A busca por formas de vida extraterrestre inteligente começou em 1960 com um projeto chamado Ozma, levado a cabo por alguns astrônomos do Observatório de Green Park, no estado norte-americano de Virgínia. Entre os cientistas estava o jovem Frank Drake, autor da conhecida equação que pretende calcular o número de civilizações extraterrestres existentes na galáxia. O Projeto Ozma posteriormente deu forma ao Instituto SETI que conhecemos hoje, com sede na Califórnia. O objetivo principal do órgão é “ouvir” em uma determinada faixa de onda, em busca de sinais de comunicação inteligentes, como fazia seu antecessor. Ao longo dos anos, nomes de peso, como Carl Sagan, passaram pelo instituto, além do próprio Drake, que ainda continua suas pesquisas, hoje como diretor do Centro Carl Sagan, pertencente ao órgão. Hoje o atual chefe do SETI, Gerry Harp, almeja implementar algumas modificações no projeto, ampliando as formas de busca por sinais.
Este artigo pretende fazer uma avaliação crítica dos resultados práticos e do conhecimento científico que o SETI trouxe para a humanidade em seus mais de 50 anos de atividade. Hoje, como sabemos, a principal atividade do Instituto está concentrada no Projeto Phoenix, cuja finalidade é a captação e consequente análise das ondas de rádio vindas do espaço — a faixa de ondas usada pelos astrônomos nesta busca está compreendida entre 1.000 e 3.000 MHz, uma vez que a detecção de qualquer sinal dentro desse intervalo, cujo espectro possua uma largura inferior a 300 Hz, mostraria alta probabilidade de ter origem inteligente. Esta é a esperança dos membros do órgão.
Ondas de rádio são pouco absorvidas pelos gases e poeiras existentes no espaço, o que facilita a sua captação, tornando possível determinar sua origem. Acredita-se que se uma civilização inteligente enviasse um sinal de rádio para o espaço com a pretensão de que sua emissão fosse detectada por outra, ela usaria a frequência dos 1.420 Hz. Isso porque esta é a frequência do hidrogênio interestelar e ajudaria não só na captação dos sinais como também em sua interpretação por parte de alguma espécie inteligente que estivesse “ouvindo” o universo com o propósito de encontrar semelhantes. Isso partindo-se do pressuposto de que a civilização receptora tenha o conhecimento e os meios necessários para diferenciar a largura do espectro das ondas eletromagnéticas naturais das artificiais.
Parâmetros humanos na busca
Obviamente, estes pressupostos estão embasados no conhecimento, no modo de agir e de raciocinar da raça humana, nosso único parâmetro — e nada nos garante que seres de outras avançadas civilizações existentes no universo pensem de modo igual. No entanto, como em tudo mais, é necessário começar de alguma maneira, e assim pensam os membros do SETI, que há cinco décadas esperam estar certos. Desta forma, criamos e seguimos determinadas regras de comunicação galáctica que, espera-se, possam ser compreendidas por inteligências existentes no cosmos.
É importante dizer também que, por mais otimistas que sejam estes cientistas, eles não têm a mínima ideia de como de fato serão essas civilizações que pretendem ouvir e nem de como interpretarão nossas mensagens — isso caso consigam recebê-las e entendê-las, o que também é uma grande dúvida. Se aqui em nosso próprio planeta, devido a uma grande variedade de fatores culturais, étnicos e técnicos, já enfrentamos problemas de comunicação e enorme dificuldade de entendimento e compreensão entre os homens, o que dizer do contato com inteligências não terrestres? Seja como for, para levar a cabo as suas buscas, o SETI utiliza uma grande quantidade de radiotelescópios, entre eles o de Arecibo, localizado em Porto Rico, que é o maior do mundo e está sob a jurisdição da entidade, além do Allen Telescope Array [Conjunto de Telescópio Allen, ATA], um grupo de 42 antenas que compõem um único radiotelescópio, projetado com a finalidade específica de procurar e detectar sinais artificiais de rádio oriundos do espaço.
