O avistamento de objetos voadores não identificados nos céus de nosso planeta é mais frequente do que a maioria das pessoas imagina. É verdade que boa parte desses fatos é causada por observações equivocadas de aviões, helicópteros, satélites e, mais recentemente, até drones, que, pelo ângulo de visão da testemunha, parecem ser fatos extraordinários. Outra parte dos avistamentos é originada da observação despreparada de planetas, estrelas, meteoritos e meteoritos, que também são erroneamente interpretados como artefatos extraterrestres. Porém, uma pequena, mas importante, parcela dos artefatos avistados é de verdadeiras naves alienígenas, tripuladas por inteligências não humanas procedentes, segundo os ufólogos, de outros lugares do universo e talvez até de outras dimensões. Esses são os casos que importam à Ufologia.
Supõe-se que esses seres venham à Terra curiosos quanto à biodiversidade de nosso planeta e também quanto a nós, os humanos que o habitamos, e por isso fazem verdadeira vigilância de nossos recursos naturais e monitoramento de nossos atos. Em alguns casos — segundo relatos feitos por pessoas das mais diferentes classes sociais, nacionalidades e credos ao redor o mundo — os visitantes são gentis e convidam seus interlocutores terrestres para conhecerem suas incríveis naves. Em outros, arrastam à força nossos conterrâneos para submeterem-nos a experimentos dos mais variados tipos a bordo de seus veículos, que vão desde a realização de exames médicos até a retirada de material genético — em casos extremos, implantam fetos híbridos nas mulheres abduzidas, que depois são retirados e levados para grandes naves, onde continuam o processo de gestação in vitro.
Com base nessa rica diversidade de experiências e testemunhos, e também para proporcionar o compartilhamento de experiências e informações sobre este delicado e algumas vezes difícil assunto, nasceu a série de eventos Fórum Mundial de Contatados, uma criação da Revista UFO cuja segunda edição foi realizada no Hotel Pestana, em Curitiba, entre 16 e 18 de maio passado. O corpo de palestrantes, cuidadosamente escolhidos pela organização, contou ao mesmo tempo com contatados, abduzidos, testemunhas e pesquisadores destes temas, alguns brasileiros e outros de países como Chile, Estados Unidos, Venezuela, Peru e Canadá. Os três primeiros grupos narraram suas fantásticas experiências ao público e os pesquisadores explicaram diversos aspectos dos contatos e das abduções.
O evento, que é sucesso de público desde sua primeira edição, contou desta vez com mais de 500 participantes vindos das mais variadas regiões do Brasil, e mais uma vez alcançou a capacidade máxima prevista — as inscrições tiveram que ser encerradas com quase duas semanas de antecedência. Também estavam presentes inúmeros veículos de imprensa e mídias de diversos tipos, mostrando que o Fórum firmou-se como mais uma iniciativa vitoriosa desta publicação, cujo princípio é, como sempre foi, informar as pessoas sobre os diversos aspectos que envolvem o universo da Ufologia.
A relevância do Fórum Mundial de Contatados foi muito bem explicada pelo editor da UFO e organizador do evento, A. J. Gevaerd, logo em sua abertura, na noite de 16 de maio: “Há uma infinidade de pessoas em todo o mundo que tiveram contato direto com extraterrestres, às vezes de maneira pacífica, mas muitas vezes de forma traumática. É importante que essas pessoas tenham a oportunidade de falar sobre suas experiências e também se informar sobre o Fenômeno UFO. Assim, a importância deste evento é máxima, pois podemos mostrar à sociedade que os avistamentos de discos voadores e contatos com seus tripulantes são coisas sérias e assim devem ser encaradas”.
Sobre a presença dos extraterrestres em nosso planeta, é unânime entre ufólogos de todas as matizes que estamos sendo visitados por inúmeras civilizações — o universo estaria cheio de vida nos mais diferentes estágios de evolução e algumas civilizações há muito tempo estariam saindo de seus planetas para irem a outros mundos, ver o que há neles. “Assim como nós exploramos a Lua há décadas e estamos estudando Marte, os asteroides, o Sistema Solar, enfim, esses seres estão fazendo a mesma coisa, só que eles têm tecnologia superior à nossa e já conseguem sair de seus mundos e irem a outros”, disse Gevaerd em seu discurso de abertura. “Mas ainda não conseguimos explorar nem 10% do Sistema Solar, nem colocar uma tripulação em Marte porque nossas limitações tecnológicas são grandes”, completou.
“De distintos planetas”
Quando o assunto é a diversidade de descrições de naves e seres extraterrestres, o consenso é de que, assim como suas origens são múltiplas, também o são suas formas de até virem aqui. “Esses povos seriam procedentes de distintos planetas, onde as condições de vida diferem muito entre si, assim como a maneira como empregam a tecnologia que possuem. Eles estão explorando o universo em busca de outras formas de vida, mas só podemos especular quanto às suas intenções quando interagem com os mundos que visitam”, disse também o coeditor da Revista UFO Marco Antonio Petit, que fez a primeira conferência no evento. Para ele, nossos visitantes encontram uma espécie bem peculiar aqui na Terra. “Não somos um povo comum, mas uma raça esquisita. Somos sete bilhões de seres humanos, dos quais dois bilhões passando fome e um bilhão em guerra. Temos mazelas impensáveis para uma civilização que se supõe avançada”, disse.
