Equipe UFO — Desde 1979, o artista plástico mineiro José Tadeu Alves teve sua vida transformada por experiências que só aqueles que passam por um processo de abducção podem entender. É muito comum que o abduzido, além de sofrer um grande trauma psicológico causado por seu contato, sofra também um trauma social. No entanto, nem só de lembranças tristes vive um contactado. A abducção muitas vezes traz aspectos positivos para a vida do abduzido, pois só quem vive esta experiência é capaz de saber – e sentir – certos segredos do Universo, passando a enxergar a Humanidade com olhos de quem já viu o sobre-humano.
Há ainda os poderes paranormais que, como já disse a ufóloga Irene Granchi, são o corolário das abducções. José Tadeu, como era de ser esperar, tem manifestado esses poderes que, segundo ele, precisam ser aperfeiçoados e usados com conhecimento e sabedoria. Morando em Brasília, um lugar cercado por grande mística, Tadeu tenta saber mais sobre sua experiência com os extraterrestres, além de buscar auto-conhecimento. Ele aproveita também para, através da sua arte, manifestar um pouco do que tem vivido durante essas quase 2 décadas de contato com ETs.
Este ano, José Tadeu Alves resolveu tornar pública sua experiência, em virtude de sinais que têm recebido dos seres que contacta. Sua primeira aparição pública foi no quadro Sem Limites, apresentado por Lima Duarte no programa Fantástico de 23 de abril passado. Segundo o contactado, tais mensagens ou sinais prevêem acontecimentos de vital importância, que poderão influenciar toda a Humanidade. Ao publicar o relato de José Tadeu Alves – na íntegra e escrito na primeira pessoa – a Revista UFO abre um precedente que, esperamos, possa representar também maior entendimento da questão ufológica.
Nosso intuito é simples: sabemos que existem, em todo o Brasil, milhares de pessoas que, como José Tadeu, tiveram experiências extraordinárias que necessitam vir ao conhecimento público. No entanto, tais pessoas, pelas mais variadas razões, muito raramente ou quase nunca se expõe ao público. Muitas delas simplesmente desconhecem a importância do fato que viveram e muitas outras não fazem idéia de que existe esse veículo para apresentar seu caso.
Pois a Revista UFO, doravante, tentará passar aos seus milhares de leitores depoimentos pessoais de quem passou pelo contato com extraterrestres. UFO é o fórum apropriado para isso: é uma publicação séria, objetiva e honesta cujas metas são voltadas para a divulgação imparcial e aprofundada de todas e quaisquer facetas da Ufologia, da casuística pura e simples até experiências mais íntimas e complexas, como as de José Tadeu e muitos outros.
Eles vieram da luz! – Foi numa noite de 1979. Eu estava na casa da minha noiva, assistindo televisão na sala quando, num forte ímpeto, senti como se uma força misteriosa me fizesse ir até o quintal. Ao chegar lá, agindo mecanicamente, olhei para o céu, que estava muito estrelado, e vi surgir uma luz alaranjada cujo formato lembrava o da lua cheia. Sem qualquer razão, aquilo desaparecia diante dos meus olhos e, instantaneamente, reaparecia em outro lugar. Ia se aproximando cada vez mais, até que parou no ar por uns segundos e, numa arrancada luminosa, deslocou-se em minha direção. Estático e imóvel, tentei retroceder, chamar outras pessoas para que testemunhassem o fenômeno junto comigo. No entanto, não consegui me mover.
Percebi que a luz estava exatamente sobre mim e que todo o quintal estava tomado por sua poderosa luminosidade. A única coisa que poderia fazer naquele momento era lançar-me ao chão, numa espécie de fuga. E foi o que fiz. Nesta hora, senti um completo torpor e fiquei inconsciente, não me lembrando de coisa alguma que possa ter acontecido e nem por quanto tempo permaneci em tal estado. Acordei profundamente assustado, sem compreender o que ocorrera. Simplesmente gritei! Foi um grito de desespero e pavor, estava trêmulo, dominado pela aflição, sangrava pelos ouvidos e narinas, além de ter ferimentos nas pernas
Na mesma noite procurei um médico, que não encontrou diagnóstico para o meu estado. Ninguém tinha respostas para o que havia me acontecido. A partir desse momento minha vida mudou completamente. Católico praticante, busquei respostas em minha formação religiosa. Não as encontrei. Passei a procurá-las no espiritismo e também não adiantou. Aí veio o pior: começaram as chacotas, as pilhérias e o deboche por parte das pessoas a quem eu contava a experiência por mim vivida. Ouviam-me sempre com ar de incredulidade, quando não de sarcasmo, chegando algumas, entre si, a afirmar que eu estava ficando louco.
