O NEUS pesquisa sobre o caso – No dia 27 de maio, nós do Núcleo de Estudos Ufológicos de Santa Cruz (NEUS) fomos surpreendidos por volta das 18h30 por um telefonema do jornal local A Gazeta do Sul, na pessoa do jornalista Igor Müller, que nos perguntou se já sabíamos do acontecimento da noite passada. Diversas pessoas haviam mandado e-mails e telefonado para o jornal narrando que tinham observado luzes estranhas. Mas foi a história do senhor Gilmar Wiesner que mais chamou a atenção do jornalista, que fez contato com este senhor e percebeu na narrativa que o fato era singular em meio aos outros relatos.
O avistamento – No dia 26 de maio, segunda-feira, o senhor Gilmar Wiesner, após as 21h00 saiu de sua casa para ver o que se passava com seus cachorros que latiam sem parar. Ele mora em uma casa localizada na zona rural chamada Rio Pardinho, distrito de Santa Cruz do Sul. Local é propício a observação do céu a noite devido a pouca luz, destacando-se até mesmo, corpos celestes que por ventura passam no firmamento. Assim que estava do lado de fora de sua casa, observou algo parecido com um avião que vinha exatamente pelas rotas comuns de tráfego, quando esse mostrou estar fazendo uma curva do sudeste para o norte. Nesse momento Wiesner percebeu que se tratava de uma espécie de aeronave sem asas e que cruzou os céus até as proximidades de onde se encontrava.
O objeto emitia pequenas luzes ao redor de seu corpo. Fazia movimentos rápidos, subindo, descendo e deslizando de um lado ao outro, como se fosse o “toque de bola de um jogador“. Parava bruscamente, ascendia luzes em seu redor a ponto de iluminar a vegetação abaixo. Houve um momento que o objeto se aproximou de Wiesner, cerca de 200 m, baixando sua altitude até 50 m do chão fazendo evoluções acima da mata de eucalipto, na propriedade de seu vizinho. Nesse momento, Wiesner chamou os outros moradores de sua casa, que observaram junto a ele o estranho objeto voador, causando espanto até mesmo nos mais céticos como a senhora Simone Weisner, que no início não havia dado muito importância, mas ao observar com mais atenção viu se tratar de algo como um canhão de luz porém sem foco característico destes.
A essa altura o objeto não passava de um ponto luminoso de uns dois ou 3 centímetros, calculando do ponto de vista dos observadores. Após algumas investidas do suposto UFO em direção aos moradores, que já eram entre quatro pessoas, o objeto se retirou em alta velocidade em direção nordeste passando pela região de Boa vista, também interior de Santa Cruz do Sul.
As análises – Após ouvir a narrativa do jornalista Igor, nós do NEUS entramos em contato com o senhor Wiesner e na mesma noite nos dirigimos para o local, pois já havia um certo frenesi por lá e uma espécie de vigília iria ser realizada pelos moradores na esperança de rever o fenômeno da noite anterior. Munidos de equipamento de vídeo e foto de diversas extensões e qualidade, nós do NEUS, seguiu pelos 15 km até a casa do senhor Gilmar Wiesner. Chegando lá reparamos que o jornal A Gazeta havia enviado um repórter fotográfico e outros vizinhos já se encontravam no local. Depois de recolher o testemunho do senhor Wiesner, da senhora Simone e de seu irmão Gilson Wiesner, podemos observar a trajetória do objeto e, segundo a descrição de Wiesner, tinha o formato de charuto.
Exatamente enquanto estávamos a observar a trajetória do UFO, recebemos um telefonema de alguém que pediu descrição e sigilo quanto à identidade. Disse que uma empresa de telefonia estava em atividade noturna na região de Rio Pardinho e que possivelmente seria os focos de luz que usam nessas atividades, o objeto que moradores dali estavam vendo e confundiram com os UFOs. Guardamos a informação e até o momento da produção desta matéria, não obtivemos confirmação dessa atividade noturna. Sabe-se de ante mão que a rede telefônica em Rio Pardinho é apenas por ondas de rádio através das antenas instaladas por lá. Acompanhamos os moradores por algumas horas e percebemos que a fidelidade a história era realmente firme. Não houve contradição as narrativas. Outro aspecto que me chamou a atenção foi justamente a reação emocional do senhor Gilmar Wiesner ao contar a história. Para ele a forma de ver a vida mudara para sempre.