Somos mesmo uma espécie esquisita, cheia de contradições e conflitos. E temos a mania de negar aquilo que não entendemos ou nos é incômodo. Há décadas existem múltiplas evidências da presença de seres de outros mundos operando em nosso planeta e dados concretos das mais diversas experiências que fazem com a população da Terra, mas, mesmo assim, nossa ciência se nega a pesquisar os relatos e refuta as evidências apresentadas sobre o assunto — evidências essas que foram mostradas de forma contundente em Curitiba. Neste texto apresentamos um pouco delas e de suas incontáveis formas.
A prática científica
A abertura do Fórum Mundial de Contatados, realizada na noite da sexta-feira, 16 de maio, foi comandada por Gevaerd e contou com a apresentação solene à plateia dos 14 pesquisadores, contatados, abduzidos e testemun
has convidados. Compuseram a mesa de trabalho os pesquisadores Jaime Lauda, Inajar Antonio Kurowski, Wallacy Albino, Marco Antonio Petit, Francisco Pires de Campos e Wilson Picler, todos integrantes da Equipe UFO, e ainda Daniela Elisa Fontoura Gevaerd, gerente da publicação e do evento. Os integrantes da mesa deram as boas-vindas a todos e expuseram, em rápidas palavras, o que se pretendia com o evento que ali se iniciava.
Após a apresentação de cada componente da mesa, o empresário do setor educacional e ex-deputado federal Wilson Picler fez uma rápida conferência na qual dissertou sobre a necessidade da prática científica na Ufologia. Picler expôs caminhos e possibilidades para se integrar a ciência aos estudos ufológicos, aventando também a possibilidade de nós mesmos sermos objeto de algum tipo de estudo sociológico e histórico por parte das civilizações que nos visitam. “Não podemos ignorar que os ufólogos também sejam observados por aqueles de quem tanto falam, nossos visitantes. É certo que um evento como este, dedicado a tratar de suas ações na Terra, não deve lhes passar despercebido”, disse.
Há muita informação recolhida e literatura produzida por pesquisadores ao longo das décadas que indicam que a postura dos extraterrestres em relação a nós sempre se dá de maneira científica, seja para estudar nossos modos e costumes, seja para nos transformar em elementos de suas experiências genéticas — mesmo a prática das abduções, que envolvem exames e o implante de chips nos abduzidos, não difere em nada daquilo que fazem os biólogos terrestres em suas incursões nas florestas e mares, coletando espécies, examinando-as e depois instalando nelas dispositivos eletrônicos de monitoramento, com vistas ao seu estudo e preservação.
Ufologia holística
A segunda palestra da noite de abertura foi a de Petit, com o título Conexão UFO: As Experiências Pessoais de um Ufólogo. O veterano brasileiro, membro da Diretoria da Revista UFO desde sua fundação e profundo conhecedor das abduções alienígenas, relatou várias interações pessoais que teve com o Fenômeno UFO e que o levaram a avaliar a natureza das inteligências alienígenas que estão por trás dele. O conteúdo da exposição fugiu totalmente da linha adotada nas muitas outras palestras já feitas pelo conferencista em grandes eventos de Ufologia.
Famoso por sua abordagem criteriosamente científica do assunto, desta vez Petit contou como acabou enveredando por caminhos mais espiritualistas da questão ufológica, pontuando e justificando sua escolha por meio de experiências pessoais, principalmente quando de suas pesquisas na Serra da Beleza, no oeste do Rio de Janeiro, nos anos 70 e 80, onde teve avistamentos que o ajudaram a pensar a Ufologia de forma mais holística. É sempre interessante notar como, com mais frequência dos que poderíamos imaginar, pesquisadores que são completamente voltados para a linha científica da Ufologia se deparam, sem que tenham procurado por eles, com fenômenos que extrapolam a compreensão científica dos fatos.
Petit foi o único conferencista do Fórum que fez duas apresentações, sendo que em sua segunda, já na manhã de sábado, 17 de maio, intitulada Refletindo sobre o Objetivo das Abduções Alienígenas, o pesquisador convidou os presentes a refletirem sobre os objetivos das abduções alienígenas. Para isso, foi bem específico ao dizer que os fatos científicos, sozinhos, não conseguem explicar o assunto de forma completa, sendo necessário que se tenha também uma abordagem espiritualista da ação alienígena na Terra e que se leve em consideração o que nossos visitantes têm a nos dizer, com base nos relatos das testemunhas do fenômeno.
Abordagem mais aberta
O ufólogo carioca citou alguns episódios ufológicos que indicam a necessidade desse tipo de abordagem mais aberta, como o Caso Karran [Veja UFO Especial 076, agora disponível na íntegra em ufo.com.br], ocorrido com Hermínio e Bianca Reis, esta última palestrante do I Fórum Mundial de Contatados, realizado em junho de 2013, em Florianópolis. Enveredando pela antiguidade da presença na Terra de outras civilizações, mostrou também evidências geológicas de pegadas de ETs em terrenos de diversas partes do mundo, que teriam datação de milhares de anos e indicariam que desde o passado remotíssimo da Terra já éramos espreitados por eles.
