
Todos os anos milhares de pessoas desaparecem misteriosamente enquanto fazem trajetos normais para suas casas, locais trabalho, escola e parques, em áreas populosas ou tranquilas, sem testemunhas ou explicações. É claro que nem todos esses desaparecimentos têm a ver com o Fenômeno UFO, mas, como veremos nesse artigo, alguns deles podem ter. E isso é bastante assustador, uma vez que as pessoas jamais são vistas novamente. Um caso ocorrido no Brasil, em janeiro de 1978, enquanto ainda acontecia a onda ufológica batizada de chupa-chupa no norte do país e a Operação Prato acabava de ser encerrada, ilustra perfeitamente a afirmação sobre pessoas serem levadas para sempre, sem que haja testemunhas.
Tudo aconteceu na quinta-feira, 19 de janeiro de 1978, na cidade de Piranhas, no Estado de Goiás. Apesar de ter sido um incidente de grande importância por suas características, o fato em si não recebeu a devida atenção da grande imprensa nacional, sendo notícia apenas nos jornais locais, onde, dias depois, uma nuvem de silêncio o encobriria e o levaria ao esquecimento. As investigações desde autor sobre o caso resultaram foram pouco frutíferas devido a essa cortina de silêncio, que pode esconder muitos detalhes do ocorrido.
O estranho incidente
Às 17:15 de 19 de janeiro de 1978, o Sol brilhava intensamente no céu limpo na pequena Piranhas, no interior goiano, quando seis meninos jogavam futebol em um campo empoeirado, como faziam todos os dias, sem que nada de anormal lhes perturbasse. Mas naquela quinta-feira um estranho episódio mudou suas vidas para sempre. Quando menos esperavam, os garotos presenciaram a aproximação de um “objeto iluminado, redondo, em forma de dois pratos sobrepostos”, conforme descreveu em deles, que cruzou por cima das copas das árvores para depois se deter e iniciar sua aterrissagem de forma vertical, sem fazer nenhum barulho.
Quatro dos meninos correram desesperados para suas respectivas casas, para contar o que viram — suas famílias não levaram seus relatos a sério, mas, diante de tanta insistência, acabaram indo até o campo de futebol, onde não havia nada para ver, nem pegadas, nem rastros do estranho artefato. Era como se nada de anormal houvesse acontecido. Foi nesse momento que um dos jovens gritou, procurando pelos amigos Manoel e Paulo [Sobrenomes omitidos a pedido de suas famílias].
Todos correram até a casa dos garotos, mas não os encontraram — Manoel Roberto e Paulo Roberto eram primos e moravam em residências próximas uma da outra. O primeiro tinha 11 anos e Paulo era um pouco mais novo, com apenas 9. Ambos eram estudantes e considerados jovens normais, saudáveis e ativos. Seus pais pensavam que tudo se tratava de uma brincadeira, mas as crianças continuaram insistindo, dizendo que viram o objeto aterrissando e correram de medo, mas que os dois meninos “ficaram pregados no chão, sem se mexeram”. Naquele momento os familiares que ainda não haviam se inteirado do fato se viram diante do real desaparecimento de duas crianças e, portanto, fizeram a respectiva denúncia na delegacia da cidade.
E, claro, embora os garotos insistissem na história do UFO, ninguém lhes deu crédito. Mas os meninos teimavam e emocionados contaram o que ocorreu. “Todos vimos quando aquilo pousou. A gente fugiu, mas o Manoel e Paulo ficaram”. A noite caiu sobre a cidade e a madrugada chegou sem que se tivesse qualquer notícia dos meninos desaparecidos. Desoladas, as seis famílias, que não sabiam o que pensar, se viram envolvidas no que parecia ser um assombroso caso de abdução alienígena.
Volta de Manoel
Na madrugada de 20 de janeiro, a família de Manoel Roberto recebeu um telefonema da polícia avisando que seu filho estava bem — o menino havia sido encontrado na cidade de Rondonópolis, no vizinho Estado do Mato Grosso, a 500 km de distância da cidade de Piranhas. Sobre o outro menino, nada se sabia. Manoel fora acolhido por um homem chamado Nestor Touro, engenheiro elétrico de Rondonópolis, quando bateu em sua porta pedindo ajuda.