Estaria eu louco? Às vezes cheguei a duvidar da minha sanidade mental, pois me encontrava em um forte estado de perturbação, desorientado e sem entendimento. E para completar, outros fenômenos começaram a acontecer: eram lâmpadas que se acendiam e apagavam, alterações da corrente elétrica, visões das mais diversas, seres que surgiam do nada e muitas perturbações noturnas. Tudo isso acabou me transformando numa pessoa retraída, querendo sempre o isolamento, cada vez tendo mais medo da reação daqueles que me cercavam.
Quando já estava perdido, beirando o desespero, comecei a sentir uma espécie de comando que passara a atuar dentro de mim. Era como se um poder maior iniciasse uma etapa de domínio sobre minha mente e meus sentidos. Passei a operar fenômenos inusitados, como alteração molecular, telepatia, transporte de objetos através da mente
Quando já estava perdido, beirando o desespero, comecei a sentir uma espécie de comando que passara a atuar dentro de mim. Era como se um poder maior iniciasse uma etapa de domínio sobre minha mente e meus sentidos. Passei a operar fenômenos inusitados, como alteração molecular, telepatia, transporte de objetos através da mente e até mesmo terapia curativa para determinados males físicos (atividade que ainda considero insipiente). E mais: recebia instruções telepáticas que me faziam ir aos lugares mais altos de Barbacena, cidade em que morava, para fazer meditações e tentar encontrar algum sentido para tudo o que estava me acontecendo.
Muito angustiado e cansado de perder amigos e ser visto como louco, pedi aos céus alguma resposta. Exigi de Deus, ou qualquer outro ser superior, uma solução para tudo aquilo. Finalmente, meu grito de revolta e desespero encontrou eco. Alguns dias após a minha explosão (um tanto quanto irracional), surgiu uma esperança. Eu estava em meu banheiro e, como que por encanto, todo o ambiente foi dominado por uma intensa claridade, uma luz azulada, co-mo se fosse de gás néon. Diferentemente das outras ocasiões, este fato provocou em mim uma sensação de êxtase, deslumbramento e interligação com um outro plano, era como se estivesse sendo levado a um estado de leveza total, de transmigraç&ati
lde;o a uma realidade que eu apenas começava a conhecer.
Ainda hoje, passados tantos anos, a recordação daqueles momentos me chega carregada das mesmas sensações de medo, angústia, desespero e abatimento total diante de fatos que me pareciam inexplicáveis – absolutamente fora de qualquer entendimento lógico e racional. Eu sempre me perguntava se aquilo estava realmente acontecendo, pois às vezes tinha dúvidas se eu já não havia me enveredado pelos caminhos da loucura. Não poderia sequer imaginar, naqueles dias terríveis, que as respostas estavam prestes a chegar, claras, precisas, verdadeiras e indiscutíveis.
Maktub! Como diriam os árabes, estava escrito. Foi em 1981, no mesmo ano em que aconteceu o fenômeno no meu banheiro, conheci em Barbacena um casal (Edmar e Jane Rezende) que formou fortes laços de amizade comigo e, após um mês, me convidaram para morar em Brasília, onde poderia tentar desvendar os meus mistérios com mais força. Resolvi ouvir as forças superiores responsáveis pela condução do meu destino e aceitei a proposta dos meus amigos.
Em Brasília tive a oportunidade de conhecer pessoas que contribuíram muito para a minha evolução. Entre elas estava Tia Neiva, mentora do Vale do Amanhecer, que ao me ver pela primeira vez disse: “Meu filho, tu tens uma missão muito elevada a cumprir. Cumpre-a com dedicação e amor, porque ela representa a tua elevação espiritual”. Uma segunda pessoa que também foi muito representativa nesta fase foi o General Uchôa, mundialmente famoso no campo da Ufologia, por suas experiências e pesquisas.
Estímulo – Contei-lhe minhas experiências e dúvidas, recebendo sempre a sua orientação luminosa, os ensinamentos mais abalizados e coordenadas certas. Graças a este estímulo encontrado em Brasília, passei a integrar grupos de estudos ufológicos, participando de debates memoráveis, palestras e pesquisas de campo. Para aprimorar meus conhecimentos e consolidar minha formação, fiz cursos de Parapsicologia com a Dr.ª Maria Lídia Gomes de Matos, na Universidade de Brasília (UnB) e que me serviu para abrir os caminhos das realidades que hoje me são tão íntimas. Finalmente, em outubro de 1988, pude compre-ender as forças maiores que me conduziam.