Há uma infinidade de pessoas em todo o mundo que tiveram contato direto com ETs, às vezes de maneira pacífica, mas muitas vezes de forma traumática. É importante que essas pessoas tenham a oportunidade de falar sobre suas experiências e também se informar
Com esse pressuposto, o conferencista apresentou um apanhado do padrão das abduções realizado pelos grays [Cinzas], o tipo de extraterrestre mais conhecido na fenomenologia ufológica. Petit também pontuou algumas características marcantes que se repetem nos casos de sequestros, como a questão do núcleo familiar — há muitos casos nos quais são encontrados relatos de abdução por parte de vários membros de uma mesma família, às vezes até simultaneamente, que ocorrem desde a infância das vítimas. Esses incidentes podem se estender por gerações, em uma espécie de acompanhamento cujas razões só podemos especular.
O coeditor da Revista UFO citou ainda casos onde há experimentos genéticos com os abduzidos e, não raramente, são gerados bebês resultantes da mistura genética entre humanos e alienígenas, os chamados híbridos. Em muitos episódios, pais e mães humanos são apresentados às crianças originadas desses cruzamentos em sucessivas abduções, o que causa traumas adicionais em muitas pessoas, como é o caso de Debbie Jordan, também conferencista do Fórum, como veremos a seguir. Petit também falou sobre a inserção de implantes nos corpos das vítimas, que são geralmente de diminuto tamanho. O pesquisador finalizou sua apresentação dizendo que a interação entre os abduzidos e os abdutores também se daria em nível espiritual, podendo ocorrer durante diversas encarnações de um mesmo indivíduo, que teria autorizado a prática em vidas passadas.
Ufologia e a psiquiatria
Uma palestra que também chamou muita atenção foi Abduções Alienígenas: Um Fenômeno que Desafia a Ciência, os Psicólogos e os Psiquiatras, ministrada pelo médico chileno pós-graduado em psiquiatria Mário Dussuel Jurado, que é referência em seu país no estudo das abduções e casos de contatismo, tendo entrevistado e hipnotizado dezenas de pessoas que viveram essas situações. Dussuel
foi consultor do Comitê de Estudos de Fenômenos Aéreos Anômalos (CEFAA), organismo oficial de pesquisa ufológica do Chile, e acredita que as abduções representem um programa muito complexo de envolvimento de outras civilizações com a espécie humana, algo que romperá barreiras e levará a humanidade a novos níveis
de consciência.
Na opinião de Dussuel, o contatismo é um grande desafio para a psiquiatria e para a psicologia. Em sua apresentação, o pesquisador explicou que a intenção de sua palestra era levantar a questão epistemológica, ou seja, descobrir como se busca a verdade na área. “Se alguém quiser investigar uma formiga, será difícil para ela ajudar o investigador na tarefa e provavelmente acabará nem percebendo sua pesquisa. Mas, se alguém investigar seres que estão em um nível superior de consciência, é possível que eles descubram seu esforço e possam ajudá-lo de várias formas, de maneira que possam contribuir com sua
pesquisa e torná-la mais rica”.
Em seguida, o conferencista expôs alguns acontecimentos que nos ajudariam a entender o contatismo através da lente da psicologia e psiquiatria, como o Caso Valdéz (1977), o Caso Claudio Pasten (1997) e o Caso Alejandro Hernández (1978), todos ocorridos no Chile. Dussuel também citou experiências pessoais, mostrando registros fotográficos dos polêmicos rods captados involuntariamente por ele com câmeras fotográficas modernas, que alguns acreditam serem manifestações desconhecidas de algum tipo de inteligência. O conferencista concluiu sua apresentação alertando que “é urgente a busca de ferramentas de pesquisa para se conseguir uma melhor compreensão desse fenômeno e os processos mentais em estados alterados de consciência podem ser elementos importantes para nos dar informação para complementarmos este trabalho”, disse, reconhecendo, entretanto, que podem existir alterações patológicas comuns que podem ser confundidas com casos reais de abdução.
Abduções traumáticas
A terapeuta norte-americana Yvonne Smith é uma das mais renomadas pesquisadoras de abduções do mundo e referência no assunto, com várias obras publicadas e presença constante em documentários e programas de TV sobre o tema — hipnóloga experiente, a pesquisadora já tratou de centenas de abduzidos e conduz grupos de apoio para quem passou por tais experiências. Especializada em casos de estresse pós-traumático causados por abduções, a estudiosa desenvolveu técnicas para aliviar as tensões após esses encontros com ETs. Ela focou sua palestra Anatomia das Abduções Alienígenas: Estudo de Casos nos Estados Unidos, na análise de episódios feita pela Organização de Pesquisa de Contatos Imediatos (Close Encounters Research Organization, CERO), entidade da qual é presidente. A pesquisadora já esteve no Brasil antes, em Brasília, para o I Fórum Mundial de Ufologia, também realizado pela Revista UFO em 1997, ocasião em que igualmente expôs os casos que estudava.
O padrão clássico das abduções — quando a pessoa é levada à força para uma nave e examinada por instrumentos tecnologicamente avançados, enquanto é observada de perto pelos penetrantes olhos dos abdutores — também se repete em abundância nas pesquisas de Yvonne. Curiosamente, muitos dos detalhes dos casos que estuda têm semelhanças assombrosas com os examinados pelo pesquisador Petit, principalmente no que se refere às experiências genéticas que resultam na gestação de bebês híbridos e na colocação de implantes nas vítimas.
