Os avistamentos de UFOs aumentaram em mais de 100% nos últimos 10 anos. Tais naves passaram a concentrar suas operações em grandes cidades, em vez de vilarejos e campos ermos pelo mundo afora. Assim seus tripulantes podem seqüestrar mais gente. Estes seqüestros – as temidas abduções – também cresceram assustadoramente nos últimos anos. Hoje, estima-se que mais de 50 milhões de pessoas tenham passado momentos terríveis nas mãos de ETs. Deste contingente, cerca de 99% simplesmente desconhecem sua condição de abduzidos, mas muitos deles têm até implantes em seus corpos. Eis algumas das conclusões a que chegaram 40 dos mais expressivos experts em Ufologia da atualidade, enclausurados por uma longa semana no River Palms Resort, na pequenina Laughlin, uma cidade de 20 mil habitantes, 150 km ao sul de Las Vegas.
Elas podem não ser exatamente novas descobertas, pois tais fatos já eram conhecidos ou pelo menos suspeitados há bastante tempo. Mas agora tais conclusões representam para a Ufologia confirmações de que precisávamos para melhor avaliarmos o que se passa em nosso pequeno e frágil Planeta Azul. Os ufólogos reunidos no River Palms estavam participando do 8°International UFO Congress Convention, simultaneamente realizado ao UFO Film Festival. Trata-se do maior e mais bem-sucedido evento sobre Ufologia realizado no momento, este ano pela oitava vez. Cerca de mil pessoas lotaram o auditório do hotel, com mais de 1.800 apartamentos, por 7 dias e 8 noites, para assistirem a dezenas de palestras e à exibição de uma dúzia e meia de documentários ufológicos. Mais de 12 nações foram representadas.
Maratona Extenuante – Os organizadores do evento, Bob e Teri Brown, fazem questão de que seus resultados sejam expressivos. Por isso convidam os ufólogos que mais se destacam em seus países para irem aos Estados Unidos, todos os anos, exporem seu trabalho. O formato do congresso não é o que se poderia chamar de convencional. Primeiro porque sua duração é extenuante, mas altamente produtiva. Em segundo lugar porque Ufologia é tratada como tema central e enfocada sob os mais diversos pontos de vista. Em Laughlin, simplesmente se abandonou convenções do tipo Ufologia Mística, Científica, Esotérica ou Casuística.
De que adianta fazermos uma Ufologia teórica e vazia? Temos que discutir com maior firmeza o que os ETs desejam e como podemos interagir com sua eminente aproximação de nosso planeta. Será que estamos em seus planos?
– Bob Brown
“Há muito tempo temos feito estes eventos com o propósito de levar ao participante informações úteis à sua vida”, diz Bob Brown, que não é ufólogo, mas organizador de eventos na área de aviação. “De que adianta congressos em que se trata de UFOs como objetos distantes e curiosos, mas longe de nosso dia a dia?”, resumiu. Para Bob, a idéia é dar ao participante do evento uma noção clara de como o Fenômeno UFO interfere em sua vida e como ele pode lidar com tal fato de forma a conviver com algo que não pode impedir de acontecer. Nesse sentido, o evento tem seu ponto-alto ao fazerem conviver diariamente, por uma semana, centenas de participantes e dezenas de conferencistas.
Esta é a fórmula do sucesso do congresso, que começou um Las Vegas, em 1992. Cerca de 90% dos participantes têm algum tipo de ligação com os UFOs. Estima-se que pelo menos 10% sejam abduzidos, que recorrem ao evento como forma de conhecer melhor as experiências pelas quais passaram. Nesse sentido, a ajuda que tanto buscam pode advir do convívio com pessoas que compartilham o mesmo sentimento de desorientação que uma abdução acarreta. E convívio é exatamente o que não falta em Laughlin. “Nós queremos que as pessoas que tenham tido contatos com ETs se sintam em casa. Aqui nós não só acreditamos em suas histórias como podemos ajudar em sua compreensão”, disse a Revista UFO Wendelle Stevens, um dos fundadores e atual conselheiro do evento.
Outro ponto importante do congresso é que os conferencistas provêm de universos diferentes dentro da fenomenologia ufológica. Vários deles são teóricos, outros verdadeiros investigadores de campo. Alguns são especialistas em abduções, outros são abduzidos reincidentes. Vários são terapeutas convencionais que adaptaram suas técnicas para tratar de traumas causados por abduções. Enfim, há de tudo neste evento, que reúne num só ambiente, com um só propósito, pessoas que buscam responder a uma pergunta que se esconde por trás das manifestações de UFOs e ETs em nosso planeta: De que forma podemos interagir com nossos visitantes, sem sofrimento e com aprendizado? Pode parecer uma indagação banal, mas é da maior importância.
