“Estamos preenchendo os sonhos de Copérnico“, disse o astrônomo Dimitar Sasselov na conferência em que a equipe do telescópio Kepler anunciou a descoberta de 140 exoplanetas de tamanho similar ao da Terra. Baseados nas novas informações, os cientistas agora especulam que possam existir, apenas na Via Láctea, mais de 100 milhões de orbes semelhantes ao nosso e potencialmente habitáveis.
O Kepler, em órbita desde janeiro de 2009, procura planetas extrassolares utilizando o método do trânsito, ele varre os céus buscando diminuições mínimas no brilho de uma estrela, causadas por um corpo passando entre esta e a Terra. Essa diminuição pode variar entre duas a 16 horas e também fornece informações quanto ao tamanho do novo planeta e a duração de sua órbita. Esses dados são levantados medindo-se a quantidade dessas “piscadas” e o tempo entre elas, além da massa do astro. A missão do Kepler se estenderá ao menos pelos próximos quatro anos.
Sasselov falou a respeito das descobertas na conferência TedGlobal em Oxford. Segundo ele, “vida é um sistema químico que precisa somente de um planeta pequeno, água e rochas, além de muita química complexa para se originar, sobreviver e evoluir“. No próximo estágio da missão, ele e sua equipe irão refinar a análise dos dados, procurando descobrir quais dos planetas ,de fato, se encontram na zona habitável de suas estrelas e, portanto, possuem as condições ideais para abrigar vida. “Ciência é o processo de redefinir a vida como a conhecemos“, completa o cientista.
A grande falácia da Ufologia, o ET Bilu, bem que poderia ter poupado tempo, recursos e décadas de pesquisa espacial internacional, se tivesse trazido este conhecimento antes.