Yvonne citou, entre outros, o Caso Jesse Long, um norte-americano que alega ter sido abduzido pela primeira vez em 1957, juntamente com seu irmão, e que na ocasião os alienígenas implantaram algum tipo de objeto em sua perna. Durante anos, Long sofreu de dores e desconfortos no local, até que, em 1991, uma cirurgia foi feita e o objeto, extraído. Enviado para análise, contatou-se que o implante, além de várias características únicas, era feito de um tipo de vidro manufaturado a uma temperatura de 2.760° C, muito acima da usada na manufatura do vidro comercial, que é de 1.100° C.
Operação Prato
Ainda no evento de Long, ele também teve a oportunidade de conhecer seus filhos híbridos, concebidos contra sua vontade por meio da extração de sêmen e de uma relação sexual com uma extraterrestre em uma nave, também contra seu desejo. Outra característica interessante dos eventos investigados por Yvonne Smith, e que a pesquisadora compartilhou com a plateia, é o fato de os abdutores mostrarem imagens catastróficas a suas vítimas, como, por exemplo, a devastação do planeta Terra, tsunamis e explosões nucleares, com a inevitável forma de cogumelo ocupando integralmente a paisagem. “Não sabemos se fazem isso para nos alertar quanto a nosso possível futuro, mas estas cenas têm grande impacto na vida dos abduzidos”, afirmou.
Por definição, o Fórum Mundial de Contatados não é apenas de contatados, mas também de abduzidos e testemunhas de casos ufológicos de grande impacto — e várias delas foram convidadas para relatar suas experiências. Este é o caso de Vitório Peret, uma das últimas testemunhas da maior missão militar oficial já realizada para investigar UFOs em todo o mundo, a Operação Prato. Tendo se tornado amigo de seu comandante, o coronel Uyrangê Hollanda, oficial responsável pela missão, Peret passou a frequentar os locais onde os extraterrestres atuavam na ilha de Colares, no litoral fluvial do Pará, em casos que iam de sobrevoos de naves a baixa altitude a ataques às pessoas, ocasião em que eram chamados de chupa-chupa.
UFOs de diversos tipos
Peret teve inúmeros avistamentos de UFOs que marcaram sua vida, e sua palestra Os UFOs no Pará que Levaram à Implantação da Operação Prato discorreu, entre outros, sobre os fatos que deflagraram a missão militar, desde o monitoramento da atividade das naves ainda no Ceará, em 1975, até o pico da atividade alienígena em Colares, em 1977. O palestrante fez parte da equipe de civis e militares que iniciou as atividades no local. Como tal, viu UFOs de diversos tipos e em diversas ocasiões, tornando-se testemunha vital de tudo o que ocorreu lá. Isso também o levou a ser tornar um pesquisador dos fenômenos e a investigar inúmeros episódios, entre os quais está o Caso da Ilha do Meio [UFO 204],
no qual uma mulher de nome Elizabeth, supostamente de nacionalidade suíça, se estabeleceu na região à época dos acontecimentos. A história cativou os presentes. A estranha mulher, de bonitos olhos azuis oblíquos e compleição franzina, apaixonou-se pela ilha e comprou-a à vista por um valor considerado alto pelos moradores do local.
É urgente a busca de ferramentas de pesquisa para se conseguir uma melhor compreensão do Fenômeno UFO e os processos mentais em estados alterados de consciência podem ser elementos importantes para complementarmos este trabalho
Contam os relatos que de vez em quando ela se ausentava da ilha, mas, quando voltava, vinha acompanhada de aproximadamente 20 homens, que dizia serem cientistas. Seus acompanhantes tinham um aspecto estranho e usavam roupas fora de época, segundo relatou Peret. Os militares da Operação Prato encararam aquelas atividades como de guerrilha, pensamento predominante para qualquer coisa incomum nos anos 70, auge do regime militar ditatorial que governou o Brasil entre 1964 e 1985, e o coronel Hollanda e sua equipe montaram uma diligência até o local.
Ao chegarem, não encontraram móveis, eletrodomésticos e tampouco vestígios de roupa e comida — todos haviam simplesmente sumido. A presença dessa mulher e dos homens na ilha era acompanhada, segundo Peret, por “luas” que se movimentavam pelo local. Por causa das atividades suspeitas, a polícia chegou inclusive a prender Elizabeth, mas ela teria sido liberada por falta de provas. Uma vez em que esteve presa em Belém, pediu para ir ao banheiro e desapareceu de dentro dele de forma misteriosa, nunca mais sendo vista. Posteriormente, comprovou-se que o nome da estrangeira correspondia ao constante no passaporte de uma polonesa falecida em 1939. Esse foi somente mais um dos mistérios ao qual a Operação Prato é associada, entre tantos citados por Peret.
Abdução coletiva em Minas
Uma palestra bem humorada do Fórum Mundial de Contatados foi a intitulada Levado com a Família para uma Nave Alienígena, do abduzido João Caiana, residente da cidade de Iturama (MG) — que, curiosamente, fica muito próxima a São Francisco de Sales, onde ocorreu o famoso Caso Antônio Villas Boas, um fantástico sequestro por ETs dos anos 50. Ao contrário da maioria dos episódios do gênero conhecidos e investigados que ocorreram nos anos 60, 70 ou 80, o Caso Caiana é de dezembro de 2000, relativamente recente, portanto. Caiana e sua família foram abduzidos em uma estrada próxima à cidade de Iturama e o carro em que viajavam, um Fusca branco, teria sido levantado a grande altura.