Engenhosa rede de trabalho
Para manter-se em funcionamento, o SETI tem lutado ao longo dos anos por verbas públicas e privadas, geralmente com sucesso. Dados oficiais dizem que a Agência Espacial Norte-Americana (NASA) e a União Astronômica Internacional (IAU) disponibilizam mais de US$ 5 milhões anualmente para a manutenção do Instituto, e sabe-se que por meio de instituições privadas ele deve contabilizar outro tanto, ou mais, também anualmente. Ou seja, sua receita seria de US$ 10 milhões por ano, ao passo que seus custos, segundo o próprio órgão, ultrapassariam US$ 1 milhão ao mês.
Além dessas doações financeiras, muito sabiamente e já há duas décadas e meia, o Instituto SETI organizou um programa denominado SETI at Home [SETI em Casa], em que voluntários disponibilizam as horas vagas de processamento de seus computadores pessoais com a finalidade de serem utilizados na interpretação de sinais de rádio extraterrestres captados pelos radiotelescópios, formando uma rede de computação distribuída em todo o mundo. O funcionamento é simples: o órgão envia informações via internet a milhares de computadores de usuários integrantes do SETI at Home, que as recebem e as analisam quando tais equipamentos não estão em uso, valendo-se do tempo ocioso de processamento das máquinas. Os resultados são automaticamente enviados ao Instituto e somados aos que seus próprios computadores determinaram.
Essa ideia é um tremendo êxito: mais de 1,5 milhão de computadores pessoais são disponibilizados gratuitamente pelos voluntários e já permitiram que o Instituto criasse uma rede de informática de nível global, cujo processamento de informações é cinco vezes superior à capacidade analítica antes existente no planeta — a iniciativa tornou o SETI a maior unidade de processamento de dados da humanidade, cujos informantes estão espalhados por todos os cantos do globo. Nada com esta dimensão havia sido conseguido até então e é indiscutível a elevada capacidade organizacional e de captação de adeptos do sistema. Talvez seja esse programa que contribua com maior força para que o órgão permaneça vivo nos dias atuais, após seus inúmeros problemas em anos recentes.
Mas, apesar disso tudo, quais foram os resultados práticos que todos esses meios disponibilizados produziram at
é hoje? No total, em mais de 50 anos de atividades, foram detectados apenas 37 sinais de origem desconhecida, incluindo o famoso “Sinal WOW”, de 1977, que chamou mais atenção — os demais foram rapidamente identificados como ruídos astronômicos ou sinais da própria Terra, ou seja, nada extraterrestre. Assim, ao contrário da noção que predomina sobre o Instituto, os resultados de seu longo trabalho são praticamente nulos e sua objetividade científica é inexistente. E mediante a triste realidade deste cenário, cabe levantarmos a seguinte questão: tanto tempo e dinheiro ainda serão consumidos para não se obter resposta alguma e nem sequer algo passível de levantar qualquer polêmica valha à pena?
Bilhões de dólares
Recentemente, o Instituto SETI passou por mais uma crise financeira, devido a reduções nos recursos oficiais recebidos, mas uma ou mais injeções de fundos milionários, feitas por entidades privadas, lhe permitiram continuar operando. Apesar disso, e em uma tentativa de captar ainda mais recursos para suas atividades, Dan Werthimer, cofundador e cientista chefe do órgão, afirmou perante o Congresso Norte-Americano que “a possibilidade de descoberta de vida extraterrestre microbiana é perto de 100%”. Mas tal fato não é conhecido e divulgado há anos? Invocá-lo não parece ser a melhor maneira de incentivar novos subsídios e doações. Por outro lado, o consagrado cientista Seth Shostak, astrônomo sênior do Instituto, compareceu diante de entidades oficiais, como o Comité de Ciências dos Estados Unidos, com poder para desbloquear mais fundos para o Instituto, argumentando que “a viabilidade de o SETI encontrar vida extraterrestre nas próximas duas décadas depende da disponibilidade financeira que possua”.
Essa argumentação, se verdadeira, não se encaixa dentro do que poderíamos considerar como razoavelmente aceitável. Para que tal argumento se torne realidade, não é necessário nenhum SETI e nem ele precisa de mais capital — a NASA já faz a busca de vida extraterrestre há décadas com mais eficiência e resultados. Assim, pelo discurso desses dirigentes do órgão, é notório que ele nada tem a oferecer em troca da polpuda entrada de fundos, e talvez essa situação seja o principal motivo dos cortes orçamentários e do declínio do volume de doações com que o SETI se vê ciclicamente confrontado. Com resultados nulos, a confiança dos investidores cai.
