Confira neste box como pensa o entrevistado José Jaime Maussán especificamente sobre a questão que mais mobiliza a Comunidade Ufológica Mundial, ou seja, que consequências um encontro face a face com ETs teria para a humanidade.
Você acha possível que a experiência prévia de nossos visitantes no contato com outras civilizações esteja influenciando seu contato conosco? Essa questão é difícil de ser respondida, mas penso que estamos sendo preparados. Muitos de nós queremos vivenciar esse acontecimento, mas provavelmente eles saibam bem melhor do que qualquer humano terrestre o momento para que venha a ocorrer. Talvez eles já tenham passado por experiências em outros mundos, onde apressaram o contato, e hoje saibam que esse processo deve se dar lentamente. Devemos ter bem claro que, além de muito diferentes, são várias as raças que nos vistam e que todas mantêm a mesma atitude — é como se seguissem uma lei, concebida por seres mais inteligentes, que determinaria o comportamento de não se mostrarem em planetas pouco desenvolvidos.
Há muitos relatos de encontros por parte de contatados, abduzidos e canalizadores. Como você explica ainda não ter ocorrido um contato oficial? Penso que o contato oficial só irá ocorrer no momento em que se estabelecer um processo de aceitação e reconhecimento de que eles já estão aqui por parte da maioria da humanidade. Além disso, nossos governos deverão agir abertamente, sem qualquer posição belicista quando da apresentação das inteligências extraterrestres. É importante reforçar que deveremos ter plena consciência quanto à nossa aceitação, demonstrando uma atitude pacífica de querer, verdadeiramente, iniciar uma comunicação.
No que podemos ajudar em relação à preparação para o contato? Tanto a Revista UFO como seus Fóruns de Ufologia, aí no Brasil, como os que se fazem em outros países, são instrumentos fundamentais na divulgação da presença alienígena entre nós, na difusão da investigação e na própria preparação das pessoas. Temos avançado muito, se compararmos a situação com a aceitação que havia do Fenômeno UFO nos anos 70 e 80. Dos anos 90 até os dias de hoje houve um salto enorme. Embora parte das autoridades siga negando, estamos cada vez mais perto das tão esperadas revelações. Talvez não mais do que 10 ou 20 anos sejam suficientes para que estejamos preparados.
Você acha que já estamos preparados para o contato? Eu penso que nós só estamos preparados para a notícia de um possível contato, porém considerando as repercussões disso nas várias áreas de atuação dos seres humanos, a história é bem diferente. Acho que uma das razões pelas quais os humanos não querem reconhecer esse fenômeno é a possibilidade de termos que assumir muitos deveres, como por exemplo, tomar conta de nosso planeta — vamos ter que fazer sacrifícios e outras tantas coisas que nós não desejamos, não queremos fazer nenhum esforço para isso. Não tenho muita certeza se vamos aceitar as responsabilidades que isso implica, porque essa será uma das grandes pressões que nós sofreremos. Possivelmente, seremos forçados a refletir e reconhecer a importância de zelar por todo o planeta.
Talvez os ETs já tenham passado por experiências em outros mundos, onde apressaram o contato, e hoje saibam que esse processo deve se dar lentamente.
Como os governos poderiam atuar na divulgação de um possível contato? O único fato que temos como referência a isso foi o incidente causado por Orson Welles, na noite de 30 de outubro de 1938, quando ele colocou no ar uma simulação de uma invasão marciana no mundo, dizendo que nós estávamos sendo atacados e destruídos, fazendo com que as pessoas, desesperadas, acreditassem realmente em um ataque alienígena. É claro que qualquer um entraria em pânico dessa maneira. Se algum governo anunciar que isso é uma nova realidade, não acho que haverá pânico. Penso que se os governos se manifestassem dizendo “eles aterrissaram e querem manter contato pacífico conosco”, evidentemente que as pessoas ficariam um pouco impressionadas, talvez até felizes. Penso que isso forçaria as pessoas a se comportarem de uma maneira diferente.
Como você imagina que um contato oficial repercutiria na vida das pessoas? Não creio que as pessoas estejam preparadas para as repercussões disso. Há povos, como, por exemplo, na Rússia, que aceitam abertamente o Fenômeno UFO como real. Existem muitos lugares em que já existe um consenso entre a maioria dos habitantes, aceitando-o como um fato. Creio que além do impacto que teria sobre economia, o fenômeno também forçaria o ser humano a amadurecer e a se comportar como um cidadão cósmico adulto, porque até agora nos comportamos como adolescentes cósmicos.
Como seria o mundo atual se os governos tivessem divulgado o que aconteceu em Roswell? Provavelmente seria um mundo muito melhor. Não teríamos cometido tantos erros. Possivelmente não teríamos problemas de explosão demográfica, não teríamos destruído tantas espécies e muitos de nossos recursos naturais. Nós teríamos conhecido espécies de seres não terrestres e isso faria com que respeitássemos mais a grande diversidade de criaturas aqui na Terra. Eu acredito que viveríamos em um mundo bem diferente. Perdemos uma grande oportunidade, porém nem tudo está perdido. Creio que esse é o nosso trabalho e a nossa missão como ufólogos: demonstrar à humanidade que existem seres superiores, não porque tenham mais poderes, mas porque conseguiram evoluir, sobreviver e encontrar a harmonia e a sustentabilidade. Temos que achar soluções para nosso futuro.
Os governos estão preparados para divulgar essa realidade? Os governos têm que se convencer de que essa nova realidade deve ser compartilhada com todos os seres terrestres. Isso vai ser muito bom para nós em poucos anos. A aquisição de tecnologia extraterrestre será acompanhada por eles para que não a usemos da maneira errada. A nova tecnologia para controlar o tempo, por exemplo, pode ser perigosa, mas na realidade vai mudar a maneira como pensamos. Ninguém sabe o que poderá acontecer, mas acho que temos uma boa chance de fazer a coisa certa assim que tivermos acesso a essa tecnologia extraplanetária.
Em que o contato aberto poderia nos beneficiar? O interesse dos seres humanos terrestres será de encontrar respostas para um dos maiores problemas que temos, o aquecimento global, pedindo ajuda para o controle do clima — vamos passar a dar mais atenção àqueles que não têm absolutamente nada. O contato deverá ser usado para melhorarmos. Eu não sei até que ponto nós mudaríamos do capitalismo para outro sistema, mas, eventualmente, penso que isso ocorreria. Acho também que o nacionalismo seria afetado, pois a part
ir daí nós desejaríamos ser um único mundo global, sem fronteiras. Acredito que em um primeiro momento nós vamos ser beneficiados de muitas maneiras. Em outras, seremos afetados com mudanças que, em médio prazo, também serão benéficas.