A Associação Nacional dos Ufólogos do Brasil (ANUB) surgiu de uma idéia do ufólogo gaúcho Carlos Vieira Gonçalves, do Grupo de Estudos Ufológicos de São Gabriel (GUSG). Gonçalves conseguiu sin¬tetizar os anseios da comunidade ufológica nacional e pôs em prática um ideal até então apenas sonhado. A ANUB foi proposta durante a rea¬lização do 2° Congresso Internacional de Ufologia (CIUFO), ocorrido em Brasília em 1983. No evento, para o qual vieram ufólogos de diversos países, estava sendo proposta a criação da Associação Mundial dos Ufólogos (AMU), uma iniciativa da comitiva argentina. Não poderia haver melhor oportu¬nidade para os ufólogos brasileiros, então, ao verem que ufólogos do mundo inteiro iriam se reunir numa só sigla, do que aproveitarem a chance de se reunirem numa entidade de organizasse a classe em nosso país. Gonçalves não imaginava a importância de seu projeto.
No entanto, a Ufologia Brasileira estava um verdadeiro caos naquela época, o que podia ser particularmente observado no congresso, com grupos antagônicos praticamente se digladiando. Mesmo assim, a idéia da ANUB saiu do papel e foi eleita uma primeira diretoria para a entidade, encabeçada por Jaime Lauda e que teria que formular regimentos e estatutos para apresentá-los numa próxima ocasião. A partir desse momento inicial, a ANUB praticamente empacou: praticamente nada de útil se fez até agora para que tornasse uma realidade, apesar dos esforços de alguns dos ufólogos que sucederam Lauda na diretoria.
Algumas bem intencionadas reuniões da ANUB aconteceram em São Paulo, com participação de alguns grupos brasileiros, fazendo com que a idéia inicial fosse sendo adaptada às necessidades dos poucos que participavam da enti¬dade. Lauda então transfere seu mandato (sem eleição) para Adilson Machado, então editor do jornal Realidade Fan¬tástica e que fica com a ANUB por mais alguns meses. Não tendo condições de dirigir a entidade dentro dos moldes propostos, Machado transferiu a diretoria (sempre sem eleições) para o ufólogo Claudeir Covo, que, por sua vez, a manteve em caráter temporário por um ano. Covo tentou restruturar a ANUB e chegou a organizar várias reuniões interessantes e concorridas. Mas, sem ter condições para continuar sua gestão, transferiu-a em 1986 para A. J. Gevaerd (CBPDV), que a dirigiu até 1987. Com essa última transferência, a ANUB passaria a funcionar em Campo Grande, junto da sede da Revista UFO. Essa era uma situação insustentável, pois a Associa¬ção tinha que ficar próxima ao centro do país e Campo Grande era distante.
Assim, Gevaerd também transferiu a ANUB, desta vez para Rafael Cury, do Núcleo de Pesquisas Ufológicas (NPU), de Curitiba. Cury ficou com a presidência até 93, por praticamente 6 anos. Realizou vários eventos e reuniões de seus membros e deu grande impulso à entidade. No fim de 1993, numa reunião da ANUB em São Paulo, sem a presença de Cury, sua diretoria foi transferida compulsoriamente para Covo, com quem ficou até um mês atrás. Em abril passado, durante o 12° Congresso Brasileiro de Ufologia, foi realizada nova reunião para dar alguma definição à ANUB, sendo que Gevaerd foi eleito (desta vez houve eleição) para comandar uma comissão que terá a função de reestruturar a entidade de uma vez, cadastrar filiados, divulgá-la através de UFO e convocar eleições definitivas para setembro, durante o 3° Congresso Nacional sobre Discos Voadores, em Salvador.