Existem muitas dúvidas a respeito da linguagem das raças extraterrestres que nos visitam. Uma das formas de tentarmos explicar essa questão é por meio da visão holística, que consiste numa proposta de transcendência dos velhos métodos mecanicistas. O termo Holística vem do grego holos e significa todo: refere-se a uma visão ampla, total e não fragmentada das coisas, sem paradigmas limitantes, como se observa na ciência moderna. A própria Ufologia necessita, hoje, de uma visão que dê às fontes tradicionais e milenares o seu justo valor enquanto ciência dos antigos (não confundir antigos com primitivos ou trogloditas).
Contudo, a linguagem extraterrestre é a mais complicada forma de manifestar um pensamento e, ainda assim, no final do século passado, chegou a ser descrita e decodificada pela estudiosa russa Helena Blavatsky (1831-1891) em sua obra A Doutrina Secreta. Ela chamava esta língua de Senzar, a língua dos iniciados, ensinada por seres vindos de outras esferas. A partir dos estudos de Blavatsky, muitos pesquisadores contemporâneos puderam aprofundar o que era sabido até então. Vários casos surgiram neste século (e em todas as outras épocas) para confirmar a hipótese de que a estrutura lingüística das civilizações existentes na Terra é de origem extraterrestre.
Um desses episódios é a história do famoso caso do embornal mineiro, que aconteceu em 16 de maio de 1979 na Fazenda Sobrado, município de Baependi. Esse caso de abdução impressionou todo o sul de Minas Gerais. Tudo começou quando Arlindo Gabriel dos Santos, produtor rural no município de Baependi, saiu com dois amigos para uma caçada. Era início da noite e os homens resolveram se separar na mata, para só se encontrarem mais tarde. Arlindo, então, seguiu só, carregando apenas suas armas, alguma comida dentro de seu embornal e uma máquina fotográfica. Caminhou pelo campo até o momento em que avistou um aparelho desconhecido.
A princípio, pensou que se tratava de alguma “experiência cientifica feita por gente da Terra mesmo”, mas logo notou que aquela luz estranha não podia ser “coisa desse mundo”, em suas próprias palavras. Tirou algumas fotos e, com medo, tentou fugir. Não conseguiu correr, pois alguma força desconhecida o prendia ao chão. De fato: Arlindo foi capturado pela nave e conversou com alguns dos 5 tripulantes que lá estavam. Não se lembra de ter sido submetido a nenhum exame físico ou biológico e pôde andar livremente pelos compartimentos do UFO sem que ninguém o tocasse ou questionasse a utilidade dos objetos que carregava consigo (uma espingarda e um revólver, além da máquina fotográfica). Os visitantes extraterrestres queriam apenas saber de Arlindo se ele havia tido contato ou noticias de uma Zurca – uma espécie de artefato extraterrestre de mesma origem que seus raptores, que sofrera algum acidente e teria cortado transmissão com a base alienígena.
A linguagem ET é a mais complicada forma de manifestar um pensamento, e, ainda assim, no final do século passado, chegou a ser decodificada pela estudiosa russa Helena Blavatsky, em sua obra A Doutrina Secreta. Ela chamava esta língua de senzar, a língua dos iniciados, ensinada por seres vindos de outras esferas do Cosmos
Segundo a descrição de Arlindo, a nave que o capturou era toda branca por fora e tinha formato parecido com o de um ovo. Interiormente, o veículo era marrom, com um brilho inexplicável e o ambiente meio frio. “Havia um cheiro de poeira no ar”, disse Arlindo aos pesquisadores. Os tripulantes usavam roupa preta, luvas e um capacete com visor de material análogo ao vidro; pareciam respirar por um tubo que saía da parte de trás da roupa. Após quase 2 horas dentro da nave, Arlindo foi deixado no mesmo lugar de onde havia saído. Sentiu um pouco de náusea e tontura, mas caminhou normalmente até sua casa. Conseguiu revelar as 4 fotografias que tirou. Porém, sua máquina ficou inutilizada devido ao contado com a radiação da espaçonave.