Ele estava com a esposa, a filha, a neta e uma amiga da família no veículo, e todos teriam ficado 50 minutos em poder de seres que fizeram diferentes tipos de exames no grupo. Chamou a atenção da plateia o considerável grau de escárnio que Caiana e seus familiares sofreram por parte de seus vizinhos e dos conterrâneos de Iturama — muitos, inclusive, devido às suas orientações religiosas, chegaram a dizer que o homem tinha sido possuído pelo demônio. Porém, quando souberam que João Caiana fora convidado e viria para o evento em Curitiba, muitos ficaram curiosos para saber como seria. “Mas eu não vou contar, não. Vocês não acreditaram em mim e agora têm que ir lá para ver”, afirmou o conferencista, gerando risos na plateia.
Caiana contou que, em 13 de dezembro de 2000, transitava com os citados acompanhantes por uma estrada rural a 15 km de Iturama quando algo espantoso lhes aconteceu [UFO Especial 065]. “De repente, avistamos umas luzes vermelhas e amarelas que seguiram o Fusca por uns três quilômetros. Minha filha disse: ‘Pai, olha o avião’. Eu disse para ela que não era avião, mas extraterrestres, e que iria parar o carro mostrar a todos. Em dado momento, percebemos um ser de cor cinza e magro se aproximar do veículo. Nisso começamos a ter uns sintomas estranhos — eu senti uma fisgada na cabeça e Rosa, minha esposa, não conseguia falar, ficou com a língua dormente”, declarou o abduzido.
Segundo o palestrante, os seres tinham cerca de 1,3 m de altura, olhos grandes e enviesados. Sua pele era cinza, eles eram magros e quase não tinham nariz e orelhas. Seu pescoço era bastante fino e a cabeça, grande — enfim, o aspecto condizente com o clássico tipo gray. Caiana disse à plateia que “um deles, provavelmente, o mais velho e mais experiente, que era quem sempre dava as ordens aos outros dois, me disse que era cientista e que fazia experiências genéticas com humanos, mas sem prejudicá-los”. No dia do ocorrido, quando voltaram para Iturama, foram direto para o pronto-socorro, onde o médico os examinou. Naquela noite não conseguiram dormir. No início, ficaram com muito medo e abalados, mas, depois, foram se acostumando com a situação. “Hoje já tratamos do assunto com naturalidade”.
Abdução desde a infância
Caiana informou ainda que os contatos com aqueles seres se repetiram algumas vezes — em uma delas, os extraterrestres teriam entrado na casa da família, querendo levar sua filha. O palestrante foi assertivo para com os visitantes: “Hoje não, está tarde e ela tem que estudar amanhã”. Após o riso generalizado do público presente, Caiana afirmou que os seres respeitaram sua vontade. Sua simplicidade e jeito mineiro e direto, falando o que pensa, cativou a audiência presente ao Fórum.
Apesar de ser sua primeira conferência, a abduzida paulista Bete Rodrigues, outro destaque do evento, impressionou bastante o público com sua postura segura, conforme contava suas experiências em sua apresentação intitulada Impressionantes Encontros com Extraterrestres em São Paulo. Seu relato conteve descrição de diferentes situações ocorridas a ela na região onde cresceu, na zona leste da cidade de São Paulo. A primeira experiência narrada por Bete foi a visita de um ser semelhante a um gray em seu quarto, na década de 70, quando ainda era criança. Naquela época ela dormia com os pais no mesmo quarto e, ao ver a criatura muito próxima a ela, soltou um grito — mas, antes mesmo que os pais acordassem, o ser havia sumido sem deixar rastros.
Após a experiência na infância, Bete sofreu sua primeira abdução em junho de 1986, já ao final da adolescência, ao voltar de uma festa com sua prima Débora [UFO 210]. A abdução, mais tarde relembrada em uma sessão de regressão feita pelo pesquisador Mário Rangel, foi realizada por alienígenas também do tipo gray, que a sugaram para dentro da nave em um tubo de luz. Bet
e e Débora foram separadas e a moça foi deitada em uma mesa, que era pequena para seu tamanho, e examinada de diversas formas. Apesar de suas perguntas, nada lhe foi dito. Porém, segundo ela, um chip foi implantado em seu nariz e no dedo de seu pé. O caso também foi investigado pelos ufólogos Claudeir Covo e Carlos Reis e teve muita repercussão, especialmente porque aconteceu pouco tempo depois da Noite Oficial dos UFOs no Brasil, em maio daquele ano.
Escrita e mensagem alienígena
Outro convidado do Fórum Mundial de Contatados foi o paulista radicado no Rio de Janeiro Marco Antonio Cabral, músico com formação em arqueologia. Ele tem um longo histórico de contatos com UFOs e seus tripulantes desde sua infância. Em sua palestra Uma Vida Conectada a Seres Extraterrestres, Cabral se recordou de um período de férias na casa da família, aos seis anos de idade, quando foi acordado certa noite por um zumbido. Ele saiu da casa e, na areia da praia, foi levado por um flash de luz. No instante seguinte, viu-se no que depois percebeu ser uma nave, onde foi recebido por uma mulher alta, de pele clara, com olhos e cabelos negros. A alienígena mostrou ao contatado um tipo de berçário em que havia bebês e em seguida surgiu um homem também alto e de cabelos escuros que lhe mostrou uma série de placas aparentemente metálicas, com símbolos em alto e baixo relevo. Depois, a mesma mulher o colocou em um banco no meio de uma sala e despediu-se dele com um abraço. Em instantes o menino se viu novamente na praia.