Pesquisa de campo – Nossa intenção de fazer uma investida de campo na região onde a estranha aeronave sobrevoou teve que ser adiada por três dias, devido ao mau tempo que assolou na região repentinamente. Mas isso nos deu folga para correr atrás de fatos que poderiam trazer luz ao evento ufológico ocorrido em Rio Pardinho. Um dos fatos que chamou a atenção do NEUS foi a presença da Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) que fiscalizava o aeroporto Luiz Beck da Silva, em Santa Cruz do Sul, exatamente a sudeste dos acontecimentos ufológicos narrados anteriormente e justamente nos mesmos dias. Mas se sabe que não fora usado nenhuma aeronave de sustentação a gás (balões ou dirigíveis), pois somente essas poderiam ser confundidas com o silencioso artefato que se apresentou em Rio Pardinho. O Segundo Centro Integrado de Defesa Aérea e Controle de Tráfego Aéreo (CINDACTA II) de Curitiba, que apoiava a fiscalização ainda não se manifestou quanto à presença dessa aeronave não identificada.
Confirmamos também que não havia a presença da empresa terceirizada pelas companhias telefônicas na localidade naquela noite, pois suas atividades foram confirmadas durante o dia e não à noite, deixando suspeita a “desinformação” por parte do telefonema recebido na noite do dia 27, dia seguinte ao evento ufológico. Assim que o tempo melhorou voltamos para o local do contato do senhor Gilmar Wiesner. Conseguimos identificar corretamente por onde sobrevoou o UFO e nos infiltramos mata adentro a fim de recolher por ventura qualquer evidência da presença da aeronave, pois sabemos que em muitos casos de aproximação de UFOs ficam rastros com pontas de árvores queimadas, galhos destorcidos e até mesmo os “ cabelos de anjos “ (fragmentos de um suposto combustível dos UFOS). Suspeitando da movimentação do UFO em um mesmo local por um tempo razoável, levantamos a hipótese de evidências ou marcas feitas por outros artefatos, como sondas de pesquisa ou até mesmo a descida, mesmo que rápida, dos tripulantes dessa aeronave. Sendo assim, fizemos uma busca exaustiva pelo bosque de eucaliptos.
Infelizmente, achamos apenas carcaças de animais abatidos clandestinamente para fins de consumo da carne. Outra evidência que nos chamou a atenção foi a presença de uma substância que lembrou os tais cabelos de anjo, mas a análise visual por parte de um de nossos biólogos colaboradores do NEUS indica que se trata de algo da natureza dos animais locais. A presença da contatada, mística e terapeuta Marilene Rosa Fiel junto ao NEUS, trouxe mais alguns detalhes do contato de Wiesner, qu
e ficou mais a vontade com sua presença. Ele contou que, por muito tempo, esperava por um contato e sentia que isso iria acontecer um dia. Inspirado, talvez, nos relatos de sua tia Tânia Maria Müller, que no início dos anos 50 fugiu de seres que haviam aportado na roça de sua família. Nota-se agora que uma pitada de exagero poderia fazer parte da história do senhor Gilmar Wiesner, mas nada que poderia desviar a síntese do contato, afinal, estavam com ele as outras testemunhas, que davam credibilidade ao seu relato.