Quanto à fraca argumentação que Shostak apresentou, até o próprio Vaticano, por meio dos seus padres-cientistas e astrônomos, já havia proferido a mesma afirmação, para não mencionarmos inúmeros cientistas que comungam da mesma certeza. E nenhum deles tomou como base para as suas afirmações, ou sequer citou nas suas apresentações, as buscas por vida extraterrestre inteligente por meio de ondas de rádio, como as efetuadas pelo SETI. Aliás, Shostak é o membro do Instituto que mais tem lutado à procura de financiamentos que permitam mantê-lo em atividade. No calor da defesa pela continuação do projeto, ele chegou ao extremo de dizer que “o SETI, apesar de não ter garantias de sucesso, motiva as pessoas a doarem seu dinheiro por interesse na questão da vida extraterrestre”. Resta saber até quando isso acontecerá.
Difícil de ler
Hoje, para muitos, procurar civilizações extraterrestres por meio de ondas de rádio tornou-se um método obsoleto. No início dos anos 60, quando o SETI foi iniciado, talvez esse tenha sido o processo mais fácil e disponível que se encontrou para tal pesquisa, mas atualmente, com a evolução da astronomia e da tecnologia, outros meios mais sofisticados devem existir para que essas buscas sejam realizadas. Então, por que continuar insistindo em um método que, em mais de 50 anos de utilização, não produziu qualquer resultado? Todos nós sabemos que, se enviarmos uma mensagem de rádio para alguém aqui na Terra, se o receptor não estiver sintonizado na mesma frequência, tal mensagem nunca será recebida. Confrontados com questões simples como essa, observadas no nosso próprio planeta em relação às comunicações via rádio, o que dizer então das dificuldades em detectar aquelas vindas do cosmos?
Não há um único dado científico, ou não científico, que dê suporte à incompreensível insistência dos membros do SETI na captação de sinais oriundos de civilizações extraterrestres via ondas de rádio — a perpetuação desse método, ao que tudo indica, só continuará a consumir altas verbas e grandes períodos de tempo que, por certo, seriam mais bem empregados em procedimentos que seguissem por outras direções. Além do que, caso consigamos detectar alguma transmissão extraterrestre por ondas de radio, não sabemos quanto tempo ela terá demorado para atingir a Terra, não teremos ideia de quão antiga é, talvez de milhões de anos. E como também não sabemos qual é a duração da vida de uma civilização, o SETI pode muito bem receber, se receber, o sinal de uma que já tenha se extinguido. Desta forma, caso o interesse seja apenas o de se saber se existem outras espécies inteligentes no universo, a curiosidade terá então sido satisfeita.
Se aqui em nosso próprio planeta, devido a uma grande variedade de fatores culturais, étnicos e técnicos, já enfrentamos problemas de comunicação e compreensão entre os homens, o que dizer do contato com inteligências não terrestres?
É preciso pensar, também, que a mensagem eventualmente recebida possa estar em um idioma ou formato que os nossos melhores técnicos linguísticos sejam incapazes de decifrar. Se isso ocorrer após tanto investimento em cinco décadas, o que estaríamos lucrando? Assim, pergunta-se: será que é só para obtermos uma detecção de um hipotético sinal de inteligências extraterrestres que a procura por ele tem sido mantida ao longo destas décadas? Não, certamente não é. E se decidirmos responder ao sinal captado, em que idioma ou formato será a nossa resposta? O que será dito nela? Quem serão os seus autores? Será ela compreendida, se recebida? E neste caso, quantos anos depois de enviada seria recebida?
Difícil de responder
Se as indagações se somam, temos ainda que considerar que, se por um lado é possível saber de onde o sinal captado se originou — apesar de não ser tarefa fácil —, por outro enviar uma resposta é algo infinitamente mais complicado. As dimensões cósmicas são monstruosas e a mensagem precisa atingir o alvo com precisão. Mas como poderemos saber que ela chegou ao seu destino, se foi decifrada e devidamente entendida po
r essa civilização desconhecida? Porém, supondo-se que tudo corra bem e que a nossa resposta seja enviada, também não saberemos quando ela será detectada, se for. Quantos anos, séculos ou milênios teremos que esperar por um novo contato? E o mais grave de tudo: não sabemos quanto tempo o Instituto SETI e também a nossa própria civilização ainda existirão, ou seja, se estaremos por aqui para receber uma resposta à nossa resposta.
