
Muitas dúvidas e quase certezas, além de intermináveis discussões foram provocadas pelo aparecimento do filme da autópsia de um suposto ET. Evidentemente, não podemos nos pronunciar pelo sim ou pelo não. Todo cuidado é pouco quando se trata de algo de tamanha importância não só em nível científico, mas para toda a Humanidade. Tão nocivas quanto as posições dos governos, são as declarações levianas de pessoas que só estão preocupadas em mostrar seus conhecimentos e sua “seriedade científica”, muitas vezes se referindo aos fatos ufológicos com grande deboche.
Depois de 45 anos dedicados ao estudo e pesquisa dos UFOs, chego à conclusão de que não se pode ser taxativo em nada, principalmente quando o assunto é Ufologia. Até o absoluto se torna relativo e por isso é que a pesquisa séria, em qualquer área ou disciplina científica, deve ser levada adiante com o máximo de cuidado, porém, com a mente aberta. Dessa forma, é necessário colocar um pouco de ordem no caos gerado pelo filme da autópsia, analisando e ponderando todos os ângulos, sem paixões.
Uma análise pormenorizada do filme das autópsias de ETs pode conduzir à conclusão de que o material pode tanto ser falso quanto verdadeiro, dependendo do ângulo que se olha. Mesmo assim, é necessário ao ufólogo ter a maior cautela possível, porque o que importa agora é saber o que está por trás da misteriosa revelação da fita e seu fantástico conteúdo
Diante da falta de elementos comprobatórios (o filme original), resta-nos analisar os poucos minutos de imagens comercializados por Ray Santilli. Para isso, é preciso raciocinar sobre a anatomia alienígena apresentada, suas semelhanças e discrepâncias com o ser humano, além dos elementos existentes para comprovar ou não os fatos. Diante do que foi apresentado por Santilli, é possível fazer os seguintes apontamentos:
(1) Se o cadáver é real, podemos supor que, devido ao calor (o acidente de Roswell aconteceu em pleno verão de 1947) já se encontrava em decomposição quando foi autopsiado. Há também a hipótese de que seja uma fêmea grávida. Se o ser for realmente uma fêmea grávida, sua anatomia não é semelhante à de nenhum outro ET descrito por abduzidos ou estudos feitos a este respeito.
(2) Ainda sobre seu aspecto anatômico, percebe-se que o músculo reto anterior, juntamente com o sartório, parecem seguir uma disposição diferente da humana e, ao invés de terminar na virilha junto com o pectínio, parecem subir até quase o meio do abdome, diminuindo o espaço do ventre. Outro detalhe é que, segundo alguns cientistas, o ser não apresenta intestinos.
(3) A genitália é aparentemente igual à de um ser humano do sexo feminino, pelo menos na parte externa. Já a configuração do abdome e pernas dá à criatura a aparência de uma criança subnutrida.
(4) O patologista americano John Wilmore, do Women’s Hospital de Washington, disse após assistir ao filme que o ser (quando autopsiado) não apresentava intestino. Em outro ponto de sua declaração, o médico acrescentou: “Pude perceber que os médicos que faziam a autópsia não eram especialistas. Resta saber por que os militares, dispondo de todos os recursos para tal, iriam improvisar, especialmente num caso de tamanha importância para a ciência”.
Nos documentos sobre autópsias de extraterrestres que vazaram do governo norte-americano graças a alguns militares ou agentes do serviço secreto, as descrições dos cadáveres resgatados são muito parecidas com as do ser mostrado no filme. Há características como ausência de genitália e o fato de alguns seres apresentarem número de dedos nas mãos e nos pés menor que nos humanos, a maioria com membranas entre os dedos. Um memorando do Almirante Roscoe, conseguido através da Lei de Liberdade de Informação, revela: “Os humanóides encontrados têm aparência humana e seus processos evolutivos e biológicos, responsáveis por seu avanço, pareciam ser bem diferentes dos observados no Homo Sapiens terrestre”.
Diante das informações obtidas até agora, podemos tirar as seguintes conclusões:
(1) Na realidade, os cadáveres do filme podem não ser necessariamente os corpos encontrados em Roswell. Pelo que sabemos, entre janeiro de 1947 e dezembro de 1952, pelo menos 16 UFOs caíram ou foram abatidos em nosso planeta. Desses acidentes, 65 corpos de ETs foram resgatados, sendo que pelo menos dois estavam com vida. Os que sobreviveram por algum tempo receberam o nome de EBEs, ou seja, entidade biológica extraterrestre.