O embornal (espécie de saco de algodão) que o produtor rural carregava consigo na ocasião do seqüestro foi encontrado vazio, cerca de um mês depois, coberto de inscrições e desenhos que de imediato não foram decifrados. Muitos dos símbolos gravados no saco já estavam apagados ou borrados por ação do tempo. Contudo, vários sinais ainda se encontravam em condições de ser analisados. Na época, o caso foi pesquisado pelos integrantes do extinto Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas (CEVAPPA), que depois teve seu nome mudado para Associação Ufológica de Investigação de Campo (AUIC), entre os pesquisadores estava o Dr. Ubirajara Franco Rodrigues, que deu notoriedade à história.
Análise Cautelosa – Juntamente com a ufóloga Irene Granelli, Ubirajara fez vários estudos sobre o caso, que se tornou conhecido mundialmente. Com uma análise cautelosa, foi possível observar as semelhanças entre os sinais do embornal e os caracteres hebraicos descobertos no Mar Morto em 1949. Instituições como a Universidade Hebraica de Jerusalém, por exemplo, tomaram conhecimento da existência do embornal e solicitaram cópias das inscrições feitas pelos extraterrestres. Porém, tais instituições calaram-se diante do fato: seria muito difícil aceitar a ligação do “sagrado” hebraico antigo, ensinado a Adão por Deus, com uma suposta origem lingüística de raças extraterrestres.
O texto inscrito pelos ETs no embornal está dividido em 10 linhas, sendo que as 5 últimas estão mais borradas. Dos 146 sinais que compõem o texto, foi possível reconstituir 110, ou seja, 75% do total. No centro das inscrições pode-se identificar 4 desenhos: o primeiro se parece com um chapéu, o segundo é um travessão diagonal, o terceiro é um retângulo e, o quarto, um hexágono. Uma vez reconstituídos os sinais, toma-se mais fácil analisar o seu real significado, pois guardam uma semelhança muito grande com os caracteres fenícios, aramaicos, hebraicos e também com a escrita egípcia. Na parte fonética, encontramos muita relação com o sânscrito. Com isso, pode-se concluir que a linguagem do embornal é eclética, possuindo as características consonantais do hebraico, o estilo cursivo da escrita egípcia (hierático e demótico) e a riqueza fonética do sânscrito. No que concerne aos desenhos contidos no embornal, chegou-se a conclusão de que os 2 primeiros – o chapéu e o travessão em diagonal – assemelham-se a representações de espaçonaves. Segundo descrição de muitas testemunhas de UFOs, o travessão poderia significar uma nave-mãe em forma de charuto. Quanto ao terceiro desenho, sob uma análise do ponto de vista cabalístico, representa a autoridade e a confiança em valores estabelecidos.
Talvez seu formato retangular queira demonstrar que as raças desenvolvidas do espaço tenham autoridade. A quarta e última figura é um hexágono, símbolo da rela&c
cedil;ão do homem com o cosmo e da fraternidade universal. As últimas 4 palavras do texto não puderam ser identificadas, pois os sinais da décima linha estão quase totalmente apagados. Das 66 palavras do texto, apenas 18 não foram traduzidas. Desta forma, foi possível captar o sentido geral do significado do texto. Segundo a interpretação dos estudiosos, a “erva nova” da qual o texto se refere é a consciência do homem. A mensagem faz distinção entre consciência ordinária (objetiva, do dia a dia) e a consciência natural, inerente à essência humana. O texto sugere ainda que a consciência objetiva deva ser melhorada no homem, enquanto que a natural é a “síntese da existência” e, portanto, não precisa sofrer mudanças. A expressão “Cada Broto” da “erva nova” se refere aos seres humanos que, em conjunto, formam uma grande “árvore de ouro puro”, capaz de dissolver o mal. Eis uma clara alusão à Árvore da Vida ou Árvore da Cabala.
