O Canadá tem uma longa história de oposição à implantação de armas no espaço exterior. Em 22 de setembro de 2004, em reação aos planos alentados pela administração belicista de George W. Bush, o primeiro-ministro canadense Paul Martin declarou na Assembléia Geral das Nações Unidas que “o espaço é nossa fronteira final. Por isso, seria uma tragédia se ele se tornasse um gigantesco arsenal e cenário da criação de novas armas”.
Segurança global — Meses antes, em maio de 2003, falando sobre o mesmo assunto para os integrantes da Casa Canadense de Assuntos Gerais e ao Comitê de Defesa Nacional, Lloyd Axworthy, ex-ministro de Assuntos Estrangeiros do país, declarou que “a oferta de Washington ao Canadá não é um convite para se unir à América e receber sua proteção bélica, mas representa uma doutrina de segurança global que viola os valores canadenses em muitos níveis”. Axworthy concluiu dizendo que deveria haver um compromisso para prevenir a colocação de armas no espaço.
Como resultado da rejeição às propostas dos EUA de armar o espaço, em 24 de fevereiro de 2005, o primeiro-ministro Martin tornou oficial a decisão do Canadá de não fazer parte do chamado Programa de Defesa de Míssil Balístico norte-americano. Paul Hellyer, que agora requisita um debate público sobre a presença alienígena na Terra ao Parlamento de seu país, também tem grande participação no processo de rejeição. Em 15 de maio de 2003, declarou ao jornal de Toronto Globe & Mail que o Canadá deveria aceitar o convite do congressista norte-americano Dennis Kucinich, de lançar um tratado internacional para banir definitivamente a corrida armamentista do espaço. “Essa seria uma contribuição canadense positiva para um mundo mais pacífico”.