A Agência Espacial Indiana, Indian Space Research Organization (ISRO), afirma ter descoberto três novas espécies de bactérias, de acordo com o DailyTech. São resistentes à radiação ultravioleta e não compatíveis com nenhuma outra achada no planeta. Foram encontradas em amostras que os cientistas recolheram quando enviaram um balão à estratosfera. Esta camada atmosférica da Terra recebe pesadas doses de raios ultravioleta, suficientes para matar a maior parte de organismos. Em suas análises das mostras recuperadas, os microbiólogos descobriram 12 colônias de bactérias e seis de fungos. De todas, três das colônias são novas espécies, manifestou a ISRO. Os cientistas chamaram uma delas de Janibacter hoylei, em homenagem ao astrofísico Fred Hoyle, e as outras duas, Bacillus isronensis e Bacillus aryabhata. “Enquanto o presente estudo não seja conclusivo em estabelecer ou não a orígem extraterrestre destes microorganismos, isto realmente proporciona um enorme estímulo positivo para seguir o trabalho em nossa busca para explorar a origem da vida“, manifestou a entidade, conforme divulgado pela RPP Notícias.
A estratosfera terrestre, vai do topo da troposfera – cerca de 16 km de altura no equador – até aproximadamente 50 km. Os microorganismos foram encontrados a uma altitude compreendida entre 20 e 41 km, por uma equipe de cientistas da Agência Espacial Indiana. Capazes de sobreviver a essa altura, onde a atmosfera se confunde com o espaço exterior, as três têm demonstrado ser extraordinariamente resistentes à radiação ultravioleta, o que abre diversas interrogações sobre sua procedência. Os exoorganismos foram coletados por meio de 16 cilindros de aço, esterilizados previamente, que coletaram mostras de ar em diferentes alturas entre os 20 e os 41 km e foram soltos depois, para serem recolhidos e analisados de forma independente por dois grupos de pesquisadores do Centro de Biologïa Celular e Molecular de Hyderabad e do Centro Nacional Indiano de Biologia Celular. Ambos os laboratórios chegaram às mesmas conclusões, e descartaram que as bactérias pudessem proceder de algum tipo de contaminação dos cilindros com organismos terrestres. Ao todo, foram detectadas 12 colônias bacterianas diferentes, nove das quais apresentavam mais de 98 % de similaridade genética com outras previamente conhecidas. Mas três dessas colônias, PVAS-1, B3 W22 e B8 W22, resultaram ser completamente novas. Os pesquisadores à frente do experimento, que foi dirigido por U. R. Rao e P. M. Bhargava, não descartam que as bactérias possam proceder do espaço exterior, ainda que, segundo eles e a agência de notícias ABC.ES, “o presente estudo não pode estabelecer de forma conclusiva a origem extraterrestre destes microorganismos“. No entanto, consideram sua descoberta o suficientemente importante para animar a comunidade científica internacional, para que siga pesquisando e “continue o trabalho de exploração sobre a origem da vida“.
China, Índia e Brasil são considerados internacionalmente, por especialistas, como os grandes países emergentes nesta primeira metade do século XXI. Comprovando e justificando a credibilidade, a Índia dá um grande e inédito passo, retribuindo de forma especial e digna de atenção mundial para com suas pesquisas espaciais. Resta-nos aguardar o desenrolar das investigações, e esperarmos as declarações da NASA e ESA – respectivamente as agências espaciais norte-americana e européia – sobre tal fato. Novas informações e atualizações a qualquer momento.