Quem sai de Salvador, capital da Bahia, subindo pelas estradas que levam para o oeste, ganha rapidamente altitude, atingindo mil metros ao chegar no coração da Chapada Diamantina, uma espécie de muralha geológica que separa o litoral oceânico da vastidão do Planalto Central. Continuando para o sul, já dentro do território de Minas Gerais, agora como Serra do Espinhaço, neste altiplano apresenta abundantes formações rochosas, platôs e altas mesetas, riquíssimo em recursos naturais. É sede de vários parques nacionais, com cachoeiras, grutas, vegetação e fauna própria — o cenário perfeito para a instalação de um ativíssimo “sítio ufológico”, dadas as suas características montanhosas e a ausência de grandes aglomerações urbanas. É nesse cenário que, hoje, os UFOs parecem concentrar suas atividades sem nem se dar ao trabalho de disfarçar suas operações.
A ufologia Brasileira está positivamente mudando. Para muito melhor! Quem tem apostado na inércia e passividade de nossos ufólogos vai com certeza se surpreender com esta edição. Ela mostra claramente o que o poder de união de nossos investigadores, motivados por um objetivo em comum, pode produzir. Já tínhamos visto isso antes em algumas edições de UFO o que mostra, também, que o processo de fortalecimento de nossa ufologia é gradativo, talvez lento, mas ininterrupto e irreversível. Por exemplo, na UFO 25 mostramos o diligente trabalho da ufóloga Encarnación Zapata Garcia, que contra tudo e contra todos lutou como pôde para mostrar que há fortes indícios — alguns diriam evidências de que seres humanos também têm sido mutilados por ETs, assim como nossos animais. Até então, muito pouca gente ousava imaginar que ETs pudessem usar-nos como meras cobaias…
Já em nossas edições UFO 31 e UFO 34. Respectivamente, mostramos com detalhes a força do trabalho de dois grandes ufólogos Brasileiros. Marco Antonio Petit e Reginaldo de Athayde. Ambos, lutando contra dificuldades e obstáculos diários, executam verdadeiras maratonas em seus estados (rio de janeiro e ceará) para. Junto de seus colaboradores, permitirem que o Brasil e o mundo conheçam aspectos impressionantes da casuística ufológica nacional. Petit, há mais de 10 anos. Mantém uma rotina de pesquisas na serra da beleza que surpreende a todos pela diligência, persistência e, principalmente, pelos fantásticos resultados que obteve. Já Athayde espantou o Brasil revelando recentemente a intensidade com que ufos convivem com vastas populações, muitas até carentes, do interior do nordeste Brasileiro.
Nessa mesma linha de pesquisa, a chamada ufologia Casuística, a união de pesquisadores de diversas entidades tem produzido excelentes resultados e proporcionado um ganho real de conhecimento do fenômeno UFO. Por exemplo, o grupo ufológico de Guarujá (GUG) e o grupo de estudos de objetos aéreos não identificados (GEONI), capitaneados respectivamente pelos ufólogos Edison Boaventura Júnior e Marcão Silva, têm mostrado como a união de suas turmas pode trazer para todos excelentes resultados. Estes grupos em conjunto, e às vezes com a colaboração de alguns outros, somam seus esforços no levantamento de casos ufológicos de relevância em São Paulo, minas gerais etc, mostrando escancaradamente a todos que a união pode ser efetivada dentro da prática da pesquisa ufológica em nosso país.
Agora, se alguém ainda conseguia duvidar disso, temos mais um brilhante exemplo de que a união faz mesmo a força, desta vez partindo de nossos colegas ufólogos baianos. Num esforço concentrado e conjunto, todos os principais expoentes da ufologia daquele estado se juntaram para averiguar in loco e minuciosamente as insistentes e graves ocorrências ufológicas da chapada diamantina, fatos que atraíram a atenção de todo o Brasil e do mundo no último trimestre do ano passado. Os ufos ainda não abandonaram a chapada, região de magnífica beleza agreste, onde aparecem quase diariamente em várias cidades e para centenas de pessoas. Mas os ufólogos baianos não descuidam um único instante da situação. Acompanhando a evolução do fenômeno dia a dia, num exemplo admirável de trabalho.
Esses ufólogos são pesquisadores responsáveis que, dentro de suas não poucas limitações, viajam milhares de quilômetros (algumas centenas em estradas de chão) para coletarem informações, depoimentos, evidências e amostras da casuística ufológica da chapada. Antes disso, todos trabalhavam isoladamente, até que a fantástica onda de 1994 os unisse — com laços resistentes e duradouros, que vão com certeza permanecer mesmo depois de cessada a onda. Isso servirá como mais um exemplo para aqueles que, mesmo ativos dentro da chamada “comunidade ufológica nacional”, ainda apostam na desorganização e falta de cooperação entre seus membros. E também servirá de referência para milhares de pessoas que, apenas acompanhando a ufologia à distância, ainda imaginam que sejamos todos um bando de lunáticos ou desocupados sem propósitos definidos.
Pois os baianos Alonso Valdi Régis, de Morro do Chapéu e vencedor do 1º Concurso Nacional de Ufologia da Revista UFO, Emanuel Paranhos Corrêa, presidente da Sociedade de Estudos Ufológicos de Lauro de Freitas (SEULF), e o “baiantino” (termo que no Nordeste identifica aquele argentino que se apaixonou pela região e adotou a Bahia como novo lar) Alberto Romero, presidente do Grupo de Pesquisas Aeroespaciais Zênite (G-PAZ), são os ufólogos que merecem nosso maior respeito no momento, por seu trabalho, sua dedicação, seu esforço e, sobretudo, por sua sobriedade na conduta da pesquisa ufológica. Auxiliados brilhantemente ainda pelos ufólogos José Vicente Cardoso e Pedro Silveira, além de um espetacular batalhão de adeptos, realizaram um trabalho fantástico de casuística ufológica. Mais um ponto para a Bahia, que nos últimos anos vem fazendo peso e descentralizando de vez a discussão da questão ufológica em nosso país.
Esta edição traz na íntegra um artigo de cada um desses baianos, todos contendo detalhes da excepcional movimentação ufológica em toda a região da Chapada Diamantina, com ênfase para a cidade de Mucugê. Ela também marca o retorno da série UFO Especial, nascida há 5 anos para servir de apoio à tradicional Revista UFO, mas extinta há pelo menos 4 anos por dificuldades diversas, agora felizmente superadas. O material que esta edição de retorno da UFO Especial contém evidentemente justifica sua volta às bancas de todo o país. Mas não é só isso que nos motiva a reativá-la: estamos hoje vivendo momentos especiais no Brasil, de uma economia mais humana e saneada, de processo inflacionário mais brando e decente. Enfim, estão de volta os bons tempos, que nos permitem voltar a ter ideais, voltar a sonhar e a
tentar transformar esses sonhos em realidade.
Queremos continuar proporcionando aos nossos assinantes e leitores — verdadeiros amigos que estão conosco há tantos anos nessa jornada — um bom nível de informação atual sobre o Fenômeno UFO no Brasil e em todo o mundo, e a um preço razoável. De vez em quando, algumas dificuldades remanescentes atrasam uma edição ou outra, fazem com que tenhamos que aumentar nosso preço de capa em alguns centavos e até mesmo provocam algumas leves alterações em nosso trabalho. Mas lutamos diariamente para superar esses obstáculos assim que eles surgem. E nesse processo, nossa pequena mas combativa Equipe tem a satisfação de poder sempre contar com você, leitor. Seja bem-vindo à UFO Especial, novamente e definitivamente!