Existem fontes científicas que defendem novas tecnologias para a procura de civilizações extraterrestres inteligentes, como a “banda” laser e de neutrinos, dado que o seu estado evolutivo — que se acredita ser superior ao nosso —, já não as permitirá utilizar as ondas de rádio como meio de comunicação. Novamente aqui partimos de nossos conhecimentos e avanços científicos e imaginamos que os alienígenas atuem como nós atuamos, pensem como nós pensamos. Mas é bem possível que eles nem sequer façam uso desses métodos, embora, como já foi dito, se temos que começar de algum jeito, que seja um que conhecemos. Porém, se o uso de ondas de rádio até hoje não produziu nenhum resultado, por que não ensaiar outros métodos, ainda que não saibamos se vingarão?
Segredos militares
Mesmo que o financiamento oficial do Instituto SETI viesse somente do Congresso Norte-Americano e dissesse respeito apenas ao povo daquele país, nada nos impede de querer saber qual é o motivo de uma nação com o avanço tecnológico e científico que têm os Estados Unidos manter um programa como o Phoenix recebendo fundos para perpetuar a busca por civilizações extraterrestres inteligentes via ondas de rádio. Talvez a ação da NASA, por meio de verbas liberadas para o funcionamento do radiotelescópio de Arecibo, e sobretudo a da Força Aérea Norte-Americana (USAF), em razão da doação de fundos que têm permitido ao radiotelescópio ATA manter-se ativo, sejam indicativos de que o uso dessas ondas de rádio sirvam para outros propósitos. Nesse caso, como sabemos que as pesquisas dessas duas entidades oficiais são quase sempre de caráter sigiloso e com fins militares, a existência do SETI como órgão independente de informação científica e merecedor de doações privadas, milionárias ou não, deixa de fazer sentido.
Não é novidade para ninguém o fato de que, quando são os militares e seus parceiros que pagam a conta, exigem como contrapartida fidelidade absoluta e silêncio total sobre o resultado das pesquisas que encomendam. Sendo assim, se algum sinal extraterrestre for captado durante uma pesquisa que está consumindo fundos oficiais, qual será a postura do SETI? A resposta parece óbvia. Provavelmente, os bilhões de dólares que já foram gastos desde o início do Phoenix teriam produzido outros resultados e, quem sabe até, ter proporcionado uma resposta conclusiva, caso tivessem sido repassados a outras instituições e a entidades privadas que usam métodos e critérios diferentes — aliás, algumas delas, com recursos próprios, já produziram muito mais em uma única pesquisa do que o SETI durante mais de 50 anos de existência. Nesse contexto, e para a sociedade, o SETI não tem passado de uma entidade verdadeiramente inócua.
Mas se o Instituto nada produziu de útil, ele colaborou com outros cientistas e com determinados órgãos do poder em um erro colossal, algo que pode vir a se tornar um perigo para a humanidade: o envio, em 1974, por meio do citado radiotelescópio de Arecibo, de uma mensagem para o espaço na qual a raça humana é completamente desnudada. Nela, informações sobre o Sistema Solar, a localização do nosso planeta, a estrutura do nosso DNA e a morfologia humana, entre muitas outras, foram despachadas para as profundezas do espaço sideral, em direção ao Grande Aglomerado Globular de Hércules, ou Messier 13, a 25 mil anos-luz de distância e com idade estimada em 13 bilhões de anos. Como pode um grupo de cientistas enviarem uma mensagem para o desconhecido meio interestelar, com destino incerto, na qual são transmitidas informações vitais sobre toda a humanidade, sem primeiro terem consultado a opinião dos povos que habitam o planeta?
Civilização atrasada
Aliás, para um evento com tal significado, ouvir a opinião da população nem sequer se trataria de um ato de bom senso, mas de uma obrigação — ninguém deu a estes cientistas autorização para tomarem uma atitude desse teor e que pode afetar todos nós. E se essa mensagem, e talvez outras que não são do conhecimento público, for captada por alguma civilização extraterrestre colonizadora, de índole má ou guerreira, que possua meios de chegar até nós com intenções nada amigáveis? Ora, argumentar que o envio de tal mensagem não representa perigo maior do que as emissões das ondas de rádio, TV e radares que produzimos há seis décadas e que viajam através do espaço, fato que lhes dá a possibilidade de também serem captadas por alguma civilização extraterrestre inteligente, é maldosa e viciada, a ponto de só fazer os cientistas admitirem sua própria culpa.