Durante sua palestra, Cabral contou à plateia seus casos de contato com diversos tipos de extraterrestres de forma leve e descontraída. Ele disse que aprendeu, ao longo de diversos encontros, a forma de escrita de seus raptores e que eles teriam lhe dado um pequeno bastão de cristal, que o contatado enterrou e que por motivos diversos jamais conseguiu desenterrar. O palestrante também descreveu eventos que ocorreram quando estava sozinho e outros quando estava na presença de um amigo, no decorrer de seus 45 anos. Cabral também apresentou um áudio com uma mensagem em um idioma estranho, supostamente enviada pelos extraterrestres com os quais teve contato.
Na Chapada dos Veadeiros
Outro palestrante que fez um relato muito intrigante foi Paulo Iannuzzi, conhecido nacionalmente como especialista e conferencista sobre Ufologia, ciências ocultas e civilizações antigas, especialmente o Egito antigo. Desta vez, no entanto, ele compareceu ao evento não como ufólogo, mas como testemunha de um fato ocorrido na Chapada dos Veadeiros, em Goiás, para apresentar a palestra Encontros com Extraterrestres do Tipo Nórdico no Interior do Brasil. Como pesquisador, Iannuzzi, formado em economia e astronomia, busca uma correlação entre a ação de outras inteligências cósmicas na Terra e a evolução da humanidade. Como testemunha, viveu momentos intensos na presença de seres em dada
noite, enquanto acampava no citado local.
Segundo contou em sua palestra, ele e um amigo ficaram frente a frente com um ser alienígena do tipo nórdico em um contato que teria ocorrido “em outra frequência vibracional, além do campo físico”. O ser teria transmitido a eles, mentalmente, algumas imagens cujo contexto os dois entenderam sem dificuldades — o mais intrigante em seu relato foi o fato de que, durante o contato, outro companheiro que estava dormindo em uma barraca próxima ao local, ao acordar, relatou ter tido um sonho cujo conteúdo era praticamente idêntico ao que Iannuzzi e seu amigo haviam vivido. “A experiência me deu mais certeza ainda de que temos uma constante presença alienígena entre nós em caráter permanente”, afirmou.
Em dado momento, percebemos um ser de cor cinza e magro se aproximar do nosso veículo. Nisso começamos a ter uns sintomas estranhos — eu senti uma fisgada na cabeça e Rosa, minha esposa, não conseguia falar, ficou com sua língua dormente
Dentre os vários conferencistas estrangeiros presentes ao Fórum, a canadense Miriam Delicado encantou o público. Contatada reconhecida internacionalmente e presença frequente em documentários e programas da TV norte-americana, ela é autora do livro Blue Star: Fulfilling Prophecy [Estrela Azul: Cumprindo a Profecia, Trafford Publishing, 2007], no qual revela informações sobre seus encontros com extraterrestres denominados por ela de “Grandes Ancestrais”. Miriam defende que a Ufologia vai transformar o mundo e tenta auxiliar no processo com seu conhecimento das diferentes raças que interagem com a humanidade há milênios e que se preparam para chegar [Veja box]. “O tempo de grandes transformações está se aproximando e devemos todos nos preparar para uma mudança de paradigmas”, declarou ao fim de sua palestra, arrancando uma ovação em pé da plateia.
O evento todo teve apenas uma ausência, a do professor argentino Roberto Banchs, que foi acometido de uma úlcera estomacal dias antes de sua vinda ao Brasil, que o impediu de comparecer ao evento. Eu seu lugar veio do Peru o piloto aposentado da Força Aérea Peruana (FAP) Oscar Santa Maria Huertas, outro palestrante que deixou o público encantado com seu relato de uma incrível ocorrência ufológica da qual foi protagonista na Base Aérea de La Joya, no sul do Peru [UFO 210]. O caso envolveu a perseguição que fez a um UFO esférico durante quase meia hora a bordo de seu avião Sukhoi, incluindo o fato de ele ter disparado — seguindo ordens de seu comandante — inúmeras vezes contra o intruso [Veja box]. “Estive frente a frente com aquele objeto. Passei ao seu lado, por cima e por baixo dele, podendo vê-lo muito bem para afirmar: não era terrestre”.
O Fórum também contou com a presença, parte como pesquisador, parte como testemunha, de um cientista reconhecido nacionalmente, o meteorologista e professor aposentado da Universidade de São Paulo Rubens Junqueira Villela. Após ter tido um avistamento na Antártida, em 1961, o professor Villela, veterano com 12 viagens ao Continente Gelado, decidiu investigar o tema e deparou-se com casos extraordinários de contatos com tripulantes de UFOs. No interior paulista ele esteve frente a frente com naves e ETs, com os quais estabeleceu diálogos que lhe permitiram traçar um perfil dos nossos visitantes e superar contradições geradas pela defasagem de estágios evolutivos entre civilizações cósmicas [UFO 177]. Villela surpreendeu a plateia ao descrever casos ufológicos espantosos, ocorridos em várias ocasiões. Sua palestra foi intitulada Contatos com Discos Voadores na Antártida.