Estamos nos aproximando rapidamente do ano 2000 e ainda temos questões cruciais para serem respondidas sobre nossos visitantes. Uma delas é muito importante: por quanto tempo ainda eles estarão se escondendo de nossa Humanidade
– Wendelle Stevens
“E para tratar de dar forma à resposta que se busca para tal pergunta que o evento é realizado”, sintetizou Bob Brown. Neste ano, entre os novos conferencistas convidados, alguns se destacaram por uma abordagem alternativa para os contatos com ETs. Um deles foi Lloyd Pye, ex-agente da Inteligência do Exército norte-americano. Pye abordou o passado do homem sobre a Terra de forma peculiar, argumentando que tudo o que aprendemos até hoje é falso. “Temos que reaprender tudo aquilo que nos ensinaram que é carregado de preconceitos religiosos, militares, étnicos e científicos”, declarou.
Peter Sorenson foi outro destaque em Laughlin. Especialista em círculos ingleses, este norte-americano da Califórnia abandona suas atividades e emprego todos os anos para passar de 4 a 6 meses da Inglaterra, investigando o fenômeno. Ele não está preocupado com as formas dos círculos ou em encontrar explicação para eles. Sorenson quer apenas documentar os fatos sob as mais diversas óticas. “Já analisei mais de mil círculos e estou, hoje, mais confuso sobre o assunto do que quando comecei meu trabalho”, disse à Revista UFO. “Simplesmente, não há nenhuma explicação fácil para o fenômeno, que desafia todas as nossas tentativas de compreendê-lo”, finaliza.
O cientista planetário, autor consagrado e conferencista internacional Bryan O\’Leary foi uma das mais marcantes presenças no congresso. Dono de um repertório simplesmente ilimitado e de um poder de síntese surpreendente, O\’Leary uniu o conceito da origem extraterrestre de nossos visitantes à de nossa própria origem cósmica para abordar, em sua conferência, os caminhos e meios que nos levarão a atingir a consciência. Passando por teorias sobre energia livre, cura espiritual e autoconhecimento, O\’Leary demonstrou que humanos e ETs fazem parte de um universo único. “Somos tão importantes para eles quanto eles para nós”, resumiu.
Fui abduzido por seres que se identificaram com pleiad
ianos e disseram estar contatando outras pessoas. Meier era uma delas, mas não sabia na época
– Enrique Castillo Rincón
Da Venezuela, o abduzido Enrique Castillo Rincón respondeu pelo segmento casuístico do evento ao abordar suas variadas experiências de mais de três anos, quando manteve freqüentes contatos com seres extraplanetários. O curioso em sua história é que seus raptores se apresentavam como sendo procedentes das Plêiades, mesmo conjunto de estrelas de onde provêm os seres que contataram o suíço Billy Meier [Veja UFO 59]. No entanto, ambos nunca se conheceram e Rincón sequer sabia da história de Meier quando passou a ser abduzido por pleiadianos.
Encontros num Ashram – O tema dos contatos de Meier, a propósito, mereceu uma disputada mesa redonda durante o evento: Reabrindo o Caso Meier. Dela participaram alguns nomes ilustres da Ufologia Mundial, como Wendelle Stevens, que foi o primeiro a investigar o caso suíço logo em seus primórdios, e Michael Hesemann, o editor e autor alemão que se tornou o ufólogo mais bem informado do mundo. Stevens mostrou os procedimentos que adotou para analisar o caso, o que o fez ir mais de 10 vezes à Suíça, na década de 80. Hesemann, que se tornou amigo particular de Meier, apresentou a vida do contatado sob um prisma antropológico. “Meier conseguiu reunir em torno de si milhares de pessoas que comungavam com a mesma idéia sobre ETs”, declarou.
As novidades desta mesa redonda ficaram por conta de Methusalem Meier, filho do contatado, e da vietnamita Phobol Cheng. Methusalem, em seu debut num congresso internacional, mostrou o lado familiar de Meier, apresentando-o como chefe de uma família que o apoia integralmente. “Eu não tive contatos com os amigos extraterrestres de meu pai, mais vi as naves pleiadianas várias vezes rondando nossa propriedade”, confessou este jovem de 30 anos que cativou a todos com seu jeito simples e sincero. Já Cheng compartilhou com a platéia fatos sobre uma fase desconhecida da vida de Meier, quando juntos freqüentaram um ashram na índia. Ela garantiu ter visto, ainda quando adolescente, Meier teria contatos seguidos com uma estranha entidade que comparecia ao mosteiro.
Apontando a tendência mundial de crescentes avistamentos, o mexicano Jaime Maussán mostrou novas ocorrências em seu país, onde UFOs têm sido sistematicamente observados, filmados e fotografados. Na mesma linha apresentou-se Peter Davenport, de Seattle, com uma brilhante análise do aumento na casuística mundial nos últimos meses. Diretor do National UFO Reporting Center, Davenport recebe informações diárias da movimentação de UFOs sobre o território norte-americano. Também abordando casuístico, o editor de UFO A. J. Gevaerd mostrou os últimos acontecimentos no Brasil e na América do Sul.