As ondas eletromagnéticas produzidas pelos artefatos mencionados não foram criadas com o propósito de serem escutadas no espaço, nem os seus efeitos colaterais suscitaram estudos antes da sua produção — elas são frutos da nossa evolução. Já as mensagens enviadas pelos cientistas por intermédio dos radiotelescópios que controlam foram cuidadosamente estudadas e elaboradas com a finalidade de dizerem ao infinito onde estamos e quem somos, incluindo nossas fragilidades. Além disso, o envio para o vácuo de equações matemáticas, números binários, fórmulas químicas etc, parece algo infantil, pois se alguma civilização inteligente as captar, será capaz de nos considerar de imediato como aquilo que na realidade somos, uma civilização atrasada.
Procurando na Terra
Outro ponto curioso de todas essas considerações e colocações está no fato de que os cientistas do Instituto SETI e os detentores do poder demonstram acreditar em vida extraterrestre inteligente, a ponto de buscarem seus sinais de rádio, mas não aceitam a existência dos discos voadores — a ciência reluta em admitir que naves espaciais de origem desconhecida estejam visitando nosso planeta mesmo quando sua presen&cced
il;a já é uma realidade para milhões de seres humanos. Talvez por não terem respostas capazes de explicar o que são essas naves e de onde vêm para dar à sociedade planetária, ou talvez por não terem sido convidados para compartilhar alguma operação de engenharia reversa ou dissecação de um cadáver alienígena. Essa atitude faz lembrar avestruzes, que enfiam a cabeça em um buraco por terem medo de enxergar o que se passa à sua volta.
O SETI pode apresentar a prova da existência de civilizações extraterrestres, mas não faz sentido dar continuidade à procura no espaço sideral enquanto ela tem toda a probabilidade de estar presente bem aqui em nossos próprios quintais
Podemos imaginar também que talvez os cientistas estejam seguindo o mesmo caminho de Carl Sagan e, como ele, não pretendam divulgar seus conhecimentos sobre o assunto para não perderem seus empregos ou posições sociais e políticas em seu governo. O impressionante é que, ao manterem esta atitude de negação, não percebem que estão chamando de mentirosos e passando um atestado de loucura para autoridades diversas, presidentes da república, ministros de defesa, generais, astronautas, pilotos, papas e também para milhões de pessoas comuns que já testemunharam naves alienígenas no espaço ou na Terra.
Mudança de postura
Como se fosse pouco, os cientistas ainda pretendem nos fazer crer que as agências de inteligência de vários países, que há décadas estudam e investigam o Fenômeno UFO e que desde o início deste século vêm lentamente dando a conhecer ao mundo a existência desses artefatos voadores, sejam compostas por um bando de incompetentes e lunáticos — sem falar que precisam apagar da história da humanidade os milhares de testemunhos existentes, iniciados há milênios, por nossos pré-históricos irmãos das cavernas. Sim, porque negar a existência de discos voadores e de seus tripulantes alienígenas é negar parte da história da humanidade.
Existem pesquisadores privados, associações ufológicas e inúmeros cientistas de diversas áreas, todos de idoneidade reconhecida, que certamente se disporiam a colaborar em uma pesquisa da presença alienígena na Terra devidamente organizada e orientada em escala global. Mas, para tal, a iniciativa, os contatos e os convites teriam que ser efetuados por uma entidade oficial que disponha dos meios necessários para fazer a engrenagem funcionar.
O SETI tem todas as possibilidades de apresentar a prova da existência de civilizações extraterrestres. Para isso, basta que faça uso dos vastos recursos técnicos que possui e monte um sistema de detecção de UFOs virado para o nosso próprio meio ambiente, onde eles se manifestam em abundância, e não para a inatingível imensidão cósmica — e captando as naves, o Instituto certamente também irá conhecer seus tripulantes. O que não faz sentido é dar continuidade à procura de vida inteligente no longínquo espaço sideral, enquanto ela tem toda a probabilidade de estar presente bem aqui em nossos quintais.