Filmagem – Gilmar Weisner é empresário de bandas musicais, apesar de ser morador de área rural, tem conhecimento de diversas mídias e no momento do contato, junto com seu irmão Gilson Wiesner, tentou filmar o objeto com uma câmera de fotográfica digital, Sony de 7.2 mega pixels, mas essa não conseguiu captar a luz que fazia movimentações em sua frente. Mas gravou o registro de suas vozes, que apresentam visível espanto e, por vezes, até mesmo medo, pois em certa parte do acontecimento o objeto deslocou-se em suas direções, parando a uns 200 m, fazendo com que os dois se indagassem se “aquilo” poderia fazer-lhes mal. Esse registro é importante para analisarmos as condições emocionais que se submeteram na noite de 26 de maio, uma segunda-feira, os moradores de Rio Pardinho.
Mais relatos – Religiosas que moram nas proximidades de Rio Pardinho se surpreenderam com uma linha de luz colorida que apareceu no céu durante aquela noite. Outra moradora que não quis se identificar disse ter visto o mesmo UFO do senhor Wiesner, mas que se tratava de um pássaro. Fico imaginando que espécie de pássaro fluorescente seria esse, e quantas mais teorias absurdas ainda vão aparecer. Com certeza esse caso merece maior observação por parte de nós pesquisadores ufológicos, precisamos acima de tudo tentar descobrir qual o interesse dessas aeronaves não identificadas na região de Rio Pardinho, que a mais de 50 anos vem sendo alvo de suas presenças. Ao sair do local onde o objeto não identificado sobrevoou, em sua forma de charuto, percebemos que, por coincidência ou não, em meio à mata de eucalipto havia uma plantação de cana de açúcar – fazendo uma referência a Riolândia, a única coisa que poderia evidenciar um certo interesse por parte dos UFOS neste local.
Contato de terceiro grau – Por volta do início dos anos 50, objetos voadores não identificados não só apareceram aos moradores da localidade de Rio Pardinho como também causaram espanto quando destes se revelaram seus tripulantes. A senhora Tânia Müller, 59 anos, ficou muito frustrada quando a notícia de que seu sobrinho Gilmar Wiesner acabara de ter visto sobre suas terras um UFO, pois “gostaria muito de ver de novo um disco voador”. Em conversa com nós do NEUS, ela contou que quando era menina, aos quatro anos, sua irmã menor e sua mãe, após apanharem umas ferramentas e outras coisas no galpão, se dirigiram a lavoura de milho. Saltitando na frente, dona Tânia acompanhou a cerca que dividia o campo da lavoura sem perceber nada. Ao chegar ao portão que dava acesso a lavoura escutou gritos de sua mãe dizendo em alemão: “Nica [seu apelido], corre, corre para casa do vô, eles vão te pegar”.
Quando Tânia virou o rosto para o lado viu parado um objeto em forma de bacia, uma para cima e outra de cabeça para baixo formando o aspecto de disco voador. No meio, ao redor deste, havia algo como janelas, em baixo estava uma escada saindo de uma porta e, ao lado de fora, dois seres que se vestiam de forma estranha para época. Era como se usassem uma máscara que só revelava os olhos, um macacão prateado colado no corpo e que escondia inclusive as mãos. Na altura do pescoço havia uma gola alta. “Parecia a gola do Elvis Presley” lembrou ainda dona Tânia na sua forma simples de tentar descrever o que se lembrava daquele momento.
Ainda puderam ver que tinha um terceiro tripulante do lado de dentro do veículo que pairava a uns 50 centímetros do chão equilibrando-se em um pé só. Nesse momento, talvez devido aos gritos da mãe de Tânia, os tripulantes do UFO entraram no veículo que recolheu a escada e fechou a porta na horizontal, como uma porta de correr. De repente, como conta dona ela “foi como se jogassem um pó um gel, sei lá, o UFO desapareceu na nossa frente”. Talvez a presença de alguma neblina causada normalmente pelos campos magnéticos que esses aparelhos costumam gerar em suas decolagens ou no momento em que se desmaterializam. Depois deste episódio a senhora Tânia não passou um dia se quer sem lembrar-se deste fato e desejando o dia em que “Eles” voltariam. Estranho ou não o fato pode ter se repetido agora, no mesmo lugar, na mesma família.