O Brasil foi o país que mais enviou participantes estrangeiros ao 3° Congresso Internacional de Ufologia de Las Vegas, ocorrido de 28 de novembro a 5 de dezembro último, simultaneamente ao Festival de Filmes Ufológicos de 1993. Nada menos do que 9 pessoas integraram a comitiva brasileira, encabeçada pelos ufólogos A. J. Gevaerd e Irene Granchi. A comitiva foi formada por iniciativa do Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores e divulgada em UFO nas últimas edições do ano passado. Para o próximo ano, quando se realizará o 4° Congresso, o CBPDV (que recebeu, através de Gevaerd, o título de Diretor Internacional do evento) pretende levar uma nova comitiva de brasileiros, desta vez de pelo menos 30 participantes.
Ao todo, o evento reuniu mais de 400 pessoas, provenientes de diversos países. As atividades do Congresso foram as mais intensas e extensas já apresentadas num evento ufológico. Nada menos do que 6 dias de conferências foram usados, das 9 às 19 horas, para se debater profundamente cada aspecto da questão ufológica. Simultaneamente, pelas noites, filmes e documentários sobre discos voadores e contatos com seus tripulantes foram exibidos em uma seqüência interminável. Todos concorrendo a prêmios em várias categorias (chamados de “EBE Awards”, numa alusão às “Entidades Biológicas Extraterrestres”), foram julgados pelos participantes do evento e por convidados. Ao fim do evento, houve ainda um banquete de encerramento com a entrega dos prêmios aos vencedores. O Congresso, enfim, ao estilo norte-americano, foi também um espetáculo muito bem organizado e dirigido.
A cada ano, o evento de Las Vegas, idealizado pelo produtor de vídeos Bob Brown e coronel da USAF Wendelle Stevens, vai se aperfeiçoando e dando ao mundo uma opção de Congresso onde Ufologia é realmente debatida, desde seus conceitos científicos até a parte esotérica. No evento de 1993, por exemplo, ex-agentes secretos do governo norte-americano se juntaram a “canais” (médiuns que canalizam mensagens de extraterrestres, e que mostraram suas técnicas em público, no evento) de entidades extraterrestres para alertar sobre o futuro da Terra e de que maneira os ETs influenciam nosso destino.
A casuística também esteve bem representada, com casos espetaculares de abducções múltiplas, quando a mesma pessoa é seqüestrada por ETs várias vezes, e os já tradicionais implantes cerebrais. Enfim, o evento foi completo e procurou-se dar espaço a todas as tendências. O Brasil enviou dois representantes. A ufóloga pioneira Irene Granchi, do Rio de Janeiro, do alto de seus recentemente completados 80 anos de idade e 50 de Ufologia, abrilhantou o evento e entusiamou a platéia com casos que ela própria investigou, de seqüestros e abducções no Brasil. Sua experiência foi várias vezes homenageada durante o evento, especialmente sendo a Da. Irene uma das mais batalhadoras pioneiras do mundo.
Gevaerd, editor de UFO, fez uma exposição minuciosa da Ufologia Brasileira, que sempre chama a atenção dos estrangeiros, apresentando o que há de mais recente. O ponto central de sua conferência foi a demonstração dos lamentáveis episódios em que ETs, por razões desconhecidas, atacam, ferem e às vezes matam pessoas no Brasil, em especial no Norte e Nordeste. Para compor sua palestra, Gevaerd contou com apoio maciço da Comunidade Ufológica Brasileira. Finalizou sua conferência dando detalhes do Caso Guarapiranga, de mutilação de ser humano ocorrida em São Paulo e publicada em UFO 25. Como das últimas vezes que fez conferências no exterior, o editor de UFO fez questão de deixar claro que comparecia aquele evento não representando este veículo de comunicação ou o CBPDV, mas sim a coletividade dos ufólogos brasileiros.
Em nossa próxima edição, publicaremos reportagem completa sobre o Congresso de Las Vegas, com detalhes sobre cada conferência.