Nosso corpo de luz
Outra conferencista do continente que teve forte receptividade foi a venezuelana Martha Rosenthal, que, além de pesquisadora de casos de encontros com ETs, é também uma contatada por várias raças alienígenas. Martha expôs uma nova teoria sobre esses acontecimentos, formulada a partir de uma visão espiritualista mesclada a conceitos científicos. Ela é uma das mais conhecidas contatadas da América do Sul e escritora de sucesso em seu país, dedicando-se
à pesquisa e ensino da paranormalidade como ferramenta de ajuda para a humanidade alcançar estágios mais elevados de consciência. Presença frequente em eventos de Ufologia, ela tem um impressionante repertório de encontros com variadas civilizações e declara que “o homem atual é formado por códigos implantados por alienígenas, que moldaram a espécie humana ao longo de milênios”.
Segundo Martha Rosenthal informou em sua palestra Contatos Indicam que Somos Criação de Inteligências Superiores, quando analisamos os encontros que ocorrem no plano espiritual, há indicações de que somos concepção de outras consciências cósmicas — a evidência disso estaria nas últimas gerações terrestres, que já nasceram com qualidades intelectuais e artísticas maiores do que as anteriores. Em sua apresentação, ela informou que essa capacidade seria ativada por códigos existentes em nosso corpo de luz, uma camada energética que recobre o corpo físico.
Esses códigos seriam o fator que diferenciaria a boa execução de tarefas que fazemos rotineiramente. Em outras palavras, quando se ativa determinado código, se ativa a capacidade para uma determinada ação — a luz, a vibração e o som, dependendo da combinação entre si, ajudariam na ativação de diferentes tipos de atividades humanas. Martha informou também que, para completar esse processo, é necessário se manter o pensamento positivo, com muita vontade e reais intenções para a realização do que se quer, sem se deixar influenciar por pensamentos contrários e pelo desempenho de outras pessoas que exercem o mesmo tipo de atividade.
A pesquisadora esclareceu que há códigos muito complexos devido ao número de programas necessários para a tarefa que se pretende executar. “Os ETs trabalham com alta tecnologia para levar a humanidade à perfeita ordem. Todos os seres humanos têm os mesmos códigos, mas cada um é ativado de acordo com seu livre arbítrio e sua própria evolução. Os códigos são memórias programadas, e se alguém não ativar o que corresponde a uma vida em particular, o seguinte trará consequências. Evoluem aqueles que os tenham ativado com mais frequência”, concluiu.
Um filho nas estrelas
Outra das palestras mais aguardadas do Fórum Mundial de Contatados foi, sem dúvida, a da norte-americana Debbie Jordan, figura central do livro mais vendido sobre abduções, Intrusos [Record, 1993], escrito pelo pesquisador Budd Hopkins e convertido em filme homônimo — um dos mais realistas sobre sequestros por ETs. Ela teve marcantes experiências a bordo de naves desde sua infância, sendo seu caso um dos mais pesquisados de toda a Ufologia. Em um de seus sequestros, Debbie foi inseminada e teve seu feto posteriormente removido em uma abdução. O experimento gerou uma criança híbrida criada em ambiente extraterrestre, que ela conheceu em novo rapto, quando foi levada para uma “nave maternidade”, como a chamou.
Debbie descreveu os veículos em que esteve durante suas seguidas abduções alienígenas e como eram suas tripulações, e disse que o primeiro caso que sofreu e do qual se recorda aconteceu em junho de 1983, ocasião em que um UFO pairou sobre o jardim da casa de seus pais. Ela viu seis figuras franzinas e de cabeças grandes surgirem antes de ser atingida por um forte raio de luz, uma experiência que depois seria relembrada com grande contundência durante sessões de hipnose regressiva. Debbie precisou ser levada ao hospital e até hoje tem sensibilidade à luz. Menos sorte teve a cadela da família, que precisou ser sacrificada devido ao câncer que desenvolveu após o contato com a nave.
O encerramento do evento, após mais de 20 horas de intensas atividades, deixou claro que este é um projeto que veio para ficar. A sensação de todos os presentes ao Fórum de Contatados foi o de missão cumprida após dias de conferências eletrizantes
A abduzida contou ainda que a grama do jardim sobre o qual o UFO surgiu permaneceu com uma marca ao longo de cinco anos e que o fato ainda é corroborado por outras testemunhas que observaram os acontecimentos. Debbie surpreendeu a todos quando afirmou ser aquela apenas a terceira palestra que fazia nos últimos 20 anos sobre seu famoso caso. Disse que suas experiências se iniciaram na infância, mas as lembranças delas somente começaram a aparecer de forma mais contundente quando a conferencista começou a sentir necessidade de fazer desenhos parecidos com os dos agroglifos ingleses, antes mesmo que eles começassem a aparecer na Inglaterra.
Sensível e muito sincera, Debbie encantou a todos, especialmente quando se referiu ao tema de sua palestra, Experiência Genética a Bordo de uma Nave Alienígena. Ela é a abduzida que tem o mais impressionante repertório de encontros continuados com ETs da história da Ufologia Mundial. Suas várias abduções se deram em diversas circunstâncias, apuradas pelos pesquisadores, deixando claro que seus raptores a escolheram para um propósito específico — usar seu material genético para gerar fetos híbridos, meio humanos, meio alienígenas, que pudessem ser empregados em um projeto cósmico de povoação de outros mundos.