(2) Pelo menos 13 acidentes com UFOs aconteceram no território americano, sendo 11 no Novo México em localidades como Roswell, Alamogordo, Corona e San Agustin. Os outros dois aconteceram no Arizona e em Nevada, respectivamente.
(3) Também houve, no mínimo, quatro acidentes em outros países: um na Noruega, um na África do Sul e dois no México, sem falar ainda em um UFO que explodiu sobre a praia de Ubatuba em 1957 e outro que caiu no estado de São Paulo em 1963 (menos de 24h após a queda, um Hércules C-130 da Força Aérea Americana pousou no Brasil, levando para os Estados Unidos uma misteriosa carga).
(4) Se o filme e o corpo do ET forem realmente verdadeiros e essas informações vazaram, escapando do controle do governo americano, a CIA, a NASA e o mal fadado Projeto Majestic 12, por um erro imperdoável de segurança, poderiam deixar escapar muito mais informações. Muitos documentos podem surgir a qualquer momento, um fato pouco atrativo para todos os governos do mundo.
(5) No caso de o corpo ser verdadeiro, qual seria a tática usada no processo de desinformação? Ao que parece, a tática mais apropriada seria denegrir aos poucos a imagem dos responsáveis pela informação de forma indireta, já que poderia provocar interpelações judiciais (e isso não interessa, pois a justiça poderia obrigar os acusadores a apresentarem provas e documentos que não podem vir a público).
(6) Poderíamos entender a relação de processos de desinformação, descrédito e outras artimanhas, mais ou menos éticas, desde plantar falsas notícias, para depois ridicularizar quem acreditou nelas. Até mesmo o “suicídio” de pessoas que ser tornaram muito inconvenientes por causa do posicionamento discordante com o acobertamento do governo ou excessivo conhecimento de relatórios acima d
e super secreto.
(7) Talvez algum dia seja descoberta a verdade sobre os suicídios (provavelmente forjados pelo governo) do então secretário da Defesa dos EUA, James Forrestal – que era contra o acobertamento UFO – e do professor de física atmosférica, doutor James McDonald, totalmente cético quanto aos UFOs até o dia em que checou pessoalmente os arquivos da Força Aérea. Existem fortíssimas evidências de que os próprios presidentes americanos não tiveram autorização para conhecer determinados programas ultra-secretos nem suas respectivas fontes de financiamento.
(8) Uma outra possibilidade é de que, como foi noticiado, o cineasta Steven Spielberg foi convidado pelo presidente Bill Clinton em fevereiro de 1994 para realizar um filme sobre os acontecimentos de Roswell. Houve também boatos de que o governo forneceria informações confidenciais sobre o acontecimento, mostrando inclusive os cadáveres do acidente. É só esperar até 1997, data fixada para a estréia do filme. Parte do esquema – para não terem que bater no peito dizendo mea culpa – seria divulgar notícias e imagens que foram guardadas a sete chaves e revelações de testemunhas que passaram a vida inteira caladas sobre o assunto.
Sabemos que, após o aparecimento do filme de Ray Santilli e todas as análises feitas, além de pesquisas de opinião de suas projeções, outros documentos e provas do acidente de Roswell podem surgir. Paralelamente, continuará a contestação por parte de alguns da comunidade científica ou militar para obter a dosagem correta de informação a ser revelada. O objetivo é evitar a histeria coletiva ou o tão proclamado pânico ante as revelações ufológicas.
Possivelmente, esse deverá ser o primeiro passo e, com cuidado, devemos aprender a caminhar por este longo caminho, não nos esquecendo de separar o joio do trigo. Antes de negarmos definitiva e peremptoriamente a possibilidade de que nossos vizinhos espaciais se encontrem mais próximos de nós do que sonha ou imagina nossa vã filosofia, lembremos de que nossa galáxia, a Via Láctea, tem um diâmetro de 100 mil anos luz e uma quantidade de estrelas estimada em, no mínimo, de 100 a 200 bilhões. Se apenas 1% delas abrigasse civilizações, teríamos cerca de 1 bilhão de prováveis vizinhos, muitos deles em condições de, a qualquer momento, estacionar em nosso jardim…