Fazendo uma análise do conjunto estético, chega-se à conclusão de que a mensagem contida nas figuras do embornal, em linhas gerais, significa o seguinte: “As raças desenvolvidas do espaço têm autoridade para estabelecer as bases da fraternidade universal, pois sua autoridade está calcada na fraternidade e não no domínio”. Veja nos boxes da matéria a apresentação do texto do embornal em hebraico (quadro 1) e sua forma original Senzar, extraterrestre (quadro 2), e sua tradução literal para o português (quadro 3).
Para facilitar a compreensão dos leitores que acompanharam as traduções pelos quadros da matéria, apresentamos também uma tradução literária do texto, que é a seguinte: “Aquele que oprime a erva nova a umedeça, faça a nascer para que ela seja concluída e domine a matéria. Para o que procede da palavra, realize o destino da beleza que a conserva perfeita, pois aquele que a protege da palavra inútil e impura tem um escudo que reforça seu jardim. Caso contrário, sobre o que recairá a ruína? Sobre a força natural da vida! Agora é o momento para o que procede da evolução natural da forma e da consciência ordinária, pois a consciência natural é como o ouro puro, como uma chapa superior, como a síntese da existência e do conhecimento”.
Continuando, a mensagem no embornal de Arlindo Gabriel, segundo nossas análises, revelam fortes fatos para a Humanidade. “Defeito violento é a força da consciência objetiva, que é um movimento evolutivo, sem nenhum amor, usada apenas para conservar o domínio. Cada broto desta erva nova possui um sublime poder. A erva é como uma árvore de ouro puro, capaz da dissolução do mal, mesmo que no princípio seja uma insignificante semente”. Assim se encerra o texto que, sob forma de sinais, foi encontrado no saco de lanches de um humilde produtor rural do interior de Minas Gerais. Talvez, esse simples objeto seja mais uma peça do quebra-cabeças ufológico, que nos ajudará a decifrar o Fenômeno UFO.
Pesquisador do Caso do Embornal Abandona a Ufologia
O ufólogo Ubirajara Franco Rodrigues, advogado e professor universitário que pesquisou o Caso do Embornal, quando presidente do Centro Varginhense de Pesquisas Parapsicológicas (CEVAPPA), é uma das mais recentes e dramáticas perdas para a Ufologia Brasileira. Bira – como é conhecido por todos – decidiu afastar-se da Ufologia, manifestando suas razões por meio de carta dirigida à Revista UFO: “Comunico meu desligamento da Ufologia, em todos os campos de atividade. Devido a múltiplas razões, notadamente de ordem íntima e subjetiva, afasto-me da Ufologia em todos os seus aspectos, sejam de pesquisa, colaboração e estudos. Esta decisão decorre dos últimos anos de reflexão, de que me utilizei para, com calma e ponderação, tomá-la em caráter definitivo e em plena consciência”.
Sua decisão é uma lástima para todos os que estão mais intimamente ligados à Ufologia em nosso país. Ubirajara sempre foi um dos mais produtivos, conscientes e determinados ufólogos brasileiros. Em suas incontáveis viagens de pesquisa descobriu e averiguou centenas de casos – muitos tão extraordinários que ajudaram a projetar a Ufologia Brasileira em todo o mundo. De sua máquina de escrever saíram muitos artigos de elevado valor e elaborado conteúdo para todos os ufólogos, não só de avaliação da presença extraterrestre em nosso planeta, mas também de sábios aconselhamentos e valiosos ensinamentos a todos.
O Centro Brasileiro de Pesquisas de Discos Voadores (CBPDV) e a Revista UFO, tomando a liberdade de pronunciarem-se em nome de toda a comunidade ufológica nacional, embora sintam imensamente seu desligamento de nosso meio, só têm a agradecer por tantos anos de dedicação e seriedade, sempre se empenhando na busca de respostas a um fenômeno que, ainda hoje, se mostra tão enigmático para a Humanidade. Respeitamos sua decisão, de eminente pesquisador que resolveu se retirar de suas atividades num momento em que sua carreira ainda estava cercada de grande prestígio e respeito por todos seus colegas. Mas continuaremos eternamente gratos pela relevante contribuição que este estudioso e grande amigo deu à Ufoiogia nos últimos anos.
— A. J, Gevaerd e Equipe UFO