Cinco dias com eles
Outra palestra que impactou o Fórum foi ministrada pelo abduzido norte-americano Travis Walton, que contou sua famosa experiência para o público que lotava o espaço, em sua palestra Cinco Dias nas Mãos de Extraterrestres Dentro de um Disco Voador. Sua abdução, em novembro de 1975, ocorreu quando Walton trabalhava na poda e desbaste de árvores em florestas da pequena cidade de Snowflake, onde reside até hoje, no Arizona. O episódio é um dos mais conhecidos e bem estudados casos da Ufologia. Tudo ocorreu no final de mais um dia de serviço, quando ele e seus colegas regressavam para casa após o trabalho, ao anoitecer, e observaram luzes por trás das árvores que ladeavam a estreita estrada de terra por onde trafegavam. O grupo estacionou o carro em uma pequena clareira, onde todos observaram um disco voador pairando a alguns metros do solo.
Walton saiu do veículo para observar melhor e instantes depois foi jogado para trás, ao ser atingido por um raio de luz. Seus amigos gritaram por ele apavorados, mas logo fugiram do local temendo que o mesmo lhes acontecesse. Porém, acabaram parando alguns quilômetros depois e voltaram para procurar por Walton, que havia desaparecido. Ao relatarem às autoridades seu desaparecimento, acabaram como suspeitos de assassinato — durante dias fo
ram feitas cuidadosas buscas pelo presumido corpo do lenhador, envolvendo helicópteros, cães farejadores e um grande contingente de policiais, mas nada foi encontrado.
Dias depois, quando já não se tinha mais esperanças de encontrá-lo, Travis Walton reapareceu. Ele tinha dificuldades de se lembrar dos acontecimentos dos dias anteriores e, submetido ao polígrafo, constatou-se que não mentia sobre o que dizia. Com o tempo, as memórias da extraordinária experiência começaram a voltar. Durante o período em que ficou desaparecido, ele esteve a bordo de um disco voador com extraterrestres parecidos com grays, cujos olhos o apavoraram. Walton também disse ter encontrado em uma nave-mãe, para a qual foi levado, alienígenas do tipo humano que tinham cabelos claros, olhos castanhos e corpos bronzeados, além de serem altos e fortes. Toda a palestra foi assistida por um público muito atento e concentrado.
Workshop especial
Walton também ministrou um workshop especial no domingo à noite, dia 18 de maio. As perguntas que os participantes lhe fizeram sobre o caso foram bem diretas e respondidas da mesma forma. Mas, curiosamente, o palestrante desviou-se daquelas que o inqueriam sobre a possibilidade de ter havido, em outras ocasiões, contato entre seus familiares e extraterrestres — a preocupação do abduzido pareceu ligada a não passar a imagem de alguém com a chamada “síndrome do contatado”, quando contatados e abduzidos começam a inventar histórias para se manter em evidência.
A experiência de Travis Walton está detalhadamente contada em seu livro Fogo no Céu, lançado recentemente pela coleção Biblioteca UFO [Código LIV-026. Confira na seção Shopping UFO desta edição e no Portal UFO: ufo.com.br], que mais tarde transformou-se em um filme do mesmo nome. A partir de então, seu caso tornou-se mundialmente conhecido e estudado. Durante o workshop, Walton explicou detalhes que o filme não mostrou e fez questão de deixar claro que toda a sequência nele apresentada de fatos supostamente ocorridos dentro da espaçonave não é verdadeira, mas uma criação do roteirista, Tracy Tormé. “Porém, a primeira parte do filme corresponde bem aos fatos ocorridos”, finalizou.
Mais um grande sucesso
O encerramento do evento, após mais de 20 horas de intensas atividades, deixou claro que este é um projeto que veio para ficar. A sensação de todos os presentes foi o de missão cumprida após dias de conferências eletrizantes. Todo o enorme empenho dos organizadores e de um time de voluntários visou fazer com que a informação e a troca de conhecimentos fossem a tônica do evento, o que aconteceu de forma plena e premiou todo o esforço empregado. E o evento também contou com uma novidade que aumentou significativamente sua amplitude: foi transmitido ao vivo pela internet a milhares de pessoas do Brasil e inúmeros países. “O objetivo que tínhamos foi plenamente alcançado e até ultrapassado com os resultados atingidos”, declarou Gevaerd.
Cada um dos contatados, abduzidos e testemunhas que compartilhou sua história contribuiu com uma peça para o enorme quebra-cabeça que representam os contatos e abduções, com suas percepções únicas do assunto. Neste cenário, as palestras dos pesquisadores também foram de extrema importância para formar uma visão destes segmentos da ampla fenomenologia ufológica. O publico presente, constituído por estudiosos e pessoas que também tiveram experiências com alienígenas — mas que não têm oportunidade de compartilhá-las —, recebeu informações fundamentais para compreender melhor o fenômeno.
Enfim, o Fórum Mundial de Contatados mostrou, em mais uma edição, não apenas que não estamos sós no universo, mas que somos visitados por diversas civilizações e temos sua companhia. Quais são as intenções de suas visitas e das experiências que realizam conosco, ou se elas são feitas para beneficiar a eles ou a nós, ainda não sabemos. O que sabemos com certeza é que eles estão aqui, interagindo conosco, nos estudando, direcionando e principalmente nos observando. Como disse Petit, somos uma espécie esquisita, mas não será exatamente por isso que despertamos tanta curiosidade?