Touro deixou o menino, que vestia apenas um calção, entrar. E enquanto lhe dava comida, chamou a polícia. Horas depois, e na companhia do engenheiro, o garoto se reuniu com seus preocupados pais e começou a relatar o que tinha vivido. Segundo sua descrição dos fatos, “quando o objeto começou a aterrissar, os amigos saíram correndo. Meu primo e eu tentamos fazer o mesmo, mas foi impossível, pois ficamos paralisados. Não conseguíamos correr e estávamos ‘fincados’ na terra. Até que fomos puxados até a nave. Dentro daquilo estivemos em uma sala onde só havia uma cadeira e um botão”.
No interior do UFO, Manoel relatou ter visto oito pessoas baixinhas com o corpo coberto por uma espécie de espuma plástica avermelhada, mas com feições de gente normal. “Estávamos grudados na cadeira e não conseguíamos nos mexer. Ao ver nossos esforços para tentar nos levantar, um dos homens nos mostrou que com apenas um passar de mãos pelo encosto da cadeira, ela soltaria as pessoas”. E concluiu dizendo que “o aparelho voltou a aterrissar e eu fui obrigado a descer. Do meu primo não sei nada. A última vez que eu o vi, ele estava dentro do aparelho comigo”.
Ambos foram levados para dentro do UFO e transportados em apenas duas horas até Rondonópolis, que não estava interligada à Piranhas por estradas na época — e ainda que estivesse, um carro veloz não faria o trajeto em menos cinco horas. Vale lembrar que na hora em que Manoel foi libertado nas redondezas de Rondonópolis houve um corte repentino de energia elétrica, que atingiu 90% do perímetro urbano. Esse tipo de fenômeno eletromagnético é bem conhecido dos ufólogos, afetando o fluxo normal da corrente elétrica. Mais uma nova constante do Fenômeno UFO que se soma ao incidente.
Outros casos
O testemunho dado pelo menino Manoel Roberto nos faz lembrar relatos de outras pessoas que estiveram dentro de UFOs. Os dois garotos foram obrigados a entrar no objeto, levados por uma interferência mental que operava ali dentro — a mesma que os impedia de escapar. Aliás, esta interferência foi utilizada para submeter Manoel a uma espécie de lavagem cerebral, não permitindo que o menino se lembrasse de tudo o que havia
acontecido nas duas horas que passara na nave alienígena. Talvez uma boa regressão hipnótica nos permitisse saber detalhes importantes que não estão gravados na sua memória consciente.
Para o excelente e já falecido investigador norte-americano Morris K. Jessup, os tripulantes dos UFOs viriam ao nosso planeta com o objetivo de sequestrar homens e mulheres jovens para estabelecer novas colônias humanas em outros lugares do universo. De preferência, escolhem indivíduos sadios e abaixo dos 30 anos, visto que estes se adaptariam melhor ao novo habitat. O que podemos supor é que os dois garotos tenham sido submetidos a diversos testes físicos e biológicos dentro do UFO e que Manoel não tenha sido considerado apto por alguma razão, sendo por isso foi devolvido à Terra. De seu primo, ninguém soube mais nada.
Seres inteligentes, em seu afã meramente investigativo e científico, pegariam os humanos e outros seres vivos para estudá-los exaustivamente em suas naves ou em seu próprio lugar de origem, como a casuística mundial tem demonstrado. Esse procedimento não é nenhuma novidade para os ufólogos — Cristóvão Colombo fez exatamente o mesmo ao levar vários aborígenes para a Espanha. Embora muito se discuta atualmente sobre as intenções de nossos visitantes, essa é uma hipótese de trabalho que não devemos descartar, pois apresenta vários antecedentes na Ufologia Mundial.
Voltará um dia?
O Caso Piranhas é um incidente assombroso, em que a realidade supera a imaginação, e que mesmo assim não teve grande repercussão, já que trataram de abafá-lo. Graças ao engenheiro Nestor Touro o episódio veio à tona, e é espantoso que mesmo envolvendo diretamente o desaparecimento de uma criança, os fatos não tenham virado notícia nacional. Familiares e amigos aceitaram como única resposta possível a intervenção de um UFO no sequestro dos meninos. E a pergunta que permanece é: que aconteceu com Paulo Roberto, até hoje desaparecido? Voltará um dia? Uma pergunta adicional, e muito importante, que se deve fazer aqui, é: quantos casos semelhantes ocorrem em todo o mundo, o tempo todo, sem que jamais saibamos?