O consultor da Revista UFO Paulo Iannuzzi estará nesta quarta-feira, 25 de novembro, no programa Projeto Enterprise da Rádio Rio de Janeiro 1400 AM. Iannuzzi irá abordar um dos temas mais polêmicos dos últimos tempos, as profecias maias e o que a humanidade pode esperar para o ano de 2012. O programa tem início às 16h00 e pode ser ouvido pela internet no endereço http://www.radioriodejaneiro.am.br/. Veja o artigo que Iannuzzi escreveu sobre o assunto na edição UFO 159 de novembro de 2009.
23 de dezembro de 2012, um dia fora do tempo
Quem caminha pela selva tropical guatemalteca e hondurenha leva um tremendo choque quando se depara com a visão, no mínimo inesperada e capaz de tirar o fôlego, de algo que destoa da homogeneidade do verde circundante: os complexos piramidais maias! E eles estão presentes em boa parte do México também, em localizações que hoje são destinos turísticos encantadores, mas que guardam mistérios que a humanidade ainda não conseguiu decifrar. Dentro de uma dessas “cidades”, por exemplo, há até impressionantes observatórios astronômicos, inclusive com cúpulas similares às das mais modernas instalações de mesma finalidade. Isso além da lápide de um perfeito astronauta encontrada em Palenque, num sítio arqueológico maia situado próximo do Rio Usumacinta, no estado mexicano de Chiapas, 130 km ao sul de Ciudad del Carmen, de crânios de cristal inusitados e impossíveis de serem reproduzidos mesmo em nossa época atual e vários outros enigmas. O mais intrigante, contudo, são os mitos do povo maia alusivos a “ciclos siderais”, revestidos de uma matemática complexa e extremamente precisa, expressos através de uma escrita com caracteres misteriosos e de princípio básico estranhamente semelhante aos hieróglifos egípcios.
Não satisfeitos em surpreender, como parece ser de praxe em toda e qualquer descoberta e estudo mais aprofundado de antigas civilizações que já habitaram o planeta, os maias exerciam sua fantástica precisão matemática e a observação cuidadosa do firmamento com o uso de um sistema simplesmente fabuloso e extraordinário para um povo que, em tese, nem a roda conhecia, o Calendário Maia. Há autores que sugerem que tal instrumento tinha função unicamente agrícola, para previsão de épocas de plantios e de colheitas. Mas somente isso? Certamente que não! A peça, preservada até hoje, tem uma conotação cósmica, sideral, energética e até mesmo espiritual e evolutiva contida em seu rico simbolismo. Como puderam os maias, tantos séculos atrás, estabelecer ou ter acesso a um conhecimento que somente grandes mentes científicas atuais, munidas de tecnologia de ponta, poderiam conceber? Como poderiam, naquela época, ter noções relativas à estrutura do Sistema Solar e das constelações, além do vislumbre de que tais corpos cósmicos faziam parte de uma estrutura ainda maior e que conhecemos apenas hoje como galáxias, graças a Edwin Hubble e suas descobertas, na década de 20?
Não linearidade do universo – O Calendário Maia levanta questões importantes sobre processos de ascensão e descensão planetária, ciclos de vida na Terra e no universo e a não linearidade do tempo e do espaço. E dentro de todo este contexto, já mostrado no artigo que antecede a este, tem grande importância para a espécie humana o que o instrumento aponta que poderá ocorrer após a data de 21 de dezembro de 2012. Este é o dia que “fecha” o calendário, ao final de um ciclo de 13 baktuns ou um “Grande Ciclo” de 1.872.000 dias, iniciado milênios atrás. Em sua mecânica de medir o tempo, 21 de dezembro de 2012 seria o último dia previsto para ocorrer, o que muitos movimentos filosóficos atribuem a uma iminente catástrofe no planeta, sem o menor fundamento [Veja edições 148 e 151]. Além desta data, fala-se muito também do dia após ela, 22 de dezembro, e mais ainda no seguinte, 23 de dezembro de 2012, ao qual está ligada a noção do chamado Portal 11:11, a ocorrer exatamente às 23h23 GMT. Para começarmos a entender isso temos que mudar nosso enfoque de tempo, vida, evolução e tudo o mais que indique que o universo apresenta uma constante linear progressiva, idéia que só faz sentido para o pensamento ocidental moderno. Para civilizações antigas, e especialmente de acordo com os maias, todo e qualquer processo evolutivo e até mesmo as linhas espaço-temporais estão sujeitos a ciclos cuja evolução caminha numa trajetória em espiral. Segundo os mitos maias e o que registra seu calendário, quando não existe uma evolução e um aprendizado coletivo ascensional, os ciclos tentem a se repetir dentro de faixas de tempo. O Calendário Maia indica que determinados acontecimentos ou tendências para tais eventos se repetem, com uma data ou período crítico de registro. Assim, ao contrário de um suposto fim dos tempos, o ano de 2012 será simplesmente um momento de repetição cíclica, mas num nível macrocósmico, segundo aquele antigo povo pré-colombiano e suas profecias.
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