Esta iluminação espiritual aconteceu quando estava meditando em meu quarto e comecei a sentir uma dor insuportável na cabeça. Em minha mente vinham imagens como em uma televisão, eu via 5 árvores e uma luz intensa. Isso me obrigou a sair de casa e, intuitivamente, cheguei a um lugar bem afastado da cidade. Fui de táxi e pedi ao motorista que me apanhasse às 03:00 h da manhã, paguei a corrida adiantadamente para que confiasse e mim, embora achasse estranha a minha atitude.
Sozinho, entrei no mato, tomado por presságios estranhos. Não foi preciso esperar muito para que vislumbrasse no céu a mesma luz que me havia contactado em Barbacena. Nesta segunda visão já não havia mais nenhum resquício de pavor, pois me senti espiritualmente preparado. A luz desceu ao solo com a velocidade de um raio. Iniciou uma espécie de balé fascinante, cheio de magia, pousando suavemente como um pássaro alado. Percebi que havia matéria dentro dela, o diâmetro devia ser de mais ou menos 6 m. Em seguida abriu-se do objeto uma portinhola, saindo dela 4 seres. Eles emitiam uma espécie de zumbido que julguei ser sua forma de comunicação. Em virtude da pequena estatura dos ETs, julguei (equivocadamente) que fossem crianças, mas logo percebi que eram os mesmos seres que já haviam me visitado nos meus sonhos.
Enquanto um deles permanecia junto à porta do UFO, outros dois se afastaram, indo um para a direita e outro para a esquerda. O quarto ET veio em minha direção e levantou o braço direito, gesto que interpretei como uma saudação. Eu estava trêmulo, mas agüentei e tentei permanecer firme. Sem emitir nenhum som, o ser, telepaticamente, convidou-me para entrar na luz. Eu, por incrível que possa parecer, aceitei imediatamente, tendo que curvar-me para passar pela pequena porta. Fizeram com que eu me deitasse em uma espécie de padiola, enquanto se comunicavam por aquele zumbido que eu ouvira anteriormente.
Tentando emitir sons pela boca, mas ainda com os lábios trêmulos, perguntei ao líder o que significava tudo aquilo. Como resposta, mas ainda telepaticamente, ele disse: “Nós te conhecemos há muito tempo, desde antes da tua chegada a este plano. E há muito também estamos te observando”. Tais declarações tiveram em mim um efeito terapêutico, fazendo com que adquirisse força para indagar: “Vocês acreditam em Deus?” e o líder respondeu serenamente: “Somos parte da mesma criação e tudo isso que você está vivenciando está ainda muito longe da compreensão da humanidade”. A seguir, totalmente seguro e calmo, pedi: “por favor, não me machuquem como da outra vez” e o ET, aquiescendo, falou: “Fique em paz”. A partir daí, os quatro visitantes deram início a aplicação de um aparelho sobre meu corpo, fazendo com que eu entrasse em estado letárgico, mergulhando em sono profundo.
Sensação – Imagino que o encontro tenha durado cerca de duas horas e meia, levando-se em conta a hora que o motorista do táxi me deixou no local e o momento em que foi me apanhar. Ao acordar, senti uma queimação na orelha direita, sensação que persistiu mesmo depois que saí da luz e me despedi dos 4 tripulantes. Os seres retornaram para dentro do UFO, que subiu lentamente, desaparecendo no espaço.
É importante dizer que tudo isso não foi uma ilusão ou algo imaginário. O próprio motorista, quando chegou para me buscar, afirmou ter visto uma luz de grande intensidade afastando-se rapidamente em direção ao céu. Pensou ser um helicóptero, pedindo inclusive que eu confirmasse se realmente o era. Foi o que fiz, pois não tinha permissão para revelar o que de fato havia ocorrido. Durante muito tempo não pude revelar publicamente as experiências pelas quais passei, porque os seres não me permitiam. Hoje já posso contar o pouco que sei e espero que tais informações sejam úteis para a Humanidade.
Aproveito este momento para agradecer aos que muito têm contribuído para o meu crescimento e evolução. Sem a ajuda e compreensão de pessoas como o general Moacyr Uchôa, o professor Carlos Farias Ouro de
Carvalho, Erich Nemer, os membros do Grupo Morya e também da Equipe UFO, minha trajetória não seria a mesma. Obrigado!