings, com J. Allen Hynek. Perigo Alienígena no Brasil é seu primeiro livro brasileiro e, mais que uma obra sobre Ufologia, é um alerta para fatos reais que acontecem no dia a dia do povo nordestino, para os quais a ciência não tem explicação e as autoridades fecham seus olhos.